Era uma esperança efémera mas a direita espanhola levou-a até ao fim procurando aprovação do seu governo no parlamento sem sucesso. Feijó que de facto venceu as eleições de julho passado, sabia que as suas chances eram mínimas senão impossíveis. Tinha o apoio dos deputados da extrema direita do Vox é certo, mas ainda assim insuficiente.
MAIS INFOFaltaram-lhe uns escassos quatro votos para chegar ao número mágico, os tais 176 que dão a maioria parlamentar, talvez por isso o seu discurso de investidura tenha parecido mais o de uma moção de censura ou executiva ainda em funções e com a tónica a centrar-se sobretudo na questão da amnistia, essa que Pedro Sánchez parece estar disposto a conceder aos organizadores do referendo fracassado na Catalunha de 2017. O dirigente do PP terá sim de resignar-se ao papel de líder de oposição esperando que ele seja breve, porque agora cabe ao líder socialista tentar formar um governo e manter-se assim no poder. Para o conseguir terá de obter um vasto apoio incluindo, o dos independentistas catalães e a moeda de troca deve passar sim pela tal amnistia.