A Polícia de Londres revelou que não vai investigar a alegada festa de Natal que ocorreu o ano passado na residência oficial do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, devido à "falta de provas".
O Partido Trabalhista instou as autoridades policiais a prosseguir com a investigação “sem medo ou favorecimentos”.
Wes Streeting, o secretário da Saúde sombra, afirmou que era “simplesmente inadmissível para a polícia argumentar que não há provas que as festas aconteceram”.
“Todos vimos os vídeos que envolvem a equipa do Número 10 de Downing Street na festa de 18 de dezembro”, acrescentou.
Boris Johnson já pediu desculpa pelos vídeos que envolvem a sua equipa e pediu a Simon Case para realizar uma investigação para saber se as medidas de confinamento foram desrespeitadas.
Entretanto, um porta-voz do Partido Conservador confirmou que quatro funcionários – que estavam destacados para a campanha do partido na eleição do novo presidente da câmara de Londres – foram punidos após uma reunião não autorizada num escritório do partido a 14 de dezembro de 2020.
A BBC avança ainda que no ano passado vários membros do Número 10 de Downing Street compareceram numa festa com Carrie Johnson, no apartamento onde o primeiro-ministro e a sua mulher vivem, depois dos ex-assessores Dominic Cummings e Lee Cain apresentarem a demissão.
Fonte citada pela BBC adianta que a música estava tão alta que podia ser ouvida em várias zonas do prédio.
A alegada festa no apartamento terá acontecido a 13 de novembro de 2020, numa altura em que o país estava em confinamento, com a população proibida de se reunir em ambientes fechados ou jardins privados.
Vários alegados convidados revelaram à BBC que as informações não são verdadeiras e a porta-voz da mulher do primeiro-ministro negou que houvesse alguma festa a 13 de novembro.