INEM faz testes à chegada de novos voos de repatriamento de Moçambique

por RTP
Miguel A. Lopes - Lusa

Chega esta segunda-feira à tarde a Portugal o segundo voo de repatriamento de Moçambique. O primeiro avião, lotado com 282 pessoas a bordo, chegou no sábado e foram detetados casos de Covid-19. Perante os protestos de passageiros, que se queixaram de terem sido obrigados a pagar um segundo teste, a secretária de Estado das Comunidades adiantou que o INEM passa a prestar apoio à testagem.

Passageiros do primeiro voo de repatriamento relataram à RTP que, mesmo vacinados, foram confrontados com a exigência de um teste PCR antes do embarque, tendo sido cobrados valores entre os 80 e os 135 euros. Ao chegarem a Lisboa foi-lhes exigido um segundo teste.

A chegada do voo ficou assim marcada por protestos dos passageiros, que estiveram horas à espera.
Segundo a secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes, o segundo teste é exigido como medida de precaução. Para que não se repita “alguma desorganização”, adiantou a governante, o INEM vai estar a assegurar a testagem já na chegada do próximo voo, esta segunda-feira.

Lamentando o tempo de espera, Berta Nunes argumenta que os passageiros repatriados “podem ter feito teste numa altura em que estavam infetados mas ainda não estavam a dar positivo”.
Entrevista da secretária de Estado das Comunidades no Bom Dia Portugal
Preocupação com a variante Ómicron
O facto de terem sido detetados pelo menos dois casos no voo de sábado, acentuou a governante, ”mostra a importância de fazermos esta testagem por causa da incerteza da variante Ómicron e da necessidade de sinalizarmos e sequenciarmos a existência dessa variante nas pessoas que derem positivo”.Os próximos voos de Moçambique para Lisboa estão previstos esta segunda-feira e para os dias 9 e 11.

O objetivo das autoridades é “tentar atrasar o máximo possível a entrada da variante até termos mais informação que se considere ser útil para tomarmos medidas, caso se justifiquem”.

Quanto aos diferentes valores que os passageiros tiveram de pagar, Berta Nunes admitiu que “será preciso clarificar”: “O despacho diz claramente que as pessoas, ao chegarem a Lisboa, no aeroporto, serão encaminhados para fazer o teste. Poderá ser o teste PCR ou o teste rápido antígeno. O teste rápido antígeno custa 25 euros, o teste PCR custa 85 euros e estes são os valores. Se há outros valores a serem pedidos teremos que verificar o que se passa”.
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