Combustíveis. Ministro garante que Governo está preparado para consequências da greve

por RTP
Pedro Nuno Santos apelou ao bom senso dos motoristas de matérias perigosas António Cotrim - Lusa

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, apelou esta terça-feira “ao bom senso, ao regresso às negociações e ao abandono do pré-aviso de greve” por parte dos motoristas de matérias perigosas, que pretendem avançar com uma paralisação a partir de 12 de agosto e por tempo indeterminado. De acordo com o ministro, “não há dúvidas” de que o Governo está preparado para eventuais consequências desta greve.

“Em primeiro lugar, espero que não haja greve. Em segundo lugar, o Governo português tomará todas as medidas para defender o povo português, para defender o país e a economia, e portanto estamos obviamente preparados” para as eventuais consequências de uma greve em agosto, sustentou Pedro Nuno Santos.

O ministro recordou ainda que “os trabalhadores do setor estão na eminência de ter um acordo muito importante, com um aumento do ponto de vista salarial muito relevante e muito acima da média dos trabalhadores em Portugal”, razão pela qual não se deve perder “esta oportunidade histórica”.

“Nós não podemos estar sistematicamente num processo negocial com ameaças de greve, não é assim que se negoceia”, defendeu Pedro Nuno Santos.

“Tem havido abertura de todas as partes para se continue a trabalhar”, razão pela qual o ministro apela “aos trabalhadores que voltem à mesa das negociações”.

Pedro Nuno Santos acredita também que não existem dados novos que “justifiquem um pré-aviso de greve”, até porque “há uma negociação em curso”, com “propostas e contrapropostas”.

O espírito de negociação deve manter-se “por respeito a todos”, quer aos motoristas, como às empresas e ao povo português, defendeu.

“Não é assim que se trabalha com outros. Quando nos queremos aproximar tem de haver abertura, franqueza e não é sistematicamente com ameaças que vamos convencer os outros”.
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