A CAMINHO DA GLÓRIA por Rui Alves

Na entrada da década de 60 do século passado, a equipa benfiquista tinha Bella Guttmann como feiticeiro, ... treinador que tinha sido campeão nacional no FC Porto, entretanto, transferido para Lisboa e ser de novo campeão.

O técnico húngaro encantado com os jogadores que encontrou, viu ainda reforçada a sua defesa com um dos melhores centrais de sempre, Germano que vinha de Alcântara, mais precisamente do Atlético. No ataque um dos melhores avançados, José Águas, entrevistado pela RTP quando se prepara para sair da Portela em direção à final em Berna, é o grande goleador da taça europeia com 10 golos.

O caminho da glória inicia-se a 29 de setembro de 1960, com uma vitória na Escócia para quinze dias depois, confirmar com nova vitória, a superioridade encarnada sobre o Hearts. A 2ª eliminatória opõe o clube da Luz à famosa escola húngara, afinal, o Ujpest foi cilindrado, no jogo da 1ª mão, despachado com uma goleada de 6 bolas a 2, decidindo logo ali a eliminatória.

Nos quartos de final, um semifrio de Aarhus da Dinamarca, em que o clube de Lisboa, no total das duas mãos marcou sete golos e sofreu três. Alvo de admiração pelos adeptos, José Augusto é considerado como o melhor extremo direito da Europa.

Atingida pela primeira vez a meia final, calhou em sorte o Rapid de Viena, a máquina de fazer golos, na Luz, demonstra mais uma vez estar bem oleada e despacha o clube Austríaco com três golos sem resposta, carimbando o passaporte para a final, apesar da invasão do relvado pelos adeptos do Rapid, e só depois da carga policial, o jogo da 2ª mão pode chegar ao fim.

A glória está a 90 minutos de ser conquistada, falta uma vitória no jogo da final frente ao grande colosso Barcelona, clube catalão que tinha eliminado o pentacampeão europeu Real Madrid.