Marcelo considerou "importante para o país" que Montenegro fosse indigitado antes de deslocação a Bruxelas

por RTP
Miguel A. Lopes - Lusa

O presidente da República considerou "importante para o país" que Luís Montenegro tivesse ido esta quinta-feira a Bruxelas já como primeiro-ministro indigitado, indicando que foi o líder do PSD que "pediu que isso acontecesse".

Começando por frisar que “não se pode controlar a contagem de votos” e que “quando há recontagem de votos não se pode dizer ‘para’ num determinado momento”, Marcelo Rebelo de Sousa vincou que o apuramento dos resultados dos votos dos emigrantes “terminou quando terminou”.

Era importante para o país que o primeiro-ministro indigitado participasse hoje em Bruxelas como futuro primeiro-ministro – se vier a formar governo – em reuniões importantes”, defendeu o chefe de Estado, que indigitou Luís Montenegro já ao início da madrugada desta quinta-feira.

O presidente falava aos jornalistas no final de uma visita à Futurália, feira de educação, formação e empregabilidade, em Lisboa.

Era importante que se encontrasse com o primeiro-ministro em funções, que se encontrasse com o presidente da Comissão Europeia, que se encontrasse com os membros do PPE que irão estar amanhã no Conselho Europeu”, acrescentou.

O presidente da República explicou que como os temas discutidos em Bruxelas “são muito, muito pesados”, incluindo assuntos como a guerra na Ucrânia ou no Médio Oriente, “não fazia sentido que [Montenegro] amanhã fosse indigitado estando em Bruxelas”.

Marcelo adiantou ainda que foi o presidente do PSD que “pediu que isso acontecesse” e que foi um “sacrifício”, já que este partiu de Lisboa à uma da manhã para o Porto, onde esta quinta-feira apanhou o avião para Bruxelas.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o país compreendeu que a indigitação tenha ocorrido já de madrugada, após terminada a contagem de todos os votos dos círculos da emigração.

Questionado se seria necessário acelerar o calendário do próximo Governo, o chefe de Estado afirmou que o processo "tem corrido como devia correr e com uma grande naturalidade".

Quando estava de saída da Futurália, Marcelo Rebelo de Sousa cruzou-se com o líder do Chega, André Ventura, que estava a chegar à Feira Internacional de Lisboa (FIL).
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