Pardal Henriques deixa de ser porta-voz do sindicato para ser candidato pelo PDR

por Lusa
Manuel de Almeida, Lusa

Pardal Henriques anunciou hoje que aceitou o convite para encabeçar a lista do PDR a Lisboa, deixando de ser porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas para "não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral".

 

Depois de o líder do PDR, Marinho e Pinto, ter feito o anúncio no Porto, Pardal Henriques confirmou, em comunicado, que aceitou este convite para integrar as listas do PDR às eleições legislativas de 6 de outubro, afirmando que não abandonará as causas que representa.

"Face ao exposto, e para que pelo menos a minha agenda fique esclarecida, (faltando esclarecer a do porta-voz da ANTRAM e das suas nomeações pelo PS), venho por este comunicar que a partir deste momento não serei mais o porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por forma a não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral", refere o mesmo texto.

No entanto, de acordo com advogado, continuará "a representar juridicamente" o SNMMP, assim como os outros sindicatos que aceitou defender.

"Àqueles que não sabem como me atacar mais, dirão (como já disseram) que me quis aproveitar da causa dos motoristas para me autopromover. No entanto, quem me conhece sabe perfeitamente que defendo esta causa desde 2017, e nunca foi a minha intenção iniciar uma carreira política", garante.

O agora candidato continuará assim a defender as causas em que acredita "com uma voz ativa contra a hipocrisia e a corrupção no parlamento português".

"Candidato-me porque acredito que podemos voltar a recuperar os valores de Abril", declara.

O advogado explica que tomou "esta decisão depois de ponderar bastante" e de conferenciar com família, aceitando o convite para "ser uma voz ativa por todas as causas" que tem vindo a defender e que "hoje não estão representadas no parlamento português".

"Veja-se por exemplo a reação dos partidos políticos, e em especial dos partidos com assento parlamentar relativamente à utilização de todos os meios possíveis para, através da força e da aliança com as empresas, dizimar os direitos constitucionais dos trabalhadores, que reclamam unicamente o pagamento do trabalho que fazem, sem esquemas fraudulentos", exemplifica.

 

 

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