Conversa Capital com Luís Leite Ramos

por Antena 1

Foto: Antena1

Pela primeira vez, os testemunhos produzidos pelas personalidades ouvidas no âmbito da II comissão parlamentar de inquérito à CGD, estão a ser úteis para a investigação do Ministério Público.

Pela primeira vez, os testemunhos produzidos pelas personalidades ouvidas no âmbito da II comissão parlamentar de inquérito à CGD, estão a ser úteis para a investigação do Ministério Público. Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o presidente da comissão, Luís Leite Ramos revelou que desde há algum tempo que o Ministério Público tem pedido "com frequência" informação produzida no âmbito da comissão parlamentar de inquérito à CGD. Luís Leite Ramos diz que isto é a primeira vez que acontece. Não concretiza qual a informação prestada mas salienta que esta posição do MP mostra como o trabalho da comissão esta a ser útil.

 

Luís Leite Ramos faz um balanço positivo dos trabalhos, graças ao clima de cooperação entre todos os partidos, que permitiu que até ao momento fossem ouvidas 23 personalidades e existissem mais de 500 mil páginas de documentos na base de dados.  

 

No entanto há um documento em falta e do qual Luís leite Ramos não pretende desistir. O presidente da comissão promete tudo fazer para obter um documento elaborado por uma consultora para o Banco de Portugal sobre o sistema de controle e acompanhamento interno mandado elaborar em 2015, para a exposição ao BES, porque um dos depoentes disse que era importante que se ficasse a conhecer para evitar erros futuros.

 

Luís Leite Ramos admite que, entre todos os objetivos definidos, o mais difícil será perceber se houve ou não responsabilidades políticas. Até que ponto houve ou não interferência? "É um exercício difícil", refere.

 

Quanto à audição de Joe Berardo refere que agiria da mesma forma e faria tudo igual. Não teme processos judiciais, está tranquilo, mas acha estranho que alguém que cultiva a imagem publica, considere que foi posto em causa o Direito à Imagem. Luís Leite Ramos lembra que Joe Berardo "foi igual a si próprio e era importante deixá-lo ser igual a si próprio" para assim mostrar-se e avaliar melhor aquele que foi o seu comportamento.

 

Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de Luís Leite Ramos, Presidente da II Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco, a Rosário Lira (Antena1) e Rita Atalia (Jornal de Negócios):




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