Presidente sai de Belém a pé e em silêncio
Crise política. O filme dos acontecimentos
Foto: José Sena Goulão - Lusa
Das 9h00 até início da tarde, o primeiro-ministro reuniu-se por duas vezes com Marcelo Rebelo de Sousa, até o momento em que apresentou a demissão.
O que se segue para os cinco detidos?
Demissão do PM. A análise de António José Teixeira
Presidente do PSD pede eleições antecipadas. "Portugal não pode ser isto"
Montenegro considerou que esta recuperação só é viável com eleições antecipadas e que o PSD está “preparado”.
“Nunca tivemos pressa, mas agora a degradação do Governo impõe que não se perca mais tempo e que se devolva a palavra ao povo”, defendeu.
O presidente do PSD considerou ainda que “a legitimidade do PS ruiu dentro de si própria” e que esta foi “a terceira vez em 22 anos que as mesmas pessoas, as mesmas políticas e o mesmo padrão do Governo trazem um pântano à democracia portuguesa”.
“Está na hora de penalizar e responsabilizar sem apelo nem agravo a reincidência de uma organização partidária que dá mostras de muito facilmente ceder a esquemas de compadrio político, de orientações de política que geram sempre empobrecimento e pobreza”, argumentou.
“Portugal não pode ser isto, não pode tolerar ou admitir que importantes decisões de investimento e financiamento público possam ser tomadas por qualquer outro critério que não seja exclusivamente o interesse público”, vincou ainda.
Lembrou também a situação no SNS e na educação, bem como a corrupção, a cobrança de imposto. A continuidade destes problemas "não é fatalidade, é uma escolha”, arguiu.
Reunião de Costa com ministros em São Bento termina
Detidos vão pernoitar em instalações da PSP
Os cinco detidos deverão ser interrogados esta quarta-feira durante a tarde por um juiz de instrução criminal.
Presidente do Conselho Europeu já foi informado da decisão de Costa
"O presidente do Conselho Europeu foi informado", disse a porta-voz de Charles Michel numa resposta enviada à agência Lusa.
António Costa era, aliás, um dos nomes apontados em Bruxelas para suceder a Charles Michel, sem que tivesse assumido tal ambição.
O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
O Presidente convocou para quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir o Conselho de Estado na quinta-feira.
Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário".
Bloco de Esquerda assume preferência por convocação de eleições antecipadas
Comissão Europeia já tem conhecimento da decisão de Costa mas não comenta
"A Comissão tem conhecimento da demissão do primeiro-ministro António Costa", disse fonte oficial da instituição, numa resposta enviada à agência Lusa.
"Trata-se de uma questão nacional sobre a qual a Comissão não tem comentários a fazer", adiantou a mesma fonte oficial do executivo comunitário.
O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
O Presidente convocou para quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir o Conselho de Estado na quinta-feira.
Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário".
UGT diz que aumento do salário mínimo é possível mesmo sem Orçamento
"A UGT tem presente os compromissos que existem no âmbito da Concertação Social e nos quais não temos duvidas do seu cumprimento, quer pelo Governo atual, quer por qualquer outro que possa sair de eleições", afirmou Mário Mourão, em declarações à agência Lusa, lembrando ainda que já houve exemplos em que, mesmo sem Orçamento, já foram aplicados aumentos do salário mínimo nacional.
O responsável sindical considerou, ainda assim, que a demissão de António Costa é preocupante, porque gera instabilidade política e "incertezas para os trabalhadores e para o crescimento económico do país", pondo em causa a gestão dos fundos da União Europeia, como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o PT2030.
Adicionalmente, a UGT sublinhou que há medidas que podem ficar paradas, em caso de dissolução da Assembleia da República, como os processos de negociação coletiva.
"Isso naturalmente que ficará parado e para nós é uma preocupação, uma negociação coletiva é um passo importante para a recuperação daquilo que é também o poder de compra dos trabalhadores e para a trajetória que a UGT defende no sentido do aumento dos salários médios", apontou Mário Mourão.
A central sindical disse aguardar com expectativa a decisão do Presidente da República e esperar que "se encontre uma solução que dê respostas rápidas e sãs que o país necessita".
Mário Mourão registou ainda a "postura do primeiro-ministro, que não hesitou, apesar das circunstâncias, em colocar em primeiro plano a dignidade do cargo".
O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
O Presidente convocou para quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir o Conselho de Estado na quinta-feira.
Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário".
DBRS apenas apreensiva se novo governo se afastar de atual política orçamental
Ainda assim, considera que "uma votação antecipada ou uma mudança de governo não significaria necessariamente uma deterioração da governação".
"Em vez disso, consideraríamos preocupante qualquer resultado eleitoral futuro que afaste a formulação de políticas do atual compromisso do Governo com a prudência fiscal e a redução da dívida do setor público", refere.
A agência de notação financeira recorda que, de acordo com um relatório publicado recentemente, embora "a medida de controlo da corrupção em Portugal se tenha deteriorado nos últimos anos, de acordo com os Indicadores Mundiais de Governação do Banco Mundial, o país tem uma classificação elevada em comparação com pares com classificação semelhante em medidas de governação importantes", que incluem a eficácia do governo e a estabilidade política.
O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
O Presidente convocou para quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir o Conselho de Estado na quinta-feira.
Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário".
Crise política. Os investimentos polémicos sob investigação
Reuters
Numa pequena viagem do tempo, recordamos a história de alguns destes investimentos, começando pela exploração de lítio em Montalegre.
O jornalista Sérgio Infante recorda os temas controversos.
Ana Gomes espera reorganização democrática do PS após demissão
Associação Montalegre Com Vida diz que exploração de lítio nunca foi transparente
Pedro Sarmento Costa - Lusa
No entanto, lembra que o processo para a exploração de lítio nunca foi transparente.
Espera agora que o projeto de exploração de lítio seja de uma vez por todas cancelado.
Carlos César diz que o PS está preparado para "qualquer circunstância"
O responsável quis prestar homenagem ao "grande sentido de responsabilidade" e à "honorabilidade pessoal" do gesto.
"António Costa agiu de modo que compreendemos e reconhecemos como legítimo, por parte de quem sempre pôs em primeiro lugar a transparência e a credibilidade das instituições", realçou.
Carlos César salientou ainda o "enorme legado como governante", considerando que "Portugal está melhor" após os vários anos de António Costa como primeiro-ministro, na "condução lúcida e firme" do líder do Governo
CGTP quer o apuramento de factos e alerta para custo de vida
"Consideramos que deve haver o apuramento de todos os factos pelas entidades competentes", destacou à Lusa.
No entanto, Isabel Camarinha preferiu salientar o "agravamento das condições de vida de trabalho e brutal aumento do custo de vida", destacando que "ainda é mais urgente a resposta às reivindicações dos trabalhadores, até porque continuam a aumentar todos os dias as situações de trabalhadores que empobrecem a trabalhar, que não conseguem chegar até ao final do mês com os baixos salários".
A secretária-geral da CGTP alertou ainda para "reformados e pensionistas com as baixas pensões".
"O apelo que fazemos é que os trabalhadores, independentemente desta situação, continuem a intensificar a luta que têm vindo a desenvolver pelo aumento geral dos salários", e pela "garantia da efetivação dos direitos e naturalmente também para os reformados e pensionistas".
Isabel Camarinha pediu ainda aos trabalhadores uma mobilização para a manifestação nacional em Lisboa e no Porto, convocada para o próximo sábado, dia 11 de novembro, acrescentando que "é preciso que haja estas respostas aos problemas e soluções para os problemas".
Questionada sobre o impacto desta situação na aprovação do Orçamento do Estado para 2024, Isabel Camarinha disse que não queria "antecipar aquilo que será a decisão, que o Presidente da República terá de tomar".
O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
O Presidente convocou para quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir o Conselho de Estado na quinta-feira.
Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário".
PS agradece "entrega total" de António Costa
"Enquanto Primeiro-Ministro, António Costa deu um contributo absolutamente fundamental para os avanços que o País somou ao longo dos últimos oito anos", acrescenta ainda.
O Partido Socialista agradece ao Secretário-Geral, António Costa, pela sua entrega total às funções governativas que lhe foram confiadas. Enquanto Primeiro-Ministro, António Costa deu um contributo absolutamente fundamental para os avanços que o País somou ao longo dos últimos… pic.twitter.com/lUjN9BRKyA
— psocialista (@psocialista) November 7, 2023
Marta Temido. "Um dia muito complexo para o país"
Foto: Pedro A. Pina - RTP
Sobre uma eventual sucessão a António Costa no Partido Socialista, Temido recusa falar, por agora, nesse cenário.
OE2024. Falta de aprovação implica Orçamento em duodécimos em janeiro, diz economista
Foto: Peter Kollanyi/EPA
António Costa deixou claro que não vai recandidatar-se ao cargo de primeiro- ministro.
O presidente da República já aceitou a demissão de António Costa e vai ouvir os partidos políticos e convocar o Conselho de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa promete falar ao país de imediato, após a reunião do Conselho de Estado.
PSI encerra a cair 2,54% com todas as cotadas em baixa
PAN lamenta crise política numa altura de várias crises e desafios
PCP: "Cabe ao PR a avaliação e decisão final"
Chega pede marcação de eleições antecipadas
Queda de Costa é notícia nos principais jornais internacionais
"Manchado por um escândalo de corrupção que levou à acusação de um dos seus ministros e do seu chefe de gabinete, o primeiro-ministro português, o socialista António Costa, anunciou a sua demissão", escreve a AFP, um tom que é repetido por vários `media`, nomeadamente de língua francesa.
Já a espanhola Efe escreveu que Costa se demitiu "devido à investigação contra si por possível prevaricação, corrupção ativa e passiva e tráfico de influências nos negócios do lítio e do hidrogénio, embora tenha garantido que não cometeu qualquer irregularidade".
"O primeiro-ministro português António Costa demitiu-se no âmbito de uma investigação sobre eventuais crimes de corrupção relacionados com projetos de lítio e hidrogénio", escreveu a Bloomberg, enquanto a AP refere que o governante português "anunciou a sua demissão após ter sido envolvido numa investigação de corrupção generalizada".
Por seu turno, a Reuters refere que Costa se demitiu "no meio de uma investigação sobre alegadas irregularidades cometidas pela sua administração maioritariamente socialista na gestão de projetos de mineração de lítio e hidrogénio no país".
Entre os jornais que escreveram notícias diferentes das agências noticiosas está o espanhol El Pais, referindo que a "operação judicial em Lisboa inclui as detenções do seu chefe de gabinete e de um empresário amigo, bem como 42 buscas" e, perante isto, "Costa diz que o facto de estar a ser investigado é `incompatível com a dignidade do cargo`".
Já o belga La Libre identifica as razões "porque o primeiro-ministro português pediu a demissão", apontando depois os casos de suspeitas de corrupção.
António Costa apresentou a demissão ao fim de quase oito anos em funções como primeiro-ministro, cargo para o qual foi empossado em 26 de novembro de 2015 pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Em 30 de março de 2022, quando deu posse ao XXIII Governo Constitucional, Marcelo Rebelo de Sousa avisou António Costa que "não será politicamente fácil" a sua substituição na chefia do Governo a meio da legislatura, dando a entender que nesse caso convocaria legislativas antecipadas.
Em 24 de janeiro deste ano, quando passaram sete anos desde a sua eleição como Presidente da República, foi mais definitivo e afirmou que, "se mudar o primeiro-ministro, há dissolução do parlamento", referindo-se à "hipótese teórica de aparecer um outro primeiro-ministro da área do PS".
"Porque esta maioria formou-se com um primeiro-ministro que concorreu não só como líder do partido, mas a líder do Governo. Foi muito importante, eu disse isso no discurso de posse e, portanto, estava fora de causa, quer dizer, com outro primeiro-ministro haveria dissolução do parlamento", argumentou na altura.
Marcelo avisou que saída de Costa levaria a dissolução
"Deram a maioria absoluta a um partido, mas também a um homem, vossa excelência, senhor primeiro-ministro, um homem que, aliás, fez questão de personalizar o voto, ao falar de duas pessoas para a chefia do Governo", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
"Agora que ganhou, e ganhou por quatro anos e meio, tenho a certeza de que vossa excelência sabe que não será politicamente fácil que esse rosto, essa cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições possa ser substituída por outra a meio do caminho", acrescentou, dando a entender que nesse caso convocaria legislativas antecipadas.
Em 24 de janeiro deste ano, quando passaram sete anos desde a sua eleição como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou esse aviso, em termos ainda mais definitivos: "Se mudar o primeiro-ministro, há dissolução do parlamento".
O chefe de Estado referia-se à "hipótese teórica de aparecer um outro primeiro-ministro da área do PS" a meio da legislatura, que excluiu.
"Porque esta maioria formou-se com um primeiro-ministro que concorreu não só como líder do partido, mas a líder do Governo. Foi muito importante, eu disse isso no discurso de posse e, portanto, estava fora de causa, quer dizer, com outro primeiro-ministro haveria dissolução do parlamento", argumentou na altura.
Ao longo destes dois anos e meio, especulou-se sobre a possibilidade de António Costa querer sair a meio da legislatura para ocupar um cargo europeu, cenário que o próprio afastou.
Hoje, o primeiro-ministro apresentou a demissão ao Presidente da República, que a aceitou, depois de o Ministério Público ter anunciado que é alvo de inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
De manhã, foram realizadas buscas em gabinetes do Governo, incluindo na residência oficial de São Bento, visando o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, que foi detido para interrogatório.
Marcelo Rebelo de Sousa convocou os partidos com assento parlamentar para quarta-feira e o Conselho de Estado para quinta-feira, "ao abrigo do artigo 145º, alínea a) e da alínea e), segunda parte" da Constituição.
Estas duas alíneas são sobre competências do Conselho de Estado e estabelecem que compete a este órgão de consulta "pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República", mas também, "em geral, aconselhar o Presidente da República no exercício das suas funções".
O Presidente da República irá falar ao país imediatamente a seguir à reunião do Conselho de Estado, marcada para quinta-feira às 15:00 no Palácio de Belém.
Na comunicação que fez hoje ao país, o primeiro-ministro declarou-se de "cabeça erguida" e "consciência tranquila" e justificou a sua demissão defendendo que "a dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição sobre a sua integridade, a sua boa conduta e, menos ainda, com a suspeita da prática de qualquer ato criminal".
António Costa apresentou a demissão ao fim de quase oito anos em funções como primeiro-ministro, cargo para o qual foi empossado em 26 de novembro de 2015 pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
O atual Governo resultou de uma dissolução do parlamento e de eleições legislativas antecipadas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, na sequência do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, no início do segundo mandato presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa.
Livre: "Este é o tempo do presidente da República"
Bolsa de Lisboa cai quase 3% após demissão do primeiro-ministro
Cerca das 15:00, o índice de referência da bolsa de Lisboa descia 2,99% para 6.198,18 pontos, com todas as cotadas no `vermelho` e a Mota-Engil a liderar as descidas, perdendo 8,74%.
Nas maiores descidas seguiam também a EDP Renováveis, que baixava 5,43% e a Galp, que recuava 4,39%.
O tombo da bolsa começou cerca das 13:30 quando foi anunciado que António Costa faria uma declaração às 14:00.
António Costa anunciou que apresentou a sua demissão ao Presidente da República, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito do caso com os negócios do lítio e hidrogénio.
Rui Rocha defende dissolução da Assembleia da República e convocação de eleições
Rui Rocha, defendeu que "não há outra solução" sem ser a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa.
Presidente da República convoca partidos e Conselho de Estado
António Costa revelou ainda que não se vai recandidatar ao cargo de primeiro-ministro
Em relação ao cenário de o chefe de Estado não aceitar a sua demissão, António Costa afastou-o.
"Pedi ao Presidente da República a demissão. Essa demissão foi aceite. Porventura o Presidente da República quererá ponderar qual é a data a partir do qual produz efeitos a minha demissão. E, eu naturalmente, como é o meu dever constitucional, legal e cívico, manter-me-ei em funções até ser substituído por quem me vier a substituir como primeiro-ministro" adiantou.
Costa apresenta demissão. "Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito"
Foto: José Sena Goulão - Lusa
"Quero dizer, olhos nos olhos aos portugueses, que não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito, ou sequer de qualquer ato censurável", afirmou António Costa numa declaração ao país na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.
António Costa apresenta a demissão do cargo de primeiro-ministro
“Já foi ou irá ser instaurado um processo-crime contra mim”, afirmou, admitindo estar disponível para colaborar com a Justiça “em tudo o que entender necessário, para apurar toda a verdade seja em que matéria for”. “Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou sequer censurável”.
Para António Costa “a dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição sobre a sua integridade, a sua boa conduta e menos ainda com a suspeita de prática de qualquer ato criminal”.
“Por isso, nesta circunstância, obviamente apresentei a minha demissão a sua excelência o Presidente da República”, declarou ao país, deixando um agradecimento aos portugueses pela “oportunidade de liderar o país em momentos difíceis”.
António Costa fala ao país
Porque é que Costa vai ser investigado no Supremo Tribunal de Justiça?
PGR esteve reunida com Presidente da República após operação sobre negócios do lítio
Contactado pela Lusa, o gabinete de comunicação da Procuradoria-Geral da República confirmou que Lucília Gago esteve no Palácio de Belém após ser conhecida a operação de buscas e que culminou com as detenções de Vítor Escária, chefe de gabinete de António Costa, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus e um consultor.
Embora não sejam identificados todos os detidos, alguns meios de comunicação social já indicaram que o consultor é Diogo Lacerda Machado, advogado e empresário próximo do primeiro-ministro, enquanto os administradores da sociedade Start Campus de Sines serão Afonso Salema e Rui Oliveira Neves.
A ida da Procuradora-Geral da República a Belém teve lugar ainda antes da nota de imprensa divulgada pela PGR sobre a operação de hoje e aconteceu entre as duas deslocações do primeiro-ministro para falar com Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo a Constituição, a PGR é nomeada pelo Presidente da República, sob proposta do primeiro-ministro.
O MP constituiu ainda como arguidos o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta.
De acordo com a PGR, estarão em causa neste inquérito os crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência.
Buscas negócios do lítio. PCP quer investigação célere
João Galamba é arguido no processo agora investigado
Foto: António Antunes - RTP (arquivo)
Buscas em casa de João Galamba
PM defendeu que perante uma acusação um membro do Governo deve abandonar o cargo
Partidos exigem explicações ao primeiro-ministro
Lítio e hidrogénio verde no centro das buscas
Cinco detidos na investigação sobre o lítio devem ser levados ao DCIAP
António Costa vai falar ao país às 14h00 no Palácio de São Bento
António Costa volta ao Palácio de Belém
Primeiro-ministro vai ser investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça
Foto: José Sena Goulão - Lusa
Há já cinco detenções. Desde logo duas figuras muito próximas de António Costa. Trata-se de Vitor Escária, chefe de Gabinete do primeiro ministro e também Diogo Lacerda Machado, consultor e amigo de António Costa.
Foram ainda detidos o presidente da Câmara de Sines e dois administradores da sociedade "Start Campus".
Neste processo são investigados os negócios de concessão do lítio e do hidrogénio.
Estão em causa os crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação e tráfico de influência.
Buscas negócios do lítio. Livre considera "momento sério para o país"
Operação negócio do lítio. António Costa alvo de investigação autónoma do Ministério Público
"No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do Primeiro-Ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente", lê-se na nota divulgada pela PGR.
Segundo a mesma fonte contactada pela agência Lusa, no local "aguarda-se a chegada do Ministério Público" para participar nessas mesmas diligências.
A agência Lusa contactou o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas (PS), mas o telemóvel do autarca encontrava-se desligado.
Buscas negócios do lítio. BE exige justiça célere e que cumpra o seu caminho
Buscas negócios do lítio. PAN considera que Galamba não tem condições para continuar
PCP quer ver "concluídos os apuramentos" sobre lítio e depois retiradas consequências
"Sobre as notícias de buscas relacionadas com o processo dos negócios do lítio e hidrogénio, envolvendo o Governo, o PCP considera que devem ser concluídos os apuramentos e retiradas as devidas consequências das conclusões a que se chegar", lê-se numa nota do PCP.
A assessoria de comunicação do primeiro-ministro confirmou hoje a realização de buscas pela PSP no gabinete de Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro, acrescentando que não há comentários por parte de São Bento à ação da justiça.
"Confirmamos que há buscas no gabinete do chefe de gabinete [Vítor Escária]. Não comentamos a ação da justiça", disse à agência Lusa fonte da assessoria de António Costa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu hoje o primeiro-ministro, António Costa, no Palácio de Belém, em Lisboa, a pedido deste, disse à Lusa fonte da Presidência da República. A reunião já terminou, adiantou a mesma fonte.
O jornal Público noticiou a realização de buscas pela PSP nesta manhã em diversos ministérios e na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, no âmbito de uma investigação sobre projetos de exploração de lítio, em Montalegre.
Segundo o Público, foram detidos o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o consultor próximo de Costa, Diogo Lacerda Machado, e o presidente da Câmara Municipal de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, assim como dois executivos de empresas.
O jornal acrescentou que serão constituídos arguidos os ministros do Ambiente, Duarte Cordeiro, e das Infraestruturas, João Galamba, assim como o anterior ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.