Novo vírus. Portugal preparado para atender eventuais doentes

por Antena 1

Foto: Reuters

A Direção Geral da Saúde diz que Portugal está preparado para atender doentes e que ainda não recebeu qualquer alerta específico da OMS. Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, não vê motivos, por agora, para preocupações acrescidas e revela que ainda não recebeu qualquer alerta das autoridades internacionais.

A diretora da DGS afirma que acompanha a situação e as preocupações vindas da Ásia, assim como os casos de doentes que tenham estado em viagem pelos países em questão.  

A Organização Mundial de Saúde informou esta terça-feira que todos os hospitais do mundo devem estar preparados para um novo grupo de vírus que já provocou pelo menos um morto na China e mais de 40 casos.

A diretora do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial de Saúde, Maria Van Kerkhove, assumiu que ainda há pouca informação sobre este vírus e, por isso, recomenda precaução aos hospitais.

Dos 41 casos confirmados na China, seis estão em estado grave, mas outros sete já tiveram alta.

A OMS alertou também para risco de contágios em massa e adiantou que o novo coronavírus - a grande família viral que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais - é semelhante a outros que surgiram nos últimos anos.

Os sintomas são, em muitos casos, semelhantes aos de uma constipação.

Van Kerkhove admite a possibilidade de haver casos de contágio entre humanos, mas acrescenta que ainda é cedo para tirar conclusões sobre a forma de transmissão do novo vírus.

A Organização Mundial de Saúde está a pedir cuidados particulares para evitar infeções aos hospitais de todo o mundo, por causa do risco alargado de contágio.

As autoridades de saúde acreditam que o novo vírus teve origem num mercado de peixe, numa cidade chinesa.

Entretanto, já foi conhecido um primeiro caso fora da China. Trata-se de um cidadão tailandês que tinha viajado para esta cidade.

As autoridades de saúde chinesas também estão a vigiar a saúde de mais de 700 pessoas que podem ter estado em contacto com os doentes, incluindo funcionários de hospitais e de centros de saúde.

O jornalista Mário Galego falou com a responsável da DGS sobre os alertas que têm surgido.
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