As autoridades acreditam que o homem terá tido apoios dentro do aeroporto para conseguir passar os controlos e entrar no país, em vez de ficar à espera 12 horas na zona internacional à espera de um voo de ligação para Marrocos. O argelino está identificado e as autoridades garantem que não tem ligações conhecidas a grupos terroristas nem a crimes violentos.
O caso passou-se terça-feira e já foi confirmado pelo Ministério da Administração Interna e pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
O indivíduo vinha da Argélia com destino a Casablanca. Durante a escala aproveitou para sair do aeroporto e entrar ilegalmente em Portugal, sem qualquer controlo. As autoridades reconhecem não ter sequer uma ideia onde o argelino possa estar.
Estão a ser analisadas todas as imagens de videovigilância para detetar a forma como o imigrante procedeu para fugir. Este caso volta a colocar em causa a segurança do aeroporto lisboeta, pela segunda vez em dois meses.
Apoios
De acordo com o Jornal de Notícias, fontes ligadas ao processo acreditam que o argelino tivesse apoios dentro do próprio aeroporto assim como em Lisboa. Alegam que o homem parecia ter um bom conhecimento da área e que a rapidez com que desapareceu é invulgar num estrangeiro sem apoios.
As suspeitas tornam credível a existência de rede internacional de imigração ilegal através de Lisboa e de outros aeroportos de Espanha, França e Itália, onde ocorreram casos semelhantes.
Também a 30 de julho, quatro argelinos conseguiram fugir para a placa do aeroporto da capital portuguesa, onde acabaram por ser detidos pela polícia. O caso levou ao encerramento do aeroporto durante 34 minutos.
O método usado no caso de julho foi semelhante ao desta semana, exceto no êxito da fuga. Os quatro migrantes, que vinham da Argélia com destino a Cabo Verde, aproveitaram igualmente o período de espera para abandonar a zona internacional. Só não saíram do aeroporto. Forçaram uma porta de emergência, acionando o alerta.
