Reportagem

Incêndios em Portugal. Situação ao minuto

por RTP

Reacendimentos e novas frentes de incêndio em Vila de Rei, Mação e no distrito de Viseu mobilizaram a maior fatia do dispositivo de combate durante a tarde de segunda-feira. Com a chegada da noite, as chamas começaram a perder intensidade. Mas o risco perdura.

Mais atualizações

0h00 – Ponto de situação

Ao final da noite de segunda-feira, permaneciam ativos quatro incêndios no país, combatidos por mais de 1500 operacionais.

  •  Depois de um combate às chamas que exigiu a presença de mais de mil bombeiros, centenas de veículos e 16 meios aéreos, Vila de Rei tinha ao início da noite o fogo em “fase de resolução”, de acordo com a Proteção Civil.
  •  A freguesia de Cardigos, em Mação, tem oito mil hectares de área florestal da qual, de acordo com a autarquia, ardeu 95 por cento. Pelas 23h00 as chamas estavam controladas na sua maioria.
  •  Em Viseu, onde duas frentes – em Beselga e Penalva do Castelo – foram enfrentadas pelos esforços de cerca de quatro centenas de bombeiros, dezenas de viaturas e sete meios aéreos, continuam a arder zonas de mato e os operacionais permanecem no local.
  •  Dos incêndios resultaram 11 feridos ligeiros e um ferido grave, internado em Lisboa, que terá esperado mais de quatro horas pelo resgate do INEM via helicóptero. Mais de duas dezenas de pessoas foram assistidas no hospital.
  •  O primeiro-ministro assegurou que o Governo acompanha, desde a primeira hora, a evolução do combate aos incêndios e sublinhou a importância do trabalho das equipas no terreno.
  •  Portugal pediu a Espanha ajuda no combate aos incêndios. A meio da tarde de hoje foi anunciado que dois aviões anfíbios espanhóis iriam auxiliar no combate às chamas em Vila de Rei.
  •  O próximo briefing para o ponto de situação dos incêndios rurais que lavram no distrito de Castelo Branco realiza-se esta terça-feira, às 8h00, e será feito pelo Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul (CADIS), Luís Belo Costa.

23h18 - Chamas no Carrascal

Na zona do Carrascal, em Mação, há ainda chamas a ser combatidas pelos operacionais mas a situação está controlada.

Os habitantes referem que nem todas as pessoas da localidade, nomeadamente idosos, têm possibilidade de efetuar a limpeza dos terrenos. Há ainda quem acuse o Governo de não proteger a área florestal.

22h57 - "Temos este território, este clima e estas pessoas"

Xavier Viegas, responsável pelos relatórios sobre os incêndios de Pedrógão Grande e de outubro de 2017, escusou-se a comentar a "situação concreta em Vila de Rei e Mação".

"Porque é que nós temos estes grandes incêndios, quando já os tivemos em 2003, 2005, 2017 e voltam agora a ocorrer? É porque temos este território, temos este clima e temos estas pessoas. Portanto, como não as podemos retirar, podemos estar sujeitos. Temos estas situações", afirmou o investigador à RTP.

"Infelizmente, como temos estas circunstâncias e temos pessoas que não cuidam do bem-estar da nossa natureza e do nosso país, acontece que temos estas situações. Nestes dias em que tivemos muito calor, com a humidade dos combustíveis muito baixa, tivemos condições para estes incêndios que estamos a ter", acentuou.

Questionado sobre a distribuição de responsabilidades, Domingos Xavier Viegas, colocou a ênfase na "falta de consciência das pessoas".

"Na maior parte dos casos, são as pessoas" que originam os incêndios, insistiu, para depois assinalar um número de meios de combate como poucas vezes o país teve no passado.

22h32 - Fogo em Mação controlado

De acordo com os bombeiros nas zonas de Chaveira e Chaveirinha, em Mação, onde até agora se encontrava ativa a única frente do incêndio, as chamas estão agora controladas.

Os operacionais vão, porém, continuar no local até que o fogo seja considerado dominado.

Em Chaveira e Chaveirinha habitam maioritariamente idosos cujas casas não se encontram em risco.

22h05 - Fumo afeta povoações entre Mação e Proença-a-Nova

O jornalista da Antena 1 Mário Antunes refere que o fumo que se faz sentir naquela região, devastada pelas chamas desde o fim-de-semana, é um dos problemas que afeta várias localidades, mesmo aquelas afastadas do incêndio.


21h47 - Encontrados artefactos em locais de ignição de chamas

A Policia Judiciária suspeita que os incêndios deste fim de semana foram ateados com a intenção de provocar danos avultados.

As autoridades encontraram três artefactos nos locais de ignição das chamas.

21h42 - Moradores em Mação perderam os bens

Na freguesia de Cardigos, em Mação, o incêndio que começou sábado destruiu duas casas de primeira habitação.

Os prejuízos ainda estão por apurar, mas alguns moradores ficaram apenas com a roupa que tinham no corpo.

21h37 - Mação com maioria da floresta ardida mas o pior já terá passado

A freguesia de Cardigos, em Mação, tem oito mil hectares de área florestal da qual, de acordo com a autarquia, já ardeu 95 por cento.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Mação acredita que estes incêndios representam uma “altura crítica” uma vez que “o fogo continua a ter reincidências”, apesar de o pior já ter passado e de não haver “perigo para as populações”.

O autarca reagiu ainda à afirmação de António Costa, que hoje defendeu que a responsabilidade da proteção civil está do lado das autarquias.

“Eu acho que para o senhor primeiro-ministro ter, de algum modo, posto as culpas nos autarcas neste momento, isso só pode significar que [António Costa] está com dificuldade em lidar com a pressão que tudo isto está a causar”, defendeu.

O vice-presidente da Câmara de Mação acredita, porém, que o primeiro-ministro “faz muita falta ao país” e é talvez o político “mais bem preparado para lidar com as questões dos grandes incêndios florestais e com os problemas do território”.

21h12 - Habitantes de Mação relatam momentos de ansiedade

Toda a tarde na freguesia de Cardigos, Mação, foi passada em ansiedade, devido aos sucessivos reacendimentos.

As chamas estavam dominadas ao fim da manhã mas à tarde a situação reverteu-se.

A frente ativa de fogo chegou a ter 15 quilómetros. Chaveira, Chaveirinha e Casais viveram momentos de muita apreensão.

O presidente da Junta de Freguesia de Cardigos, Carlos leitão, frisou à RTP como a situação desta segunda-feira foi em tudo semelhante à de domingo.

As próximas horas vão ser de alerta e de muito trabalho. Continuam no terreno cerca de mil operacionais e mais de 300 viaturas.

21h08 - O cenário ao início da noite em Mação

O repórter da RTP Jorge Esteves deu conta, ao início da noite desta segunda-feira, dos desenvolvimentos das operações de combate ao incêndio no concelho de Mação.


21h04 - INEM terá demorado horas para fazer helitransporte

O INEM terá demorado mais de quatro horas a responder ao pedido de evacuação por helicóptero do ferido grave no incêndio de Vila de Rei.

Se o doente tivesse sido transportado de ambulância, teria demorado metade do tempo.

20h48 - Setenta por cento do fogo em Mação em rescaldo

O fogo em Vila de Rei está em fase de “resolução” e 70 por cento do incêndio em Mação está “em rescaldo”, anunciou esta noite a Proteção Civil durante um briefing.

De acordo com o comandante operacional do Agrupamento Centro Norte, Pedro Nunes, nos restantes 30 por cento lavra ainda uma frente repartida.

A Proteção Civil explicou ainda que durante a tarde houve algumas reativações e que “o incêndio teve um comportamento extremo” e que a prioridade foi defender pessoas e bens.

20h37 - Um ferido grave e 11 ligeiros

O incêndio que começou no sábado em Vila de Rei e Mação já fez 11 feridos ligeiros e um ferido grave, internado em Lisboa. Mais de duas dezenas de pessoas foram assistidas no hospital.

O primeiro-ministro diz que o Governo acompanha, desde a primeira hora, a evolução do combate aos incêndios e que este é o momento de deixar as equipas trabalhar no terreno.

20h30 - Proteção Civil apela a "responsabilidade de cidadania"

A partir da Sertã, o general Mourato Nunes, presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, colocou a tónica na necessidade de "cada cidadão ser um agente de proteção civil".


20h25 - Tarde de reacendimentos em Mação


Durante o quente dia de hoje os bombeiros lutaram para controlar o fogo - e contra os reacendimentos. Mas tem sido uma tarefa muito difícil.

No incêndio de Vila de Rei, estiveram envolvidos mais de mil operacionais 332 meios terrestres e 17 meios aéreos.

20h22 - Área ardida duplicou durante o fim de semana


Só no centro do país arderam mais de oito mil hectares, numa zona que já tinha perdido muita área florestal nos incêndios de 2017.


19h44 - Número de operacionais no combate às chamas aumenta


Em Vila de Rei, Castelo Branco, encontram-se neste momento 1.083 bombeiros apoiados por 332 veículos e 16 meios aéreos.

Já em Beselga, Viseu, estão 175 bombeiros com 45 carros e quatro meios aéreos.

Em Penalva do Castelo, no distrito de Viseu, onde hoje deflagrou uma nova frente, encontram-se 107 bombeiros apoiados por 24 carros e três meios aéreos.

19h38 - População de Proença-a-Nova preocupada

Um carro da Câmara de Proença-a-Nova, com uma equipa de dois sapadores, e munido de um depósito de 400 litros, está no local, de prevenção.

"As ordens que temos são para nos mantermos aqui [Vergão] até ordens em contrário. Se o vento não mudar, não há perigo. Caso mude, a povoação é logo atingida", explicou Paulo Marques.

Este operador adiantou ainda que há na zona várias equipas de sapadores dos produtores Florestais de Proença-a-Nova a fazer vigilância.

Na localidade mais próxima de Vergão, Montinho das Cimeiras, Maria Adelina Fernandes está "muito preocupada" com a coluna de fumo que vê do alto da sua casa. E que se aproxima.

"Fui agora ligar a televisão para ver as notícias. Já arrumei a lenha toda e pedi ajuda a um vizinho para montar uma mangueira de 25 metros. Tenho outra ali na horta já preparada", disse.

19h35 - Autarca de Mação diz que é “momento de refletir”

Na freguesia de Cardigos a situação continua preocupante. O presidente da Câmara de Mação diz que, com uma extensão tão grande de fogo e com o vento, é possível haver mais reacendimentos.

Vasco Estrela declarou que, para já, não está prevista a evacuação de habitações e que estão a ser feitos todos os possíveis para que a população continue em segurança.

“Não sei bem o que tem falhado”, afirmou o autarca. “Temos falhado todos em termos do país, temos todos de refletir, mais uma vez, ao percebermos que não temos floresta minimamente sustentável”.

Vasco Estrela considera que se anda a “correr atrás do prejuízo, a tentar evitar a perda de vidas humanas”. “Nós fizemos ou tentámos fazer tudo ou quase tudo aquilo que nos pediram em termos de prevenção e isso contribui bastante para evitar” situações ainda mais problemáticas que a atual, frisou.

19h22 - Estão atualmente ativos oito incêndios florestais, combatidos por mais de 1.400 bombeiros apoiados por centenas de viaturas e por vários meios aéreos.

18h54 - Linha de fogo ameaçou animais

Para além das principais chamas que os operacionais enfrentam neste momento em Mação, continuam a dar-se pontuais reacendimentos. Uma linha de fogo ameaçou há pouco uma zona seca onde se encontram vários animais.

Quando os sapadores florestais chegaram ao local tiveram de recorrer a baldes de água que lá se encontravam antes que as chamas chegassem aos animais.

18h45 - Zona norte de Proença-a-Nova em risco

O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela, explicou à Antena 1 que a zona norte do concelho, perto da fronteira com Proença-a-Nova, é o grande foco de preocupação.


18h36 - António Costa fala sobre os incêndios

O primeiro-ministro assegura que o Governo acompanha, desde a primeira hora, a evolução do combate aos incêndios.

António Costa diz que este é momento de deixar as equipas trabalhar no terreno para que a situação fique controlada, garantindo que "todos estão a dar o seu melhor".

18h30 - Nova frente ativa em Viseu

Há uma nova frente ativa em Viseu, na zona de Penalva Do Castelo. No local encontram-se 65 bombeiros apoiados por 15 veículos e dois meios aéreos.

18h22 – Unidade móvel apoiou dois bombeiros e dois civis

A unidade móvel avançada de triagem e emergência que se encontra em Mação e que é da responsabilidade dos paramédicos de catástrofe internacional já deu assistência a quatro feridos. Dois deles são bombeiros e dois são civis.

Um dos bombeiros sofreu uma lesão muscular, tendo sido encaminhado para o posto médico avançado do INEM, e o outro operacional encontra-se desidratado após um excesso de forço físico.

Já um dos civis sofreu uma queimadura e o outro está desidratado.

18h10 - As imagens do incêndio

As chamas continuam sem dar tréguas em Mação. Na zona de Cardigos, a RTP capturou imagens das chamas e densas colunas de fumo que assombram a região.

Os operacionais e meios aéreos e terrestres continuam no local, mas não conseguiram evitar que o fogo se alastrasse.

17h42 - Quercus denuncia falta de aplicação de fundos europeus

A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza denunciou hoje a baixa taxa de execução financeira das medidas florestais do PDR2020, o Quadro Comunitário de Apoio que está atualmente em vigor.

Na antecâmera da campanha eleitoral, a associação ambientalista lançou aos partidos o desafio de dizerem quanto querem gastar do Orçamento do Estado em ordenamento florestal.

João Branco, coordenador do grupo de trabalho das florestas da Quercus, denunciou a falta de aplicação dos fundos europeus em vigor e deu exemplos das medidas que ficaram por cumprir.

17h40 - Três helicópteros Kamov vão combater chamas

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou hoje que três dos helicópteros pesados Kamov possam voltar a operar no combate aos incêndios.

A autorização da ANAC foi dada depois de a empresa Heliportugal, que é quem vai operar os Kamov, ter enviado hoje os restantes documentos que estavam em falta.

A Heliportugal descarta qualquer responsabilidade pelo atraso na certificação dos helicopteros Kamov e denuncia todo o processo burocrático em torno da certificação.

Já a Autoridade Nacional de Aviação Civil diz que é da exclusiva responsabilidade da empresa qualquer dano que resulte da não disponibilização atempada dos meios aéreos contratados com o Estado português.

17h34 - Espanha apoia com dois aviões anfíbios

De acordo com o Governo português, “Espanha disponibilizou de imediato dois aviões pesados anfíbios, que deverão operar no incêndio de Vila de Rei já esta tarde”.

“Portugal solicitou assistência bilateral a Espanha no quadro do Protocolo entre a República Portuguesa e o Reino de Espanha sobre Cooperação Técnica e Assistência Mútua em matéria de Proteção Civil”, lê-se numa nota enviada à comunicação social.

17h20 - Unidade móvel de emergência no local

Os operacionais continuam a tentar dominar as chamas em Mação, numa zona de floresta densa e com uma encosta íngreme junto ao município de Proença-a-Nova.

Na localidade encontra-se uma unidade móvel avançada de triagem e emergência da responsabilidade dos paramédicos de catástrofe internacional, uma instituição particular de solidariedade social que atua em Portugal e no estrangeiro.

Os paramédicos já prestaram auxílio a um bombeiro com ferimentos ligeiros.

16h46 - Frente de chamas "praticamente contínua" em Mação

Ouvido pela reportagem da RTP, o vereador da Câmara Municipal de Mação Vasco Marques deu conta de uma frente de incêndio "praticamente contínua" que voltou a ganhar força ao início da tarde desta segunda-feira.

Há militares da GNR e bombeiros envolvidos no combate às chamas.

Cardigos era, pelas 16h00, a freguesia mais ameaçada pela progressão do incêndio.

16h43 - Proença-a-Nova em risco

O presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, concelho que se encontra junto ao de Mação, encontra-se apreensivo quanto ao estado dos incêndios no município vizinho, especialmente devido aos ventos que estão previstos para esta tarde e que podem levar a um aumento das chamas.

“Os reacendimentos, que têm sido consecutivos, não têm facilitado a vida aos bombeiros”, salientou João Lobo. “Temos lutado com todos os esforços” para evitar que as chamas se arrastem até outras localidades, garantiu o autarca.

“A povoação de São Bento já está outra vez em reacendimentos. Estão de facto bastantes meios, quer do ponto de vista dos bombeiros da força especial como da GNR”, pelo que a povoação está segura “por agora”.

“Os meios nunca são todos aqueles que nós queremos, porque se fossem os suficientes” o incêndio já teria sido dominado, defende, porém, João Lobo.

Quando às investigações sobre a origem dos incêndios, o autarca de Proença-a-Nova diz ter confiança nas autoridades para que seja dada resposta ao sucedido.

16h22 - Reacendimento das chamas em Mação

Na zona de Cardigos, em Mação, houve este início de tarde uma reativação violenta das chamas e foi necessária a intervenção da unidade especial de proteção e socorro da GNR, de bombeiros e de um helicóptero.

Habitantes e proprietários de empresas de pecuária relataram à RTP a rapidez com que as chamas avançaram sobre aquela área e confessaram estar preocupados com os familiares que continuam no local e com os animais.

15h58 - Ministério da Agricultura apoia agricultores no terreno

Um comunicado do gabinete do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural divulgado esta tarde refere que, “apesar de estarem ainda em curso trabalhos de rescaldo nas zonas atingidas pelos incêndios dos últimos dias, os serviços do Ministério da Agricultura encontram-se já no terreno”.

O Ministério pretende “fazer o levantamento dos prejuízos sofridos em explorações agrícolas, bem como de eventuais necessidades relativamente a tratamentos de animais feridos e alimentação animal, incluindo abelhas”.

“Logo que estejam concluídas as operações de delimitação das áreas atingidas pelos incêndios que têm estado a atingir mais duramente os concelhos de Mação, Sertã e Vila de Rei, o Governo publicará a portaria que definirá as condições de apoio aos agricultores e aos produtores florestais”, acrescenta o comunicado.

14h34 - O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje que é de "mau tom" fazer críticas e avaliar responsabilidades quando os incêndios ainda estão a ser combatidos.

13h40 - Ponto de situação: Incêndio destruiu habitações, ameaçou 15 aldeias e lar de idosos

O fogo em Mação atingiu três casas. O incêndio, que chegou a ter quatro frentes ativas, ameaçou ainda 15 aldeias e um lar de idosos.

O maior incêndio do ano está praticamente dominado.

Já não existe qualquer chama ativa em Mação, apesar de o vento previsto para as próximas horas preocupar a Proteção Civil.
O incêndio atingiu três concelhos, tornando-se já o maior incêndio do ano. Na Freguesia de Cardigos, os locais especulam que tenha ardido cerca de 90% da área.

Ainda não se sabe ao certo a dimensão dos prejuízos, mas duas casas de primeira habitação foram destruídas, há anexos queimados, postos tombados e comunicações afetadas.




13h15 - Mais dois feridos ligeiros

No balanço feito ao início da tarde, as autoridades revelaram que há mais dois feridos ligeiros registados esta manhã, um bombeiro e um técnico do INEM. No total, há 12 feridos ligados a este incêndio: 11 ligeiros e um grave.

13h11 - "Tudo o que de bom há em Portugal, com capacidade de trabalho está aqui reunido"

A garantia é do responsável da Proteção Civil, que garante que foram chamados para este cenário "tudo e todos" os meios, dada a complexidade da situação.

13h07- “Encaramos as próximas horas com alguma reserva”

Pedro Nunes lembra que durante a tarde o vento deverá aumentar de intensidade, o que deverá dificultar as ações no terreno, revelando que a estratégia para a tarde é a de manter em permanência quatro meios aéreos para ter resposta pronta para eventuais reacendimentos. O comandante das operações de socorro admite até um reforço de meios aéreos. "O dispositivo parece, para já, apropriado", assegura. 

O flanco esquerdo do incêndio é o que concentra mais atenção, já que a "cabeça" do incêndio já atingiu uma zona que ardeu em 2017. Se o flanco esquerdo se descontrolar, pode seguir rumo a populações, algo que o responsável diz estar acautelado, até em termos de meios de evacuação.

As autoridades garantem que há um pré-posicionamento de meios para um eventual agravamento do cenário de operações.

13h00 - Novo balanço: 90 por cento do incêndio dominado

No novo balanço da Proteção Civil, feito às 13h00, mantém-se a informação que tinha sido avançada às 8h00: 90 por cento de ambas as frentes do incêndio estão dominadas. O responsável da Proteção Civil revela que durante a manhã desta segunda-feira foram feitos muitos aceiros em zonas quentes e sensíveis no terreno, para assegurar que o fogo não progride, sobretudo no flanco esquerdo.


12h20 - “Sem limpezas, tinha sido muito, muito pior”, diz autarca de Vila de Rei

O presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei considera que, se não tivessem sido feitas as limpezas dos terrenos, a que o Estado tem vindo a obrigar, a situação no terreno teria sido “muito, muito pior”.

No entanto, o autarca alerta que algo tem de mudar. “Quem pôs fogo, tem de ir preso”, alerta, exigindo que sejam investigadas as circunstâncias em que este incêndio começou. “Não é normal haver cinco fogos ao mesmo tempo”, diz Ricardo Aires.

12h07 – Seis mil hectares ardidos em Vila de Rei

O presidente da Câmara de Vila de Rei avançou à RTP que os dados preliminares apontam para, pelo menos, seis mil hectares ardidos naquele concelho.

12h05 - Autarca de Mação fala de populações "desprotegidas"

O presidente da Câmara de Mação (Santarém) pediu hoje maior "transparência" na divulgação de como os meios de combate aos incêndios são "balanceados" no terreno, lamentando que se diga que são os necessários quando há populações "desprotegidas".

Falando junto ao posto de comando instalado na madrugada de hoje na aldeia de Cardigos, no concelho de Mação (Santarém), Vasco Estrela disse à Lusa não compreender por que razão os meios que chegaram por volta das 23h00 de domingo não foram posicionados antes, já que o fogo chegou "com uma violência extrema" ao concelho cerca das 18h00 de sábado.

"Não podemos conceber que se diga que os meios eram os necessários, os suficientes, quando tivemos populações completamente desprotegidas. (...) Se se puder dizer que não havia realmente mais meios para colocar, temos que assumir que não havia mais meios, que o país não teve capacidade de resposta e assumir isso, ou então temos que dizer outra coisa, que os meios não estavam balanceados no terreno de forma adequada face às características que eram expectáveis que pudessem vir a acontecer", declarou.

Para o autarca, é legítimo as populações questionarem "onde é que estava esta gente toda", quando observaram a chegada dos meios por volta das 23h00 de domingo e que "não foram vistos durante quase 48 horas no concelho de Mação".

12h00 - UE reitera estar preparada para aumentar assistência a Portugal

A Comissão Europeia reiterou esta segunda-feira que está preparada para aumentar a sua assistência a Portugal, caso as autoridades nacionais solicitem o reforço da ajuda para combater os incêndios que assolam o país.

"A Comissão está a seguir atentamente a situação dos incêndios florestais em Castelo Branco. Os nossos pensamentos estão com todos os afetados e com os bombeiros que estão a trabalhar em condições muito difíceis", declarou a porta-voz adjunta do executivo comunitário, Natasha Bertaud.

A porta-voz indicou ainda que, a pedido de Portugal, a UE ativou o sistema de emergência de navegação por satélite Copernicus para produzir mapas das zonas afetadas pelos incêndios.

11h45 - "O Estado falhou às populações. O país inteiro falhou. Nós falhámos"

O vice-presidente da Câmara de Vila de Rei, Paulo César, disse hoje que este concelho "está farto" de enfrentar chamas ano após ano e garantiu que o "Estado voltou a falhar" na prevenção do incêndio deste fim de semana.

"O concelho está farto, como diz o nosso presidente da Câmara (Ricardo Aires). Está farto destes sucessivos incêndios com origem criminosa e está farto de ver o Estado voltar a falhar às populações", referiu, em declarações à agência Lusa.

"O Estado falhou às populações. O país inteiro falhou. Nós falhámos", referiu o autarca, que considerou que é preciso atuar com mais eficiência na prevenção dos incêndios e castigar exemplarmente os incendiários.

O autarca denunciou que foram encontrados artefactos explosivos que podem estar na origem das chamas e considerou suspeito que tenham deflagrado praticamente ao mesmo tempo diversas frentes de incêndio em Vila do Rei e Sertã.

11h10 - Mação concentra-se no rescaldo

Paulo Ferreira, 2º comandante distrital de Santarém da Proteção Civil, adiantou que em Mação a prioridade vai agora para os trabalhos de rescaldo e não há chama ativa neste setor.

11h05 - Equipas no terreno para avaliar prejuízos

Pelo menos quatro equipas da Câmara Municipal de Vila de Rei já estão no terreno a avaliar os prejuízos provocados pelo incêndio que lavra nos últimos dias. À Antena 1, o vice-presidente da autarquia, Paulo César, fala em prejuízos avultados, que ainda não foram contabilizados na totalidade.

No incêndio de Mação e Vila de Rei, pelo menos quatro casas de primeira habitação foram atingidas pelas chamas.

O autarca acusou o Estado de voltar a falhar, em declarações à agência Lusa. "O concelho está farto, como diz o nosso presidente da Câmara [Ricardo Aires]. Está farto destes sucessivos incêndios com origem criminosa e está farto de ver o Estado voltar a falhar às populações", referiu.

10h05 - Subida da temperatura promete dificultar combate aos incêndios

As previsões meteorológicas para esta segunda-feira apontam para elevadas temperaturas em vários concelhos do interior do país, nomeadamente nos distritos onde ocorrem por esta altura os maiores incêndios, em Santarém e Castelo Branco.


10h00 - Proprietários Florestais denunciam falta de limpeza da floresta

O presidente da Federação das Associações Nacionais de Proprietários Florestais diz não estar admirado com a proporção ganha pelo incêndio de Mação e Vila de Rei. Luís Damas diz que pouco ou nada foi feito para limpar a floresta depois dos incêndios de 2003 e agora a natureza voltou a limpar esta zona.


Luís Damas realça que pouco ou nada aprendemos com o que aconteceu em 2017 e que o foco continua a estar na Proteção Civil e no combate aos fogos, e não na prevenção e no investimento na floresta.

09h50 – Não há chama ativa em Mação

Os bombeiros estão a concentrar esforços numa zona de vale, considerada sensível, com o intuito de evitar reacendimentos. À RTP, o segundo comandante do sub-posto de comando de Cardigos, diz que não há chamas ativas em Mação. As preocupações prendem-se com o aumento da temperatura e com o vento.


09h30 - Comparação com incêndios de 2017

Este mapa mostra a área que ardeu nos últimos dias (a laranja) e aquela que ardeu em 2017 (a violeta).


09h15 - Imagens de satélite mostram fogo perto de populações

Novas imagens disponibilizadas pelo organismo europeu Copernicus mostram como o fogo rodeou as localidades no incêndio que ainda lavra. As imagens reportam ao final do dia de domingo.

08h18 - Pedido de ajuda internacional "em cima da mesa"

No último ponto de situação sobre o incêndio de Mação e Vila de Rei, realizado esta manhã de segunda-feira, o comandante de operações de socorro, Pedro Nunes, admitia a possibilidade de pedir ajuda internacional para o combate a este incêndio.

Em resposta aos jornalistas, o comandante refere que, neste momento, há ainda"capacidade de resposta" terrestre e aérea, mas que a questão do pedido de ajuda "já foi pensada".

Esta segunda-feira será ainda feito um levantamento de casas ardidas e de pessoas desalojadas.



8h09 - Incêndio de Mação e Vila de Rei "estabilizado"

No ponto de situação feito pela Proteção Civil esta segunda-feira ao início da manhã, o comandante de operações de socorro, Pedro Nunes, informou que o incêndio está, neste momento, "estabilizado".

O fogo tem duas frentes principais e ambas estão "90% dominadas", segundo o responsável.

Por isso, 10% do território visado pelo fogo ainda "carece de muita atenção", até porque são zonas de "muito difícil acesso".

Durante o período noturno "houve um esforço muito grande por parte dos operacionais", esforço esse que deverá continuar nas próximas horas, até porque se esperam condições adversas durante a tarde, com o calor e o vento a poderem gerar novas dificuldades.

8h02 - Incêndio em Penedono dominado

O incêndio em Penedono foi dado como dominado durante a madrugada, às 2h45. Estava ativo desde a tarde de domingo às 17h49, na freguesia de Beselga.

7h42 - Risco máximo de incêndio

Vários concelhos dos distritos de Castelo Branco e Santarém, afetados por incêndios este fim de semana, estão esta segunda-feira com risco máximo de incêndio.

As temperaturas nos dois distritos vão rondar os 39 e os 40 graus, acompanhados de baixa humidade.

Madalena Rodrigues, do IPMA, sublinha em declarações à agência Lusa que a situação não é "favorável ao combate aos fogos".

Entre os quase 40 concelhos hoje em risco máximo de incêndio estão os concelhos de Vila de Rei e Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, e Mação e Sardoal, em Santarém.

Há também vários concelhos dos 18 distritos de Portugal continental em risco muito elevado e elevado de incêndio.

7h30 - Segundo os dados disponibilizados na página da Proteção Civil, há neste momento 1.010 operacionais a combater o incêndio no terreno, apoiados por 322 viaturas.

A madrugada desta segunda-feira foi de combate às chamas. Às 4h00, estavam no terreno 1.015 operacionais, apoiados por 319 viaturas, segundo adiantou à agência Lusa a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

No último ponto de situação, às 00h00, o comandante Belo Costa afirmava que o incêndio começava a "ceder significativamente ao esforço de combate" e que haveria a possibilidade de o fogo ficar dominado durante a noite.