O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visita este domingo a localidade de Câmara de Lobos, na Madeira, dois meses após o levantamento da cerca sanitária, instalada entre 19 de abril e 3 de maio, devido a uma cadeia de transmissão de covid-19. Hoje vê sinais de recuperação encorajadores.
No Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo, o Presidente da República sublinhou que a resposta das autoridades regionais à pandemia correu "muito bem", explicando que só não se deslocou mais cedo à ilha porque teria de cumprir quarentena obrigatória, que vigorou até 30 de junho, situação que não era compatível com as suas funções de Chefe de Estado.
"A viagem visa estar aqui num momento, que é particularmente importante, na vida da Região Autónoma da Madeira e, portanto, de Portugal, porque é, de alguma maneira, o coroar de um processo", disse, reforçando que "quando se fala em segurança, confiança, presente e futuro, a Madeira é um exemplo que é óbvio, é evidente".
Marcelo Rebelo de Sousa será recebido às 12h30 na Câmara Municipal de Câmara de Lobos e almoça depois num restaurante daquela cidade, na zona oeste da ilha da Madeira.
Antecedentes
A cerca sanitária foi levantada a partir das 00h00 do dia 3 de maio, uma vez que a localidade, com cerca de 18 mil habitantes, não registava novos casos positivos de infeção.
A situação levou ao confinamento de 22 pessoas desta cadeia de transmissão numa unidade hoteleira na zona do Cabo Girão, foram identificados mais de 200 contactos e realizados mais de 500 testes.
Marcelo Rebelo de Sousa realiza a deslocação à freguesia de Câmara de Lobos, no concelho com o mesmo nome, tal como o fez a Ovar, no distrito de Aveiro, e ao concelho da Povoação, nos Açores, que também estiveram sob cercas sanitárias.
Precauções a tomar
O Presidente da República segue depois para o Aeroporto Internacional da Madeira, onde visita, às 17h30, a Unidade de Rastreio e Vigilância à covid-19, que entrou em funcionamento em 1 de julho, com a reabertura do arquipélago ao turismo.
A operação de rastreio de viajantes nos aeroportos da Madeira e Porto Santo foi montada na sequência de uma resolução do Governo regional, de coligação PSD/CDS-PP, que impõe a obrigatoriedade de os passageiros apresentarem um teste negativo realizado até 72 horas antes do início da viagem, ou, então, a efetuá-lo à chegada.
Desde 1 de julho, já foram efetuados 1.668 testes nos aeroportos do arquipélago, um dos quais, realizado este sábado, que foi positivo, elevando para três o número de casos ativos, todos sem necessidade de cuidados hospitalares.
A Região Autónoma da Madeira teve até agora 93 casos confirmados de covid-19 e não registou até ao momento qualquer óbito devido à pandemia do novo coronavírus.