Surrender

Ep. 126 mai. 2023

Play - Surrender

Ep. 1

Duração: 59min

Género: Cultura

Class.: 10AP

RTP2

Em Lisboa, a mulher do comandante da Lancha de Fiscalização Vega conheceu o seu destino trágico, em sonhos. Os marinheiros Silva e Freitas recordam o combate da VEGA, as mortes do seu comandante e do artilheiro Ferreira. Ilesos, não abandonaram os seus dois camaradas gravemente feridos e ao fim de sete horas agarrados a uma balsa, conseguiram alcançar terra firme.
Damão é o segundo distrito do Estado Português da Índia a ser atacado pelas tropas indianas, que atravessam a fronteira, a norte do rio Sandalcalo, pelas duas horas do dia 18 de Dezembro de 1961. Os postos da polícia resistem, sofrendo baixas, e retiram de madrugada, esgotadas as munições.
A Sul do rio, na fortaleza de Damão-Praça, o bombardeamento da artilharia indiana acorda em sobressalto os jovens Damanenses da Mocidade Portuguesa, que colaboram na destruição de documentos, sob as ordens do Governador.
Os Indianos ocupam o Aeroporto e, mal a Lua se põe, tentam progredir na direção da cidade de Damão-Pequeno. Entrincheirados numa linha defensiva, os soldados portugueses conseguem resistir, desencadeando intenso tiroteio.
Ao amanhecer, o Comissário da Polícia e o jovem Tenente Santiago de Carvalho deslocam-se ao posto da aerogare cujo rádio não respondia à chamada. É demasiado tarde quando se apercebem que os vultos que julgaram portugueses são afinal soldados indianos. Morre em combate o Tenente Santiago de Carvalho que, nas vésperas, escrevera à família: "...Tratando-se de uma luta tão desigual, tão grande é a desproporção de forças, estamos dispostos e animados a resistir até ao último momento, até ao último suspiro..."
Damão-Praça é atacada pela aviação indiana, mantendo-se, em simultâneo, o bombardeamento da artilharia. Uma das meninas do asilo é atingida mortalmente. Impedido de comunicar com a frente de batalha, que se desenrola no setor de Damão-Pequeno, o Governador atravessa o rio. Pouco depois, avistam-se bandeiras brancas em Damão-Praça, contrariando as ordens recebidas.
A Norte do rio, os Indianos não conseguem avançar, sob o fogo cruzado das trincheiras e das metralhadoras dos postos. Cabe à aviação indiana arrasar os postos e fustigar as trincheiras, forçando a retirada das forças portuguesas para a cidade de Damão Pequeno. Ao tentar organizar a defesa da cidade, o Governador é atingido numa perna e cai: "Já reguei esta terra com sangue português!"
No entanto, os Indianos são obrigados a suspender o seu avanço às portas da cidade e, meia hora mais tarde, a aviação arrasa o mercado de onde partia a maior parte do fogo português. A primeira tentativa de rendição dos Portugueses ao exército indiano, já de noite, é recebida a tiro.
No dia 19 de manhã, um derradeiro ataque da aviação indiana incendia 17 casas em Damão Pequeno e causa a morte a dois civis damanenses. Os Indianos exigem a presença do Governador, que é transportado em maca para o local da rendição.
Os bombardeamentos da artilharia e da aviação indiana, que não pouparam vidas civis, e a resistência dos Portugueses, ficaram na memória do lugar e das gentes: em Damão, a invasão do distrito ficou conhecida como "a Guerra".
Maria Rita Nunes fazia 12 anos no dia 18 de Dezembro de 1961...

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Género: Cultura Class.: 10AP RTP2

A invasão da India Portuguesa e a rendição dos militares Na madrugada do dia 18 de dezembro de 1961, a União Indiana transpõe as fronteiras de Goa, Damão e Diu e dá início à invasão do Estado Português da Índia: a operação Vijay é encarada, pelo lado indiano, como uma guerra de libertação.
SURRENDER é um projeto construído sobre as memórias dos ex-combatentes e suas famílias que, 50 anos mais tarde, recordam a sua experiência de guerra. Na Índia, recolhemos testemunhos presenciais, inéditos e inesperados e procurámos documentar a passagem do tempo na memória dos lugares.

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