Juízes do processo BPN condenam Oliveira Costa a 14 anos de prisão

por RTP
José Manuel Ribeiro - Reuters

O coletivo do caso BPN condenou esta quinta-feira o antigo número um do banco José Oliveira Costa a 14 anos de prisão. Absolveu, por outro lado, os arguidos Ricardo Oliveira, Filipe Baião Nascimento e Hernâni Ferreira.

Oliveira Costa, fundador do grupo SLN/BPN, acaba de ser condenado a uma pena de prisão efetiva de 14 anos pela prática dos crimes de falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada, burla qualificada e branqueamento de capitais.

"Esta foi a maior burla da história da Justiça portuguesa julgada até ao momento", destacou o juiz Luis Ribeiro, que preside ao coletivo de juízes responsável pelo julgamento do processo principal do caso BPN, que durou mais de seis anos.



Além de Oliveira Costa, outros três arguidos - Luís Caprichoso, Francisco Sanches e José Vaz Mascarenhas - foram condenados a penas de prisão efetivas, com o tribunal a considerar que as suas condutas foram especialmente graves.

À saída do tribunal, o advogado de defesa de José Oliveira Costa, Leonel Gaspar, reiterou que o seu constituinte "é um homem muito sério". Disse também querer "estudar o acórdão" antes de aconselhar o antigo banqueiro sobre um eventual recurso.

Luís Caprichoso, ex-gestor do Banco Português de Negócios (BPN) visto pelo Ministério Público como o número dois do grupo SLN/BPN, foi condenado pela prática de um crime de falsificação de documentos e outro de burla qualificada, com o tribunal a aplicar uma pena única de oito anos e seis meses de prisão.

Por seu turno, José Vaz Mascarenhas, ex-presidente do Banco Insular, foi condenado a uma pena única de sete anos e três meses de prisão pelos crimes de falsificação de documentos, abuso de confiança e burla qualificada.

Francisco Sanches, ex-gestor do BPN, foi condenado pelos crimes de falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e burla qualificada a uma pena única de 6 anos e nove meses de prisão.

c/ Lusa
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