Economia
Debate de urgência. Ventura exige ao Governo plano para TAP "mais eficiente"
O líder do Chega afirmou esta sexta-feira, no debate de urgência sobre a privatização da TAP requerido pelo próprio partido, que os portugueses merecem uma companhia aérea que "vá ao encontro das suas aspirações". André Ventura exigiu ainda ao Governo que diga qual é o plano para "termos uma companhia mais eficiente e mais forte".
O debate no Parlamento acontece um dia depois de o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter anunciado a aprovação de um decreto-lei em Conselho de Ministros para a reprivatização da TAP. O Governo pretende alienar 49,9 por cento da empresa no prazo de um ano.
Esta manhã, na abertura do debate de urgência, o líder da oposição acusou “uma parte da direita” de “privatizar selvaticamente, não querer saber de empregos, não querer saber de economia indireta, não querer saber de rotas. No fundo, não querer saber das pessoas”.
“Tudo ao contrário do Chega, que se preocupa com trabalhadores, que se preocupa com o investimento indireto à volta da TAP e da empresa. Mas, acima de tudo, se preocupa com os milhões de homens e mulheres que, vivendo pelo mundo inteiro e trazendo atrás de si a bandeira portuguesa, merecem uma companhia que os trate bem, que vá aos seus destinos e que vá ao encontro das suas aspirações”, assegurou André Ventura. Para o Chega, “os utentes merecem uma TAP eficiente, que não seja a companhia com a maior taxa de atrasos na Europa”.
“Não podemos continuar a ter a ideia estabelecida de que a TAP é a pior das companhias para viajar quando é a companhia onde deixámos uma grande parte dos nossos impostos”, declarou.
O presidente do Chega exigiu, assim, ao Governo que diga já hoje “qual é o plano, não só para recuperarmos este dinheiro, como para termos uma companhia mais eficiente e mais forte”.
O ministro quis ainda “tranquilizar” o Chega partilhando o plano para a privatização da companhia aérea, adiantando que a primeira fase será de pré-qualificação, sucedida de uma resolução do Conselho de Ministros e de mais escrutínio.
Essa etapa será “sucedida de mais 90 dias de propostas não vinculativas, sucedida de mais uma resolução de Conselho de Ministros, sucedida de mais escrutínio, sucedido de mais 90 dias de propostas vinculativas, sucedida de uma nova resolução de Conselho de Ministros, mais escrutínio, sucedida de uma fase negocial que pode ter um, dois, três, quatro parceiros, mais escrutínio”.“A alienação de uma participação minoritária vai maximizar o valor da participação remanescente. Foi assim em muitas privatizações, foi assim em muitos cenários”, vincou o ministro.
Miguel Pinto Luz relembrou que o decreto-lei ontem aprovado ainda tem que ser publicado e prorrogado pelo presidente da República.
“Sendo oportuno, é sempre oportuno debater a TAP e estarei aqui as vezes que forem necessárias”, disse. “Ainda assim, há algum caráter extemporâneo desta discussão, já que os senhores deputados ainda não têm acesso a toda a informação possível”, considerou.
Esta manhã, na abertura do debate de urgência, o líder da oposição acusou “uma parte da direita” de “privatizar selvaticamente, não querer saber de empregos, não querer saber de economia indireta, não querer saber de rotas. No fundo, não querer saber das pessoas”.
“Tudo ao contrário do Chega, que se preocupa com trabalhadores, que se preocupa com o investimento indireto à volta da TAP e da empresa. Mas, acima de tudo, se preocupa com os milhões de homens e mulheres que, vivendo pelo mundo inteiro e trazendo atrás de si a bandeira portuguesa, merecem uma companhia que os trate bem, que vá aos seus destinos e que vá ao encontro das suas aspirações”, assegurou André Ventura. Para o Chega, “os utentes merecem uma TAP eficiente, que não seja a companhia com a maior taxa de atrasos na Europa”.
“Não podemos continuar a ter a ideia estabelecida de que a TAP é a pior das companhias para viajar quando é a companhia onde deixámos uma grande parte dos nossos impostos”, declarou.
O presidente do Chega exigiu, assim, ao Governo que diga já hoje “qual é o plano, não só para recuperarmos este dinheiro, como para termos uma companhia mais eficiente e mais forte”.
“É preciso muito desplante parlamentar para, à primeira hora, se vir dizer que os contribuintes têm de ser ressarcidos, quando mais não fizeram nos últimos anos do que pegar no dinheiro da malta, atirar para dentro da TAP, pegar no dinheiro da malta, dar aos bolsos da malta deles e enriquecer os bolsos e os casacos deles próprios”, acrescentou.
Além do Chega, todos os partidos da esquerda à direita pediram explicações ao Governo acerca do futuro da TAP.
“Precisamos de um parceiro estratégico”
Em resposta, o ministro das Infraestruturas garantiu no Parlamento que o Governo não vai vender a TAP "ao desbarato", reiterando que quer um parceiro que garanta o interesse estratégico do país.
"Não vendemos a TAP ao desbarato, já o dissemos, mantemos o que dissemos", assegurou o governante, acrescentando que o Governo "deixou claro que não vende a empresa se entender que não estão reunidas as condições suficientes" para garantir, entre outras condições, que a companhia se mantém portuguesa.
"Não vendemos a TAP ao desbarato, já o dissemos, mantemos o que dissemos", assegurou o governante, acrescentando que o Governo "deixou claro que não vende a empresa se entender que não estão reunidas as condições suficientes" para garantir, entre outras condições, que a companhia se mantém portuguesa.
Miguel Pinto Luz afirmou ainda que “a TAP não sobrevive se se mantiver pública” e que “o Estado está impossibilitado de injetar um euro”, já que “não tem sinergias de mercado, não consegue comprar aviões, não consegue manter (…) a bandeira no avião”.
“Nós queremos a bandeira no avião. Nós queremos a TAP e a marca da TAP. Queremos a sede em Lisboa. Queremos manter as rotas. Queremos manter isso tudo, mas como ela está não vamos conseguir. Precisamos de um parceiro estratégico para encontrar essas sinergias”, assegurou.
“Nós queremos a bandeira no avião. Nós queremos a TAP e a marca da TAP. Queremos a sede em Lisboa. Queremos manter as rotas. Queremos manter isso tudo, mas como ela está não vamos conseguir. Precisamos de um parceiro estratégico para encontrar essas sinergias”, assegurou.
O ministro quis ainda “tranquilizar” o Chega partilhando o plano para a privatização da companhia aérea, adiantando que a primeira fase será de pré-qualificação, sucedida de uma resolução do Conselho de Ministros e de mais escrutínio.
Essa etapa será “sucedida de mais 90 dias de propostas não vinculativas, sucedida de mais uma resolução de Conselho de Ministros, sucedida de mais escrutínio, sucedido de mais 90 dias de propostas vinculativas, sucedida de uma nova resolução de Conselho de Ministros, mais escrutínio, sucedida de uma fase negocial que pode ter um, dois, três, quatro parceiros, mais escrutínio”.“A alienação de uma participação minoritária vai maximizar o valor da participação remanescente. Foi assim em muitas privatizações, foi assim em muitos cenários”, vincou o ministro.
Miguel Pinto Luz relembrou que o decreto-lei ontem aprovado ainda tem que ser publicado e prorrogado pelo presidente da República.
“Sendo oportuno, é sempre oportuno debater a TAP e estarei aqui as vezes que forem necessárias”, disse. “Ainda assim, há algum caráter extemporâneo desta discussão, já que os senhores deputados ainda não têm acesso a toda a informação possível”, considerou.
PS acusa Governo de “minimizar preço da TAP”
O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, afirmou por sua vez que “cabe ao Governo e à República maximizar o dinheiro investido que permitiu proteger a sobrevivência da TAP”.
Na visão do socialista, “o Governo comporta-se como um vendedor que degrada o produto que quer vender” e “os portugueses não mereciam isto”. Brilhante Dias acusou ainda o ministro Miguel Pinto Luz de “degradar o ativo e a prejudicar Portugal e os portugueses” ao “minimizar o preço da TAP”.
O Executivo está a fazer “o máximo para vender a TAP pelo preço mínimo”, acrescentou.
O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, afirmou por sua vez que “cabe ao Governo e à República maximizar o dinheiro investido que permitiu proteger a sobrevivência da TAP”.
Na visão do socialista, “o Governo comporta-se como um vendedor que degrada o produto que quer vender” e “os portugueses não mereciam isto”. Brilhante Dias acusou ainda o ministro Miguel Pinto Luz de “degradar o ativo e a prejudicar Portugal e os portugueses” ao “minimizar o preço da TAP”.
O Executivo está a fazer “o máximo para vender a TAP pelo preço mínimo”, acrescentou.