Ministro da Educação afirma que rankings das escolas "são redutores"

por RTP
Tony Silva - Lusa

Foi esta quinta-feira publicado o ranking dos exames do ensino secundário. Uma lista que é dominada por estabelecimentos de ensino privados, com a melhor escola pública a surgir em 41.º lugar. O ministro da Educação confessa não ser adepto de rankings, considerando que se trata de algo "bastante redutor".

Tiago Brandão Rodrigues recorda que os rankings “são elaborados por órgãos de comunicação social, com os instrumentos que o Ministério da Educação disponibilizou de forma transparente”.

“Estes rankings de seriação dos resultados das provas nacionais, dos exames, são bastante redutores. Todos sabem que eu não sou grande adepto de rankings. E há muito trabalho na escola”, acrescentou o governante que participou na cerimónia de entrega da bandeira de ética à Escola Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa.
O ministro elogia o trabalho feito pelas escolas públicas, entra as quais a Maria Amália Vaz de Carvalho, “que vai muito para além da seriação dos resultados médios dos exames nacionais”.

“Por isso, o Ministério da Educação tem evidenciado esse trabalho ao longo dos últimos anos com um conjunto de novos indicadores”.


Tiago Brandão Rodrigues recorda “que muitas das escolas têm a possibilidade de escolher os seus alunos. E escolhendo os seus alunos têm a possibilidade de certa forma, enviesar os resultados nos exames nacionais”.

“E outras não, escolas que recebem todos os alunos do entorno, independentemente da sua condição de partida. Mas sempre com trabalho para que a condição de chegada seja melhor”, realçou.

Em relação às irregularidades que foram detetadas na atribuição de notas em mais de 60 escolas, a maioria delas privadas, e que foram alvo de processos disciplinares, o governante reconhece que há atitudes condenáveis, mas garante que tem atuado de forma sancionatória, mas também de modo preventivo.

“Para isso temos feito um trabalho preventivo, de inspeção nas nossas escolas, que tem tido resultados. Tem obviamente um intuito dissuasório, e temos visto como os desalinhamentos têm diminuído ao longo dos últimos anos”, frisou.

“E depois também uma ação sancionatória sempre que se entendeu que era necessário fazer”.

Tiago Brandão Rodrigues realçou ainda que o insucesso e abandono escolar estão a diminuir.
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