Alijó, Moncorvo, Sernancelhe, Mirandela, Fundão, Sabugal e Sabrosa eram, ao amanhecer desta sexta-feira, os pontos mais visíveis dos incêndios que lavram no país.
O incêndio que deflagrou em Alijó está a ser combatido em várias frentes, com uma já dominada, informou o comandante operacional distrital de Vila Real, Álvaro Ribeiro.
"Temos uma frente ativa que está a ser combatida por meios terrestres e máquina de rasto, outra que está 50% dominada, outra 100% dominada e noutro setor há trabalhos a decorrer favoravelmente, com alguma morosidade devido aos afloramentos rochosos".
As "operações estão a decorrer favoravelmente" e os bombeiros esperam conseguir dominar o fogo nas próximas horas, apontou o comandante.
Às 4h50, permaneciam no terreno 254 operacionais, apoiados por 81 veículos e uma máquina de rasto, informou Álvaro Ribeiro.
Moncorvo: combate será reforçado com meios aéreos
O incêndio que deflagrou na União de Freguesias da Cardanha e Adeganha, em Torre de Moncorvo, tem uma frente ativa, numa zona de difícil acesso, e o combate será reforçado com meios aéreos.
Os bombeiros conseguiram dominar uma das frentes ativas, restando agora uma “de difícil acesso”, explicou o comandante operacional distrital de operações de socorro (CODIS) de Bragança, João Noel Afonso.
Não há feridos a registar nem povoações em risco, assegurou.
Sernancelhe tem quatro frentes ativas
O incêndio que deflagrou em Sernancelhe (Viseu) tinha ao início da madrugada quatro frentes ativas, uma das quais se dirigia descontrolada para o município vizinho de Aguiar da Beira.
“O fogo está a decorrer com muita intensidade. Há uma frente que caminha de forma descontrolada para o município vizinho de Aguiar da Beira”, afirmou o autarca local, Carlos Silva Santiago.
O autarca admitiu ainda que uma outra frente, que estava junto às localidades de Penso e de Vila da Ponte, também eram “foco de preocupação” por causa de “algumas habitações”.
Mirandela entrou em fase de conclusão
O incêndio na zona de Mirandela que obrigou ao corte da Autoestrada 4 (A4) entrou em fase de conclusão ao início da madrugada, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Bragança.
“O incêndio entrou em conclusão e já não nos traz grandes preocupações”, indicou a mesma fonte.
Uma outra fonte do CDOS de Bragança explicou que se segue agora o trabalho de “rescaldo e de vigilância ativa”, pelo que os meios vão permanecer no local “pela noite dentro” porque se trata de uma “extensão de área muito grande”.
Por causa deste fogo, a A4 esteve cortada ao trânsito nos dois sentidos entre os quilómetros 143 e 144.
Fundão: com duas frentes ativas
O incêndio que lavra em Bogas de Baixo, no Fundão, tem duas frentes ativas, disse o comandante distrital de operações de socorro, esperançado que a noite traga “uma janela de oportunidade” para o dominar.
“O incêndio tem duas frentes ativas, uma mais intensa virada a Orvalho e Maxial da Ladeira, outra com pouca intensidade, virada a Janeiro de Cima e Janeiro de Baixo”, afirmou Francisco Peraboa, adiantando que estavam no local “104 veículos a apoiar 326 operacionais com seis máquinas de rasto”.
Francisco Peraboa mostrou-se preocupado com “as condições meteorológicas, a temperatura, o vento e a humidade relativa do ar, que não são favoráveis”.
Sabugal: bombeiros dominam uma das três frentes
Os quase 300 operacionais que combatem as chamas que deflagraram numa zona de mato em Santo Estêvão e Moita, no concelho do Sabugal, conseguiram dominar uma das três frentes que estavam ativas, disse fonte da Proteção Civil.
“O incêndio tem duas frentes ativas. Uma terceira já foi dominada”, disse a mesma fonte.
O vice-presidente da Câmara do Sabugal, no distrito da Guarda, Vítor Proença, disse que se está a atravessar “uma fase mais calma”, com o vento a abrandar e a temperatura do ar a baixar.
Sabrosa: fogo foi dominado
O incêndio que deflagrou em Roalde, Sabrosa, no distrito de Vila Real, foi dado como dominado ao início da madrugada.
O comandante dos bombeiros locais referiu que estão a ser feitas manobras de rescaldo e de consolidação do fogo que queimou uma área de pinhal e mato.
O trabalho irá prolongar-se durante toda a noite e, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) neste teatro de operações permanecem 155 operacionais e 45 viaturas.