Covid-19. Mulher infetada que vivia no carro foi acolhida na Pousada da Juventude de Ovar
Uma mulher infetada com o novo coronavírus que estava a viver num carro para não contagiar a família passou para a Pousada da Juventude de Ovar, revelou o presidente da câmara.
Na sua mensagem à população, o autarca do distrito de Aveiro lembra que a pousada foi transformada num centro de vigilância ativa do novo coronavírus, precisamente para acudir a doentes que, embora dispensando internamento hospitalar, não reúnem condições domiciliárias para garantir o devido confinamento profilático.
Insistindo que a adaptação desse e de outros espaços da cidade visa garantir condições de convalescença a pessoas infetadas com o vírus da covid-19, limitando o seu contacto com a restante população, o autarca social-democrata realça ser “decisivo este espírito de família que se vive hoje no município de Ovar, em que cada um tem de fazer aquilo que deve e a maioria dos habitantes tem é de ficar em casa".
No concelho, de 148 quilómetros quadrados e com cerca de 55.400 habitantes, existem "266 infetados, 10 óbitos e cinco recuperados"m segundo os dados da câmara de segunda-feira à noite.
Cidade reorganiza-se
"Depois de termos feito o teste a todos, neste momento começam a chegar os resultados e temos já 17 confirmados no lar de idosos", adianta o presidente do município.
O lar foi, entretanto, sujeito a uma reorganização interna para assegurar distanciamento social entre utentes sintomáticos e assintomáticos, e está agora munido de uma equipa médica em permanência.
O autarca espera que esta terça-feira seja afeto a esse equipamento social também uma equipa própria de enfermeiros, "como prometido pelo Governo", o que considera particularmente necessário considerando que o Hospital de Ovar "tem praticamente saturada a sua capacidade para internar infetados de covid-19 que precisem de cuidados hospitalares não intensivos".
Quanto ao hospital de campanha cuja montagem está a decorrer na Arena Dolce Vita, Salvador Malheiro explicou que a instalação deverá completar-se "de forma faseada e a curto prazo", passando de uma lotação inicial de 30 camas para uma capacidade máxima de 100.