A Alemanha não conta ter a vacina para o novo coronavírus antes do primeiro trimestre de 2021. A informação consta da estratégia nacional de vacinação a que a Reuters teve acesso.
O documento, com 15 páginas, do Ministério da Saúde alemão, apresenta sete potenciais vacinas com testes completos realizados até ao final deste ano ou início do próximo.
São as vacinas que estão a ser desenvolvidas pela AstraZeneca, BioNTech e Pfizer, Moderna e Novovax, Johnson & Johnson, GlaxoSmithKline e CureVac.
Assim que estiverem disponíveis, serão numa primeira fase utilizadas em grupos prioritários.
“Supondo que possa ser confirmado um rácio favorável de risco-benefício, as primeiras aprovações deverão acontecer no primeiro trimestre de 2021”, lê-se no documento das autoridades alemãs.
Ainda de acordo com este documento, a que a Reuters teve acesso, a Alemanha pretende criar centros de vacinação para chegar rápido aos grupos prioritários numa primeira fase e depois a toda a população. Centros esses que terão ainda o apoio de equipas móveis.
O Governo alemão vai assumir os custos das vacinas enquanto que os valores a pagar para a criação dos centros de vacinação serão da responsabilidade dos Estados e dos seguros de saúde público e privados, conforme apropriado.
Ainda de acordo com o plano alemão, a expetativa é que as farmacêuticas forneçam a vacina em frascos multidoses, sem as as seringas ou cânulas e igualmente sem o solvente necessário para a vacinação. Acessórios que as autoridades locais devem estar preparadas para fornecer.
Há ainda uma outra informação sobre o processo de vacinação relacionada com a recolha de informação. O documento indica que a Alemanha vai recolher dados não pessoais para conseguir estudar a eficácia da vacina no país. Informações como a idade, sexo, local de residência, data de vacinação, produto da vacina e dose de vacinação administrada.