Cinco jovens entre os 24 e os 34 anos são os Kuduristas da Caparica, que três dias por semana, através da dança, promovem o envelhecimento ativo dos utentes, agora em confinamento, do Centro Social da Trafaria, no âmbito do projeto "Não estamos sós", da Santa Casa da Misericórdia de Almada, no distrito de Setúbal.
A ideia começou com oito utentes, mas já se espalhou aos vizinhos e, na rua do "Capitão" - que apesar de não frequentar o centro é um dos "vovós" do projeto -, são vários aqueles que aparecem à janela ou varanda para participar na serenata.
Os mais atrevidos, se bem que com todas as regras de segurança, vêm até à rua para dançar.
Diana Ramos, Gonçalo Silvestre, Joana Silva, Miguel Graça e Rafaela Schneider são os Kuduristas da Caparica e pretendem desenvolver um projeto-piloto no concelho de Almada, para que se espalhe depois a outros locais do país.
Os jovens estão a ter vários pedidos de escolas de dança e de voluntários que querem juntar-se à ideia de levar a dança aos idosos, remetendo para as redes sociais as próximas novidades do projeto e a forma como a sociedade poderá ajudar.
esquecer a companheira que não veem desde que estão confinados.
Não é só dança e música que os kuduristas levam aos "vovós": são também afetos, atenção, uma palavra amiga, um sorriso, num todo conjugado para evitar a solidão.