"Pedi que se tirassem todas as consequências", diz Gouveia e Melo sobre caso de alegada vacinação indevida

por RTP

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

O vice-almirante diz que este é o primeiro caso "desta dimensão" que tem conhecimento e considera tratar-se de "desobediência" ao plano, dizendo que a vigilância foi sempre apertada. Garante que estes casos vão ser combatidos porque um plano desta dimensão e com esta urgência "não pode haver indisciplina". Em causa a alegada vacinação no Porto de jovens a partir dos 18 anos que não se enquadram em grupos de risco, contra as orientações vigentes.

"Não posso demitir as pessoas, como é evidente, mas pedi às estruturas que tirassem as consequências e rapidamente", disse Gouveia e Melo aos jornalistas.

O responsável da task force da vacinação argumenta que tem um grupo que investiga todas as suspeitas e que, logo que tiveram informação, reuniram informação e fizeram as denúncias à PJ, bem como à inspeção da área de saúde e ao presidente da ARS Norte "para que se tirassem as consequências" e não voltasse a acontecer.O grupo que gere as vacinas em Portugal enviou à Polícia Judiciária informação sobre suspeitas de vacinação indevida no Porto.

Em causa está a vacinação de jovens a partir dos 18 anos, que não se enquadram em grupos de risco. Atualmente, os agendamentos só estão abertos para maiores de 35.

Dezenas de jovens terão sido vacinados na unidade do Cerco entre quarta e quinta feira, ao final da tarde, numa convocatória à margem das regras.

Neste momento, até a modalidade de casa aberta, que permite ir tomar a vacina sem marcação, só é permitida para maiores de 50 anos.

Sem mais esclarecimentos, a Administração Regional de Saúde do Norte diz que abriu um processo de inquérito para apurar a situação.
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