No seu país natal, Senegal, é uma lenda viva. Canta a identidade, a herança e a esperança da África, muitas vezes com um toque político.
É provavelmente o músico africano mundialmente conhecido como expoente máximo do "mblax", estilo de música que combina os ritmos tradicionais com os modernos instrumentos electrónicos e funde rumba cubana, o hip-hop, jazz e soul.
Miúdo prodígio, fez da rádio o seu palco passando para o circuito das casas noturnas, e a partir de 1979, com sua a banda, The Super Etoile de Dakar, fez tournées por África, Europa, EUA e Canadá.
Apreciado pelos compatriotas no exterior, com ele o hemisfério norte descobriu a riqueza, complexidade e exuberância da sua arte: as antigas tradições "griot" do Senegal e as preocupações sociais duma nação ansiosa por reencontrar a sua identidade nacional e cultural após anos de colonialismo.
Organizou concertos a favor da libertação de Nelson Mandela, destacou-se na turnê mundial da Amnistia Internacional Human Rights Now, em 1988, ao lado de Peter Gabriel, Sting e Lou Reed.
Foi Embaixador da Boa Vontade, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e ainda no Senegal, foi Ministro do Turismo e Cultura e depois Ministro do Turismo e Lazer, até 2013.
Youssou N'Dour completa hoje 65 anos, e por isso, escolhi o seu maior sucesso comercial ao lado de Neneh Cherry - 7 Seconds, Canção do Ano da Europa, no World Music Awards, em 1995.