Ensino de Mandarim garante a São João da Madeira máscaras cirúrgicas e FFP2 da China

por Lusa

Câmara de São João da Madeira revelou hoje ter recebido da Embaixada da China uma doação de máscaras cirúrgicas e de modelo FFP2, no âmbito das "boas relações" entre as partes devido ao ensino local de Mandarim.

Segundo fonte da autarquia do distrito de Aveiro que foi pioneira a nível nacional ao implementar o ensino do idioma da China nas suas escolas do 1.º Ciclo, a essa primeira oferta de material de proteção individual para fazer face à pandemia de covid-19 seguir-se-á ainda outra doação envolvendo fatos e óculos.

"A disponibilidade para apoiar São João da Madeira foi manifestada pelo Embaixador da China em Portugal, Cai Run, na sequência de um contacto estabelecido pelo presidente da câmara, Jorge Vultos Sequeira, no quadro das boas relações institucionais que os unem, no âmbito do programa de ensino de Mandarim promovido pela autarquia sanjoanense nas escolas do concelho", explica fonte da autarquia.

O embaixador Cai Run visitou São João da Madeira em 2018 e regressou à cidade em setembro de 2019, para um encontro com o autarca socialista que permitiu "reforçar relações e analisar novas possibilidades de cooperação, perspetivando o desenvolvimento de novos projetos e parcerias".

Agradecendo a "colaboração humanitária" agora expressa no donativo de equipamentos de segurança, a Câmara diz que a distribuição desse material será coordenada pela Comissão Municipal de Proteção Civil e irá suprir "necessidades que se verifiquem no concelho ao nível do combate à pandemia da covid-19".

Com 21.700 habitantes distribuídos por um território de apenas oito quilómetros quadrados, o município de São João da Madeira registava quinta-feira à noite, no último balanço da autarquia quanto à evolução epidemiológica da doença, 53 casos de infeção pelo novo coronavírus.

Após instruções da tutela para que os delegados de saúde local deixassem de partilhar esses dados com as autarquias, a Câmara passou a divulgar apenas a estatística da própria Direção-Geral de Saúde, que, cinco dias depois, hoje às 19:00, continuava a atribuir a esse concelho apenas 51 contaminados.

O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo, das quais quase 127.000 morreram. Ainda nesse universo de doentes, mais de 428.000 foram já dados como recuperados.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, o último balanço da DGS indicava 599 óbitos entre 18.091 infeções confirmadas. Entre esses doentes, 1.200 estão internados em hospitais, 383 já recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.

A 17 de março, o Governo declarou o estado de calamidade pública no concelho de Ovar e, a 19 de março, o estado de emergência em todo o país. Ambos vigoram até às 23:59 da próxima sexta-feira, devendo entretanto ser prolongados por mais 15 dias.

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