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Guerra na Ucrânia
Zelensky e aliados europeus aperfeiçoam resposta a Trump
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou esta segunda-feira que está a trabalhar com os seus aliados europeus em "posições comuns" para tentar convencer o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a ter em conta os seus interesses ao lidar com a Rússia.
“Vamos definir as nossas posições comuns - o que queremos alcançar e o que não é negociável. Estas posições serão apresentadas aos nossos parceiros americanos”, afirmou na rede social Telegram, após uma reunião em Londres, no domingo, com os seus aliados.
A prioridade é conseguir “uma paz sólida e duradoura, e (um) bom acordo sobre o fim da guerra”, sublinhou o chefe de Estado ucraniano.
"Estamos todos unidos num ponto principal: a paz real exige garantias de segurança reais. E esta é a posição de toda a Europa, de todo o continente. O Reino Unido, a União Europeia, a Noruega e a Turquia", acrescentou Zelenski num discurso à nação transmitido esta segunda-feira pelos meios de comunicação ucranianos.
Na véspera, Volodymyr Zelenskiy revelou que está confiante que relação com Donald Trump ainda pode ser salva. O Presidente ucraniano continua pronto para assinar o acordo sobre minerais com os Estados Unidos “se todas as partes estiverem prontas”.
“Estou pronto para todos os formatos construtivos nas relações com os Estados Unidos. Penso que temos tudo o que precisamos”, sublinhou à imprensa, acrescentando, no entanto, que é necessário ‘compreender certas linhas vermelhas’ por parte da Ucrânia.
Na sexta-feira, na Casa Branca, perante as câmaras de todo o mundo, Zelensky foi acusado por Trump de “se ter colocado numa posição muito má” e intimado a fazer um pacto com a Rússia, sob pena de os Estados Unidos o “desiludirem”.
Os líderes europeus, aos quais se juntaram em Londres a Turquia, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, concordaram no domingo com a necessidade de tentar manter os Estados Unidos do seu lado.
Perante este cenário, os aliados europeus da Ucrânia tentaram recuperar a iniciativa no domingo. Paris e Londres propuseram uma trégua parcial de um mês na Ucrânia.
Trata-se de uma trégua “no ar, nos mares” e relativa a ataques a “infraestruturas energéticas”, explicou Macron em pormenor ao diário francês Le Figaro. A vantagem desta trégua, que exclui as operações terrestres, é que “sabemos medi-la”, apesar de a frente ser imensa, “o equivalente à linha Paris-Budapeste”, o chefe de Estado francês.
A Europa tem de fazer a maior parte do trabalho”, afirmou o Macron, acrescentando que “vários países” afirmaram querer juntar-se a “uma coligação de interessados” para defender um futuro acordo de paz.
“A Europa deve fazer a maior parte do trabalho, mas para defender a paz no nosso continente, e para ter sucesso, este esforço deve ser fortemente apoiado pelos Estados Unidos”, frisou.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também insistiu nas “garantias de segurança global” para a Ucrânia e disse que pretende apresentar um plano para “rearmar a Europa” na quinta-feira, durante uma cimeira especial da União Europeia em Bruxelas.
A Ucrânia é “vítima da agressão russa” e a Ucrânia é “o país mais forte do mundo”.
Já o chanceler alemão Olaf Scholz insistiu que a Ucrânia é “uma vítima da agressão russa e esta verdade permanece inabalável para todos”. A Alemanha é o segundo maior fornecedor de ajuda a Kiev desde a invasão russa, atrás dos Estados Unidos, com um total de 44 mil milhões de euros.
Perante o Presidente russo Vladimir Putin, trata-se de enviar a mensagem “de que o Ocidente não tem qualquer intenção de capitular perante a sua chantagem e agressão”, acrescentou o primeiro-ministro polaco Donald Tusk.
O presidente ucraniano respondeu que não seria “tão fácil” substituí-lo, “tendo em conta o que se está a passar, tendo em conta o apoio” que tem.
“Não seria apenas uma questão de organizar eleições. Eu também teria de ser impedido de me candidatar”, acrescentou, reiterando que estava disposto a deixar o seu cargo em troca da adesão da Ucrânia à NATO.
Washington e Moscovo, que se congratula com a mudança radical da política americana, iniciaram negociações no mês passado - sem convidar a Ucrânia nem os europeus - para pôr fim à guerra, pela qual o Presidente americano se recusa a considerar responsável o Presidente russo Vladimir Putin.
Referindo-se aos receios provocados por esta aproximação, Trump afirmou na sua rede social Truth, no domingo à noite, que “devíamos passar menos tempo a preocuparmo-nos com Putin e mais tempo a preocuparmo-nos com os bandos de migrantes violadores”, em particular.
A prioridade é conseguir “uma paz sólida e duradoura, e (um) bom acordo sobre o fim da guerra”, sublinhou o chefe de Estado ucraniano.
"Estamos todos unidos num ponto principal: a paz real exige garantias de segurança reais. E esta é a posição de toda a Europa, de todo o continente. O Reino Unido, a União Europeia, a Noruega e a Turquia", acrescentou Zelenski num discurso à nação transmitido esta segunda-feira pelos meios de comunicação ucranianos.
Na véspera, Volodymyr Zelenskiy revelou que está confiante que relação com Donald Trump ainda pode ser salva. O Presidente ucraniano continua pronto para assinar o acordo sobre minerais com os Estados Unidos “se todas as partes estiverem prontas”.
“Estou pronto para todos os formatos construtivos nas relações com os Estados Unidos. Penso que temos tudo o que precisamos”, sublinhou à imprensa, acrescentando, no entanto, que é necessário ‘compreender certas linhas vermelhas’ por parte da Ucrânia.
Em particular, Kiev exige garantias de segurança em caso de cessar-fogo, que Washington se recusou a conceder até à data.
Paris e Londres propõe trégua de um mês
Abalados pela aproximação entre Washington e Moscovo e atordoados pelos ataques virulentos de que Zelensky foi alvo na Casa Branca, na passada sexta-feira, os aliados de Kiev tentaram cerrar fileiras no domingo. Convidados pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer, quinze líderes europeus, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz, comprometeram-se a apoiar Kiev e a rearmar-se contra a Rússia.Na sexta-feira, na Casa Branca, perante as câmaras de todo o mundo, Zelensky foi acusado por Trump de “se ter colocado numa posição muito má” e intimado a fazer um pacto com a Rússia, sob pena de os Estados Unidos o “desiludirem”.
Os líderes europeus, aos quais se juntaram em Londres a Turquia, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, concordaram no domingo com a necessidade de tentar manter os Estados Unidos do seu lado.
Perante este cenário, os aliados europeus da Ucrânia tentaram recuperar a iniciativa no domingo. Paris e Londres propuseram uma trégua parcial de um mês na Ucrânia.
Trata-se de uma trégua “no ar, nos mares” e relativa a ataques a “infraestruturas energéticas”, explicou Macron em pormenor ao diário francês Le Figaro. A vantagem desta trégua, que exclui as operações terrestres, é que “sabemos medi-la”, apesar de a frente ser imensa, “o equivalente à linha Paris-Budapeste”, o chefe de Estado francês.
A Europa tem de fazer a maior parte do trabalho”, afirmou o Macron, acrescentando que “vários países” afirmaram querer juntar-se a “uma coligação de interessados” para defender um futuro acordo de paz.
“A Europa deve fazer a maior parte do trabalho, mas para defender a paz no nosso continente, e para ter sucesso, este esforço deve ser fortemente apoiado pelos Estados Unidos”, frisou.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também insistiu nas “garantias de segurança global” para a Ucrânia e disse que pretende apresentar um plano para “rearmar a Europa” na quinta-feira, durante uma cimeira especial da União Europeia em Bruxelas.
A Ucrânia é “vítima da agressão russa” e a Ucrânia é “o país mais forte do mundo”.
Já o chanceler alemão Olaf Scholz insistiu que a Ucrânia é “uma vítima da agressão russa e esta verdade permanece inabalável para todos”. A Alemanha é o segundo maior fornecedor de ajuda a Kiev desde a invasão russa, atrás dos Estados Unidos, com um total de 44 mil milhões de euros.
Perante o Presidente russo Vladimir Putin, trata-se de enviar a mensagem “de que o Ocidente não tem qualquer intenção de capitular perante a sua chantagem e agressão”, acrescentou o primeiro-ministro polaco Donald Tusk.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros espera que ainda seja possível um acordo entre a Ucrânia e os Estados Unidos, apesar do que aconteceu na Casa Branca.
Paulo Rangel diz que é importante que todos os aliados se mantenham empenhados no acordo de paz.
Washington intensificou a pressão sobre ZelenskyNo domingo, Washington intensificou a pressão sobre Zelensky, aumentando a perspetiva de que este poderia ter de sair. “Precisamos de um líder que possa negociar connosco, negociar com os russos e acabar com esta guerra”, disse o conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz.
O presidente ucraniano respondeu que não seria “tão fácil” substituí-lo, “tendo em conta o que se está a passar, tendo em conta o apoio” que tem.
“Não seria apenas uma questão de organizar eleições. Eu também teria de ser impedido de me candidatar”, acrescentou, reiterando que estava disposto a deixar o seu cargo em troca da adesão da Ucrânia à NATO.
Washington e Moscovo, que se congratula com a mudança radical da política americana, iniciaram negociações no mês passado - sem convidar a Ucrânia nem os europeus - para pôr fim à guerra, pela qual o Presidente americano se recusa a considerar responsável o Presidente russo Vladimir Putin.
Referindo-se aos receios provocados por esta aproximação, Trump afirmou na sua rede social Truth, no domingo à noite, que “devíamos passar menos tempo a preocuparmo-nos com Putin e mais tempo a preocuparmo-nos com os bandos de migrantes violadores”, em particular.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, acusou Zelensky, no domingo à noite, de ter “estragado tudo” ao recusar-se a assinar o acordo na sua versão atual.
c/ Agências