País
Elevador da Glória. Esquerda exige responsabilidades políticas a Moedas
Um dia depois de ter sido conhecido o relatório preliminar sobre o desastre no Elevador da Glória, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista pedem a Carlos Moedas, recentemente reeleito presidente da Câmara de Lisboa, que diga se mantém a confiança na administração da Carris e assuma as responsabilidades políticas.
Em comunicado divulgado esta terça-feira, o BE/Lisboa anunciou a apresentação de um requerimento para exigir “esclarecimentos e ações imediatas” após a divulgação do relatório preliminar, que apontou responsabilidades à Carris no acidente que causou a morte a 16 pessoas no dia 3 de setembro.
Segundo a vereadora bloquista Beatriz Gomes Dias, que apresentou o requerimento, as "falhas gravíssimas na manutenção, supervisão e segurança do sistema, incluindo a utilização de cabos não certificados", revelados no relatório "apontam para uma incapacidade total da Carris de garantir a segurança dos passageiros e para uma preocupante falta de transparência por parte da presidência da Câmara".
Por essa razão, o partido pretende saber se o presidente da Câmara, Carlos Moedas, mantém a "confiança na atual administração da Carris".
O BE exige ainda ao autarca lisboeta "transparência na comunicação com os munícipes e divulgação pública das medidas corretivas", além de uma "garantia de certificação técnica antes da reposição de qualquer equipamento em funcionamento". O partido acusa também o presidente da Câmara de ter ignorado alertas da comissão de trabalhadores da Carris.
O acidente com o elevador da Glória causou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos, entre os quais portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades. Num relatório preliminar às causas do acidente, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) apontou falhas à Carris.
De acordo com o relatório, o cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória e que cedeu no seu ponto de fixação da carruagem que descarrilou não respeitava as especificações da Carris, nem estava certificado para uso em transporte de pessoas.
Esta terça-feira, o vereador do PCP na Câmara de Lisboa, João Ferreira, defendeu que Carlos Moedas tem de assumir responsabilidades políticas relativamente ao acidente do elevador da Glória, caso contrário demonstra ser "incapaz" de tomar as medidas necessárias.
"Há uma responsabilidade política que tem que ser assacada a quem tomou a decisão de externalização e a todos aqueles que, posteriormente, ao longo do tempo, incluindo o atual presidente da Câmara Municipal, tomaram a decisão de prolongar essa contratação externa", disse em declarações à agência Lusa.
Na segunda-feira, numa o presidente da Câmara de Lisboa reagiu ao relatório sustentando que "a infeliz tragédia do elevador da Glória foi derivada de causas técnicas e não políticas".
Para João Ferreira, com esta declaração Carlos Moedas "coloca-se ele próprio numa posição de se dizer incapaz de fazer aquilo que é necessário fazer agora" e que "exige decisão política, exige responsabilidade política", já que "é a partir da decisão política que vamos garantir que são tomadas as medidas para intervir naqueles domínios críticos que o gabinete apontou".
Para João Ferreira, "há uma evidência de que esta empresa [Carris] não está em condições de prosseguir o trabalho para o qual foi contratada" e a solução para esse problema "depende de uma decisão política" e da tomada de medidas "para garantir que todas estas falhas são supridas".
Admite, por isso, "grande preocupação por constatar que o presidente de Câmara se revela incapaz de fazer aquilo que é necessário fazer neste momento".
Vereadores socialistas querem demissão da administração da Carris
Esta manhã, também os vereadores socialistas na Câmara Municipal de Lisboa vieram exigir responsabilidades, defendendo a demissão da administração da Carris.
"Os vereadores socialistas consideram que a liderança da Carris perdeu as condições para continuar em funções, face às contradições e à gravidade das conclusões conhecidas”, referiram.
“Se o presidente do conselho de administração não apresentar a sua demissão, cabe ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa tomar essa decisão, assumindo a responsabilidade política que lhe compete enquanto tutela da empresa".
O PS "exige que sejam assumidas as devidas responsabilidades, sem exceções nem encobrimentos" e que "o Executivo camarário assegure total transparência na investigação, implemente todas as medidas de correção e segurança recomendadas", reforçando os "mecanismos de controlo interno e externo da empresa municipal" de forma a acautelar "que situações semelhantes não se repitam".
c/ Lusa
Segundo a vereadora bloquista Beatriz Gomes Dias, que apresentou o requerimento, as "falhas gravíssimas na manutenção, supervisão e segurança do sistema, incluindo a utilização de cabos não certificados", revelados no relatório "apontam para uma incapacidade total da Carris de garantir a segurança dos passageiros e para uma preocupante falta de transparência por parte da presidência da Câmara".
Por essa razão, o partido pretende saber se o presidente da Câmara, Carlos Moedas, mantém a "confiança na atual administração da Carris".
O BE exige ainda ao autarca lisboeta "transparência na comunicação com os munícipes e divulgação pública das medidas corretivas", além de uma "garantia de certificação técnica antes da reposição de qualquer equipamento em funcionamento". O partido acusa também o presidente da Câmara de ter ignorado alertas da comissão de trabalhadores da Carris.
O acidente com o elevador da Glória causou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos, entre os quais portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades. Num relatório preliminar às causas do acidente, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) apontou falhas à Carris.
De acordo com o relatório, o cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória e que cedeu no seu ponto de fixação da carruagem que descarrilou não respeitava as especificações da Carris, nem estava certificado para uso em transporte de pessoas.
Este organismo público detetou também falhas e omissões na manutenção do ascensor, apontando igualmente a falta de formação dos funcionários e de supervisão dos trabalhos efetuados pela empresa prestadora do serviço.
Esta tarde, o Governo assumiu a existência de um vazio legal quanto à supervisão de funiculares como o Elevador da Glória. Segundo o ministro das Infraestruturas, o Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT) já está a preparar legislação, que deverá estar pronta nas próximas semanas.
PCP também exige responsabilidades a MoedasEsta terça-feira, o vereador do PCP na Câmara de Lisboa, João Ferreira, defendeu que Carlos Moedas tem de assumir responsabilidades políticas relativamente ao acidente do elevador da Glória, caso contrário demonstra ser "incapaz" de tomar as medidas necessárias.
"Há uma responsabilidade política que tem que ser assacada a quem tomou a decisão de externalização e a todos aqueles que, posteriormente, ao longo do tempo, incluindo o atual presidente da Câmara Municipal, tomaram a decisão de prolongar essa contratação externa", disse em declarações à agência Lusa.
Na segunda-feira, numa o presidente da Câmara de Lisboa reagiu ao relatório sustentando que "a infeliz tragédia do elevador da Glória foi derivada de causas técnicas e não políticas".
Para João Ferreira, com esta declaração Carlos Moedas "coloca-se ele próprio numa posição de se dizer incapaz de fazer aquilo que é necessário fazer agora" e que "exige decisão política, exige responsabilidade política", já que "é a partir da decisão política que vamos garantir que são tomadas as medidas para intervir naqueles domínios críticos que o gabinete apontou".
Para João Ferreira, "há uma evidência de que esta empresa [Carris] não está em condições de prosseguir o trabalho para o qual foi contratada" e a solução para esse problema "depende de uma decisão política" e da tomada de medidas "para garantir que todas estas falhas são supridas".
Admite, por isso, "grande preocupação por constatar que o presidente de Câmara se revela incapaz de fazer aquilo que é necessário fazer neste momento".
Vereadores socialistas querem demissão da administração da Carris
Esta manhã, também os vereadores socialistas na Câmara Municipal de Lisboa vieram exigir responsabilidades, defendendo a demissão da administração da Carris.
"Os vereadores socialistas consideram que a liderança da Carris perdeu as condições para continuar em funções, face às contradições e à gravidade das conclusões conhecidas”, referiram.
“Se o presidente do conselho de administração não apresentar a sua demissão, cabe ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa tomar essa decisão, assumindo a responsabilidade política que lhe compete enquanto tutela da empresa".
O PS "exige que sejam assumidas as devidas responsabilidades, sem exceções nem encobrimentos" e que "o Executivo camarário assegure total transparência na investigação, implemente todas as medidas de correção e segurança recomendadas", reforçando os "mecanismos de controlo interno e externo da empresa municipal" de forma a acautelar "que situações semelhantes não se repitam".
c/ Lusa