"Não levem os filhos à escola". Professores de distritos a norte de Coimbra em greve

por RTP
Os professores vão alternando entre as greves e os protestos Paulo Novais - Lusa

Esta quinta-feira é dia de greve de professores em escolas dos distritos a norte de Coimbra. A paralisação de dois dias, convocada por nove organizações sindicais, vai abranger na sexta-feira os estabelecimentos de ensino a sul de Leiria.

A greve foi anunciada pelo secretário-geral da Fenprof - Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, no decurso de uma manifestação em Lisboa, a 11 de fevereiro.

O dirigente sindical afirmava então que os docentes regressariam à greve à falta de acordo com o Ministério da Educação. O que veio a verificar-se, na semana passada, na sequência da última ronda de negociações relativas ao regime de recrutamento e mobilidade.

Em declarações à RTP, ao início da manhã desta quinta-feira, Mário Nogueira voltou a criticar os serviços mínimos impostos pelo Tribunal Arbitral e apelou mesmo aos pais para que "não levem os filhos à escola".
O responsável afirmou que "são muitas as razões" para os professores fazerem novamente greve.
Os sindicatos consideram insuficientes as propostas apresentadas pela tutela.

Uma das divergências prende-se com o regime de concursos. Os professores criticam também o facto de não haver data marcada para discutir outras matérias, como a contagem integral do tempo de serviço, a eliminação de vagas e quotas ou a regularização dos horários de trabalho.

As estruturas sindicais reivindicam ainda a criação de um regime específico de aposentação e a revisão urgente do regime de mobilidade por doença.

As escolas terão de garantir serviços mínimos decretados na segunda-feira pelo Tribunal Arbitral.

Para o próximo sábado, estão agendadas manifestações em Lisboa e no Porto.

c/ Lusa
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