À descoberta da Rússia boreal
Esta é a história de um mar situado no extremo Norte, um mar onde a Rússia forjou um destino polar. É chamado de Mar Branco, por causa do gelo e do nevoeiro que o cobrem na maior parte do ano. Durante anos, Cédric Gras cruzou a Federação Russa, fascinado pela sua geografia e mosaico de etnias. Agora, parte em busca do chamado norte russo, a parte do Ártico onde os eslavos se estabeleceram há dez séculos. É uma região de florestas de coníferas imaculadas povoadas por Isbás, habitações típicas camponesas russas, no meio das quais se desenrolou uma história pioneira, espiritual e às vezes trágica.
O Mar Branco é o mar histórico do povo russo, o Mare Nostrum eslavo, em torno do qual uma nação foi construída. É para esta região historicamente rica, berço da Rússia, que o escritor de viagens parte. A sua viagem realiza-se no Inverno, a estação mais agreste, mas representativa da alma desta terra.
Nas costas do Norte, encontra tradições, mosteiros, civilizações na floresta e portos congelados. Cédric Gras leu com entusiasmo as histórias da conquista do Norte e está prestes a viajar pelo Mar Branco para entender melhor onde e como os russos se tornaram um povo do frio. É essa Rússia original, uma Rússia boreal, que procura descobrir.
A viagem começa na entrada deste Mar quase fechado, numa costa chamada Costa do Inverno. De lá, Cédric Gras chega à cidade de Arkhangelsk e ao seu porto preso no gelo, antes de chegar ao mítico arquipélago das Ilhas Solovetski. Segue o Canal do Mar Branco até ao interior conhecido como Carélia. Por fim, ruma ao remoto Litoral Norte, refúgio dos últimos pescadores do Pomor.
