Aguiar-Branco com Montenegro. PSD deve ser "alternativa clara e inequívoca"

por RTP
Para o social-democrata, o voto no Conselho Nacional de quinta-feira deverá ser secreto, em respeito para com a “história do partido” François Lenoir - Reuters

José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro da Defesa Nacional e da Justiça, subscreve o desafio colocado por Luís Montenegro à atual liderança do PSD. Para o antigo governante, Rui Rio não foi capaz de construir uma alternativa clara e inequívoca ao PS.

Em entrevista à RTP3, Aguiar-Branco confirmou a renúncia ao mandato de deputado na Assembleia da República e sublinhou que esta decisão não está relacionada com a atual situação do PSD.

O ex-ministro não será candidato nas próximas eleições legislativas. “Não sou candidato a nada, não tenho nenhum interesse particular”, vincou.  

Para o antigo ministro, é essencial que o PSD se afirme como “alternativa clara e inequívoca” ao Partido Socialista.  

“O interesse do país reclama que o PSD seja uma alternativa clara e inequívoca a este Governo, em relação ao Partido Socialista, e que este partido seja uma alternativa a António Costa”, sublinhou.   

Na visão do social-democrata, a discussão interna no partido só clarifica posições a fortalece a posição do mesmo num ato eleitoral.  

Aguiar-Branco considera que Luís Montenegro foi “um extraordinário líder parlamentar num momento muito difícil da vida dos portugueses”.

O ex-ministro afirma ainda que a decisão sobre a liderança do PSD acontecesse através de eleições diretas. Sobre a hora e a data do Conselho Nacional do partido, agendado para quinta-feira às 17h00, Aguiar-Branco considera que haverá dificuldades de participação para aqueles membros que “têm vida para lá da política”.  

Para o social-democrata, o voto neste Conselho Nacional deverá ser secreto, em respeito para com a “história do partido”.  

Aguiar-Branco recusa fazer críticas diretas a Rui Rio ao fim do primeiro ano de mandato, ao não querer levar a questão para o plano pessoal. Afirma apenas que é “inequívoca” a falta de clareza sobre uma posição alternativa por parte do PSD à atual governação de António Costa.

(em atualização)
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