Política
Retirada de cartazes. Ventura diz que é um mau dia para a democracia
Sobre a decisão do tribunal de o mandar retirar os cartazes sobre a comunidade cigana, André Ventura já reagiu, para dizer: "Não me arrependo".
O líder do Chega garante que não se arrepende dos cartazes escolhidos para a sua campanha presidencial. Numa comunicação em direto nas televisões, esta tarde, acrescentou que hoje foi um mau dia para a democracia.
A juíza Ana Barão decidiu que os cartazes que instam as pessoas de etnia cigana a "cumprir a lei" não podem continuar afixados.
Esta segunda-feira uma decisão do Tribunal Cível de Lisboa obrigou o Chega a retirar todos os cartazes da campanha presidencial de André Ventura que visam a comunidade cigana, estipulando um prazo de 24 horas para que tal aconteça.O Tribunal Cível de Lisboa ordenou, esta segunda-feira, que sejam retirados os cartazes do partido Chega sobre ciganos.
Na conferência desta tarde a partir da sede do Chega no Porto, Ventura disse que o partido vai estudar a possibilidade de recorrer da decisão, mantendo que fez "o correto" perante uma comunidade em "incumprimento" perante a lei.
"Um dos nossos cartazes diz que têm que cumprir a lei. Eu também tenho. (...) O Chega irá nas próximas horas reunir comigo, enquanto candidato presidencial, e com a nossa equipa jurídica, para analisar os efeitos desta decisão, os seus prazos, e também a possibilidade ou não da interposição de recurso", acrescentou.
Para Ventura, estamos perante uma "decisão de força, de intimidação e ameaça [e] este é um mau dia para a nossa democracia. E é um mau dia para a nossa democracia porque a liberdade não foi assegurada. (...) O cartaz não dizia que os ciganos não cumprem a lei, ou os ciganos que moveram esta ação não cumprem a lei. Dizia que os ciganos têm que cumprir a lei", declarou.
Ventura disse ter pesquisado por outras situações semelhantes e acusou o tribunal de "censura" ao Chega.
"Era bom que o tribunal tivesse noção do precedente que criou hoje. Era bom que o tribunal tivesse noção da injustiça que cometeu hoje e do precedente gravíssimo para a democracia que abriu hoje, em que todas as minorias afetadas se podem sentir no direito de mandar retirar cartazes políticos, outdoors, mensagens políticas", sublinhou.
Para Ventura, estamos perante uma "decisão de força, de intimidação e ameaça [e] este é um mau dia para a nossa democracia. E é um mau dia para a nossa democracia porque a liberdade não foi assegurada. (...) O cartaz não dizia que os ciganos não cumprem a lei, ou os ciganos que moveram esta ação não cumprem a lei. Dizia que os ciganos têm que cumprir a lei", declarou.
Ventura disse ter pesquisado por outras situações semelhantes e acusou o tribunal de "censura" ao Chega.
"Era bom que o tribunal tivesse noção do precedente que criou hoje. Era bom que o tribunal tivesse noção da injustiça que cometeu hoje e do precedente gravíssimo para a democracia que abriu hoje, em que todas as minorias afetadas se podem sentir no direito de mandar retirar cartazes políticos, outdoors, mensagens políticas", sublinhou.
c/ Lusa