Kuduristas da Caparica combatem solidão dos idosos

por Lusa
Os kuduristas animam os idosos da Caparica Tiago Petinga-Lusa

Cinco jovens entre os 24 e os 34 anos são os Kuduristas da Caparica, que três dias por semana, através da dança, promovem o envelhecimento ativo dos utentes, agora em confinamento, do Centro Social da Trafaria, no âmbito do projeto "Não estamos sós", da Santa Casa da Misericórdia de Almada, no distrito de Setúbal.

Os sons de kuduro e afrohouse são projetados através de uma pequena coluna suficientemente potente para pôr a mexer os "vovós", como são carinhosamente tratados pelos voluntários, que fazem uma espécie de terapia aos menos jovens, com idades entre os 80 e os 99 anos.

A ideia começou com oito utentes, mas já se espalhou aos vizinhos e, na rua do "Capitão" - que apesar de não frequentar o centro é um dos "vovós" do projeto -, são vários aqueles que aparecem à janela ou varanda para participar na serenata.

Os mais atrevidos, se bem que com todas as regras de segurança, vêm até à rua para dançar.

Diana Ramos, Gonçalo Silvestre, Joana Silva, Miguel Graça e Rafaela Schneider são os Kuduristas da Caparica e pretendem desenvolver um projeto-piloto no concelho de Almada, para que se espalhe depois a outros locais do país.

Os jovens estão a ter vários pedidos de escolas de dança e de voluntários que querem juntar-se à ideia de levar a dança aos idosos, remetendo para as redes sociais as próximas novidades do projeto e a forma como a sociedade poderá ajudar.
esquecer a companheira que não veem desde que estão confinados.

Não é só dança e música que os kuduristas levam aos "vovós": são também afetos, atenção, uma palavra amiga, um sorriso, num todo conjugado para evitar a solidão.

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