Reportagem

Duas mulheres mortas em ataque com faca no Centro Ismaili de Lisboa

por Ana Sofia Rodrigues, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves, Inês Geraldo - RTP

Carlos Almeida - Lusa

Um homem de nacionalidade afegã matou duas mulheres, ao fim da manhã desta terça-feira, no Centro Ismaelita em Lisboa. Entrou no local de culto com uma arma branca. O agressor foi ferido a tiro pela polícia e transportado para o Hospital de São José.

Mais atualizações

21h50 - Quem são os Ismailis? Conheça as origens de uma comunidade com várias ligações a Portugal




21h04 - Partidos com assento no Parlamento condenam ataque

Um refugiado afegão matou duas pessoas no Centro Ismaelita, em Lisboa. Todos os partidos com assento no Parlamento condenaram o ataque.


20h44 - Líder da comunidade afegã procura explicações para ataque no Centro Ismaili

Omed Taheri, presidente da comunidade afegã em Portugal, esteve esta noite no Telejornal.


20h38 - Comunidade afegã fala de acto isolado no centro ismaelita

A comunidade afegã em Portugal tem centenas de pessoas que chegaram como refugiados. Os líderes das comunidades muçulmanas acreditam que este foi um ato isolado.


20h34 - Ministra dos Assuntos Parlamentares apela à serenidade e não generalização

Ana Catarina Mendes esteve no Telejornal, onde apelou para que se aguardem os resultados da investigação ao ataque no Centro Ismaili de Lisboa e que não se tirem quaisquer considerações precipitadas.


20h27 - Comunidade ismaelita terá até 10 mil seguidores em Portugal

A comunidade muçulmana ismaelita em Portugal terá entre 8 mil a dez mil seguidores. O centro, em Lisboa, ultrapassa a sua missão de lugar de culto. Promove eventos culturais, formação e trabalha com imigrantes.


20h19 - Ataque Centro Ismaili. Suspeito é um refugiado afegão com 29 anos

Este afegão vivia em Odivelas com três filhos menores e perdeu a mulher num campo de refugiados na Grécia.


20h16 - Ataque Centro Ismaili. Afegão matou duas mulheres

Um refugiado afegão matou duas mulheres à facada e feriu outra pessoa no Centro Ismaili, em Lisboa. O suspeito foi alvejado pela polícia nas pernas e submetido a cirurgia no hospital.


20h02 - Livre solidariza-se com comunidade ismaelita em Portugal

O deputado do Livre, Rui Tavares, manifestou hoje consternação pela morte de duas pessoas na sequência do ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, e solidarizou-se com a comunidade ismaelita, destacando o papel social que desempenha em Portugal.

Numa declaração aos jornalistas no parlamento, Rui Tavares manifestou "a consternação do Livre com aquilo que se passou no Centro Ismaili, com o assassinato de duas pessoas".

"A comunidade ismaelita, que tem toda a nossa solidariedade e gratidão pelo papel humanitário, social, filantrópico que tem desempenhado no nosso país, merece apoio neste momento, como merece, acima de tudo, a família das vítimas por aquilo que se passou", afirmou.

19h24 - Comunidade ismaili lamenta ataque que fez duas vítimas mortais

"A comunidade muçulmana ismaili, conhecida pelos seus princípios de humanidade, paz e entreajuda, está por isso de luto e em choque com estes trágicos acontecimentos", sublinhou Faizall Ali, membro do conselho nacional da comunidade muçulmana ismaili.


18h57 - Comunidade Islâmica de Lisboa repudia ataque no Centro Ismaili

A Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL) condenou o ataque ocorrido na manhã de hoje no Centro Ismaili de Lisboa, que provocou dois mortos.

Em comunicado publicado na sua página na Internet, a CIL "repudia veementemente" o ataque, "apresentando as mais sentidas condolências às famílias das vítimas".

"Manifestamos a nossa total solidariedade para com toda a comunidade (ismaelita) e, neste mês sagrado do Ramadão, pedimos a Deus para que ajude a ultrapassar estes momentos de dor e sofrimento", acrescenta a nota, indicando que as preces da CIL "estão para com todos os que estão em sofrimento".

18h27 - "Tudo indica que são motivações pessoais", diz Marcelo Rebelo de Sousa

Em declarações aos meios de comunicação, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o ataque no Centro Ismaili tratou-se de um "ato isolado" e que tudo aponta para motivações na origem do ataque. O Presidente da República pediu também que não se tome um caso pelo todo e que não se hostilize a comunidade ismaelita a viver em Portugal.


18h14 - PCP condena ataque no Centro Ismaili e espera investigação rápida

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, condenou o ataque no Centro Ismaili em Lisboa, que provocou duas mortes, esperando uma investigação rápida e endereçando condolências aos familiares das vítimas.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma manifestação da Interjovem/CGTP-IN, em Lisboa, Paulo Raimundo endereçou "uma palavra de condolências para os familiares das vítimas (...) e de esperança para aqueles que estão acidentados e foram violentados" no ataque no Centro Ismaili.

"É um ato naturalmente que condenamos. A questão fundamental é as condolências à família, e tudo aquilo que seja necessário agora investigar e resolver, que se resolva rapidamente", afirmou.

17h40 - Presidente da República chega ao Centro Ismaili

17h28 - Sinais podem ter sido desvalorizados

O presidente do Observatório de Segurança diz que é muito difícil aferir neste momento o verdadeiro estado de espírito do atacante.

Hugo Costeira defende que provavelmente o homem foi dando alguns sinais que até podem ter sido desvalorizados.

16h38 - Presidente da comunidade afegã em Portugal diz que atacante do Centro Ismaili necessitava de apoio psicológico

Omed Taheri, presidente da comunidade afegã em Portugal, disse que o cidadão afegão que levou a cabo o ataque no Centro Ismaili que provocou duas vítimas mortais necessitava de apoio psicológico mas que não sabe se o mesmo foi prestado através do Centro Ismaelita.

Taheri explicou, em declarações à RTP3, que o homem em questão mostrava desespero pelos três filhos e que estava à procura de trabalho. Taheri considera que este é um caso isolado, já que o atacante mostrava problemas psicológicos desde que chegou a Portugal.

A comunidade afegã acredita que o atacante deveria ter sido seguido por um psicólogo mas que não foi dado um alerta porque a responsabilidade em seguir este homem era do Centro Ismaelita.

16h00 - Atacante do Centro Ismaili operado no Hospital São José

O atacante do Centro Ismaili, que provocou duas vítimas mortais, está no Hospital São José, encontrando-se no bloco operatório.


15h29 - José Luís Carneiro elogia ação da polícia no Centro Ismaili

O ministro da Administração Interna falou sobre o ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, que provocou duas vítimas mortais. José Luís Carneiro elogiou a ação rápida da polícia e que as motivações do crime estão a ser alvo de investigações.


15h15 - Grupo parlamentar do Chega quer audição urgente

O grupo parlamentar do Chega pediu esta terça-feira a Fernando Negrão para que seja realizada uma audição urgente ao que aconteceu no Centro Ismaili, em Lisboa.

14h45 – Uma das vítimas era gestora da Fundação Aga Khan

A RTP confirmou que uma das vítimas mortais, de 49 anos, era gestora da Fundação Aga Khan, do processo de integração orgânica de refugiados em Portugal.

A outra vítima, voluntária no centro, tinha 24 anos.

14h31 – André Ventura diz que sangue das vítimas do ataque de hoje está “nas mãos do governo de António Costa”

O líder do partido Chega considera que “a política de portas abertas sem qualquer controlo deu nisto. O sangue destas vítimas é da responsabilidade do criminoso afegão mas está nas mãos do governo de António Costa”.



14h30 - Agressor frequentava aulas de português no centro Ismaelita

O autor do ataque desta terça-feira em Lisboa era um refugiado afegão viúvo e pai de três crianças frequentava aulas de português no centro Ismaelita de Lisboa.


14h20 – Primeiro-ministro realça a pronta intervenção da PSP

António Costa voltou a manifestar a solidariedade e pesar à comunidade ismaelita e às famílias das vítimas. Voltou a elogiar a intervenção da Polícia.



14h10 – Iniciativa Liberal classifica ataque como “acto chocante”

Em mensagem publicada no Twitter, Rui Rocha considera que o ataque merece uma “profunda condenação”. 


14h00 – Presidente da Câmara de Lisboa manifesta “profunda tristeza”

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, expressou em comunicado o que chama de “sentimento comum a todos os lisboetas” e manifestou “profunda tristeza com a notícia do crime hediondo no seio da comunidade ismaelita”.

“Apresento os meus sentimentos às famílias e a esta nova comunidade tão importante para a cidade”, acrescenta Moedas.

13h54 - Afegão vivia com três menores

De acordo com a informação recolhida pela RTP, o homem, viúvo, residia em Odivelas.

As técnicas que morreram articulavam com o Alto Comissariado para as Migrações.

13h45 - Imã da Mesquita Central de Lisboa não encontra nenhuma explicação religiosa para o ataque

O Imã da Mesquita Central de Lisboa, Sheik David Munir, explicou a diferença entre o ismaelismo e a fé islâmica. No Jornal da Tarde, o Imã deixou uma palavra de solidariedade às famílias das vítimas.


13h38 - Montado perímetro de segurança junto ao centro Ismaelita

A PSP montou um perímetro de segurança em torno do centro onde esta terça-feira foram assassinadas duas mulheres por um cidadão afegão com recurso a arma branca.


13h34 - Líder do PSD manifesta pesar

O presidente do PSD, Luís Montenegro, manifestou pesar e solidariedade para com as famílias das vítimas que morreram no Centro Ismaili de Lisboa, pedindo uma punição exemplar para o que classificou de "crime hediondo".

O presidente do PSD escreveu no Twitter que "o ataque desta manhã é um crime hediondo que a justiça deve punir exemplarmente".



13h31 - Ministra dos Assuntos Parlamentares solidária com comunidade ismaelita

A ministra dos Assuntos Parlamentares manifestou-se hoje solidária com a comunidade ismaelita, na sequência de um ataque no Centro Ismaelita em Lisboa, e saudou a "pronta atuação das forças de segurança".


13h25 - Catarina Martins condena duplo assassinato e envia condolências à comunidade ismaelita

A coordenadora do BE, Catarina Martins, condenou hoje "o duplo assassinato no Centro Ismaelita de Lisboa", que tem "um trabalho imprescindível no acolhimento a refugiados", enviando condolências às famílias e a toda a comunidade ismaelita.

"Ainda perplexos com a notícia, condenamos veementemente o duplo assassinato ocorrido hoje no Centro Ismaelita de Lisboa, que desenvolve um trabalho imprescindível no acolhimento a refugiados", referiu Catarina Martins numa publicação na rede social Twitter.

A coordenadora do BE enviou "as sentidas condolências à família das vítimas e a toda a comunidade ismaelita".



13h19 - PSP apela a que ninguém se desloque à zona da cidade onde ocorreu ataque

Numa mensagem divulgada no Twitter, a Polícia de Segurança Pública apelou "a todas as pessoas que não se desloquem para esta zona da cidade, devido à operação policial em curso".



13h14 - Comunidade muçulmana ismaili em Portugal lamenta ataque

O presidente do Conselho Nacional da Comunidade Muçulmana Ismaili afirmou, em comunicado, que a comunidade muçulmana ismaili em Portugal está "já a prestar todo o apoio aos familiares das vítimas".

Esta manhã,"um homem armado com um objeto cortante entrou nas instalações do Centro Ismaili de Lisboa onde decorriam aulas e outras atividades que ali têm lugar normalmente", escreveu Rahim Firozali.

"O homem armado atacou três pessoas que se encontravam nas instalações do Centro Ismaili atingindo duas delas mortalmente e ferindo uma terceira", continuou, acrescentando que estão "a decorrer as normais investigações por parte das autoridades policiais".

"Não são conhecidas as motivações do atacante", salienta ainda.

13h07 - Presidente da República acompanha situação e lamenta "ato criminoso"

O presidente da República apresentou ao representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, sinceros pêsames pelo ato criminoso ocorrido esta amanhã no Centro Ismaili de Lisboa, solicitando que os transmitisse também ao príncipe Aga Khan e às famílias das vítimas.

Em comunicado da Presidência da República é afirmado ainda que Marcelo Rebelo de Sousa, que tem acompanhado permanentemente a situação, em contacto com o Governo, "sublinha, por um lado, o facto de estarem a decorrer as investigações destinadas a apurar o sucedido, e, por outro, que, tal como declarado pelo primeiro-ministro, as primeiras indicações apontam para um ato isolado".


13h02 - Ponto de situação

A Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária encontra-se no local do ataque e não exlcui qualquer cenário.

Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública adiantou que o ataque foi reportado pelas 10h57, tendo as autoridades chegado ao local pelas 10h58 - um minuto depois.

No local, "os polícias deparam-se com um homem armado com uma faca de grandes dimensões".

"Foram dadas ordens ao atacante para que cessasse o ataque, ao que o mesmo desobedeceu, avançando na direção dos polícias, com a faca na mão. Face à ameaça grave e em execução, os polícias efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra pessoa, atingindo e neutralizando o agressor", lê-se na nota da força de segurança.

"Do ataque referido resultaram diversos feridos e, até ao momento, duas vítimas mortais", prossegue a PSP.

"O atacante foi socorrido e conduzido a unidade hospitalar, encontrando-se vivo, detido e sob a nossa custódia", lê-se ainda no comunicado.

A PSP apela, por último, "à serenidade e tranquilidade de todos os concidadãos, tendo mobilizado os efetivos necessários para a implementação das medidas de segurança adequadas e urgentes".
 
O primeiro-ministro já reagiu ao sucedido: "É prematuro fazer qualquer interpretação sobre as motivações deste ato criminoso, mas devemos aguardar com segurança que as autoridades procedam às investigações".

"Tudo indica que foi um ato isolado, mas não nos vamos antecipar àquilo que é o trabalho das autoridades", acrescentou.
A RTP apurou que o alerta foi dado por chamada para o 112.