PS festeja vitória, AD assume-se aquém dos objetivos e Chega segura terceiro lugar
Segue-se o Bloco de Esquerda (4,24 por cento, um eurodeputado eleito) e o PCP (4,12 por cento e um mandato).
Seguem-se, sem mandatos eleitos, o Livre (3,75 por cento), o ADN (1,37 por cento) e o PAN (1,21 por cento).
Os restantes partidos não chegaram a um por cento dos votos.Marta Temido: “Os portugueses confiaram no projeto da Europa que temos”
A cabeça de lista do partido vencedor nestas eleições afirmou, na reação aos resultados, que a campanha do PS demonstra a forma como o partido está na política: “Junto das pessoas, com as pessoas, a trabalhar pelas pessoas e para as pessoas”.
“Os portugueses confiaram no projeto da Europa que temos”, declarou Marta Temido.
“O PS conseguiu hoje mais votos do que nas últimas eleições europeias, e eu agradeço-vos por terem respondido ao meu apelo de transformarem a gratidão e a esperança que recebemos nas ruas em votos nas urnas e em mandatos no Parlamento Europeu”, acrescentou. Antes, também em discurso na sede do PS, o secretário-geral do partido considerou que Marta Temido “foi uma grande candidata” e fez uma campanha “fabulosa”, destacando o facto de ter sido a primeira mulher a vencer uma campanha nacional para as europeias.
O líder socialista aproveitou para lançar críticas a Luís Montenegro pela sua atuação na campanha eleitoral. “O Governo nacionalizou esta eleição. Não tenho memória de ter visto um Governo tão envolvido numa campanha para as europeias como nestas”, acusou.
Bugalho assume derrota
No seu discurso, Sebastião Bugalho declarou que este não foi um dia de derrota para a Aliança Democrática. No entanto, o cabeça de lista da AD disse assumir com humildade democrática que a vitória foi de Marta Temido. O primeiro-ministro, acompanhado de Sebastião Bugalho, também admitiu a vitória do PS, afirmando que a AD não cumpriu os objetivos para estas europeias.
Luís Montenegro elogiou os portugueses que votaram e ainda deixou palavras de apreço por José Luís Carneiro, antigo ministro da Administração Interna, que deu início ao processo de voto em mobilidade.
"O objetivo da AD sempre que entra numa eleição é para ter pelo menos mais um voto que qualquer outra fora partidária. E quero assumir como líder desta coligação que nós não cumprimos esse objetivo", afirmou.
Chega propõe-se ir "com tudo" para Bruxelas
O cabeça de lista do Chega admitiu que o partido não alcançou os seus objetivos. "Não vim para ter um tacho, não vim para ser promovido a qualquer coisa, não vim para ter um futuro, porque eu tenho um passado". António Tânger-Corrêa garantiu também que o Chega vai para Bruxelas "com tudo".
O cabeça de lista garantiu que vai "representar Portugal" apesar de lamentar a eleição de apenas dois eurodeputados por parte do Chega. "Nós vamos para lá para fazer a diferença, nós vamos para lá negociar, nós vamos para lá principalmente para representar aquilo que Portugal precisa: os nossos agricultores, os nossos pescadores, os nossos industriais, os nossos produtores, os nossos portugueses que até agora têm sido desprezados".
André Ventura também reconheceu que o Chega não teve um dia bom nestas europeias mas deixou farpas à Iniciativa Liberal por ter pensado ter ficado em terceiro lugar.
"Era ver o entusiasmo deles ao início da noite, ao ultrapassarem o Chega. O frenesim por todas as televisões, jornais e sedes partidárias para no fim da noite se perceber o óbvio: o Chega não venceu mas ninguém nos ultrapassou em ranking de forças políticas".
João Cotrim de Figueiredo: "Em cinco anos estamos em todos os parlamentos"
O cabeça de lista da Iniciativa Liberal às eleições europeias, João Cotrim de Figueiredo, celebrou esta noite o "melhor resultado eleitoral de sempre" do partido.
"Em cinco anos estamos em todos os parlamentos, em cinco anos desmentimos aqueles velhos do Restelo que diziam que o liberalismo não tinha hipóteses em Portugal. Tem, tem sim!", exclamou, sob um grande aplauso. "Hoje provámos, crescemos, crescemos muito e vamos continuar a crescer", acrescentou, liderando o entusiasmo da assistência na palavra de ordem "o liberalismo funciona e faz falta a Portugal".
"Viemos para ficar, viemos para fazer de Portugal um país mais liberal, e estamos aqui para nunca dar tréguas nem aos socialistas nem aos populistas", frisou Cotrim.
A Iniciativa Liberal obteve um dos melhores resultados da noite, com 9,07 por cento dos votos, ultrapassando a votação obtida nas eleições legislativas e elegendo dois eurodeputados, o mesmo número que o Chega, apesar de este se manter como terceira força política.
Catarina Martins: mandato do BE “será pela paz”
A cabeça de lista do BE declarou que, numas eleições “muito difíceis e num momento complicado em toda a Europa, o Bloco de Esquerda mantém representação no Parlamento Europeu”.
“A Europa vive um momento difícil. Viemos a esta campanha a saber do perigo da extrema-direita”, frisou Catarina Martins. A candidata sublinhou que “o mandato do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu será um mandato pela paz e pelo fim do genocídio na Palestina”.
“Não aceitamos o Pacto das Migrações e a vergonha criminalização da imigração, da mesma forma que não aceitaremos nenhum recuo nas liberdades e nos direitos das mulheres ou de ninguém”, vincou.
“A nossa Europa e o nosso país é de iguais e é pela igualdade que lutamos sempre”.
A coordenadora do partido, Mariana Mortágua, afirmou por sua vez que “a inteligência, a determinação, a energia, a competência” com que Catarina Martins fez esta campanha são as mesmas que vão “levar para o Parlamento Europeu onde vai representar a esquerda”.
A bloquista falou ainda numa “derrota da extrema-direita face aos resultados das legislativas”.
João Oliveira prometeu fazer ouvir a voz do povo
João Oliveira falou aos simpatizantes comunistas depois de a CDU ter confirmado a sua eleição nestas Europeias, prometendo continuar a fazer ouvir a voz do povo quando estiver em Estrasburgo.
O cabeça de lista comunista agradeceu a quem fez a "opção corajosa" de votar na coligação, "contrariando o obscurantismo, o conformismo com que se procurava condicionar e aprisionar as consciências". "Não se deixaram condicionar pelo medo, pelos dogmas, sejam eles os do neoliberalismo ou do militarismo, ou pela lógica da política de confrontação como única saída para as relações entre os povos", declarou.
Livre, ADN e PAN sem mandatos
O Livre apontou uma "grande polarização" das europeias. Rui Tavares sublinhou que o partido ficou perto de eleger Francisco Paupério e falou numa noite “triste”.
"É uma noite triste para o Livre. Valorizamos o que conseguimos (...), mas há também frustração por não conseguir a eleição e uma derrota em que o Livre, com um resultado muito perto dos 4%, não consegue eleger", lamentou. "É o tipo de resultado que, em qualquer cenário normal, nos permitiria estar aqui a fazer a festa. Infelizmente não estamos. É uma noite em que o Livre perde as eleições e eu quero assumir essa derrota", disse o porta-voz, perante dezenas de apoiantes no Teatro da Luz, onde o partido acompanhou a noite eleitoral.
Joana Amaral Dias, candidata do ADN, garantiu que o partido honrará “todos os votos”.
No PAN, Inês Sousa Real considerou que os resultados desta eleição são um percalço no percurso do partido. O candidato Pedro Fidalgo Marques assumiu a derrota. "O nosso mandato foi perdido em 2020 e o objetivo de o resgatar era um objetivo difícil, mas nós nunca voltamos as costas a objetivos e a tarefas difíceis, porque quem ficaria a perder e quem ficou a perder foram as causas que o PAN representa", salientou o cabeça de lista.
Extrema-direita alcança resultados históricos na Europa e causa terramoto político em França
França
Alemanha
Espanha
O Vox ascendeu a terceira força política com 9,6 por cento, elegendo seis eurodeputados.
Os Renovadores e Liberais perderam 22 lugares e os Verdes, 20, resultados dececionantes para ambos.
Os grupos de direita e de extrema-direita, os Reformistas e Conservadores Europeus (ECR, na sigla em inglês) e o Identidade e Democracia (ID) mantiveram as votações, elegendo 72 e 58 lugares, respetivamente.
Com estes resultados, o PPE, o ECR e o ID não conseguem maioria se quiserem unir-se para decidir os destinos europeus. Mas a atual coligação entre o PPE, S&D e Renovadores, sim.
Foram eleitos ainda 46 eurodeputados independentes, de partidos não inscritos em qualquer família política europeia e não está claro para onde poderá cair o seu apoio. Alguns pertencem ao partido Fidesz, de extrema-direita, de Viktor Orban e outros à AfD, Alternativa para a Alemanha.
Chega propõe-se ir "com tudo" para Bruxelas
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
"Nós vamos para lá para fazer a diferença, nós vamos para lá negociar, nós vamos para lá principalmente para representar aquilo que Portugal precisa: os nossos agricultores, os nossos pescadores, os nossos industriais, os nossos produtores, os nossos portugueses que até agora têm sido desprezados".
André Ventura também reconheceu que o Chega não teve um dia bom nestas europeias mas deixou farpas à Iniciativa Liberal por ter pensado ter ficado em terceiro lugar.
"Era ver o entusiasmo deles ao início da noite, ao ultrapassarem o Chega. O frenesim por todas as televisões, jornais e sedes partidárias para no fim da noite se perceber o óbvio: o Chega não venceu mas ninguém nos ultrapassou em ranking de forças políticas".
O líder do Chega admitiu que os objetivos não foram alcançados porque o objetivo principal era a vitória nas eleições e afirmou que a extrema-esquerda "tem sido derrotada eleição após eleição".
"Quero deixar claro ao país político. Que não pense que pode extrapolar destas eleições resultados de eleições legislativas ou de outras. Amanhã mesmo, o Chega começará a trabalhar para vencer Portugal e para ganhar, cedo ou tarde, o governo de Portugal".
Inês Sousa Real vê "grande desafio que é lidar com a extrema-direita"
Foto: Manuel de Almeida - Lusa
Livre aponta "grande polarização" das europeias
Marta Temido: "Portugueses confiaram no projeto da Europa que temos"
Foto: José Sena Goulão - Lusa
"O PS conseguiu hoje mais votos do que nas últimas eleições europeias, e eu agradeço-vos por terem respondido ao meu apelo de transformarem a gratidão e a esperança que recebemos nas ruas em votos nas urnas e em mandatos no Parlamento Europeu", acrescentou.
Antes, também em discurso na sede do PS, o secretário-geral do partido considerou que Marta Temido "foi uma grande candidata" e fez uma campanha "fabulosa", destacando o facto de ter sido a primeira mulher a vencer uma campanha nacional para as europeias.
"O Governo nacionalizou esta eleição. Não tenho memória de ter visto um Governo tão envolvido numa campanha para as europeias como nestas", vincou Pedro Nuno Santos.
O líder socialista aproveitou para lançar críticas a Luís Montenegro pela sua atuação na campanha eleitoral. "Esta foi a resposta que o povo português deu à forma como o Governo também quis estar nesta campanha: em campanha permanente", acusou.
Pedro Nuno Santos reafirmou ainda que "não será pelo PS que haverá instabilidade política em Portugal".
Sebastião Bugalho assume derrota para Marta Temido
João Cotrim de Figueiredo: "Em cinco anos estamos em todos os parlamentos"
Foto: António Pedro Santos - Lusa
"Hoje provámos, crescemos, crescemos muito e vamos continuar a crescer", acrescentou, liderando o entusiasmo da assistência na palavra de ordem "o liberalismo funciona e faz falta a Portugal".
"Viemos para ficar, viemos para fazer de Portugal um país mais liberal, e estamos aqui para nunca dar tréguas nem aos socialistas nem aos populistas", frisou Cotrim.
A Iniciativa Liberal obteve um dos melhores resultados da noite, com 9,07 por cento dos votos, ultrapassando a votação obtida nas eleições legislativas e elegendo dois eurodeputados, os mesmo do Chega, apesar de este se manter como terceira força política com 9,79 por cento.
"Uma grande vitória de toda a Iniciativa Liberal", clamou o novo eurodeputado da Iniciativa Liberal. "Obrigado, Rui [Rocha, presidente do partido] e obrigado à equipa da campanha", destacou. "Vocês são os maiores".
A IL "mostra que é possível combater a desesperança, que é possível combater o voto de protesto estéril", afirmou ainda Cotrim de Figueiredo.
"Basta compreender a razão de queixa das pessoas", explicou, concluindo ainda que a IL é "a única força política capaz de combater os oportunistas que apelam ao medo, às inseguranças, às invejas das pessoas a quem o sistema político muitas vezes falhou".
"Eu vou para Bruxelas mas não vou sozinho", festejou. "Levo a Ana Martins comigo!" exclamou, abraçando-se à nova eurodeputada liberal.
João Cotrim de Figueiredo agradeceu ainda aos "21 magníficos" que aceitaram integrar a lista da Iniciativa Liberal, e aos "350 mil portugueses" que "confiaram na IL".
Montenegro anuncia apoio a Costa para presidência do Conselho se decidir ser candidato
"É possível que a presidência do Conselho Europeu seja destinada a um candidato socialista. Se o dr. António Costa for candidato a esse lugar, a AD e o Governo de Portugal não só apoiarão como farão tudo para que essa candidatura possa ter sucesso", afirmou.
Questionado se tal apoio depende da resolução do processo judicial em que o ex-primeiro-ministro viu o seu nome envolvido, respondeu: "Se o dr. António Costa for candidato -- e quem vai decidir se é candidato é ele e a sua família política -- a nossa decisão está tomada".
Partido de Orbán vence com grande vantagem mas menos votos
O partido de Orbán, Fidesz, obteve mais de 43% dos votos, com base em mais de metade dos votos contados e que estão em linha com a projeção do Parlamento Europeu, mas muito abaixo do resultado de 52,5% nas eleições europeias anteriores, em 2019.
Este poderá ser o pior desempenho desde que Orbán regressou ao poder no país da Europa Central em 2010.
O líder de 61 anos está a pagar o preço da ascensão meteórica do movimento Tisza, liderado por um dissidente do Fidesz, Peter Magyar, prestes a obter quase 31% dos votos, de acordo com a projeção do Parlamento Europeu.
Magyar, um advogado de 43 anos, conquistou muitos húngaros em apenas alguns meses e abalou o cenário político ao entrar em cena em fevereiro, aproveitando a indignação pública após um escândalo causado pelo perdão presidencial a um homem condenado por ajudar a encobrir abusos sexuais de menores.
Desde então, derrubou os partidos de oposição existentes, com um discurso conservador e agressivo contra a corrupção que, aos seus olhos, está a arruinar o país.
O escrutínio europeu na Hungria foi marcado por uma participação recorde de mais de 56%.
Sempre muito crítico de Bruxelas, Viktor Orbán, que continua próximo do líder do Kremlin (presidência russa), Vladimir Putin, tem aumentado os ataques contra a União Europeia (UE) e a NATO, acusando as organizações de arrastar os países-membros para uma "confrontação global" a partir da guerra na Ucrânia.
A Hungria preside ao Conselho da UE no próximo semestre, sucedendo à Bélgica.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.
PPE com 189 eurodeputados confirmado como maior bloco no Parlamento Europeu
Luís Montenegro: "Quero assumir que não cumprimos o objetivo"
Foto: Tiago Petinga - Lusa
Paulo Raimundo saúda audácia da juventude
PS vence com curta margem de diferença para a AD
Em terceiro lugar ficou o Chega, que recolheu 9,79 por cento dos votos e dois mandatos, mas também este com pouca diferença para o partido seguinte: a Iniciativa Liberal alcançou o quarto lugar com 9,07 por cento e também dois mandatos.
Segue-se o Bloco de Esquerda (4,24%, um eurodeputado eleito) e o PCP (4,12% e um mandato).
Seguem-se, sem mandatos eleitos, o Livre (3,75%), o ADN (1,37%) e o PAN (1,21%).
Os restantes partidos não chegaram a um por cento dos votos.
Meloni com vitória clara, segundo sondagens à boca das urnas
Projeções divulgadas em Itália e pelo Parlamento Europeu (PE) uma hora após terem encerrado as urnas no país (e na União Europeia, já que Itália era o Estado-membro onde a votação se prolongava até mais tarde, às 23:00 locais) vão no mesmo sentido que as sondagens à boca das urnas, atribuindo aos Irmãos de Itália entre 27,7% (estação televisiva RAI) e 28% (PE), à frente do Partido Democrático (centro-esquerda), que obtém entre 23% (PE) e 23,7% (RAI).
A terceira força política mais votada foi o Movimento 5 Estrelas (populista de esquerda), com 11,1 a 12% dos votos, seguido do Força Itália (centro-direita), com 9,5% a 10,5%, e do partido radical de direita Liga, do eurocético Matteo Salvini, que se queda pelos 8 a 9% dos votos dos italianos, de acordo com as projeções atualizadas.
Face às anteriores eleições europeias, de 2019, e tal como as sondagens ao longo dos últimos meses já antecipavam, regista-se uma troca de papéis entre os partidos da direita radical em Itália, já que há cinco anos a Liga de Salvini obtivera uma vitória inquestionável, com 34,3 por cento dos votos, que lhe valeram 29 dos 76 assentos a que Itália tem direito no Parlamento Europeu, enquanto os Irmãos de Itália se quedaram pelos 6,4%, que lhe conferiram cinco assentos.
Meloni, que preside ao grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ERC, direita radical) no Parlamento Europeu, obtém mesmo, segundo estas sondagens à boca das urnas, um resultado melhor do que nas eleições legislativas de 2022 (24,6%), que lhe permitiram tornar-se a primeira mulher a governar Itália, à frente de um governo de coligação que integra também a Liga e a Força Itália.
O Partido Democrático, agora liderado por Elly Schlein, confirma-se como principal força da oposição, mas não deverá crescer muito face ao resultado obtido há cinco anos (22,7%).
Segundo as projeções do Parlamento Europeu, os "Fratelli d`Italia" elegem 23 deputados (para a bancada do ECR), o Partido Democrático 19 (para a bancada dos Socialistas Europeus), o Movimento 5 Estrelas 10 (ainda sem grupo definido), o Força Itália oito (para a bancada do Partido Popular Europeu, PPE), a Liga sete (para o grupo Identidade e Democracia, ID), e os Estados Unidos da Europa (centro) e a Aliança Europa Verde/Esquerda Italiana elegem cinco cada, respetivamente para as bancadas dos Liberais e dos Verdes.
De acordo com dados ainda provisórios divulgados pelo Ministério do Interior italiano, a taxa de abstenção em Itália aumentou face às anteriores eleições europeias, já que a taxa de participação na eleição deste ano -- realizada ao longo do fim-de-semana, sábado e domingo -- terá rondado os 48%, abaixo da afluência de 54,5% registada em 2019.
Cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da União Europeia (UE) foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior.
Itália é o terceiro Estado-membro com mais assentos no Parlamento Europeu, 76, apenas atrás de Alemanha (96) e França
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Lusa/Fim
Catarina Martins diz que BE vai cumprir "mandato pela paz"
Foto: Paulo Domingos Lourenço - RTP
A candidata sublinhou que "o mandato do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu será um mandato pela paz e pelo fim do genocídio na Palestina".
"Não aceitamos o Pacto das Migrações e a vergonha criminalização da imigração, da mesma forma que não aceitaremos nenhum recuo nas liberdades e nos direitos das mulheres ou de ninguém", vincou.
"A nossa Europa e o nosso país é de iguais e é pela igualdade que lutamos sempre".
A coordenadora do partido, Mariana Mortágua, afirmou por sua vez que "a inteligência, a determinação, a energia, a competência" com que Catarina Martins fez esta campanha são as mesmas que vão "levar para o Parlamento Europeu onde vai representar a esquerda".
A bloquista falou ainda numa "derrota da extrema-direita face aos resultados das legislativas".
João Oliveira promete levar voz do povo ao Parlamento Europeu
Centro-direita segue à frente nas eleições para o Parlamento Europeu
Uma segunda projeção do hemiciclo, baseada em 24 resultados provisórios nacionais, estimativas de Itália e Polónia e dados compostos por sondagens pré-eleitorais e à boca das urnas na Bélgica, alargou a diferença do centro-direita (integra o PSD e o CDS-PP) em relação aos Socialistas e Democratas (S&D, que inclui o PS), que têm 135 eleitos.
Os liberais do Renovar a Europa (que integra o Iniciativa Liberal) são o terceiro maior grupo, com 80 eleitos.
Os dados, anunciados esta noite pelo Parlamento Europeu, atribuem 72 eleitos aos Conservadores e Reformistas (ECR) e 58 eurodeputados ao Identidade e Democracia (ID, a que pertence o Chega).
Os Verdes (inclui o Livre e o PAN) passam de quarto a sexto lugar, com 52 eurodeputados, enquanto a Esquerda Europeia (que integra PCP e Bloco de Esquerda) terá conseguido 36 lugares.
Esta projeção da assembleia europeia coloca ainda 51 eurodeputados no grupo dos não inscritos e 52 recém-eleitos não ligados a nenhum grupo político do parlamento cessante.
Antes da apresentação destes números, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, destacou que a votação, que decorreu entre quinta-feira e hoje, reflete "um sinal de confiança do (nosso) povo, para que o Parlamento Europeu continue a liderar a agenda europeia".
"É também um sinal de que devemos continuar a trabalhar mais", defendeu, garantindo: "A democracia está viva".
O Parlamento Europeu é a única instituição da União Europeia (UE) eleita por voto direto.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.
Nas anteriores eleições de 2019, foram eleitos 751 eurodeputados, quando o Reino Unido ainda fazia parte da UE, mas com a sua saída, passaram a existir 705 lugares.
Na legislatura que agora termina, o PPE tinha 176 eurodeputados, enquanto o S&D tinha 139. Seguiam-se o Renovar a Europa (102), os Verdes (71), o ECR (69) e o ID (49). A Esquerda Europeia tinha 37 parlamentares e havia 62 eurodeputados não inscritos.
Tusk reclama vitória que "é uma luz de esperança para a Europa"
"Esperámos exatamente dez anos pelo primeiro lugar no pódio. Estou feliz. Temos o direito de estar felizes e emocionados", declarou Tusk, após a divulgação das primeiras projeções, que atribuem 38,2% dos votos à sua Plataforma Cívica (PO).
Trata-se da primeira vitória desta força liberal pró-europeia numa década dominada pelos ultraconservadores nacionalistas da Lei e Justiça (PiS), que, apesar de terem vencido as últimas legislativas, em 15 de outubro, não alcançaram maioria parlamentar face a uma coligação pós eleitoral de oposição, liderada por Tusk.
O antigo presidente do Conselho Europeu sustentou hoje que, embora os eleitores esperassem mais resultados do seu governo e dos "tempos visíveis", estes "lindos meses" não foram desperdiçados desde 15 de outubro, uma data em que "os polacos mostraram como é importante a democracia".
Para o atual chefe do Governo, que, desde que chegou ao poder, iniciou uma rota de aproximação com Bruxelas, após grandes divergências entre o executivo comunitário e o anterior governo do PiS, a vitória hoje do PO tem "uma dimensão mais ampla" do que aquela que ditou a mudança nas legislativas.
"Confirmamos que a democracia, a honestidade e o altruísmo são importantes. Mostrámos que somos uma luz de esperança para a Europa. Temos eurodeputados competentes e honestos, e não aqueles que queriam escapar à justiça", disse Tusk.
Segundo as primeiras projeções divulgadas na Polónia às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), o PO obtém 38,2%, elegendo 21 eurodeputados, enquanto o PiS alcança 33,9% e 19 mandatos.
A grande distância das duas principais forças políticas polacas está a Confederação (extrema-direita), com 11,9% e seis eurodeputados.
Os democratas-cristãos da Terceira Via seguem logo atrás, atingindo 8,2% e quatro mandatos, e a Esquerda alcança apenas 6,6% e três representantes.
No total, estes dois partidos e o PO de Tusk, que formam a coligação no governo, totalizam 53% e 28 mandatos, um resultado superior à soma de 45,8% e 25 eleitos da oposição do PiS e da Confederação.
Nenhum outro partido ultrapassou o limite de elegibilidade de 5%.
A elevada abstenção de 61% acabou por beneficiar os partidos europeístas, já que muitos eleitores das regiões rurais, tradicionalmente fiéis às forças conservadoras e eurocéticas, não foram votar.
Estas eleições europeias marcam uma inversão de tendência nos últimos dez anos na Polónia, em que o PiS, liderado pelo dirigente histórico Jaroslaw Kaczynski, surge pela primeira vez como partido derrotado.
O líder do PiS reconheceu a sua deceção com os resultados, mas indicou esperança de melhorá-los nos próximos desafios, já a começar nas presidenciais no próximo ano.
"Sabemos o que fazer para aumentar este resultado. Vamos unir-nos e não há dúvida de que o caminho para a vitória nas eleições mais importantes, primeiro as presidenciais e depois as parlamentares, está aberto", declarou.
A campanha eleitoral foi inteiramente dominada pelo tema da segurança militar, económica e energética, cuja importância é reconhecida por 95% dos polacos, segundo as sondagens, e por toda a classe política da Polónia, país membro da NATO e da UE, vizinho da Rússia e que está entre os mais fortes apoiantes de Kiev.
A Polónia presidirá à UE no primeiro semestre de 2025, sucedendo à Hungria.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.
Espanha. Direita vence europeias à frente dos socialistas de Pedro Sánchez
O Vox conseguiu 9,6 por cento e contribui agora com seis eurodeputados para o grupo dos Conservadores e Renovadores (ERC), o dobro dos eleitos em 2019.
O Acabou-se a Festa, um novo partido também considerado populista e de extrema-direita e que ainda não está dentro de qualquer grupo no Parlamento Europeu, conseguiu 4,59 por cento dos votos.
A coligação de partidos nacionalistas do País Basco e Canárias (CEUS) manteve o eurodeputado que já elegeu em 2019 e que integra o grupo Renovar a Europa.
À esquerda, o Somar teve 4,65 por cento dos votos e elegeu três eurodeputados e o Podemos 3,38 por cento e dois deputados. O Somar elegeu pela primeira vez para o Parlamento Europeu e deverá integrar, tal como o Podemos, o grupo de Esquerda (GUE/NGL).
Já coligação Agora Repúblicas (independentistas de esquerda do País Basco, Galiza e Catalunha), que forma parte do grupo dos Verdes no Parlamento Europeu, teve 4,91 por cento dos votos e manteve os três eurodeputados que já tinha.
Por fim, o partido Juntos pela Catalunha (JxCat), do ex-presidente autonómico Carles Puigdemont e que não está inscrito em nenhum grupo do Parlamento Europeu, conseguiu 2,54 por cento dos votos e um eurodeputado (perdeu dois).
A participação no escrutínio foi de 49,22 por cento, menos 11,5 pontos percentuais do que em 2019, quando as eleições europeias em Espanha coincidiram com autárquicas e várias eleições regionais.
Cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da União Europeia (UE) foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior.
Meloni com vitória clara, segundo sondagens à boca das urnas
De acordo com a sondagem divulgada pela estação televisiva estatal italiana RAI assim que encerraram as urnas no país (e na União Europeia, já que Itália era o Estado-membro onde a votação se prolongava até mais tarde, às 23:00 locais), os Irmãos de Itália obtiveram entre 26% e 30% dos votos, à frente do Partido Democrático (PD, centro-esquerda), que teve entre 21% e 25%.
A terceira força política mais votada foi o Movimento 5 Estrelas (populista de esquerda), com 10% a 14% dos votos, seguido do Força Itália (centro-direita), com 8,5% a 10,5%, e do partido de extrema-direita Liga, do eurocético Matteo Salvini, que se situa entre os 8% e os 10%, de acordo com a sondagem efetuada pelo consórcio Opinio Italia para a RAI.
Uma outra sondagem à boca das urnas, divulgada pela estação televisiva Sky, dá também a vitória aos Irmãos de Itália com um resultado em torno dos 26,5%, seguido do PD com 23%, enquanto o Movimento 5 Estrelas é terceiro com 12,5% e o Força Itália supera a Liga (9,5% contra 9%), resultados em linha com a sondagem da RAI.
Face às anteriores eleições europeias, de 2019, e tal como as sondagens ao longo dos últimos meses já antecipavam, regista-se uma troca de papéis entre os partidos da direita radical em Itália, já que há cinco anos a Liga de Salvini obtivera uma vitória inquestionável, com 34,3% dos votos, que lhe valeram 29 dos 76 assentos a que Itália tem direito no Parlamento Europeu, enquanto os Irmãos de Itália obtiveram 6,4%, que lhe atribuiu cinco assentos no hemiciclo europeu.
Meloni, que preside ao grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ERC, direita radical) no Parlamento Europeu, obtém mesmo, segundo estas sondagens à boca das urnas, um resultado melhor do que nas eleições legislativas de 2022 (24,6%), que lhe permitiram tornar-se a primeira mulher a governar Itália, à frente de um governo de coligação que integra também a Liga e a Força Itália.
O Partido Democrático, agora liderado por Elly Schlein, confirma-se como principal força da oposição, mas não deverá crescer muito face ao resultado obtido há cinco anos (22,7%).
Cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da União Europeia (UE) foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior.
Itália é o terceiro Estado-membro com mais assentos no Parlamento Europeu, 76, apenas atrás de Alemanha (96) e França (81).
Mais de 96% dos votos contados
Os restantes partidos ficam abaixo, não chegando a um por cento.
João Oliveira saúda abordagem à guerra da campanha da CDU
Nuno Melo: "Populismos e extremismos vão ficar muito abaixo das suas expectativas"
Foto: Tiago Petinga - Lusa
Melo referiu ainda que "os populismos e os extremismos vão ficar muito abaixo das suas expectativas" e que "vão perder em Portugal, o que significa que ser muleta do PS em Portugal não compensa".
Presidente do Conselho deverá ser socialista, diz António Costa
Para cargos europeus "há sempre uma extensa lista de ex-primeiros-ministros excelentes. Há uma pequena diferença é que os que estão em exercício são os que estão à volta da mesa [para escolher os nomes] e isso faz tudo uma grande diferença", afirmou, na CMTV António Costa, evitando responder se está disponível para um cargo europeu.
"Há sempre muitas hipóteses. Há cinco anos, quando entrámos para o Conselho [Europeu], a senhora Von der Leyen não era um nome que fosse referido para nenhum dos lugares", recordou o antigo governante.
"Por isso vamos ver", limitou-se a dizer António Costa, explicando que, na próxima semana, o Conselho Europeu deve reunir-se para discutir os nomes para os cargos, tendo em conta as eleições europeias deste fim de semana.
No seu entender, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, "tem todas as condições para ser reeleita", porque o "PPE vai continuar a ser a primeira força" e "nenhum dos grupos da extrema-direita consegue ultrapassar os liberais" no Parlamento.
"Eu diria que a presidente da Comissão Europeia será do PPE e o Conselho Europeu dos socialistas", comentou António Costa, considerando ainda que o "Parlamento Europeu há-de rodar entre os socialistas e os liberais" ou "entre o PPE e os liberais".
"Estes resultados europeus são muito interessantes", afirmou Costa, salientando que o crescimento da extrema-direita não coloca em causa a estabilidade do sistema europeu de partidos.
"Aquilo que é muito claro é que entre o PPE [Partido Popular Europeu, centro-direita], socialistas e liberais há uma maioria clara", o que assegura uma "perspetiva de estabilidade em relação à orientação da política europeia", afirmou António Costa, que comentou a possível subida da Iniciativa Liberal, em Portugal, no quadro global.
"Sempre disse que um deputado da IL valeria mais que três deputados do Chega", porque este partido pertence a um "grupo político que está fora do consenso europeu".
Primeiro-ministro belga apresenta demissão
"Vou concentrar-me totalmente nos assuntos atuais e preparar tudo para uma boa transmissão ao meu sucessor ou sucessores", declarou.
Ao avaliar os resultados obtidos, De Croo admitiu que para já o seu partido tem "muito mais perguntas do que respostas", mas observou que se trata de uma força "combativa e resiliente".
Participação estimada em 51% em toda a Europa, a mais elevada em 30 anos
A previsão supera a participação de 50,66 por cento verificada em 2019. A confirmar-se, será a mais elevada desde 1994.
O Parlamento Europeu estimou assim a afluência às urnas em 51%, nas eleições que decorreram entre 06 de junho e hoje.
Ao anunciar os dados, o porta-voz do hemiciclo europeu, Jaume Duch, qualificou esta pequena subida como "um sinal positivo para a democracia europeia".
Em 2019, a taxa de participação nas eleições europeias havia sido de 50,66%, o que se compara com 42,61% em 2014, 42,97% em 2009 e 45,47% em 2004.
Em Portugal, as eleições para o Parlamento Europeu registaram hoje em território nacional uma taxa de abstenção de 63,6%, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Iniciativa Liberal festeja resultado nas eleições europeias
Bernardo Blanco afirmou que o resultado da Iniciativa Liberal é bom para os que em Portugal querem empreender.
Fernando Rosas lamenta noite vitoriosa da extrema-direita
Livre confiante na eleição, mas espera até todos os votos estarem contados
"Estamos na disputa pela eleição do Francisco Paupério como deputado para o parlamento europeu, será o primeiro de deputado europeu do Livre. Até à contagem do último voto estamos na expectativa. As probabilidades são francamente boas, mas vamos guardar esses resultados para o fim", disse Rui Tavares.
Foi ao porta-voz do partido que coube a reação às primeiras projeções para os resultados das eleições para o Parlamento Europeu divulgadas pela RTP, SIC e TVI/CNN, que apontam a possibilidade de o Livre eleger entre zero e um mandatos.
Antes de Rui Tavares subir ao palco do Teatro da Luz, onde foi montado o "quartel-general" para a noite eleitoral, a divulgação das projeções foi recebida sem reações efusivas e em silêncio.
Apesar da cautela, Rui Tavares disse que, para já, sabe-se que o Livre "volta a crescer em mais uma eleição", num cenário em que a extrema-direita, representada pelo Chega, desce.
"É uma esquerda verde europeia com a qual, a partir de agora, é preciso contar para a governação em Portugal e é uma esquerda verde europeia que veio para ficar no nosso país", defendeu.
Com a eleição de Francisco Paupério, seria a primeira vez que o Livre elege um eurodeputado, depois de em 2019 ter conseguido obter cerca de 60 mil votos (1,83%).
O porta-voz do Livre congratulou-se ainda pelos resultados obtidos pelos parceiros dos Países Baixos, Dinamarca e Polónia que também integram os verdes europeus.
"São três estados-membros em que coligações integradas pelos verdes europeus ou em que concorrem, no caso da Dinamarca, sozinhos vencem as eleições. Isso também nos indica que esta é a família política para fazer frente à extrema-direita", sublinhou, recebido por aplausos.
À chegada ao Teatro da Luz, o cabeça de lista, Francisco Paupério, disse estar tranquilo e orgulho do trabalho do Livre, independentemente do resultado das eleições, mas disse estar confiante no crescimento do partido e esperar um discurso de vitória.
PAN assume derrota após projeções
"Não estamos satisfeitos com a não eleição do Pedro Fidalgo Marques ao Parlamento Europeu e, portanto, nós gostaríamos de muito repor a verdade e repor a eleição de Pedro Fidalgo Marques, mas não foi possível", salientou Ernesto Morais no quartel-general do partido para a noite eleitoral, no Teatro Thalia, em Lisboa.
Polónia. Coligação pró-europeia do primeiro-ministro à frente nas projeções
De acordo com os dados divulgados após o fecho das urnas na Polónia, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), o PO obtém 38,2%, elegendo 21 eurodeputados, enquanto o PiS alcança 33,9% e 19 mandatos, sendo a primeira vez que perde uma eleição em cerca de dez anos.
A grande distância das duas principais forças políticas polacas está a Confederação (extrema-direita), com 11,9% e seis eurodeputados.
Os democratas-cristãos da Terceira Via seguem logo atrás, atingindo 8,2% e quatro mandatos, e a Esquerda alcança apenas 6,6% e três representantes.
No total, estes dois partidos e o PO de Tusk, que formam a coligação no governo, totalizam 53% e 28 mandatos, um resultado superior à soma de 45,8% e 25 eleitos da oposição do PiS e da Confederação.
Projeção 20h15: Novo Parlamento Europeu
"Este não era o resultado que desejávamos", reage André Ventura
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
Europeias. Ursula von der Leyen felicitou CDU alemã
Portugal, Letónia e Lituânia, os países da UE onde se vota em mobilidade
Chega admite que resultado será inferior ao pretendido
Numa curta declaração aos jornalistas no hotel que o partido escolheu para acompanhar a noite eleitoral das eleições para o Parlamento Europeu, o deputado salientou que "o Chega está a partir de hoje em todos os parlamentos onde é possível".
As projeções dos canais televisivos indicam que o Chega poderá eleger entre um e três eurodeputados e o líder parlamentar admitiu que este não era o resultado esperado.
"Não era o resultado que nós queríamos", disse, indicando que o partido vai "aguardar com serenidade e com expectativa" a evolução dos resultados e da noite eleitoral.
Numa análise ao que está a acontecer no estrangeiro, Pedro Pinto defendeu também que a "Europa voltou à direita".
"Aguardamos com expectativa os resultados. Certamente será uma noite boa para a Europa e para o Chega, que consegue entrar no Parlamento Europeu.
As sondagens divulgadas pelas televisões indicam que o Chega poderá eleger dois ou três eurodeputados.
Taxa de abstenção foi 63,6%
Às 20:00, numa altura em que já estavam encerradas as urnas em todo o território português, a taxa de afluência era de 36,48%.
Os números da abstenção na eleição de hoje (63,6%) são semelhantes ao do escrutínio de 1994, em que Portugal atingiu os 64%, o pior resultado do século passado.
Há cinco anos, Portugal tinha visto a taxa de abstenção em eleições europeias atingir quase 70%, uma participação eleitoral que registou mínimos históricos desde as primeiras eleições para o Parlamento, em 1987.
Nessas eleições para o Parlamento Europeu, foram votar apenas 30,75% dos mais de 10,7 milhões de eleitores inscritos.
Este foi um registo que confirmou a tendência decrescente da adesão dos eleitores portugueses às eleições para o Parlamento Europeu, visto que em 2014 já tinha sido batido um novo recorde de abstenção, com 66,33% dos eleitores a falharem a chamada às urnas.
Desde então, nunca mais se conseguiu baixar da barreira dos 60% em todos os momentos eleitorais posteriores.
Macron anuncia dissolução da Assembleia Nacional após vitória da extrema-direita nas eleições europeias
En permettant au Rassemblement National de dépasser 30% des voix, les Français ont rendu leur verdict, et celui-ci est sans appel.
— Jordan Bardella (@J_Bardella) June 9, 2024
Nos compatriotes ont exprimé ce soir une volonté de changement.
Un vent d'espérance s'est levé sur la France et il ne fait que commencer ! pic.twitter.com/kJGLErpbuN
“Estamos prontos para exercer o poder se o povo francês depositar a sua confiança em nós nestas futuras eleições legislativas”, afirmou Marine Le Pen.
Partido Popular Europeu vence eleições com 46 lugares à frente de socialistas - projeção
Segundo a primeira projeção, divulgada esta noite, o PPE (que integra PSD e CDS-PP) mantém-se como a principal força política europeia, seguido pelo grupo dos Socialistas e Democratas (S&D, inclui o PS), que conquistou 135 lugares e continua como segunda maior bancada.
Nesta primeira projeção do hemiciclo, baseada em 11 estimativas nacionais e 16 dados pré-eleitorais, o Renovar a Europa (que inclui Iniciativa Liberal) mantém-se no terceiro lugar, com 82 eleitos.
O grupo dos Conservadores e Reformistas (ECR) consegue 71.
A extrema-direita do Identidade e Democracia (I&D, que inclui Chega) conquista 62 eurodeputados, enquanto os Verdes (que inclui Livre e PAN) obtêm 53 lugares.
A Esquerda Europeia (que integra PCP e Bloco de Esquerda) terá conseguido 34 lugares.
Falando antes da apresentação destes resultados preliminares, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse esperar que "o maior número de pessoas façam uso desta responsabilidade e desta oportunidade".
Extrema-direita vence na Áustria cumprindo as previsões
O Freiheitliche Partei Österreichs (FPÖ) venceu com 27%, segundo as primeiras projeções divulgadas pelo PE e em linha com o que as sondagens perspetivavam, o que lhe dará seis dos 20 lugares a que a Áustria tem direito no hemiciclo.
O FPÖ faz parte do grupo Identidade e Democracia (ID) no Parlamento Europeu, que agrega uma parte das forças políticas de extrema-direita dos países da União Europeia.
O Partido Popular Austríaco (Österreichische Volkspartei, ÖVP) foi o segundo mais votado com 23,50%, conquistando cinco lugares no PE para o Partido Popular Europeu (PPE).
O Partido Social-Democrata (Sozialdemokratische Partei Österreichs, SPÖ) elegeu também cinco eurodeputados para os Socialistas & Democratas (S&D).
Os Verdes - Alternativa Verde (Die Grünen -- Die Grüne Alternative) conquistaram 10,50% dos votos e elegeram dois eurodeputados, o mesmo número que os liberais do NEOS -- Das Neue Europa.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu (PE), elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.
Centro-esquerda à frente mas extrema-direita dispara nos Países Baixos
Nos Países Baixos, o primeiro Estado-membro da União Europeia (UE) a votar, na quinta-feira passada, a lista liderada por Frans Timmermans conseguiu eleger oito eurodeputados (quatro para o grupo dos Socialistas e Democratas e quatro para os Verdes), com 21,60% dos votos, mais um que o Partido para a Liberdade (PVV), de Geert Wilders, que venceu as legislativas há seis meses.
Wilders, cujo partido pertence ao grupo de extrema-direita Identidade e Democracia (ID), dispara assim a sua representação no hemiciclo europeu, onde tinha neste mandato um lugar, ao alcançar 17,7% dos votos.
Em terceiro lugar, o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), do primeiro-ministro cessante, Mark Rutte, membro do grupo dos Liberais (Renovar a Europa), teve 11,60% dos votos e quatro eleitos.
A taxa de participação foi de 46,6%.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu (PE), elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.
PS e AD surgem empatados com ligeira vantagem dos socialistas, IL poderá passar Chega
Esta sondagem foi realizada pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP no dia 9 de junho de 2024. O universo alvo é composto pelos votantes nas eleições Europeias. Foram selecionadas vinte e quatro freguesias do país, tendo em conta a distribuição dos eleitores por Regiões NUTSII, de modo a garantir que as médias dos resultados eleitorais das últimas eleições nesse conjunto de freguesias (ponderado o peso eleitoral das suas Regiões NUTSII de pertença) estivessem a menos de 1 ponto percentual dos resultados nacionais das cinco candidaturas mais votados em cada eleição. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente à saída dos seus locais de voto e foi-lhes pedido uma simulação de voto em urna. Foram obtidos 14185 inquéritos válidos. A taxa de resposta foi de 77%.
Pedro Nuno Santos: "Vamos ver se há alguma diferença ou não face a março"
Marta Temido: "A expectativa é que seja uma noite boa"
Foto: José Sena Goulão - Lusa
Temido considera ainda que o voto em mobilidade dificilmente pode ser implementado noutras eleições, nomeadamente nas legislativas.
Europeias 2024. Cabeças de lista elogiam voto em mobilidade
Cabeça de lista do PAN saúda descida da abstenção
Luís Montenegro faz "profunda homenagem" à máquina eleitoral
Foto: Tiago Petinga - Lusa
Luís Montenegro elogiou toda a logística desta eleição e afirmou não manifestar-se sobre resultados.
Assembleias de voto em Portugal Continental e Madeira fecharam às 19h00
Para estas eleições europeias estavam recenseados um total de 10.819.317 cidadãos nacionais e 11.255 cidadãos estrangeiros, que perfazem um total de 10.830.572 de eleitores inscritos.
No estrangeiro estavam inscritos cerca de 1.5 milhões de eleitores portugueses, dos quais pouco mais de 900 mil vão votar dentro da Europa e 643 mil estão inscritos fora do continente europeu.
Em Portugal, concorreram a estas eleições europeias, das quais sairão os 21 eurodeputados nacionais, 17 partidos e coligações.
Nas eleições europeias de 2019, com uma abstenção de 69,25%, Portugal contrariou a tendência europeia de maior adesão à eleição dos eurodeputados, e teve o terceiro pior registo da União Europeia ao nível de participação, ficando apenas à frente da Eslováquia e da Croácia.
Entre quinta-feira e hoje, cerca de 373 milhões de eleitores europeus nos 27 Estados-membros da União Europeia elegem os 720 novos membros do Parlamento Europeu.
Abstenção caiu nas Europeias para entre 60 a 63%
Em Portugal, as Europeias registam por norma altos níveis de abstenção: em 1987 foi de apenas 27 por cento, mas escassos anos depois subiu para 48 por cento.
A partir de 1994, a taxa de abstenção foi sempre superior a 50 por cento e atingiu um máximo histórico em 2019: 69 por cento dos eleitores portugueses não votaram.
A participação deste ano, diz o estudo da Católica, pode chegar aos 40 por cento, o que contrasta com os 30,73 por cento de 2019.
Bugalho agradado com participação nas eleições europeias
Foto: Tiago Petinga - Lusa
"Posso-lhe dizer que estou sorridente e que vou continuar sorridente".
"Não tenho razões para estar nervoso, tenho razões para estar orgulhoso do que trabalho que fizemos ao longo desta campanha", afirmou o cabeça de cartaz da AD.
Afluência às urnas significativa na Guarda
Histórico de abstenção e de vencedores ao longo dos anos em Portugal
França. Votaram 1.100 eleitores no consulado português até meio da tarde
É quase o dobro do registado nas anteriores eleições europeias de 2019, refere o repórter da RTP, José Manuel Rosendo. As urnas encerraram entretanto no consulado português em França.
Na última hora de ato eleitoral, Cidade Universitária começa a ficar mais vazia
Voto em mobilidade ajuda eleitores em Trancoso
Eleitores mais velhos são a maioria a votar em Faro
Afluência de 34% por cento até às 18h00
Afluência às urnas de 32,73% até às 17h30
Emissão especial de informação da RTP a partir das 18h00
Todos os momentos-chave desta operação podem também ser conferidos nas plataformas digitais da RTP, que, desde as primeiras horas da votação, acompanharam em artigo ao minuto a evolução do processo.
As mesas de voto abriram, este domingo, às 8h00 e estarão em funcionamento até às 19h00 em Portugal continental e na Madeira. Nos Açores, abriram e fecham uma hora mais tarde, relativamente à hora de Lisboa.Os eleitores portugueses puderam votar em mobilidade, em qualquer região do país.
Pelas 11h30, um pico de afluência, coincidente com uma atualização de segurança, ditou um abrandamento do sistema do voto em mobilidade. Ainda assim, o processo eleitoral não deixou de decorrer com normalidade, como indicou a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
"Confirmamos que cerca das 11h30 ocorreu uma situação de atualização de segurança do sistema, pré-agendada, que tendo coincidido com um dos picos de afluência de eleitores às urnas, provocou, durante algum tempo, um abrandamento na operacionalidade do sistema", adiantou a estrutura.Os cabeças de lista dos partidos que se apresentam a estas Eleições Europeias votaram durante o período da manhã.
Por sua vez, o presidente da República, que optou há uma semana pelo voto antecipado, quis deixar um apelo à participação, sustentando que não execer o direito de voto equivale a "meter a cabeça na areia". Mais tarde, referindo ao voto em mobilidade, o chefe de Estado tratou de colocar a ênfase na facilidade que os portugueses encontraram, neste escrutínio, para se dirigirem às urnas: "Que tem funcionado optimamente, tem. As preocupações com problemas no sistema não tinham razão de ser". Já o presidente da Assembleia da República votou ao final da manhã deste domingo, no Porto. José Pedro Aguiar-Branco recordou a importância do voto e sublinhou que a Europa precisa de força e de sentido de unidade para poder continuar a representar os princípios da liberdade.
Eleições Europeias chamam às urnas mais de 360 milhões de eleitores
Presidente da República alerta que Europa vive o pior momento dos últimos 30 anos
Ramalho Eanes alerta para a importância destas Eleições Europeias
Foto: João Relvas - Lusa
"Estamos numa situação em que qualquer fagulha política pode inflamar e provocar uma guerra de proporções impensáveis", alertou Ramalho Eanes.