Trump volta à carga: professores armados seriam "grande dissuasão"

por RTP
“Uma escola livre de armas é um íman para gente má”, defende o Presidente norte-americano Leah Millis - Reuters

“Uma escola livre de armas é um íman para gente má”. Partindo, uma vez mais, desta ideia, o Presidente norte-americano insistiu nas últimas horas em defender que professores “com treino especial” passem a estar armados para dissuadir tiroteios em escolas. Algo que, no pensamento de Donald Trump, “solucionaria o problema instantaneamente”.

 O Twitter volta a servir de plataforma preferencial de comunicação a partir da Sala Oval. Trump escreveu agora - ainda na sequência das ondas de choque do tiroteio no liceu Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, no Estado da Florida - que armar professores resultaria numa “grande dissuasão”.

“Altamente treinados, adeptos das armas, professores/treinadores solucionariam o problema instantaneamente, antes de a polícia chegar. Grande dissuasão!”, defendeu o Presidente norte-americano, para quem “uma escola livre de armas é um íman para gente má”.


 Esta nova tomada de posição de Donald Trump deverá fazer subir de tom a controvérsia dos últimos dias em torno da resposta à sucessão de incidentes com armas de fogo em estabelecimentos escolares dos Estados Unidos.


A 14 de fevereiro, Nikolas Cruz, de 19 anos disparou indiscriminadamente no interior da escola Marjory Stoneman Douglas. Morreram 17 pessoas.
Demissão nas forças de segurança

O tweet do Presidente norte-americano foi publicado já depois de o xerife do condado de Broward, Scott Isreal, ter confirmado, durante o tiroteio, que o operacional destacado para o liceu de Parkland não chegou a entrar no complexo para confrontar o atirador.

O delegado Scot Peterson apresentou entretanto a demissão, já depois de ter sido punido com suspensão sem vencimento. Uma medida disciplinar tomada com base nas imagens captadas pelas câmaras de videovigilância no local.

“Devia entrar, dirigir-se ao assassino e abatê-lo”, afirmou o xerife.

Trump começou a defender em público a ideia de professores armados na noite de quarta-feira, durante um encontro com alunos que sobreviveram ao ataque no liceu de Parkland.

c/ agências
 
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