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Legislativas 2025. Os resultados e as reações dos partidos

por Mariana Ribeiro Soares, Inês Moreira Santos, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

A AD venceu as eleições legislativas deste domingo com 32,10 por cento dos votos. Mas a ascensão que inscreve o escrutínio na história cabe ao Chega, ao igualar o PS com os mesmos 58 assentos no Parlamento. Com o resultado da emigração por apurar, Pedro Nuno Santos anunciou a demissão da liderança dos socialistas. Acompanhámos aqui, ao minuto, todos os momentos da noite eleitoral.

Miguel A. Lopes - Lusa

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Momento-Chave
por Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Andreia Martins, Inês Moreira Santos - RTP

AD sai vencedora, Chega apanha PS e Livre é o único a subir à esquerda

Foto: Violeta Santos Moura - Reuters

Numa noite eleitoral com várias surpresas, a Aliança Democrática venceu as eleições e conseguiu reforçar a percentagem de votos e o número de deputados no Parlamento. O segundo lugar permanece uma incógnita até que sejam apurados os resultados do estrangeiro, com Partido Socialista e Chega num braço-de-ferro pelo maior número de mandatos. A aproximação do partido de André Ventura levou Pedro Nuno Santos a apresentar a demissão da liderança do PS. O Livre subiu a quinta força política, enquanto o Bloco de Esquerda foi superado pela CDU. Há ainda um novo partido com representação parlamentar: o Juntos Pelo Povo.

Com 32,10 por cento dos votos e 86 deputados, a Aliança Democrática conquistou a vitória nas legislativas deste domingo. A este resultado juntam-se os 0,62 por cento (três mandatos) da AD na Madeira, que nessa região inclui o Partido Popular Monárquico (PPM).

"O povo quer este Governo e não quer outro. O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro", destacou. "Espera-se sentido de Estado, sentido de responsabilidade, respeito pelas pessoas e espírito de convivência na diversidade mas também de convergência e salvaguarda do interesse nacional".

Questionado pelos jornalistas sobre as condições de governabilidade, o líder social-democrata afiançou: "Não me parece que haja outra solução de Governo que não aquela que dimana da vontade livre, democrática e convicta do povo português".

Luís Montenegro foi ainda questionado sobre o caso Spinumviva, sublinhando que a "razão objetiva" que conduziu às eleições "foi a rejeição de uma moção de confiança" na Assembleia da República.

Após esta eleição, "a moção de confiança que o povo endereçou hoje ao Governo é suficiente para que todos assumam as respetivas responsabilidades", assinalou Montenegro, exigindo ainda "maturidade" das forças políticas.


Perante o empate entre PS e Chega em número de deputados, só se ficará a saber quem irá liderar a oposição quando forem conhecidos os resultados do estrangeiro. Em jogo estão ainda quatro assentos: cada um tem agora 58 mandatos, com o PS a arrecadar 23,38 por cento dos votos e o Chega 22,56 por cento.

Confrontado com esta vitória para o Chega e derrota para o PS, o socialista Pedro Nuno Santos apresentou a demissão e anunciou eleições internas no partido.

“Pedirei eleições internas às quais não serei candidato”, declarou o secretário-geral socialista no seu discurso ao final da noite. “Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve, obrigado a todos”.

Questionado pelos jornalistas sobre o que correu mal, Pedro Nuno considerou ser cedo para avaliações, mas concluiu que os "partidos que provocaram a instabilidade foram premiados".

"Nós fizemos o nosso melhor, denunciámos aquilo que estava mal na governação (...). Não foi suficiente"
, afirmou, acrescentando não ser "a pessoa certa para fazer juízos".Chega declara fim do bipartidarismo
André Ventura disse ter feito história esta noite ao tornar o Chega "o segundo maior partido" nas eleições legislativas. "Podemos declarar oficialmente, e com segurança, que acabou o bipartidarismo", vincou.

Sobre futuros cenários de governabilidade, o líder do Chega afirmou que o próximo Governo "depende do Chega e só do Chega", mas não esclareceu se viabilizará o programa do próximo Executivo no Parlamento.

“Podemos assegurar ao país algo que não acontecia desde 25 de Abril de 1974”, declarou.

“O Chega superou o partido de Mário Soares, de António Guterres. O Chega matou o partido de Álvaro Cunhal. O Chega varreu do mapa o Bloco de Esquerda”.
IL mantém, Livre e CDU sobem, Bloco desce
Em quarto lugar, tal como no ano passado, ficou a Iniciativa Liberal. O partido de Rui Rocha passou a nove deputados, mais um do que em 2024, conquistando 5,53 por cento dos votos.

"Não foi possível crescer mais, assumo esse ponto. Mas olhando para trás, para esta legislatura, para a campanha que fizemos, eu não teria feito nada diferente", afirmou, dizendo estar disponível "para as conversas dos próximos dias e para todos os contactos".

O Livre foi uma das surpresas desta noite eleitoral, pulando para quinta força política com 4,20 por cento dos votos e seis deputados (mais dois do que já tinha conquistado)."Nós vamos dinamizar um grande movimento democrático e progressista no nosso país, porque este é o início da reviravolta", garantiu Rui Tavares.

"Nós não nos conformamos, nós não baixamos os braços, e nós não achamos que seja normal ter um país em que a direita se radicalizou e está num crescendo muito grande, com a extrema-direita com tantos deputados", acrescentou.

Já a CDU perdeu um mandato, ficando agora com apenas três (depois de obter 3,03 por cento dos votos), mas conseguiu passar à frente do Bloco de Esquerda. Paulo Raimundo prometeu que o partido enfrentará com "muita coragem" a direita e a extrema-direita.

O porta-voz da CDU saudou, "de forma particular, a juventude" que deu a "esta campanha eleitoral uma expressão de grande dinâmica, de grande audácia, uma expressão eleitoral que teve frutos no presente e vai ter frutos no futuro".

O Bloco de Esquerda foi um dos derrotados da noite, ficando-se pelos dois por cento de votos (menos de metade em relação ao ano passado) e elegendo apenas a deputada Mariana Mortágua.

A perda de quatro deputados foi reconhecida pela coordenadora do BE como uma derrota. “Assumir essa derrota é o primeiro passo para fazermos em conjunto a reflexão que temos de fazer", considerou, aproveitando para garantir "a toda a esquerda em Portugal" que "o Bloco de Esquerda está aqui"."Temos muito trabalho pela frente para construir a esquerda e alargá-la, e para enfrentar a extrema-direita", acrescentou Mortágua.

O PAN conseguiu, por sua vez, manter a deputada única Inês Sousa Real, apesar de ter decrescido em número de votos: alcançou 1,36 por cento. "Gostaríamos de ter elegido um grupo parlamentar", admitiu a porta-voz, acrescentando que "o voto útil acabou por prejudicar mais uma vez a pluralidade democrática".

"Hoje é um dia triste do ponto de vista democrático para vários partidos e não apenas o PAN", frisou Inês Sousa Real, referindo-se ao crescimento da direita.

Por fim, com 0,34 por cento dos votos, o Juntos Pelo Povo alcançou representação parlamentar, elegendo um deputado. Filipe Sousa considerou preocupante o crescimento do Chega nestas eleições.

"Quando os governos falham, os extremismos aumentam. E a verdade é que o crescimento do Chega é preocupante", declarou aos jornalistas.
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Momento-Chave
por RTP

Luís Montenegro: "O povo quer este Governo e não quer outro"

O presidente do PSD vincou no discurso de vitória que os portugueses "não querem mais eleições antecipadas" e que caberá às oposições "respeitar e cumprir a vontade popular".

"O povo quer este Governo e não quer outro. O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro", destacou.

"Espera-se sentido de Estado, sentido de responsabilidade, respeito pelas pessoas e espírito de convivência na diversidade mas também de convergência e salvaguarda do interesse nacional", afirmou Luís Montenegro.

Os portugueses "querem uma legislatura de quatro anos" e "exigem" que "respeitem e que honrem a sua palavra livre e democrática". No entanto, prometeu que será o Governo para "todos, todos, todos". 

Questionado pelos jornalistas sobre as condições de governabilidade, o líder social-democrata afiançou: "Não me parece que haja outra solução de Governo que não aquela que dimana da vontade livre, democrática e convicta do povo português".

Luís Montenegro sublinhou que apenas outro Governo seria possível "do ponto de vista aritmético": uma coligação entre PS e Chega, mas não considerou que esse possa ser um "cenário crível".

"Sim é sim" a Portugal

Quanto ao "não é não" declarado ao Chega de André Ventura em 2024, o líder do PSD afirmou apenas que cumpre os seus "compromissos".

"Temos palavra e cumprimos a nossa palavra", acrescentou. Recusou-se ainda a "teorizar" quanto aos próximos passos, nomeadamente quanto às reuniões que cada partido terá no Palácio de Belém.

Disse manter o compromisso e o espírito de "sim é sim" a Portugal. 

"Tenho a certeza que vai acabar por imperar o sentido de responsabilidade", vincou ainda.

Luís Montenegro foi ainda questionado sobre o caso Spinumviva pelos jornalistas, o que desencadeou vários apupos dos apoiantes presentes na sede de campanha da AD.

O líder social-democrata sublinhou que a "razão objetiva" que conduziu às eleições "foi a rejeição de uma moção de confiança" na Assembleia da República.

Após esta eleição, "a moção de confiança que o povo endereçou hoje ao Governo é suficiente para que todos assumam as respetivas responsabilidades", assinalou Montenegro, exigindo ainda "maturidade" das forças políticsa.

Por fim, rejeitou falar de qualquer hipotética revisão constitucional com votos da AD, Chega e Iniciativa Liberlal na próxima legislatura ou antecipar a futura composição do Governo.
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"O povo falou"
por RTP

Montenegro reivindica voto de confiança na AD, no governo e no primeiro-ministro

No discurso de vitória, o presidente do PSD disse querer que o próximo Executivo dialogue, embora conte desde já com a mesma atitude por parte dos partidos na oposição.

"O povo falou e exerceu o seu poder soberano. No recato da sua liberdade, aprovou, de forma inequívoca, um voto de confiança no Governo, na AD e no primeiro-ministro", lançou Luís Montenegro.

"O povo português quer este Governo e não quer outro", prosseguiu o número um da Aliança Democrática.

"O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro; o povo quer que este Governo dialogue com as oposições, mas o povo também quer que as oposições respeitem e dialoguem com este Governo e com este primeiro-ministro", insistiu.
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Momento-Chave
por RTP

"Fizemos história". André Ventura diz ter acabado com o bipartidarismo em Portugal

Foto: Rodrigo Antunes - Reuters

André Ventura diz ter feito história esta noite ao tornar-se "o segundo maior partido" nas eleições legislativas. "Podemos declarar oficialmente, e com segurança, que acabou o bipartidarismo", disse. Sobre futuros cenários de governabilidade, o líder do Chega afirmou que o próximo Governo "depende do Chega e só do Chega", mas não esclareceu se viabilizará o programa do próximo executivo no parlamento.

“Podemos assegurar ao país algo que não acontecia desde 25 de abril de 1974”, disse André Ventura, enaltecendo o facto de o Chega se ter tornado nestas eleições o segundo maior partido de Portugal.

“Hoje podemos declarar oficialmente e com segurança que acabou o bipartidarismo em Portugal”, declarou, prometendo que “nada ficará como dantes em Portugal a partir do dia de hoje”.

“O Chega superou o partido de Mário Soares, de António Guterres. O Chega matou o partido de Álvaro Cunhal. O Chega varreu do mapa o Bloco de Esquerda”, declarou.

“Varremos o mapa do país com uma votação histórica em todo o lado”, disse André Ventura. “O Chega não é do sul nem do centro. O chega é o futuro do Governo em Portugal”, acrescentou.

André Ventura diz que "há uma azia muito grande" nas televisões e nos jornais, afirmando que o problema de saúde que sofreu na reta final da campanha foi "desvalorizado”.

“Apesar de toda a mentira e de todos os ataques, de chegarem ao ponto de desvalorizar a saúde de alguém e o seu sofrimento, quero dizer que não vencemos contra ninguém nem vamos atrás de ninguém. Nós fizemos e vencemos pelos portugueses e é para eles que vamos trabalhar nos próximos anos”, declarou.

O líder do Chega sublinha, no entanto, que não conseguiu ainda alcançar o objetivo de vencer as eleições e afirma: “Não conseguiremos a transformação que precisamos e que o país precisa enquanto não liderarmos este Governo”.

Sobre futuros cenários de governabilidade, o líder do Chega afirmou que o próximo Governo "depende do Chega e só do Chega", mas não esclareceu se viabilizará o programa do próximo executivo no parlamento.

"Eu ouvi o PS dizer que não apoiará nem sustentará este Governo. O Governo de Portugal depende do Chega e só do Chega", afirmou Ventura.

Questionado diretamente se admite viabilizar o programa do próximo Governo no parlamento, André Ventura não esclareceu, remetendo o tema para os próximos dias.

"Os portugueses sabem que o Chega sempre foi e lutou por ser um garante de estabilidade, mas também de firmeza na luta contra a corrupção, interesses instalados e sem ceder um milímetro. (...) Mas também não quero deixar de dizer que o Chega sempre foi um partido responsável. Tornou-se um partido de poder e de governo por mérito próprio e vai honrar essa tradição", afirmou.

Perante a insistência dos jornalistas, André Ventura respondeu que "hoje é o dia de assinalar um crescimento e uma vitória históricos". "Teremos tempo para falar sobre governo e sobre cenários", acrescentou.
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"De forma inequívoca"
por RTP

Bolieiro argumenta que vitória da coligação PSD/CDS-PP e PPM nos Açores confirma confiança em projeto

O também presidente do Governo Regional dos Açores propugna que os resultados das legislativas são a "confirmação da bondade do projeto político" que encabeça.

"O primeiro-ministro vê reforçada a sua legitimidade e assumiu nos últimos 11 meses de governação uma atitude diferente relativamente aos compromissos do Estado para com o país e em particular com os Açores", apontou José Manuel Bolieiro, para acrescentar que "o povo decidiu bem".

A eleição de três deputados, continuou, vai "reforçar a defesa dos Açores". Por outro lado, arguiu que a redução de votos face a 2024 decorre da abstenção e da "transferência de votos" para outra força.

Nos Açores, a coligação obteve 32,26 por cento dos votos, o PS 28,41 por cento e o Chega chegou aos 15,91 por cento A abstenção foi de 57,12 por cento.
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Momento-Chave
António Costa felicita Luís Montenegro
por RTP

"Irei trabalhar em estreita colaboração com o próximo Governo de Portugal"

Na rede social X, o presidente do Conselho Europeu escreve que transmitiu a Luís Montenegro as suas "felicitações pela vitória eleitoral" nas legislativas antecipadas em Portugal.

"Irei trabalhar em estreita colaboração com o próximo Governo de Portugal para tornar a Europa mais forte, mais próspera e mais autónoma", acrescenta António Costa.
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Momento-Chave
por Inês Moreira Santos - RTP

"São tempos duros e difíceis para a esquerda". Pedro Nuno anuncia demissão da liderança do PS

Foto: José Sena Goulão - Lusa

Os dados já divulgados revelam um dos piores resultados já alcançados pelos socialistas, que o secretário-geral comentou sublinhando os "tempos duros e difíceis para a esquerda e para o PS". Depois de considerar que o PS não deve ser o suporte de um Governo de Luís Montenegro e de lamentar o crescimento da extrema-direita, "mais violenta e mais mentirosa", Pedro Nuno Santos anunciou que vai pedir eleições diretas no partido e não se recandidata.

"São tempos duros e difíceis para a esquerda. São tempos duros e difíceis para o Partido Socialista", começou por declarar Pedro Nuno Santos, acrescentando que "foi uma campanha alegre, entusiasmada, com a participação de um partido que estava unido".

O PS não provocou estas eleições, continuou o líder socialista, mas queria "vencê-las".

"Fizemos uma boa campanha, mas nós não conseguimos ganhar estas eleições. O povo português falou com clareza e nós, como sempre (...) respeitamos a decisão do povo português".

Pedro Nuno contactou já Luís Montenegro para o felicitar pela vitória e pediu que "saiba honrar a confiança que os portugueses lhe deram".

"A mim não cabe ser o suporte deste Governo. E penso que este papel também não deve caber ao Partido Socialista", declarou Pedro Nuno Santos.

O líder socialista considerou que Luís Montenegro "não tem idoneidade necessária para o cargo de primeiro-ministro e as eleições não alteraram essa realidade". Além disso, o líder social-democrata, na opinião de Pedro Nuno, "lidera um Governo que falhou a vários níveis no último ano" e apresentou um programa "que vai contra os princípios e valores do Partido Socialista".

"Estas são, na minha opinião, mais do que razões suficientes para que o Partido Socialista não suporte um Governo, nem dê suporte a um Governo de Luís Montenegro".

Pedro Nuno Santos lamentou ainda que a extrema-direita tenha crescido.

"Cresceu muito, tornou-se mais violenta, mais agressiva e mais mentirosa", afirmou. "Sentimos ao longo desta campanha a agressividade, a violência e a mentira da extrema-direita que, infelizmente, cresceu".

E sublinhou: "A extrema-direita deve ser combatida, sem complacência, com coragem e firmeza, sem medo".

Numa breve reflexão enquanto líder do PS, Pedro Nuno agradeceu ao partido por ter estado unido.

"Acho que honrei a história do partido. Foi isso que tentei fazer", disse. "Tenho muito orgulho no partido que liderei, tenho muito orgulho no trabalho que fizemos, tenho muito orgulho no Partido Socialista".

E agradecendo a todos os militantes e apoiantes, assumiu ainda as "responsabilidades como líder do partido" e anunciou que vai pedir "eleições internas à Comissão Nacional".

Eleições às quais não se vai candidatar, como afirmou.

"Não serei candidato".

E citando Mário Soares: "só é vencido quem desiste de lutar".

"Eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos", terminou.
Questionado pelos jornalistas sobre o que correu mal, Pedro Nuno admitiu ser cedo para avaliações, mas que os "partidos que provocaram a instabilidade foram premiados".

"Nós fizemos o nosso melhor, denunciamos aquilo que estava mal na governação (...). Não foi suficiente", afirmou, acrescentando não ser "a pessoa certa para fazer juízos".

Ainda abordado sobre a demissão que acabou de anunciar, Pedro Nuno respondeu: "deixo de ser secretário-geral a partir do momento em que puder, se puder ser já".

O secretário-geral do PS considerou que as razões que levaram os socialistas a defender uma comissão de inquérito ao primeiro-ministro se mantêm "intocáveis" e que Luís Montenegro "não tem a idoneidade necessária para o cargo".

"As razões que nos levaram a defender uma comissão parlamentar de inquérito mantêm-se intocáveis, infelizmente para todos nós", respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas nas declarações durante as quais anunciou a sua demissão do cargo de líder do PS, depois da pesada derrota nas legislativas antecipadas.
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por Lusa

Abstenção no nível mais baixo em três décadas

A taxa de abstenção nestas eleições legislativas deverá ser de 35,62 por cento, a mais reduzida em 30 anos. Em outubro de 1995 foi de 33,70 por cento.

O valor não inclui ainda os eleitores no estrangeiro, cujos número só serão divulgados a 28 de maio.

Recorde-se que a taxa de abstenção nas legislativas do ano passado foi de 40,16 por cento, a mais baixa desde 2005.

Nas eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022, quando António Costa foi reeleito com maioria absoluta, a abstenção situou-se nos 48,54 por cento.

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Momento-Chave
Pedro Nuno Santos demite-se
por RTP

Líder do PS abre caminho a eleições no partido

Pedro Nuno Santos anunciou, no discurso de balanço dos resultados eleitorais, a intenção de pedir eleições no PS, às quais não será candidato.

O anúncio da saída de cena foi feito depois de Pedro Nuno defender que não caberá aos socialistas serem "o suporte deste Governo" e que "este papel também não deve caber ao PS".

"Não me cabe ser o suporte deste governo e penso que este papel também não deve caber ao PS", sustentou o líder cessante dos socialistas, que reconheceu que estes são "tempos duros e difíceis para a esquerda e o PS".
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Momento-Chave
por RTP

Rui Rocha assume que resultado não foi o esperado mas "não teria feito nada diferente"

Foto: António Pedro Santos - Lusa

O líder da Iniciativa Liberal assume ter falhado objetivo de aumentar o número de deputados, mas afirma que, "olhando para trás, não teria feito nada diferente".

"Não foi possível crescer mais, assumo esse ponto. Mas olhando para trás, para esta legislatura, para a campanha que fizemos, eu não teria feito nada diferente", disse Rui Rocha.

O líder dos liberais diz que estará disponível "para as conversas dos próximos dias e para todos os contactos", mas sublinha que vai continuar a fazer o seu papel no Parlamento.

"As maiorias estão constituídas. O nosso papel será o de defendermos as nossas ideias no Parlamento", afirmou. "Continuaremos iguais a nós próprios, com a firmeza dos nossos valores", rematou.
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Momento-Chave
por RTP

PAN considera que é "dia triste do ponto de vista democrático"

Foto: Manuel de Almeida - Lusa

O PAN considera "muito importante" ter conseguido manter-se na Assembleia da República. Inês Sousa Real continua a ser deputada única e admite ter "consciência de que este não é o resultado" que o partido esperava.

"Gostaríamos de ter elegido um grupo parlamentar", admitiu a porta-voz, acrescentando que "o voto útil acabou por prejudicar mais uma vez a pluralidade democrática".

"Hoje é um dia triste do ponto de vista democrático para vários partidos e não apenas o PAN", frisou Inês Sousa Real, referindo-se ao crescimento da direita.
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por RTP

Rui Tavares frisa que "este é o início da reviravolta"

Foto: André Kosters - EPA

O porta-voz do Livre garantiu, no discurso desta noite, que o partido não irá baixar os braços perante o crescimento da extrema-direita.

"Nós vamos dinamizar um grande movimento democrático e progressista no nosso país, porque este é o início da reviravolta", garantiu Rui Tavares.

"Nós não nos conformamos, nós não baixámos os braços, e nós não achamos que seja normal ter um país em que a direita se radicalizou e está num crescendo muito grande, com a extrema-direita com tantos deputados".

O deputado disse ainda ter a certeza que todos os que votaram no Livre sentirão orgulho por "ter elegido este grupo parlamentar e nunca se arrependerão do vosso voto".
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por RTP

CDU quer enfrentar direita "com coragem"

Foto: António Cotrim - Lusa

Paulo Raimundo congratulou-se com a eleição de três deputados e prometeu que o partido enfrentará com "muita coragem" a direita e a extrema-direita.

"Nesta campanha eleitoral (...) afirmamos a CDU como uma grande força de coragem, de seriedade e de confiança", declarou Paulo Raimundo.

O porta-voz da CDU saudou, "de forma particular, a juventude" que deu a "esta campanha eleitoral uma expressão de grande dinâmica, de grande audácia, uma expressão eleitoral que teve frutos no presente e vai ter frutos no futuro".

O resultado da CDU, continuou Paulo Raimundo, "não reflete nem a expressão de apoio e de reconhecimento que a campanha mostrou, nem o que a situação do país exigia".

Dirigindo-se aos militantes presentes na sede de campanha, o líder comunista disse, "com grande satisfação, que tudo indica" que a CDU manterá o mesmo numero de deputados na Assembleia da República.

"Cada voto na CDU é uma expressão de compromisso com outro rumo na vida política nacional, um voto de exigência de rutura com a política de direita e que contarão para enfrentar com coragem, com muita coragem, a direita, a extrema-direita e os interesses do capital", frisou.
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Momento-Chave
por RTP

Nuno Melo salienta reforço da "legitimidade e credibilidade" da AD e de Montenegro

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

Nuno Melo, presidente do CDS, considera que esta noite "fez-se grande justiça para a AD" e "foi reforçada a legitimidade e credibilidade" do Governo da AD e de Luís Montenegro.

"Foi reforçada a legitimidade e credibilidade deste projeto político que junta o PSD ao CDS, do Governo e desde logo e principalmente o seu líder, Luís Montenegro", disse.

Nuno Melo afirma que os resultados desta noite provam "que a crise política criada pelas oposições era totalmente desnecessária" e que o PS, "que lhe deu caso, foi por isso fortemente penalizado, sofrendo uma pesada derrota".

"Estamos aqui para governar, para resolver os problemas dos portugueses", rematou.
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Escrutínio nacional encerrado
por RTP

AD vence, PS e Chega têm o mesmo número de deputados

A AD - Coligação PSD/CDS vence as legislativas com a eleição de 86 deputados ao Parlamento, ao passo que PS e Chega empatam com 58 deputados, uma vez apurados todos os votos nos círculos nacionais.

A AD soma 32,10 por cento dos votos, o PS 23,38 por cento e o Chega 22,56: a diferença entre estes dois últimos é de 48.916 votos.

Falta agora apurar os votos da emigração.
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PAN obtém um assento
por RTP

Inês Sousa Real consegue manter-se no Parlamento

A líder do Pessoas-Animais-Natureza acaba de garantir a eleição para a Assembleia da República.
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Momento-Chave
por Joana Raposo Santos - RTP

Mariana Mortágua reconhece "grande derrota" do Bloco de Esquerda

Foto: João Relvas - Lusa

Mariana Mortágua reconheceu esta noite a "grande derrota" sofrida pelo Bloco de Esquerda, mas garantiu que o partido vai continuar a trabalhar para alargar a esquerda e enfrentar a extrema-direita.

"Quisemos trazer para esta campanha toda a força do Bloco de Esquerda, toda a história do Bloco de Esquerda, todo o presente do Bloco de Esquerda", declarou Mariana Mortágua.

"Foi uma boa campanha para o Bloco de Esquerda, mobilizámos muita gente, juntámos gente nova", prosseguiu. "Mas os tempos são difíceis, e nós não escolhemos os tempos em que calhámos viver".

Mariana Mortágua reconheceu que "o Bloco de Esquerda tem uma grande derrota esta noite" e disse ser importante assumi-la "com toda a humildade e frontalidade".

"Porque assumir essa derrota é o primeiro passo para fazermos em conjunto a reflexão que temos de fazer", considerou, aproveitando para garantir "a toda a esquerda em Portugal" que "o Bloco de Esquerda está aqui".

"Temos muito trabalho pela frente para construir a esquerda e alargá-la, e para enfrentar a extrema-direita", declarou.

Questionada sobre uma eventual mudança de liderança no partido face aos resultados, respondeu: "Eu encabeço uma moção à próxima convenção do Bloco de Esquerda, e mantenho inteiramente esse compromisso".

"O Bloco terá menos mandatos na Assembleia da República. Cada mandato que não teremos na Assembleia da República é uma lutadora e um lutador contra a extrema-direita que estará a fazer o mesmo trabalho na rua. Tenham a certeza disso", vincou Mortágua.
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Momento-Chave
por RTP

Ana Catarina Mendes reconhece "mau resultado" do PS e pede "reflexão profunda"

Ana Catarina Mendes reconhece que o Partido Socialista teve "um mau resultado" esta noite e pede uma "reflexão profunda" não só do partido, mas também do país e de todos os democratas.

"É o momento de o PS fazer uma reflexão profunda sobre o caminho que tem de seguir", disse a eurodeputada socialista, recusando responder se essa reflexão implica uma saída de Pedro Nuno Santos da liderança do partido.

"Este é um mau resultado do PS e deve haver uma reflexão profunda", reiterou, afirmando que esta reflexão "é também para todo o país e todos os democratas".
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Se Chega foi segundo
por RTP

Duarte Cordeiro admite cenário de saída de Pedro Nuno Santos

Duarte Cordeiro, antigo ministro do Ambiente e da Ação Climática, apela a uma "reflexão profunda" por parte de Pedro Nuno Santos, caso o Chega de André Ventura fique à frente do PS nas eleições legislativas, admitindo mesmo a demissão do secretário-geral socialista.

Em declarações ao canal Now, Duarte Cordeiro considerou "profundamente perturbador" que os socialistas se vejam na contingência de estar "à espera do final da noite eleitoral para saber se fica à frente ou não do Chega".

"Não é normal", frisou.

"A ideia de ficarmos atrás do Chega é uma circunstância que para mim deveria levar a uma reflexão profunda da parte do líder do Partido Socialista", sustentou o antigo ministro.
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Momento-Chave
BE obtém um assento
por RTP

Mariana Mortágua eleita deputada pelo Bloco

A coordenadora do Bloco de Esquerda é, para já, a única deputada eleita pelo partido à Assembleia da República nestas eleições legislativas antecipadas.
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Momento-Chave
PS da Madeira
por RTP

Cafôfo reconhece mau resultado mas rejeita demitir-se

O líder dos socialistas da Madeira, Paulo Cafôfo, saiu entretanto a terreiro para reconhecer a derrota nas eleições, que explicou como reflexo da "onda de populismo". Rejeitou, todavia, a possibilidade de se demitir.

"Com toda a humildade, aceitamos a decisão do eleitorado", reagiu Cafôfo, depois da divulgação dos resultados das eleições antecipadas, nas quais a AD manteve os três deputados eleitos e o PS perdeu um deputado.

"Eu, enquanto presidente do partido, tenho demonstrado coragem e não são os resultados que me fazem demover dos meus princípios e valores", continuou, ao ser questionado sobre se considerava reunir condições para se manter na liderança.

Cafôfo diria ainda ver "com muita preocupação esta viragem ao populismo que está a pôr em causa os alicerces da democracia".
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Momento-Chave
por Inês Moreira Santos - RTP

Ativistas climáticos são retirados pela PSP durante protesto frente à sede de campanha da AD

Rodrigo Lobo - RTP

Um grupo de ativistas climáticos protestou, esta noite, junto à sede de campanha da AD, tal como aconteceu nas eleições do ano passado. A PSP conseguiu retirar alguns elementos que estavam sentados no chão junto ao hotel onde a coligação se encontra, em Lisboa. Os jovens foram entretanto retirados pela PSP, sendo impedidos de atirar tinta aos hotel onde a coligação se encontra.

O grupo tinha com pelo menos cinco manifestantes e aproximou-se da sede de campanha da AD com cartazes a exigir o fim do fóssil até 2030. No protesto, os jovens ativistas gritavam palavras como: “não vamos dar paz a este Governo que nos quer matar”.

Os ativistas sentaram-se em frente à entrada principal do hotel junto ao Marquês do Pombal, em Lisboa, e foram retirados à força por elementos da PSP que fazem a segurança desta unidade hoteleira.

Já no ano passado houve um protesto semelhante, mas esta noite as forças de segurança conseguiram impedir os ativistas de atirar tinta para o edifício.

Os jovens serão levados para uma esquadra da baixa de Lisboa, onde serão identificados.


Em comunicado, o grupo de ativistas confirmou o protesto de "estudantes sentados na entrada do Hotel Epic SANA, onde as celebrações da AD tomam lugar" e que os jovens foram retirados pela polícia.

"Nós, estudantes, não vamos aceitar mais um governo que nos condena à morte e que destrói o nosso futuro", declarou, na mesma nota, a porta-voz Leonor Chicó.

Nesta campanha eleitoral, os ativistas climáticos já tinham aparecido no último comício da AD, no Campo Pequeno, na sexta-feira, mas os seus protestos quase nem se fizeram ouvir por terem sido rapidamente levados do local.

Nas legislativas de 2024, atiraram tinta vermelha para a entrada do mesmo hotel onde a AD se concentrou para acompanhar a noite eleitoral e, durante essa campanha, atingiram o presidente do PSD, Luís Montenegro, com tinta verde, na Bolsa de Turismo de Lisboa.
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Momento-Chave
A leitura de Albuquerque
por RTP

Presidente do Governo Regional da Madeira conclui que PS "pagou muito caro" a queda do Governo

O presidente do Governo Regional da Madeira e líder do PSD insular, Miguel Albuquerque, reivindicou para a coligação entre PSD e CDS-PP uma vitória "contundente e indiscutível" na Região Autónoma, sustentando que os socialistas pagaram "muito caro" a queda do Executivo de Luís Montenegro.A AD venceu nos 11 concelhos da Madeira e em 50 das 54 freguesias do arquipélago.

Miguel Albuquerque quis deixar um agradecimento pela participação dos madeirenses nestas legislativas antecipadas, para frisar que, "ao contrário das expectativas e ao facto de termos eleições de forma recorrente nos últimos anos, houve uma participação significativa importante da população".

"É importante também sublinhar que a transferência de votos efetuou-se ao nível dos partidos da esquerda e que a AD reforçou a sua votação relativamente a 2024, quer em percentagem, quer em número de votos", vincou o dirigente laranja.

"O PS pagou muito caro a irresponsabilidade de derrubar o Governo. Sendo um partido da formação do sistema democrático, tem que aprender com esta lição", rematou.
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por Lusa

Imprensa europeia destaca vitória da AD e crescimento do Chega

A imprensa europeia noticiou as legislativas de hoje em Portugal destacando a vitória da coligação liderada por Luís Montenegro e apontando a "importante vitória da extrema-direita".

"Segundo as sondagens à boca das urnas, parece que os eleitores voltaram a dar a sua confiança à formação política do atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, (...) com entre 29% e 34%, um resultado superior ao das últimas legislativas", realizadas em março de 2024, escreve o jornal belga Le Soir.

A AD, prossegue, "consolida o seu apoio no país, mas ainda sem maioria absoluta, o que pressagia um novo mandato marcado pela instabilidade".

Para o britânico The Guardian, a notícia destas eleições está no "importante resultado da extrema-direita".

"Será um grande resultado se o Chega ultrapassar os 20% como resultado final, relativamente aos 18% das últimas legislativas", escreve o Guardian, frisando que "se as projeções estiverem certas, o crescimento do Chega continua, embora de uma forma não tão dramática como nas últimas duas eleições", quando o Chega passou de um para 12 deputados (2022) e de 12 para 50 (2024).

"Como o Vox, seu companheiro ideológico do outro lado da fronteira, em Espanha, o partido português Chega tem, nos últimos anos, rebentado com o mito de longa data de que a história de ditaduras dos dois países vizinhos os tinha vacinado contra políticos de extrema-direita", segundo o jornal.

O artigo afirma que o Chega tem conseguido "capitalizar uma insatisfação generalizada com os partidos dominantes de esquerda e de direita, numa altura em que o país continua a sofrer uma crise de habitação, os sistemas de saúde e educação sob pressão e os baixos salários".

Em Espanha, o El Pais puxa para título ambas as perspetivas, escrevendo "a coligação conservadora ganha as eleições em Portugal e a extrema-direita avança".

O diário espanhol escreve ainda que o PS pode ser ultrapassado pelo Chega, "que regista um grande avanço" nestas legislativas, o que qualifica de "uma revolução" que altera o modelo partidário vivido desde 1974 e, a confirmar-se, "certificaria o enterro definitivo do bipartidarismo que definiu a política portuguesa desde a Revolução dos Cravo, em 1974".

"O populismo que avança em numerosos países demorou a chegar a Portugal, mas este domingo demonstrou que o partido de Ventura foi capaz de implantar-se com êxito em todo o país em tempo recorde, tendo em conta que nasceu em 2019", acrescenta o El Pais, notando todavia que os resultados "não permitem vislumbrar soluções de governação estável".

A governabilidade é o destaque do jornal online de atualidade europeia Politico.eu, que salienta que o centro-direita vence sem maioria e prevê que, a confirmarem-se as projeções à boca das urnas, "o parlamento do país vai continuar fraturado, com a extrema-direita a lutar para terminar em segundo lugar".

Na análise das eleições, o Politico refere que anteriores sondagens mostravam a frustração dos eleitores com umas legislativas antecipadas e, no voto, "parecem ter descarregado a sua irritação nos socialistas e recompensado o centro-direita no poder e a extrema-direita, que põe em causa o `status quo` democrático do país".

Apontando como Montenegro tem recusado qualquer acordo de governo com o Chega, o jornal escreve que "a formação de um governo de minoria exigiria um apoio tácito do centro-esquerda", evocando uma "cooperação construtiva" do PS nas votações do programa de governo e do Orçamento do Estado, mas destacando que as relações entre os líderes da AD e do PS se degradaram desde o chumbo da moção de confiança ao governo, tornando improvável um tal apoio.

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por RTP

"Quando os governos falham, os extremismos aumentam". JPP considera preocupante crescimento do Chega

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

Filipe Sousa, do JPP, partido que conseguiu eleger um deputado, considerou preocupante o crescimento do Chega nestas eleições.

"Quando os governos falham, os extremismos aumentam. E a verdade é que o crescimento do Chega é preocupante", declarou aos jornalistas.

O candidato do Juntos Pelo Povo acredita que o Chega não mostrou "em termos de poder local, legislativo e governamental" qualquer "demonstração de resultados ou experiência nessa área".

"Os governos falham e há um aproveitamento desse falhanço por parte desses extremismos", insistiu Filipe Sousa.
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JPP entra no Parlamento
por RTP

Partido com origem na Madeira elege deputado à Assembleia da República

O Juntos Pelo Povo acaba de assegurar a entrada no Parlamento nacional com a eleição de um deputado: Felipe Sousa, eleito pelo círculo da Madeira.
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por RTP

Livre preocupado com "direita radicalizada em maré alta"

O Livre reagiu com "umas palmas tímidas" aos primeiros resultados com "grande preocupação" porque mostram "uma direita radicalizada que continua em maré alta".

O crescimento da direita radicalizada preocupa o Livre porque "um país não cresce, nem é um país bom quando o ódio se instala".

"Termos um cenário com uma direita radicalizada mais em maré alta é um cenário que nos preocupa", afirmou Isabel Mendes Lopes, numa primeira declaração do partido.

Ainda assim, as projeções dão um crescimento do partido, o que "está em linha com os objetivos que o Livre traçou", de crescer e de "chegar a mais pessoas".
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por RTP

Luís Montenegro foi primeiro líder a ser eleito

O número um da AD e atual primeiro-ministro foi o primeiro líder partidário a ser eleito nestas legislativas antecipadas, pelo círculo eleitoral de Aveiro.

De destacar que Pedro Nuno Santos é o cabeça de lista do PS por Aveiro, círculo onde, pelas 21h00, a AD liderava com mais de 42 por cento dos sufrágios.

Com quase 64  pro cento dos votos apurados, o Chega somava 21 por cento e o PS 20,7.

Foi também já eleito Nuno Melo, presidente do CDS-PP e número dois da lista da AD no círculo do Porto, onde Paulo Rangel foi cabeça de lista. Neste círculo, quando estavam contados quase 60 por cento dos votos, a AD liderava com 36,6 por cento, seguinda do PS, com 23,7, e do Chega, com 22,6 por cento.

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por RTP

André Ventura: "O Chega matou hoje o bipartidarismo em Portugal"

Foto: Rodrigo Antunes - Reuters

À chegada ao Hotel Marriott, onde vai acompanhar a noite eleitoral, André Ventura congratulou-se com as sondagens que colocam a possibilidade de o Chega chegar a segunda força política.

"O Chega matou hoje o bipartidarismo em Portugal", declarou o presidente do Chega, rodeado de jornalistas.

"Obrigado por terem acreditado que era possível quebrar 50 anos de um sistema político sempre igual", afirmou.

André Ventura assegurou ainda que irá "lutar para que haja estabilidade" e "para que haja um Governo digno em Portugal".
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por RTP

Serenidade é a palavra de ordem no seio do JPP

A presidente do JPP veio afirmar esta noite que o partido aguarda com serenidade os resultados finais das eleições legislativas, acreditando que ainda poderá eleger um deputado.

Lina Pereira falava a partir de um hotel de Santa Cruz, na Madeira, onde o Juntos Pelo Povo segue o desenrolar da noite eleitoral.

"A verdade é que ainda estamos a fechar aqui várias urnas, localidades importantes que vão fazer e determinar o resultado final. Mas, com serenidade, o Juntos Pelo Povo aguarda e acreditando que será possível [eleger], sim", quis enfatizar a dirigente partidária.

"Ainda há muitos cenários em aberto", ressalvou.

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por RTP

"Vitória reforçadíssima". Hugo Soares afirma que portugueses reforçaram "confiança no Governo"

Foto: Violeta Santos Moura - Reuters

O líder parlamentar do PSD comentou os primeiros resultados que dão vitória à AD.

"Fazendo fé naquilo que são as projeções (...), o que podemos constatar é que os portugueses votaram, escolheram e a AD saiu reforçadíssima deste ato eleitoral", afirmou o social-democrata Hugo Soares.

Ainda a aguardar o "veredicto final", o líder parlamentar do PSD falou "perante todas as projeções" e congratulou-se com a "vitória eleitoral reforçadíssima" da AD.

"O país reforçou a confiança no Governo e (...) em Luís Montenegro", continuou.
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Sérgio Sousa Pinto afirma que direção de Pedro Nuno pode acabar com PS

Foto: José Sena Goulão - Lusa

Sérgio Sousa Pinto advertiu esta noite que, caso o PS não acabe com a atual direção de Pedro Nuno Santos, a direção acabará com o partido, perante as projeções de resultados que apontam para a vitória da AD e a potencial ultrapassagem dos socialistas pelo Chega de André Ventura.

Na CNN Portugal, ao comentar a noite eleitoral, Sousa Pinto afirmou que os resultados que se desenham para o PS constituem "uma calamidade" que "obriga" o partido "a tomar decisões".

"A magnitude do desastre é a única notícia da noite", prosseguiu.

"O partido vai ter de encarar as razões desta tragédia", estimou ainda o deputado.
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por RTP

Chega fala em dia histórico e acredita no fim do bipartidarismo

Pedro Pinto, do Chega, disse acreditar que este é um dia histórico e que o seu partido quebrou o bipartidarismo no país. As declarações surgiram após conhecidos os resultados da sondagem da RTP que colocam o Chega como segunda ou terceira força política.

"Ainda não sabemos se vamos ficar em segundo ou em terceiro lugar. Aquilo que sabemos é que o sistema já está a tremer", declarou o deputado esta noite.

Para Pedro Pinto, "o Chega quebrou definitivamente o bipartidarismo em Portugal e assume-se como a grande alternativa de governo em Portugal".

"É um dia que vai marcar a história. O dia 18 de maio de 2025 vai ficar para a história de Portugal", acrescentou.
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por RTP

António Leitão Amaro é primeiro deputado eleito

Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

O social-democrata António Leitão Amaro é o primeiro deputado eleito nas legislativas deste domingo, com 38,90 por cento dos votos. Isto quando estavam apurados os resultados provisórios em 1.353 das 3.092 freguesias.

O PS surgia como o segundo partido mais votado, com 23,40 por cento, às 20h09, de acordo com os números da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral.

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por RTP

Projeção da Católica para a RTP dá vitória à AD com Chega colado ao PS

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

A sondagem do CESOP - Universidade Católica Portuguesa para a RTP prevê a vitória da AD com entre 29 por cento a 34 por cento dos votos. O PS surge em segundo lugar, com entre 21 a 26 por cento, mas poderá ser ultrapassado pelo Chega, que reúne 20 a 24 por cento.

Segundo estas previsões, a coligação de Luís Montenegro poderá eleger entre 85 a 96 deputados. Já os socialistas poderão eleger entre 52 e 63 mandatos, enquanto para o Chega se preveem entre 50 e 61.


A Iniciativa Liberal surge como quarta força política, com quatro a sete por cento (entre seis e 12 mandatos).

O Livre sobe nas previsões deste ano, com um resultado de entre três e seis por cento e quatro a dez deputados.

Seguem-se a CDU (dois a quatro por cento), Bloco de Esquerda (um a três por cento) e PAN (um a dois por cento).

O partido Juntos Pelo Povo surge no fim da lista, com a possibilidade de vir a eleger um deputado.

Nas eleições do ano passado, a Aliança Democrática venceu com 28,02 por cento dos votos, apenas ligeiramente à frente do Partido Socialista, que obteve 28 por cento.

O Chega manteve-se como terceira força política, mas com 18,07 por cento, bastante mais afastado dos socialistas do que nas previsões deste ano.

Seguiram-se a IL, o BE, CDU, Livre e PAN.


Ficha técnica

Esta sondagem foi realizada pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP no dia 18 de maio de 2025. O universo alvo é composto pelos votantes nas eleições Legislativas. Foram selecionadas cinquenta freguesias do país, tendo em conta a distribuição dos eleitores por Regiões NUTSII, de modo a garantir que as médias dos resultados eleitorais das últimas eleições nesse conjunto de freguesias (ponderado o peso eleitoral das suas Regiões NUTSII de pertença) estivessem a menos de 1 ponto percentual dos resultados nacionais das cinco candidaturas mais votados em cada eleição. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente à saída dos seus locais de voto e foi-lhes pedido uma simulação de voto em urna. Foram obtidos 39103 inquéritos válidos. A taxa de resposta foi de 68,3%.
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Mariana Mortágua diz estar "super tranquila"

"Estou super tranquila", disse a coordenadora do Bloco de Esquerda aos jornalistas, prometendo reagir quando forem revelados os resultados das eleições.

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AD aguarda resultados com "confiança e serenidade"

Ainda sem dados finais, Margarida Balseiro Lopes afirmou que a AD está "com " a aguarda os resultados".

As projeções apontam para "uma ligeira subida" da abstenção e outras para uma "ligeira diminuição", mas está em linha com o que foi a "participação nas últimas eleições".

"Estamos naturalmente com muita confiança e muita serenidade a aguardar os resultados", concluiu a ainda ministra da Juventude.
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Rui Tavares confiante com "metas" que Livre estabeleceu

Rui Tavares lamentou as dificuldades dos portugueses que vivem no estrangeiro em votar. O porta-voz do Livre afirma ainda não estar nervoso e confiante com "as metas" que o partido estabeleceu.

"Foi um dia agradável de se passar", afirmou Rui Tavares.
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Alexandra Leitão considera "muito prematuro" falar do futuro de Pedro Nuno Santos

Alexandra Leitão, do PS, afirma que não é altura de discutir o futuro de Pedro Nuno Santos na liderança do partido. À chegada à sede de campanha, considera que as sondagens tendem a "subestimar a votação no Partido Socialista".

"Até ao fim é preciso acreditar", afirmou.
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Luís Montenegro já chegou à sede de campanha da AD

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

Luís Montenegro já está no hotel escolhido pela Aliança Democrática para a noite eleitoral. Questionado, à chegada, sobre os dados provisórios da abstenção, o ainda primeiro-ministro recusou-se a comentar.

"Ainda não sei se a abstenção aumentou ou não", afirmou aos jornalistas à chegada ao Hotel Epic Sana, recusando-se a comentar os primeiros dados sobre a abstenção.
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por RTP

César espera que portugueses decidam em "sentido que salvaguarde a democracia"

O presidente do Partido Socialistas, Carlos César, garantiu aos jornalistas que o PS está confiante e sereno em relação à decisão dos portugueses.

"Estamos muito serenos, muito confiantes naquilo que os portugueses decidirem, e esperamos que decidam num sentido que salvaguarde a democracia e que salvaguarde a estabilidade política", afirmou esta tarde.

Questionado se, no caso de o PS perder, o secretário-geral do partido deve deixar a liderança, o socialista respondeu que "Pedro Nuno Santos fez, e muito bem, uma boa campanha eleitoral".
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por RTP

Projeção da abstenção. Universidade Católica prevê 36% a 42%

Foto: Lusa (arquivo)

A abstenção nestas eleições legislativas de 2025 deverá ficar entre 36 a 42 por cento, de acordo com a previsão da Universidade Católica.

Estes números significam a possibilidade de redução da abstenção, na melhor das hipóteses, em mais de quatro pontos percentuais. No pior cenário, a abstenção aumenta em 1,8 por cento em relação a 2024.

Nas eleições de 10 de março de 2024, a abstenção no território nacional e estrangeiro foi de 40,16 por cento, o que correspondeu a 4,3 milhões de eleitores.

Foi, ainda assim, uma taxa menor do que aquela registada nas legislativas anteriores, apenas dois anos antes.

No ano passado, o município com o valor de abstenção mais elevado foi a Ribeira Grande, enquanto aquele com o menor valor foi Sardoal.

A estimativa de participação do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa para a RTP foi calculada com base nos resultados de participação eleitoral às 16h00, divulgados pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna.
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por RTP

Pedro Nuno aguarda com "tranquilidade" resultados eleitorais

Foto: José Sena Goulão - Lusa

Pedro Nuno Santos não quer comentar dados provisórios da abstenção. O líder do Partido Socialista admite estar a aguardar os resultados "com muita tranquilidade".

"Não conheço os números da abstenção. Vamos esperar por eles e pelos resultados com serenidade", afirmou Pedro Nuno à chegada à sede do PS em Lisboa.

O líder socialista garante não estar "nervoso" e recorda que os resultados nas eleições do ano passado foram "muito diferentes" dos "resultados à boca das urnas".

"Vamos aguardar com tranquilidade".
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Mesas de voto fecharam às 19h00

As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas fecharam às 19h00 em Portugal continental e na Madeira. Encerrarão uma hora depois na Região Autónoma dos Açores, por causa da diferença horária.

Recorde-se que estão em jogo 230 assentos na Assembleia da República, em 22 círculos eleitorais, dos quais 18 em Portugal continental e os demais nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa.

Concorreram a estas eleições 21 formações políticas, mais três do que nas legislativas de março de 2024

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por RTP

Nuno Melo chega à sede de campanha da AD

Nuno Melo votou este domingo de manhã numa escola do Porto e já chegou à sede de campanha da AD, em Lisboa. O líder do CDS considerou ser "muito cedo" para avaliar os dados sobre a abstenção.

"Fizemos uma campanha eleitoral por todo o país (...) e temos a expectativa de que este ano de trabalho no Governo possa ser reconhecido nas urnas", afirmou Nuno Melo, à chegada à sede de campanha da Aliança Democrática.

O ministro em exercício da Defesa comentou os dados que indicavam que a abstenção estaria mais alta do que no ano passado, mas reconheceu ser "muito cedo ainda para se fazer uma avaliação concreta".
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CNE toma posição
por RTP

Queixas sobre comentário político motivam apelo "ao estrito cumprimento das regras"

Em comunicado, a Comissão Nacional de Eleições indica ter recebido, ao longo do dia, "várias queixas relacionadas com o conteúdo de diversos programas de comentário político", emitidos "nos diversos canais de televisão".

"Apela-se ao estrito cumprimento das regras que asseguram o livre exercício do direito de escolha por parte dos eleitores", remata o organismo.
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por RTP

"Claro apelo ao voto na AD". BE da Madeira formaliza queixa na CNE contra Albuquerque

Homem de Gouveia - Lusa

O Bloco de Esquerda da Madeira apresentou este domingo uma queixa na Comissão Nacional de Eleições contra o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, argumentando que o dirigente social-democrata divulgou um vídeo de apelo ao voto na AD.

Os bloquistas insulares adiantam, em comunicado citado pela agência Lusa, que Miguel Albuquerque publicou no Facebook um vídeo de propaganda, entretanto apagado, "num claro apelo ao voto na coligação AD".

"Tal apelo e ato de propaganda política no dia de eleições constitui uma violação grosseira da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, agravada ainda mais por ter sido proferida por um alto titular de cargo político", argumenta o Bloco.

Assinada pela coordenadora regional do partido, Dina Letra, a nota enfatiza ainda que "os ataques à democracia e ao Estado de Direito também se fazem pelo incumprimento e violação das leis democráticas e são mais um episódio numa longa história de déficit democrático que se vive na Região Autónoma da Madeira".

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Ponto de situação
por RTP

Emissão especial em simultâneo na RTP1 e na RTP3 a partir das 18h00

As urnas para as eleições legislativas antecipadas abriram às 8h00 deste domingo. Dez milhões e 800 mil eleitores inscritos nos cadernos foram chamados a definir a distribuição de 230 assentos no Parlamento, de um total de 21 forças políticas na corrida.

Às 16h00, a afluência às urnas era de 48,28 por cento. Nas legislativas de 2024, à mesma hora, era de 51,96 por cento.Face às últimas legislativas, realizadas em março do ano passado, o boletim de voto incluiu, desta feita, mais três formações partidárias.


O escrutínio abrange 22 círculos eleitorais, dos quais 18 em Portugal continental e os restantes nas regiões autónomas dos Açores e Madeira e nos círculos da Europa e fora da Europa.

Às 18h00 tem início a emissão especial da RTP para o acompanhamento da noite eleitoral. Às 19h00, fecham as urnas em território continental e na Madeira e, uma hora depois, nos Açores.

No momento de depositarem os respetivos boletins nas urnas, os líderes dos partidos à direita deixaram apelos à participação. O número um da AD, Luís Montenegro, considerou importante que os eleitores sentissem a responsabilidade de escolher um futuro com estabilidade.
Rui Rocha, à frente da Iniciativa Liberal, quis recordar a turbulência política, para apelar ao voto em consciência. Por sua vez, André Ventura, o líder do Chega, afirmou que, este domingo, conta saúde da democracia.

À esquerda, os apelos ao voto assentaram na evocação das conquistas do 25 de Abril. O líder do PS, Pedro Nuno Santos, frisou ser importante votar para que não houvesse surpresas.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, saiu em defesa do voto livre. Na mesma linha, Paulo Raimundo, pela CDU, Rui Tavares, pelo Livre, e Inês Sousa Real, pelo PAN, reiteraram que votar é fundamental para o sistema democrático.

Pelas 17h00, Marcelo Rebelo de Sousa, que regressou entretanto da deslocação ao Vaticano, acercou-se da equipa de reportagem da RTP nas imediações do Palácio de Belém para assinalar estar a ver a afluência às urnas como "positiva", mas à espera de um aumento até ao fim do período da votação.
"É o dia ideal para o exercício do direito de voto", disse o presidente da República.

O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior afirma ter sido agredido à saída de um local de voto. O autarca diz conhecer o alegado agressor, que foi funcionário da Junta. Miguel Coelho apresentou queixa na PSP.

Acompanhámos aqui, desde a manhã, o desenrolar deste dia de eleições.
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por RTP

Legislativas. Votação decorre com normalidade em todo o país

Foto: Violeta Santos Moura - RTP

As urnas estão então abertas desde as 8h00. A votação está a decorrer com normalidade.

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Momento-Chave
por RTP

Num momento incerto, "votar não é apenas um direito, é um dever", alerta Cavaco Silva

O antigo Presidente da República considera que num momento internacional de instabilidade, os portugueses devem ir votar. "É decisivo", frisa mesmo Aníbal Cavaco Silva.

Sobre o anúncio da candidatura presidencial de Gouveia e Melo, apenas disse: "Zero sobre essa matéria".
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por RTP

Açores e da Madeira com menor afluência às urnas da parte da manhã

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, durante a manhã foi menor a afluência às urnas nestas eleições em relação às legislativas do ano passado.

Os madeirenses confessam cansaço porque nos últimos meses esta já é a segunda vez que são chamados a votar
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Momento-Chave
por Cristina Sambado - RTP

Presidente da República afirma que votar "é contribuir para a estabilidade"

Filipe Amorim - Lusa

Em dia de reflexão, o presidente da República dirigiu-se ao país para lançar um apelo ao voto nas legislativas marcadas para amanhã. Para Marcelo Rebelo de Sousa "votar neste momento é contribuir para a estabilidade".

O chefe de Estado começou por fazer “três reflexões, muito breves e diretas”.

Em primeiro lugar, frisou que o “mundo de 2025, é radicalmente diferente do mundo em 2024”.

“O regresso ao poder do atual presidente norte-americano implicou, em quatro meses mudanças enormes nas relações com a Europa, a Rússia e a China, imprevisibilidade na economia internacional, maiores responsabilidades para nós europeus, e para nós portugueses”, frisou numa breve declaração no Palácio de Belém.

A segunda reflexão do chefe de Estado prende-se “com um mundo mais complexo e imprevisível, não participar, não decidir, não votar, faz ainda menos sentido do que nas anteriores eleições”.

“Seria meter a cabeça na areia. Ficar indiferente à gravidade da do instante vivido. Fazer de ausente, quando, como sabemos, o nosso dia a dia, os ausentes acabam mais cedo, ou mais tarde por perder a razão. E limitar-se, como diz o povo, a chorar sobre o leite derramado”, acrescentou.

Na terceira reflexão Marcelo Rebelo de Sousa afirma que, “votar neste momento é contribuir para a estabilidade no meio de um mundo instável. Poupando soluções longas de governos de gestão. Quando até maio de 2026, não poderá haver, constitucionalmente, novas eleições. E permitindo a previsibilidade sem a qual não cresce a confiança”.

Na habitual mensagem presidencial transmitida em véspera de atos eleitorais, o chefe de Estado afirmou também que votar é "dar vida à liberdade, à igualdade, à solidariedade, à democracia e à paz", assimalando que passaram 50 anos desde as eleições de 1975 para a Assembleia Constituinte "votar amanhã pelo futuro de Portugal”.
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