Catalunha. Várias estradas bloqueadas por manifestantes pró-Puigdemont

por RTP
EPA

Vários grupos de manifestantes independentistas bloquearam hoje de manhã algumas estradas na Catalunha como forma de protesto contra a detenção, domingo, na Alemanha, do ex-presidente do governo regional catalão e de outros líderes independentistas em Espanha.

Segundo os serviços regionais de tráfego rodoviário, os bloqueios estão a afetar a autoestrada A7, próximo da fronteira com a França, bem como uma estrada nacional que liga a Catalunha à costa sudeste espanhol.

Os cortes de estrada estão também a afetar várias das principais vias de acesso a Barcelona, pelo norte e pelo sul, mas estes foram entretanto terminados.

As iniciativas de contestação estão a ser organizadas pelos Comités de Defesa da República, grupos de cidadãos que se organizaram em torno da causa independentista e repartidos pelo território catalão, na sequência do lançamento de um ciclo de protestos "permanentes"

"Com as últimas detenções (de líderes independentistas) e a prisão do presidente Carles Puigdemont, ultrapassamos claramente o ponto de não retorno", declarou, em comunicado, a direção dos Comités de Defesa da República.

Entre sexta-feira e domingo, toda a Catalunha foi palco de ações de protesto, que provocaram confrontos entre a polícia e independentistas, causando mais de uma centena de feridos.

Comité de Direitos Humanos da ONU aceita pedido de Puigdemont
Um comunicado do Comité de Direitos Humanos da ONU veio confirmar a aceitação para análise do pedido do ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont contra a “violação” dos seus direito políticos em Espanha.

Carles Puigdemont foi esta segunda-feira presente a um tribunal alemão, que decidiu manter o antigo presidente da Generalitat detido preventivamente enquanto analisa o pedido de extradição feito por Espanha. O processo pode arrastar-se durante 60 dias, prorrogáveis por mais 30, refere o El Pais.

Puigdemont foi detido no domingo, depois de passar a fronteira da Alemanha com a Dinamarca, em direção à Bélgica.

Seguido por espiões

Sabe-se agora que o ex-líder independentista sabia que estava a ser seguido há dois meses, depois de ter encontrado um sistema de localização no carro.


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