Não está arrependido, "nem de uma única linha" do que disse quando indigitou Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro. O Presidente da República diz que não tem qualquer interesse pessoal e que apenas se guia pelo superior interesse nacional.
"Aquilo que havia a dizer sobre esse assunto já disse na intervenção que eu produzi que foi muito clara e não estou arrependido nem de uma única linha de tudo aquilo que eu disse", afirmou Cavaco Silva em Roma, onde participa esta tarde no X Encontro COTEC Europa.
O Presidente da República garantiu que não tem, nem nunca teve, qualquer interesse pessoal, e que até ao último dia do seu mandato se guiará sempre pelo "superior interesse nacional".
Quanto às palavras que utilizou na quinta-feira, quando indigitou Pedro Passos Coelho, Cavaco Silva recusou a ideia de um discurso de "seita ou partidário" e garantiu que a sua única preocupação "é a defesa do superior interesse nacional, depois de estudar muito aprofundadamente todos os problemas".
E se o Governo de Pedro Passos Coelho chumbar no Parlamento? Quanto a isso, nem uma palavra.
O Chefe de Estado foi ainda questionado sobre a composição do executivo de Pedro Passos Coelho. O Presidente da República afirmou apenas que aceitou os nomes propostos e que na sexta-feira, quando der posse ao novo Governo, irá fazer uma nova intervenção.