Das "multiforças" ao "cultivo de valores constitucionais". As sete medidas de Montenegro
“Vamos reforçar o cultivo dos valores constitucionais e libertar esta disciplina das amarras a projetos ideológicos ou de fação”, clamou Luís Montenegro, naquele que seria um dos momentos do discurso mais aplaudidos pelos delegados convocados ao Fórum Braga.A Comissão Política Nacional de Luís Montenegro foi eleita, em Braga, com 92,3 por cento. Ultrapassou, assim, a votação de há dois anos, quando a direção havia obtido 91,6 por cento.
No domínio do ensino, o presidente do PSD deu também ênfase ao aumento da “comparticipação pública por sala para garantir a universalidade do acesso ao ensino pré-escolar”.
“Pretendemos expandir a oferta pública, privada e social, testando mesmo novos contratos de associação no ensino pré-escolar, olhando para o interesse das crianças e não olhando para qualquer bloqueio ideológico que frustra o acesso de todos a uma oportunidade a começar no primeiro ciclo de ensino, que deve ser dos zero aos seis anos, na creche e no pré-escolar”, vincou.
Uma medida para a Saúde que “parece pequena”
Para a área da Saúde, o governante levou ao cair do pano sobre o 42.º Congresso Nacional uma medida que, reconheceu, “parece pequena”, mas que, espera, acabará por ser “muito relevante para a vida de dezenas e dezenas de milhares de portugueses”.
“Vamos dar a cerca de 150 mil doentes a possibilidade de receberem os seus medicamentos na sua farmácia de proximidade, ao invés de terem de fazer 100, 200 ou 300 quilómetros para os ir levantar no seu hospital”, acenou.
“Combater sem tréguas a criminalidade violenta”
Outro dos anúncios sonantes do derradeiro discurso do presidente do PSD foi o do reforço da “proximidade e visibilidade” das forças de segurança nas ruas, mediante a formação do que designou como “equipas multiforças”. Prometeria também um reforço dos apoios a vítimas de violência doméstica.As medidas neste domínio da segurança passarão assim pela abrangência dos sistemas de videovigilância e o reforço do policiamento de proximidade, formando-se equipa constituídas por elementos da PJ, PSP, GNR, ASAE, ACT e Autoridade Tributária, articuladas pelo Sistema de Segurança Interna.
Procura-se, nas palavras de Montenegro, “combater sem tréguas a criminalidade violenta, o tráfico de droga, a imigração ilegal e o tráfico e abuso de seres humanos”.
Quanto ao “crime indesculpável” da violência doméstica, o chefe do Executivo da Aliança Democrática comprometeu-se a “duplicar o valor do apoio para a autonomização das vítimas”.
“Vamos investir mais 25 milhões de euros nos instrumentos de teleassistência e transporte das vítimas e vamos garantir que as mulheres que são acolhidas em casas de abrigo fora da sua área de residência terão acesso imediato aos cuidados de saúde nas localidades de acolhimento”.
O discurso abordaria igualmente o capítulo da imigração, com o primeiro-ministro a anunciar a construção de dois centros de instalação temporária em Lisboa e no Porto destinados a receber casos de imigração ilegal ou irregular.
“Ao mesmo tempo, lançaremos um programa de atração de talento no estrangeiro para empresas e instituições de ensino superior portuguesas que vai abranger a simplificação de procedimentos administrativos, a garantia de condições de alojamento e habitação e a formação profissional nos países de origem e depois em Portugal à chegada”, afirmou Montenegro.
“Grande projeto de reabilitação”
Com as eleições autárquicas a ganharem forma no horizonte, Luís Montenegro levou a Braga o anúncio de um “grande projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa”. O objetivo é ambicioso. Passa por “erguer uma metrópole vibrante e homogénea” em ambas as margens do Tejo.
De resto, no domínio da coesão territorial, o primeiro-ministro quis salientar a importância de olhar aos “territórios de alta densidade”: “Aqueles centros urbanos onde muitas vezes há a aparência de que há mais qualidade de vida, mas que na realidade têm pessoas na sua organização social que passam por dificuldades extremas”. Discurso de encerramento do Congresso do PSD na íntegra
A ideia para a Área Metropolitana de Lisboa compreende três polos.
Foi anunciada a criação da Sociedade de Gestão Reabilitação e Promoção Urbana, que terá o nome de Parque Humberto Delgado e “será o instrumento para pensar, projetar e ordenar o Arco Ribeirinho Sul nos municípios de Almada, Barreiro e Seixal”.
“Um segundo polo” será “o Ocean Campus, entre o vale do Jamor e Algés, nos municípios de Lisboa e Oeiras”. E o terceiro fará o aproveitamento de terrenos resultantes do fim do Aeroporto Humberto Delgado, nos municípios de Lisboa e Loures.
“Com o desenvolvimento integrado destes três polos, queremos criar uma sinergia em conjunto com todos os municípios envolvidos capaz de levantar um projeto de inovação, de revitalização de cultura, de habitação e de sustentabilidade ambiental”, propugnou.
Água, “domínio essencial à nossa vida”
Na antecâmara da cimeira luso-espanhola, agendada para a próxima quarta-feira, em Faro, Luís Montenegro projetou a assinatura de “um acordo histórico” na “gestão de um recurso insubstituível como a água”.
Os países ibéricos vão selar entendimentos que acautelem “caudais mínimos diários no Rio Tejo, caudais ecológicos no Rio Guadiana e o pagamento da água do Alqueva por parte de sua utilização por agricultores espanhóis”.
“Vamos, a partir daqui, lançar um grande programa de infraestruturas da água”, afirmou o primeiro-ministro, elencando o objetivo de “assegurar para décadas as suas utilizações urbana, agrícola e turística”.
“Nós, portugueses”
Montenegro reservou para os últimos parágrafos a promessa de um Governo apostado em modo de conquista, inovação e descoberta. Para tal, ensaiou uma revisitação da História de Portugal.
“Nós, portugueses, descendentes do foco e da esperança de Afonso Henriques, de Vasco da Gama, de Luiz Vaz de Camões, não poderemos falhar ao nosso tempo e não poderemos falhar a quem virá a seguir a nós”, disse.
“É este espírito de acreditarmos em nós próprios, de acreditarmos no nosso potencial que queremos também atingir dos pontos de vista político e económico para sermos líderes nas melhores práticas do mundo”, continuou.
O presidente social-democrata prometeu então “foco no essencial foco dos problemas que afetam as pessoas e foco na procura de soluções e respostas estratégicas e estruturais”: “Foco na condição de vida das pessoas e foco especial no apoio aos mais desprotegidos. Foco centrado, sobretudo, na nossa responsabilidade e não num estéril jogo de passa-culpas”.
O país, insistiu, pode ter “esperança no futuro e no talento dos portugueses”. “Esperança nas nossas capacidades enquanto nação inovadora, arrojada, ligada à descoberta de novos mundos e fonte de conhecimento, de capacidade criativa e empreendedora. Esperança de que somos nós que temos de construir o futuro, não é o futuro que deve estar à nossa espera. Disse ontem e reitero hoje. Estamos de olhos postos no futuro", carregou.
O fator Beleza
Luís Montenegro colheria uma ovação em pé ao destacar a escolha de Leonor Beleza, antiga ministra da Saúde e conselheira de Estado, para o cargo de primeira vice-presidente do PSD.
“Quero expressar essa alegria e essa confiança na nossa companheira Leonor Beleza, que hoje assume com espírito de companheirismo e com espírito de serviço ao interesse público e ao interesse nacional que sempre guiou a sua conduta e a sua vida um lugar de especial responsabilidade connosco, o que acrescenta ainda mais a nossa própria responsabilidade”, salientou.
“A todos quero garantir, vamos continuar a dar o nosso melhor. Vamos continuar a tratar daquilo que é de todos e a pensar naquilo que são as necessidades de cada um. Vamos continuar a tratar daquilo que é de todos e a pensar naquilo que são as necessidades de cada um. Vamos construir com os portugueses um futuro de humanismo, um futuro de justiça, um futuro de felicidade. Nada, mas mesmo nada, nos pode impedir daquilo que está nas nossas mãos para podermos fazer. Nada nos pode impedir”, remataria.
Os órgãos nacionais do PSD eleitos em Braga
Presidente: Luís Montenegro
Vice-presidentes: Leonor Beleza, Carlos Coelho, Inês Palma Ramalho, Alexandre Poço, Lucinda Dâmaso e Rui Rocha
Secretário-geral: Hugo Soares
Vogais: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes, António Leitão Amaro, Joaquim Miranda Sarmento, Pedro Reis, Fermelinda Carvalho, Germana Rocha, Helena Oliveira e Filomena Sintra.
Conselho de Jurisdição Nacional
Presidente: Ana Paula Martins.
Vogais: Francisco José Martins, Pedro Neves de Sousa, Ana Isabel Valente, Ulisses Pereira, Fernando Ferreira, Félix Araújo, José Miguel Bettencourt, Nuno Mota Soares e Paula Castro.
Comissão Nacional de Auditoria Financeira
Presidente: Almiro Moreira.
Membros: Fernando Teixeira e José Gomes Novais.
Conselho Nacional
Carlos Manuel Félix Moedas, Maria Luis Albuquerque, Teresa Morais, Luís Campos Ferreira, Gonçalo Matias, Rubina Leal, Berta Cabral, Sofia Fernandes, Mariana Macedo, Rodrigo Gonçalves, Carlos Seixas, Raul Almeida, Francisco Manuel Lopes, José Manuel Gonçalves, José Augusto Santos, Luis Filipe Santana Dias, Nuno Matias, João Gameiro Alves, Daniela Capelo, José Alfredo Oliveira, Luís Gavinhos, João Lopes Gonçalves, João Perdigão Marquês, Sérgio Cláudio Fontes, Leandro Ferreira Luís, Renato Venâncio, Nuno Palma Ferro, Pedro Cepeda, Daniel Rodrigues, Adélio Miranda, Luís Bastos, Abraão da Silva, Nelson Batista, Ricardo Nunes, Carlos Lopes Alves, José Manuel Batista, João Filipe Marques, Jorge Rodrigues Campos, José Alves Duarte, Carla da Mota Longo, Adriana Rodrigues, Jorge da Mata Pires, Humberto Antunes, Pedro Bettencourt Gomes, Lenia Mendonça Jorge, César Teixeira, João Gomes da Silva, Elsa Cordeiro, Paulo Pimenta, Tomás Gonçalves, Eric Habibo, Vítor Pereira, Tiago Sousa Santos, Paulo Espírito Santo, Carla Rodrigues Costa, Ricardo Sousa, Duarte Filipe Martins, João Miguel Saraiva Annes, André Pardal, Firmino Pereira, Simão Santana, Joana Barata Lopes, Paulo Calado, Paulo Cunha Reis, Jorge Carvalho da Silva, Simão Ruivo, Luís Rodrigues, Palmira Lobo, João Barbosa de Melo e João Cunha.
c/ Lusa
Montenegro anuncia "combate sem tréguas" à criminalidade
Foto: Hugo Delgado - Lusa
Partidos apontam aproximação ao Chega no discurso de Montenegro
Leonor Beleza está de regresso à vida partidária
Foto: Hugo Delgado - Lusa
Militantes do PSD com fé em futuro longo para o Governo
Ventura descreve Congresso do PSD como "coroação do Bloco Central"
Foto: António Antunes - RTP
Mariana Mortágua acusa Governo de "aproveitar a boleia" do PS para "ganhar elogio" do Chega
"Um Governo que aproveita a boleia do PS no orçamento para fazer um discurso tão extremista que é elogiado pelo Chega. É disto que se trata, um Governo que à boleia do PS faz um discurso tão extremista que ganha o elogio do Chega. Foi isto mesmo que aconteceu no congresso do PSD", sustentou Mariana Mortágua.
A coordenadora do BE falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na sessão de encerramento do segundo dia das Conferências Zuraida Soares 2024.
Criticando o discurso do presidente do PSD e primeiro-ministro, Mariana Mortágua referiu-se ao "talento e à capacidade que Luís Montenegro tem para entusiasmar os especuladores, os donos da economia, para entusiasmar o Chega".
"É o cartão de visita do PSD", vincou, reiterando que o orçamento para o próximo ano é um plano de "desigualdades".
Num "orçamento viabilizado pelo PS, assim como no discurso do congresso, o talento e a capacidade que Luís Montenegro tem para entusiasmar os especuladores, os donos da economia, para entusiasmar o Chega, é o cartão de visita do PSD", reforçou.
Luís Montenegro anuncia sete novas medidas governamentais
Foto: Hugo Delgado - Lusa
Se no discurso de abertura, ontem, Luís Montenegro apontou baterias à oposição, em particular ao PS, no encerramento foi diferente.
Nuno Melo aplaude "medidas que o CDS defende desde sempre"
IL gostava de ter ouvido "mais ambição"
Livre "preocupado" com PSD e "aproximação à extrema-direita"
PCP critica Congresso que reforça defesa dos "grandes grupos económicos"
Filipe Melo acusa Montenegro de anunciar medidas do Chega
PS ouviu de Luís Montenegro "campanha eleitoral"
Luís Montenegro encerra 42.º Congresso do PSD com "sete novas decisões"
Faria, em seguida, uma referência aos "companheiros desta viagem e leais parceiros da Aliança Democrática" - o CDS-PP de Nuno Melo e o PPM de Gonçalo da Câmara Pereira.
Montenegro quis depois expressar "gratidão pelo serviço insubstituível" dos bombeiros, recordando as vítimas da mais recente vaga de incêndios, que ditou o adiamento do Congresso social-democrata. Palavras que fizeram levantar parte da plateia.
Passando ao capítulo da política externa, o líder do PSD estimou que "Portugal continuará a agir como construtor de pontes" no plano internacional.
"Não insultámos ninguém, nem diminuímos ninguém", vincou.
"Foco e Esperança" seriam as "palavras-chave" enunciadas neste discurso de Luís Montenegro: "Foco nas pessoas, na condição de vida de cada um e no apoio aos mais desprotegidos, foco centrado na nossa responsabiidade e não num estéril jogo de passa-culpas".
"Olhamos pouco para o lado"
Colocando a tónica na "esperança na sociedade", o chefe do Executivo da AD disse-se "de olhos postos no futuro".
"Olhamos pouco para o lado", observou.
Montenegro acenou então com "sete novas decisões".
Em matéria de gestão da água, referiu a assinatura de acordo histórico com Espanha para "garantir caudais mínimos no Rio Tejo" e um programa de infraestruturas da água.
"Em segundo lugar, no domínio da segurança, reforçar a visibilidade das polícias na rua, a videovigilância, criar equipas multiforças que vão integrar PJ, GNR, PSP, ASAE e Autoridadade Tributária, para combater tráfico de droga, tráfico e abuso de seres humanos e a imigração ilegal". Discurso de encerramento do 42.º Congresso do PSD na íntegra
Quanto à violência doméstica, Montenegro prometeu "duplicar o valor do apoio para a autonomização das vítimas", num investimento de 25 milhões de euros.
Duplicar o valor do apoio para a autonomização das vítimas, mais investimento teleassistência e transporte das vítimas e mulheres acolhidas fora da área de residência acesso a saúde - foram estas as medidas elencadas por Montenegro.
Coesão territorial e reabilitação urbana
Em matéria de coesão territorial, o líder social-democrata anunciou o lançamento de um projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa,para "erguer uma grande pólis com duas margens".
O plano passa pela criação de uma sociedade de reabilitação urbana, com o nome de Parque Humberto Delgado, no arco ribeirinho sul - Almada, Barreiro e Seixal -, um segundo pólo nos municípios de Oeiras e Lisboa e um terceiro nos municípios de Lisboa e loures, "aproveitando terrenos na zona do aeroporto". Montenegro anunciou "um grande projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa", para "erguer uma grande pólis com duas margens", para que estas deixem de ser tão contrastantes. Uma outra sociedade, a Ocean Campus, vai tratar da reabilitação entre entre o Vale do Jamor e Algés e também dos terrenos de Lisboa e Loures e dos terrenos libertados pelo novo aeroporto, que irá situar-se na margem sul.
Passando ao domínio da educação, o presidente do PSD prometeu aumentar a comparticipação por sala, no pré-escolar, e novos contratos de associação
"Vamos rever programas do ensino básico e secundário, incluindo a disciplina de cidadania", clamou, enfatizando que o Governo quer fazê-lo "sem amarras ideológicas".
"Vamos garantir a universalidade do pré-escolar", comprometeu-se também o governante.
Saúde e imigração
"Vamos dar a cerca de 150 mil doentes a possibilidade de receberem os medicamentos na sua farmácia de proximidade, em vez de os irem levantar ao hospital", anunciou também Montenegro.
Em sétimo lugar, o líder laranja acenou com a construção de "dois centros de acolhimento para imigrantes em Lisboa e Porto para acolher casos de imigração ilegal".
O dirigente partidário anunciou também protocolos com universidades para a formação de migrantes, de modo a que seja "aproveitado todo o capital humano que chega a Portugal".
"Nada, mesmo nada, nos pode impedir daquilo que está nas nossas mãos para fazer", enfatizaria, por último, Luís Montenegro. Par acrescentar: "Tudo o que temos vamos continuar a dar, a bem do interesse da nossa sociedade e da justiça social".
Marques Mendes marcou terreno, Santana Lopes baralhou a agenda
Foto: Filipa Dias Mendes - RTP
Já Pedro Santana Lopes apareceu e surpresa, disse que foi apenas "observar" e que é cedo para falar de presidenciais.
Conselho Nacional IL. Rui Rocha fala num congresso do PSD "cor-de-rosa"
Miguel Albuquerque anunciou resultados das votações
Na lista A, de Luís Montenegro, houve 434 votos a favor, o que corresponde a 46 mandatos.
Na lista B votaram a favor 116, o que corresponde a 12 mandatos.
Na lista C houve 79 votos a favor e oito mandatos e, na lista D, houve 39 votos a favor, que correspondem a quatro mandatos.
A segunda lista mais votada (B) foi a encabeçada por João Gomes da Silva. A lista C foi liderada pelo antigo deputado André Pardal e a lista D pelo antigo líder da distrital de Setúbal Luís Rodrigues.
Foco do PSD apontado às eleições autárquicas
Nuno Melo sublinha que "CDS vale por si"
Questionado sobre a ausência de referências ao CDS-PP nos discursos do Congresso, Nuno Melo respondeu que o partido "vale por si".
"Vamos liderar a oposição", reitera Filipe Melo
Aguiar-Branco explica presença no Congresso social-democrata
Leonor Beleza chamada à vice-presidência. "Vou tentar ajudar"
Foto: Sérgio Vicente - RTP
"Interessa-me que o partido esteja forte em torno do líder e convencido de que a tarefa que neste momento lhe cabe, de dirigir o governo do país, é a nossa tarefa fundamental. E é em torno dos problemas das pessoas que o Governo e o partido que o apoio devem estar a fazer todo o esforço que puderem", enfatizou a antiga ministra da Saúde.
Questionada sobre as eleições presidenciais, Leonor Beleza voltou a afastar a possibilidade de se candidatar: "Não pondero, nem ponderarei. Mantenho exatamente essa posição".
Oito anos de Governo da AD? "O otimismo funda-se na realidade"
Foto: Hugo Delgado - Lusa
Questionado sobre o futuro político de Pedro Santana Lopes, que no sábado surgiu de surpresa no Congresso social-democrata, Hugo Soares afirmou que "nunca ninguém duvidou" que o atual autarca da Figueira da Foz "é um social-democrata de raiz e é junto dos seus que ele se sente bem".
Cabe ao próprio, segundo Hugo Soares, decidir se está disponível para ser candidato autárquico pelo PSD.
Ministro da Educação antecipa discurso de encerramento "muito positivo"
O ministro da Educação afirmou que "continuamos empenhados em melhorar o país".
"Congresso cor-de-rosa". Rui Rocha critica reunião magna do PSD
Pedro Duarte não coloca a hipótese da câmara do Porto
Carlos Moedas não esclarece se será recandidato à câmara de Lisboa
Antigo dirigente Rodrigo Gonçalves volta ao Conselho Nacional na lista da direção
Rodrigo Gonçalves integra em 10.º lugar (elegível) a lista ao Conselho Nacional encabeçada por Carlos Moedas, a que reúne os nomes propostos pela atual direção, e que será hoje votada, na eleição dos órgãos nacionais que decorre até às 11:00.
O antigo líder do PSD/Lisboa chegou a integrar a Comissão Política Nacional (CPN) de Luís Montenegro em 2022, mas meses depois pediu a suspensão do cargo para evitar "qualquer perturbação partidária" e "apesar de não ter sido constituído arguido em nenhum processo".
Em causa esteve uma investigação da Polícia Judiciária em duas câmaras municipais, Oeiras e Odivelas, para "apurar a eventual prática de crime de corrupção ativa e passiva para ato ilícito, de participação económica em negócio e de prevaricação".
"Apesar de não ter sido constituído arguido em nenhum processo, o próprio entendeu que deve evitar-se qualquer perturbação partidária, tendo solicitado ao presidente do PSD a suspensão do exercício das funções de vogal da CPN, com efeitos imediatos", referia então um comunicado do partido.
Rodrigo Gonçalves tinha sido antes consultor da direção do anterior presidente Rui Rio, cargo do qual se demitiu na sequência de uma notícia do Diário de Notícias que o associava a perfis falsos nas redes sociais. Na altura, contrapôs que não tinha "nenhuma ligação" com as contas falsas, mas demitiu-se para não afetar o bom nome do partido.
Matos Correia considera regresso de Leonor Beleza "uma excelente notícia"
Votações para eleição dos órgãos nacionais do PSD já decorrem em Braga
Congresso do PSD. Moção de Estratégia Global aprovada por unanimidade
Hugo Soares diz que PS está zangado com o país
Paulo Rangel diz que aprovação do OE dá "horizonte temporal" ao Governo
Hugo Delgado - Lusa
Sobre o regresso de Leonor Beleza para o cargo de vice-presidente do PSD, Rangel disse que "é um motivo de alegria" e a prova de que o partido "é capaz de chamar os seus melhores".
O derradeiro dia de trabalhos da reunião magna do PSD
- Após o sufrágio, na última noite, da Moção de Estratégia Global e das propostas temáticas, segue-se, na manhã deste domingo, a eleição dos órgãos nacionais do PSD. Para as 13h00 está prevista a sessão de encerramento deste 42.º Congresso social-democrata e a proclamação de resultados;
- Ao início da noite de sábado, Luís Montenegro subiu uma segunda vez ao púlpito para anunciar os nomes da sua direção a sufragar pelo 42.º Congresso;
- Miguel Albuquerque e José Manuel Bolieiro mantêm-se à frente da presidência da Mesa do Congresso, como presidente e vice-presidente, respetivamente;
- O presidente do PSD anunciou que a antiga ministra da Saúde Leonor Beleza será a primeira vice-presidente do partido, constituindo-se uma direção completamente paritária;
- Da Comissão Permanente, o chamado núcleo duro da direção, saem todos os governantes: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes e António Leitão Amaro, que passam à condição de vogais;
- Luís Montenegro mantém somente um dos atuais vice-presidentes, Inês Palma Ramalho. Juntam-se-lhe, para além de Leonor Beleza, Rui Rocha, Lucinda Dâmaso, Alexandre Poço e Carlos Coelho;
- O primeiro dia de trabalhos da reunião magna em Braga, que acompanhámos aqui ao minuto, ficou marcado pelo discurso de abertura de Montenegro. O líder laranja e primeiro-ministro quis sustentar que não é igual aos antecessores, procurando enunciar diferenças entre o atual Governo e os governos socialistas. Respondeu também a Pedro Nuno Santos, depois de o líder socialista ter sinalizado a opção pela abstenção face à proposta de Orçamento do Estado, recusando neste capítulo a ideia de que o Executivo da Aliança Democrática esteja isolado;
- Em entrevista à RTP, ao final da manhã de sábado, à margem dos trabalhos em Braga, o ministro das Finanças afirmou ter estado "sempre tranquilo" ao longo do processo negocial da proposta de Orçamento do Estado com o PS. "E o Partido Socialista respondeu sempre com responsabilidade", apontou Joaquim Miranda Sarmento;
- "Creio que o PS, no ato de responsabilidade que teve, não se cinge apenas à passagem na generalidade, no próximo dia 31 de outubro, mas em todo o processo orçamental, nomeadamente na discussão na especialidade", enfatizou ontem o titular da pasta das Finanças;
- Todavia, em entrevista à Rádio Renascença e ao jornal Público, o secretário-geral socialista afirmou que o maior partido da oposição não vai "entrar em nenhuma negociação" orçamental em sede de especialidade, nem está obrigado a aprovar tudo;
- E depois da ausência de acordo para um voto a favor do líder do PS, foram os líderes dos governos regionais a causar incómodo, ao não garantirem, para já, a luz verde ao Orçamento do Estado para o próximo ano;
- Igualmente entrevistado pela RTP, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, manifestou a intenção, por parte do Governo, de avançar com o aumento extraordinário para os pensionistas. "O aumento generalizado, nós temos essa vontade, mas ainda não podemos assumir o compromisso porque vai depender da evolução das contas públicas", ressalvou;
- Por sua vez, o ministro da Presidência caracterizou, em entrevista à estação pública, as últimas semanas como uma "novela orçamental", durante a qual o Governo, advogou, continuou a trabalhar. António Leitão Amaro abordou também as próximas eleições presidenciais, reiterando que Luís Marques Mendes "é o que encaixa melhor no perfil" traçado pelo líder social-democrata, Luís Montenegro;
- "Sobre eleições presidenciais, falaremos em 2025". Quem o afirmou foi Luís Marques Mendes, à entrada para o Congresso laranja, já ao fim do primeiro dia de trabalhos. "Quero sublinhar que esta é uma decisão individual, pessoal. Sobre essa matéria, falarei em 2025", insistiu;
- "Há um novo ciclo que Luís Montenegro está a protagonizar, com enorme sentido de Estado. É a grande surpresa política em Portugal, à esquerda e à direita", advogaria ainda Marques Mendes, já depois de explicar a sua presença no Congresso com uma "razão afetiva". "Pedro Nuno Santos manifestou também grande sentido de responsabilidade", acrescentou Marques Mendes, a propósito do anúncio da viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025 por via da abstenção dos socialistas;
- Outro dos momentos que marcou as primeiras horas do 42.º Congresso social-democrata, no sábado, teve como protagonista Sebastião Bugalho, que se tornou militante do partido. O eurodeputado disse-se "bastante feliz com as suas funções". Sobre o facto de ter oficializado agora a sua militância, afirmou: "Entrei mais por gratidão do que por ambição".
Congresso do PSD. Montenegro nega que Governo esteja isolado
"Absolutamente notável". Hugo Soares destaca Beleza e reprova Ventura
Foto: Hugo Delgado - Lusa
"De facto a doutora Leonor Beleza é uma referência do PSD, é uma referência do nosso país e uma referência da sociedade civil também", afirmou.
Quanto a André Ventura, Hugo Soares admitiu que as últimas tomadas de posição do líder do Chega relativamente às negociações do Orçamento do Estado, com acusações dirigidas ao primeiro-ministro, tornam difícil contar com o Chega para o trabalho parlamentar.
Marques Mendes em Braga. "Sobre eleições presidenciais, falamos em 2025"
Foto: Filipa Dias Mendes - RTP
"Pedro Nuno Santos manifestou também grande sentido de responsabilidade", acrescentou Marques Mendes, a propósito do anúncio da viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025 por via da abstenção dos socialistas.
Moedas e as presidenciais. "Temos muito tempo"
PSD rejeita ideia de isolamento em resposta a Pedro Nuno Santos
Montenegro recusa ser herdeiro de "pântanos" e "bancarrotas"
Foto: Filipa Dias Mendes - RTP
A vincar diferenças em relação aos socialistas, afirmou ainda que não é herdeiro de "pântanos" e "bancarrotas".
Montenegro fala em respeito "mútuo" face a Pedro Nuno
Foto: Sérgio Vicente - RTP
Declarações de Luís Montenegro à chegada ao 42.º Congresso do PSD.
Congresso do PSD. Miranda Sarmento espera "responsabilidade" do PS "em todo o processo orçamental"
Foto: André Kosters - Lusa
Para acrescentar: "Reformámos as duas medidas que o Partido Socialista mais contestava, o IRS Jovem e a descida do IRC".
"Creio que nunca contribuímos para esta novela orçamental que o país viveu e que ficou encerrada - e ainda bem, porque o país tem que se concentrar nos enormes desafios que tem pela frente", prosseguiu.Questionado sobre um eventual grau de incerteza quanto à discussão da proposta de Orçamento do Estado na especialidade, Miranda Sarmento mostrou-se convicto de que o PS manterá a posição quanto ao primado das contas públicas.
"Creio que o PS, no ato de responsabilidade que teve, não se cinge apenas à passagem na generalidade, no próximo dia 31 de outubro, mas em todo o processo orçamental, nomeadamente na discussão na especialidade", enfatizou o titular da pasta das Finanças.
Adiante, Joaquim Miranda Sarmento foi questionado sobre a promessa de descida do IRC, algo que não está agora garantido. "Continuo confiante em que a proposta que está no Orçamento do Estado passará. Se isso não acontecer, teremos de avaliar", retorquiu, para dizer, em seguida, que, se a medida cair, tal não deverá colocar em causa a "estabilidade".
Aumento de pensões. "Desde que haja folga mínima, vamos tentar repetir"
Foto: Sérgio Vicente - RTP
"Dentro daquilo que é termos umas contas públicas certas e equilibradas, temos condições - e isso já foi assumido na Função Pública, com um conjunto de carreiras muito significativo, dos professores, das forças de segurança, oficiais de justiça, enfermeiros - para dar outras condições", prosseguiu Pedro Duarte, colocando em seguida a ênfase nas políticas de habitação."Relativamente às pensões e ao aumento extraordinário, já assumimos o complemento solidário para idosos, para os idosos que têm menos recursos, vamos continuar a aumentar o CSI".
"O aumento generalizado, nós temos essa vontade, mas ainda não podemos assumir o compromisso porque vai depender da evolução das contas públicas. Aquilo que é o nosso compromisso é, desde que haja folga orçamental mínima, vamos tentar repetir o que fizemos este ano", rematou.
Relativamente à viabilização do Orçamento do Estado, por via da abstenção sinalizada pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, o ministro dos Assuntos Parlamentares quis "evitar fazer cenários especulativos" sobre o que pode suceder na discussão em sede de especialidade.
Leitão Amaro reitera que Marques Mendes "encaixa" em perfil para Belém
Foto: Filipa Dias Mendes - RTP