Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Joana Raposo Santos, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

EPA

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

23h45 - Centro de acolhimento em Lisboa tem cerca de 60 jovens a aguardar alojamento

O centro de acolhimento de emergência em Lisboa para apoio aos refugiados da guerra na Ucrânia recebeu mais de 2.300 pessoas entre março e maio e regista hoje cerca de 60 jovens a aguardar alojamento, segundo a câmara municipal.

Segundo explicou a vereadora Laurinda Alves, a maioria desses cerca de 60 jovens não são de origem ucraniana, mas estavam neste país afetado pela guerra a frequentar diversos cursos superiores, que foram interrompidos por causa do conflito com a Rússia.

"Temos ali cerca de 60 jovens, rapazes, que vieram da Ucrânia, que não são ucranianos nascidos na Ucrânia, mas estavam a estudar Medicina, Finanças, Gestão, Arquitetura, Design, portanto chegaram cá e, porque não são brancos, estão lá, ninguém os quer (...) é realmente uma realidade muito difícil e não é só racismo, também é, no imaginário comum, se nós dissermos 'um marroquino, um argelino, um rapaz que vem da Costa do Marfim, um muçulmano', as pessoas nem sempre sabem como é que hão de acolher", afirmou a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais na Câmara de Lisboa, Laurinda Alves.

(Agência Lusa)

22h27 - Zelensky diz que situação militar na região de Luhansk é muito difícil

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a situação militar na região leste de Luhansk é muito difícil, já que a Rússia intensificou os esforços para expulsar as tropas ucranianas das áreas-chave.

"Esse é realmente o ponto mais difícil. Os ocupantes estão a pressionar fortemente", declarou o líder no habitual discurso noturno.

21h45 - Jornalista russo obtém 100 milhões de dólares para doar a crianças ucranianas
21H30 - Putin anuncia que a Rússia vai modernizar as suas Forças Armadas
21h20 - Avanços e recuos de parte a parte no sul da Ucrânia
21h10 - Voluntários fazem chegar ajuda alimentar a Kharkiv

20h55 - Rússia anuncia rendição de militares ucranianos em Severodonetsk
20h40 - Washington considera "assustador" falar de pena de morte de soldados

"É assustador que um responsável governamental russo sugira a pena de morte para dois cidadãos americanos que se encontravam na Ucrânia", reagiu esta tarde John Kirby, porta-voz da Casa Branca para as questões de segurança nacional dos EUA, a declarações de um homólogo do Kremlin esta segunda-feira em entrevista à cadeia norte-americana NBC.

Alexander Drueke e Andy Huynh foram vistos pela última vez em imagens transmitidas por cadeias de televisão russas e o seu paradeiro é desconhecido, assim com as condições de detenção. Terão sido capturados no início de junho.

Dmitri Peskov afirmou à NBC que eles "colocaram em perigo" soldados russos e deviam por isso "ser responsabilizados por estes crimes".

O responsável russo sublinhou que se trata de "mercenários" implicados em "atividades ilegais", não abrangidos por isso pela convenção de Genebra que protege militares prisioneiros de guerra. Quanto à possibilidade da pena de morte, o porta-voz do Kremlin declarou que "isso irá depender das investigações".

Kirby considerou "alarmantes" estas declarações seja qual for a intenção de Peskov, "seja o que for que eles [os russos] queiram dizer - que seja uma questão possível, que possam impor a pena de morte a dois americanos que combatem na Ucrânia - ou que pensem que uma grande potência mostra responsabilidade ao mencionar fazê-lo".

Os EUA defendem que os dois americanos têm de ser tratados "com humanidade" e já informou disso o Kremlin, referiu às agências noticiosas sob anonimato um outro alto responsável norte-americano.

O porta-voz da Casa Branca confirmou ainda a morte de um terceiro norte-americano de 52 anos na Ucrânia, apelando os seus cidadãos a evitarem deslocar-se àquele país em guerra.

20h25 - Alemanha. Reduções nas entregas de gás são "ataque" à Europa

O ministro alemão da Economia e Clima, Robert Habeck, disse hoje que as reduções nas entregas de gás russo para a Europa através do Nord Stream são um "ataque" que visa "semear o caos no mercado energético europeu".

"O que vimos na semana passada tem outra dimensão. A redução nas entregas de gás através do Nord Stream é um ataque" que nos é dirigido, disse num discurso a responsáveis da indústria em Berlim.

Segundo o responsável alemão, este "ataque económico" foi "deliberadamente realizado" pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

"Já vimos várias vezes esta forma de agir, com a redução das entregas de gás, na Bulgária, Polónia ou Dinamarca", acrescentou, considerando que se trata "de semear o caos no mercado energético europeu", "aumentando os preços".

O grupo russo Gazprom reduziu as entregas para a Europa através do gasoduto Nord Stream esta semana em 40%, depois em 33%, citando um problema técnico.

(Agência Lusa)


20h15 - EUA sem notícias de militares americanos capturados

As autoridades russas não forneceram aos Estados Unidos quaisquer detalhes adicionais sobre o paradeiro dos dois soldados americanos capturados na Ucrânia, confirmou o Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.

Price afirmou aos reporteres que Washington está a usar todos os canais e oportunidades para saber mais sobre os dois cidadãos desaparecidos na Ucrânia e apoiar as suas famílias.

19h39 – Casa Branca acusa Putin de usar alimentos como armas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está a usar alimentos como armas ao bloquear as exportações de cereais da Ucrânia, acusou hoje a Casa Branca, acrescentando que o presidente Joe Biden está a analisar opções sobre como retomar as exportações desses cereais.

"O presidente Putin está, fora de brincadeiras, a usar a comida como armas. Temos de chamar as coisas pelos nomes", declarou John Kirby, porta-voz de segurança nacional da Casa Branca.

19h10 – Pelo menos 15 civis mortos por bombardeamento russo na região de Kharkiv

Pelo menos 15 civis foram mortos na região de Kharkiv, na Ucrânia, após bombardeamentos russos ocorridos esta terça-feira, avançou o governador regional Oleh Synegubov.

Após semanas de relativa calma, Moscovo intensificou os bombardeamentos nessa região. Synegubov afirmou que seis pessoas morreram em Kharkiv e nos arredores, enquanto outras seis morreram em Chuhuiv, a cerca de 40 quilómetros.

Outras três pessoas morreram em Zolochiv, também a 40 quilómetros de Kharkiv.

18h55 – Embaixador russo na ONU aponta Portugal entre países "responsáveis por arrastar" guerra

O embaixador da Rússia junto da ONU incluiu hoje Portugal numa lista de países fornecedores de equipamento militar a Kiev, acusando-os de serem "diretamente responsáveis pelo arrastar" da guerra.

Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Ucrânia, Vasily Nebenzya criticou o Ocidente por fornecer armamento e artilharia de longo alcance a Kiev, visando atingir "a população civil de língua russa" na região do Donbass (leste ucraniano).

"Os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, França, Polónia, Áustria, Austrália, Bélgica, Bulgária, Grécia, Dinamarca, Espanha, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal, Roménia, Macedónia do Norte, Eslováquia, Eslovénia, Turquia, Finlândia, República Checa, Suécia (...) uma lista dos maiores fornecedores de equipamento militar ao regime ucraniano, gastando milhares de milhões de dólares", afirmou Nebenzya.

"Apenas na semana passada, o Donbass foi atingido por armamento americano e europeu, que matou seis civis e feriu mais de 30. Cada um destes países é diretamente responsável por arrastar a crise ucraniana e causar mortes", avaliou.

(Agência Lusa)

18h31 – Kiev lança ataques aéreos na Ilha da Cobra

O exército ucraniano disse ter lançado ataques aéreos na ilha de Zmiinyi, também conhecida como Ilha da Cobra, causando “perdas significativas” às forças russas.

Numa publicação no Facebook, o comando operacional sul dos militares disse ter levado a cabo “ataques direcionados através do uso de várias forças” na ilha.

“A operação militar continua e exige silêncio de informações até que termine”, acrescentou o comando.

18h18 – Rússia ataca aeródromo perto de Odessa em resposta a alegado ataque ucraniano

O Ministério da Defesa da Rússia avançou que os seus mísseis atingiram um aeródromo perto da cidade portuária ucraniana de Odessa.

Os ataques foram realizados em resposta a um alegado ataque ucraniano a plataformas de produção de gás no Mar Negro, disse o Ministério.

17h50 – Marcelo louva decisão do Governo de apoiar candidatura da Ucrânia

“Na sequência das declarações anteriores sobre as perspetivas europeias da Ucrânia, o Presidente da República (Órgão ao qual caberá ratificar um futuro Tratado de Adesão), congratula-se com a decisão do Governo de apoiar a candidatura daquele Estado europeu a membro da União Europeia”, lê-se no site da Presidência.

17h42 – António Costa falou com Zelensky e garantiu apoio de Portugal na adesão da Ucrânia à UE

O primeiro-ministro português confirmou no Twitter a chamada telefónica com Volodymyr Zelensky.

“Hoje, falei com Zelensky e reafirmei que Portugal seguirá a opinião da Comissão Europeia e apoiará a recomendação de garantir à Ucrânia o estatuto de candidata”, escreveu António Costa.

“Estamos dispostos a reforçar a nossa cooperação política e técnica como forma de apoio ao processo de adesão da Ucrânia”, acrescentou.

17h35 - Forças russas capturam Toshkivka

As forças russas capturaram Toshkivka, cidade nas imediações de Lysychansk, na região de Luhansk, avançou o governador Sergei Gaidai esta terça-feira.

"Infelizmente, o inimigo lançou grandes quantidades de armamento e de soldados e capturou Thskivka", afirmou Gaidai à emissora nacional da Ucrânia.

Segundo o responsável, a artilharia pesada russa está a bombardear intensamente Lysychansk, mas as forças ucranianas estão a conseguir defender a região.

17h11 - Ministério da Defesa da Rússia vai falar com Turquia sobre corredor de cereais

O Ministério da Defesa da Rússia vai conversar com a Turquia sobre a possível criação de um corredor no Mar Negro para o fornecimento de cereais ucranianos, informou a agência de notícias TASS esta terça-feira, citando o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

O presidente Vladimir Putin não planeia participar dessas negociações, segundo Peskov.

Uma delegação militar turca vai viajar para a Rússia esta semana para discutir detalhes do possível corredor, anunciou a presidência da Turquia.

16h43 - Alemanha pode estar prestes a iniciar próxima etapa do plano de emergência do gás

A Alemanha está a preparar a segunda fase do seu plano de emergência para o gás – composto por três fases - e poderá lançá-lo oficialmente nos próximos cinco a dez dias, avançou hoje o jornal DieWelt.

15h45 - Procurador-geral dos EUA de visita à Ucrânia

O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, está a visitar a Ucrânia esta terça-feira para discutir os esforços para identificar, prender e processar os envolvidos em crimes de guerra e outras atrocidades cometidas durante a invasão da Rússia, disse um funcionário do Departamento de Justiça. Garland vai reunir com o procuradora-geral ucraniana Iryna Venediktova, avança a Reuters.

15h32 - EUA confirmam morte de segundo combatente voluntário na Ucrânia

O Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou a morte de um combatente do país na Ucrânia.

"Podemos confirmar a morte do cidadão norte-americano Stephen Zabielski na Ucrânia. Temos estado em contacto com a família e prestamos toda a assistência consular possível. Por respeito à família durante este tempo difícil, não temos mais nada a dizer", disse o porta-voz da instituição, citado pela CNN Internacional.

Zabielski morreu no dia 15 de maio na aldeia de Dorozhnianka. Tinha 52 anos de idade.

15h08 - 87% dos ucranianos a favor da adesão à UE

Cerca de 87% dos ucranianos votaria a favor da adesão do seu país à União Europeia (UE) se a questão fosse referendada, indica uma sondagem realizada pelo Grupo Sociológico Rating no passado fim de semana e hoje divulgada.

A percentagem é ligeiramente inferior à revelada numa sondagem semelhante do início de abril, quando à volta de 91% dos inquiridos se declarou a favor da adesão, um recorde em relação aos níveis anteriores à guerra, iniciada em fevereiro com a invasão russa, quando apenas 68% dos ucranianos desejavam a adesão ao bloco europeu.

14h44 - Zelensky agradece a António Costa por apoio na adesão da Ucrânia à UE

O presidente ucraniano falou com o primeiro-ministro de Portugal e agradeceu o apoio na candidatura à adesão à União Europeia. Numa mensagem divulgada no Twitter, Volodymyr Zelensky que está "agradecido a Portugal pelo apoio para conceder à Ucrânia o estatuto de candidato à adesão à UE".

"Concordamos em usar a experiência de Portugal na nossa aproximação com a UE", sustentou.



14h27 - Rússia pede mais cooperação à União Económica Euroasiática

O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, pediu hoje aos cinco parceiros da União Económica Euroasiática (UEE) uma resposta comum à "pressão" do Ocidente motivada pela campanha militar da Rússia na Ucrânia.

"A pressão comum do 'ocidente' sobre alguns Estados do quinteto (UEE) está a aumentar. Isto afeta todos os membros da união (Euroasiática). As nossas economias estão muito interligadas e, por isso, responder de forma efetiva aos gestos de hostilidade só pode fazer-se de forma conjunta", disse Mishustin numa reunião da UEE que decorreu em Minsk, Bielorrússia.

A UEE é formada pela Rússia, Bielorrússia, Arménia, Cazaquistão e Quirguistão. De acordo com Mishustin, os países da aliança pós-soviética liderada pela Rússia devem reduzir a dependência relativamente aos abastecimentos estrangeiros e continuar a trabalhar no sentido de substituir as importações.

"É necessário incrementar a cooperação para se substituírem as importações. Estamos a falar de indústrias prioritárias de alta tecnologia. Devemos reduzir a dependência em relação aos abastecimentos estrangeiros, lançar os nossos próprios projetos de inovação conjuntos para desenvolvermos e produzirmos os produtos que são procurados", disse o primeiro-ministro russo.

Mishustin apelou aos homólogos da união a mudarem rapidamente para os pagamentos em moedas nacionais, entre os países membros e a nível bilateral, face às sanções internacionais ao sistema financeiro da Rússia e à exclusão dos seus bancos mais importantes do sistema interbancário internacional (SWIFT).

(Agência Lusa)

14h14 - Atacada estação de metro no centro de Kharkiv

Os enviados da RTP à Ucrânia, Paulo Jerónimo e Marques de Almeida, confirmam que foi atacada uma estação de metro no centro de Kharkiv. A cidade continua a ser fortemente bombardeada pelas tropas da Federação Russa.
Três carruagens ficaram completamente destruídas e pelo menos sete pessoas ficaram feridas.

13h52 - Severodonetsk. Ataques contra fábrica química Azot não cessam

As tropas russas têm ordens para controlar toda a região de Lugansk até ao próximo domingo. Na região do Donbass não há tréguas na ofensiva. As batalhas mais duras travam-se em Severodonestk e Lysychansk.


13h42 - UE pede à Rússia que evite aumentar “escalada” sobre restrições de Kaliningrado

O enviado da União Europeia em Moscovo instou a Rússia, esta terça-feira, a evitar "medidas e retórica de escalada" sobre o que o Kremlin chama de "restrições anti-russas" a mercadorias que são transportadas entre Kaliningrado e o resto da Rússia.

"Foi transmitida a nossa posição sobre a agressão da Rússia contra a Ucrânia e que a Lituânia está a implementar sanções da UE e que não há bloqueio, e pedimos que se abstenham de passos de escalada e retórica", disse o porta-voz Peter Stanosaid.

13h20 - Kremlin não descarta pena de morte para cidadãos norte-americanos capturados na Ucrânia

O Kremlin afirmou que os cidadãos norte-americanos capturados na Ucrânia estão sujeitos a decisões judiciais e não descartou que possam enfrentar pena de morte.

"Não podemos descartar nada, porque são decisões judiciais. Não comentamos sobre estas questões e não temos o direito de interferir", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas.

13h07 - Rússia acusa Ucrânia de não tentar retomar negociações para a paz

O porta-voz do Kremlin afirmou, citado pelas agências russas, que Kiev não tentou retomar as negociações de paz. O chefe da delegação russa também disse na semana passada que Moscovo tentou reiniciar as conversações com Kiev, que estão paradas desde abril, mas que não tinha recebido resposta da Ucrânia às suas propostas.

12h57 - Rússia diz contestou a enviado da UE por “bloqueio” de Kaliningrado

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia convocou o embaixador da União Europeia em Moscovo, Markus Ederer, para debater as "restrições anti-russas" sobre mercadorias que transitam entre Kaliningrado e o resto da Rússia. Em comunicado, pediu que o trânsito através dessa região seja restabelecido "imediatamente" e prometeu retaliar se a situação não melhorar.

12h50 - Governador de Lugansk acusa Rússia de causar "destruição catastrófica"

O governador ucraniano da região de Lugansk acusou hoje o exército russo de estar a causar uma "destruição catastrófica" em Lyssychansk, uma cidade vizinha de Severodonetsk na região do Donbass, no leste da Ucrânia.

"Combates [em curso] na zona industrial de Severodonetsk e destruição catastrófica em Lyssychansk", descreveu Serguei Gaidai na rede social Telegram, segundo a agência noticiosa francesa AFP.

Gaidai admitiu que as últimas 24 horas foram difíceis para as forças ucranianas.

Referiu também as forças russas destruíram as três pontes que ligam Severodonetsk e Lyssychansk, pelo que a primeira das duas cidades ficou isolada do resto dos territórios controlados pelas autoridades de Kiev.

"Os russos querem conquistar totalmente a região de Lugansk antes de [domingo] 26 de junho", disse Gaidai, reafirmando uma informação que já tinha sido divulgada pela vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar.

"Mas eles não chegarão lá em cinco dias", acrescentou o governador de Lugansk, região que integra o Donbass, juntamente com Donetsk.

(Agência Lusa)

11h55 - Putin diz que Rússia vai reforçar Forças Armadas

A Rússia reforçar ainda mais as suas forças armadas, disse o presidente russo, Vladimir Putin, esta terça-feira.

"Vamos continuar a desenvolver e reforçar as nossas Forças Armadas, tendo em consideração potenciais ameaças e riscos militares", disse Putin à televisão russa.

O discurso do presidente russo ocorreu perante jovens graduados de academias militares russas. Vladimir Putin disse estar "orgulhoso" do trabalho que o Exército tem desempenhado.

"Estamos orgulhosos que, durante a operação militar especial [a desginação do Kremlin para a invasão russa da Ucrânia], os nossos combatentes estejam a agir com coragem, profissionalismo e como verdadeiros heróis", afirmou.

Sobre as sanções internacionais que visam a Rússia, Vladimir Putin referiu "serão certamente superadas".

11h48 - Bruxelas aprova ajuda de 45,9 milhões de euris aos transportes rodoviários de mercadorias

A Comissão Europeia aprovou um regime português de ajuda de Estado de 45,9 milhões de euros para apoiar empresas no setor do transporte rodoviário de mercadorias, no contexto da invasão da Ucrânia pela Rússia. Ao abrigo deste regime, a ajuda assumirá a forma de subvenções diretas e está aberta às empresas legalmente constituídas em Portugal, ativas no setor do transporte rodoviário de mercadorias por conta de outrem, independentemente da sua dimensão, que sejam afetadas pela atual crise geopolítica.

Bruxelas verificou que o auxílio não excederá 400.000 euros por beneficiário e será concedido o mais tardar até 31 de dezembro. A Comissão concluiu que o regime é necessário, adequado e proporcional para sanar uma perturbação grave da economia de um Estado-membro.

(Agência Lusa)

11h36 - Alemanha vai enviar armas à Ucrânia "o tempo que for necessário"

A Alemanha vai enviar armas para a Ucrânia durante o tempo que for necessário, disse o chanceler alemão Olaf Scholz, acrescentando que desde a sua viagem a Kiev na semana passada, ficou cada vez mais claro que a Ucrânia pertence à Europa.

"Uma coisa é clara: continuaremos a apoiar a Ucrânia, também com armas, enquanto a Ucrânia precisar do nosso apoio", disse Scholz num discurso à associação industrial alemã BDI's Industry Day.

11h11 - Rússia ameaça consequências com "impacto negativo" sobre a população da Lituânia devido ao bloqueio de mercadorias

A Rússia ameaçou consequências que haverá “um sério impacto negativo para população da Lituânia”, à medida que a discussão sobre as restrições de mercadorias que transitam do estado báltico para o enclave russo de Kaliningrado se agravou. Organizando uma reunião em Kaliningrado, Nikolai Patrushev, o secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa disse:

"A Rússia certamente responderá a tais ações hostis. Medidas apropriadas estão a ser elaboradas num formato interdepartamental e serão tomadas num futuro próximo. As consequências terão um grave impacto negativo na população da Lituânia".

10h58 - Crimeia avança com projetos de integração das regiões ucranianas de Kherson e Zaporizhzhia

A agência russa RIA Novosti avança que a Crimeia, anexada pela Rússia à Ucrânia em 2014, lançou projetos de integração com as áreas ucranianas de Kherson e Zaporizhzhia, que estão ocupadas pelas forças russas. Georgy Muradov, do conselho de ministros da Crimeia, é citado pela agência garantindo que já foram estabelecidas ligações próximas ao nível económico e de comércio e que estão a procurar melhor as ligações em termos de transportes.

"A criação de rotas de transportes vai assegurar o abastecimento ininterrupto de comida, medicamentos e ajuda humanitária aos territórios libertados. Irá também reforçar os laços interregionais em vários campos", disse Muradov.

10h32 - Países bálticos pedem mais apoio financeiro da UE para receber refugiados ucranianos

Os países bálticos pediram esta terça-feira mais apoio financeiro da União Europeia para ajudar os refugiados ucranianos, disse o gabinete do presidente lituano.

"Devemos dividir o peso financeiro, que neste momento é desproporcionalmente atribuído aos orçamentos nacionais. A solidariedade da UE é muito importante para garantir o apoio adequado aos refugiados de guerra da Ucrânia", disse o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, em comunicado.

10h08 - Países da UE apoiam estatuto de candidato da Ucrânia

Os países europeus estão unidos no apoio para conceder à Ucrânia o estatuto de candidato a membro da União Europeia, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, esta terça-feira.

"Estamos a trabalhar para dizer a Putin que a Ucrânia pertence à Europa, que também defenderemos os valores que a Ucrânia defende", disse Jean Asselborn numa cnferência de imprensa.

9h47 - Enviado da UE à Rússia está no Ministério russo dos Negócios Estrangeiros

O embaixador da União Europeia na Rússia chegou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, segundo a agência de notícias RIA. O governador da região de Kaliningrado disse na segunda-feira que o Ministério convocaria o embaixador da UE em Moscovo, Markus Ederer, pra discutir a questão da proibição da Lituânia ao trânsito de mercadorias sob sanções da UE através de Kaliningrado.

9h30 - Dois norte-americanos capturados na Ucrânia estão em Donetsk

Dois norte-americanos que foram capturados na Ucrânia foram localizados na região ucraniana de Donetsk, apoiada pela Rússia, informou a agência de notícias Interfax citando uma fonte. Na segunda-feira, o Kremlin disse que os dois homens detidos eram mercenários não abrangidos pela convenção de Genebra que deveriam assumir a responsabilidade pelas suas ações.

9h15 - Secretário do Conselho de Segurança da Rússia vai presidir reunião sobre segurança nacional na região de Kaliningrado

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, chegou à região de Kaliningrado, onde presidirá uma reunião sobre segurança nacional, informou a agência de notícias RIA esta terça-feira.

8h45 - Rússia exige levantamento de bloqueio lituano a Kaliningrado. UE responde que são sanções europeias. Leia aqui

A Rússia formalizou na segunda-feira um protesto pelo bloqueio parcial da Lituânia ao trânsito de mercadorias para o enclave russo de Kaliningrado e exigiu à representante diplomática de Vilnius em Moscovo o levantamento imediato da medida. A Lituânia e a União Europeia dizem tratar-se de consequências de sanções europeias.

“Exigimos um levantamento imediato destas restrições”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

As autoridades lituanas restringiram, a partir de sábado, o trânsito ferroviário através do seu território para Kaliningrado de carvão, metais, materiais de construção e tecnologia avançada, no âmbito das sanções impostas pela União Europeia à Rússia decretadas na sequência da invasão da Ucrânia.

8h29 - Canais russos de televisão chegam a Kherson, diz exército russo

O exército russo anunciou hoje que toda a região de Kherson, atualmente controlada pela Rússia no sul da Ucrânia, tem já acesso “gratuito” a canais de televisão russos.

"Especialistas das unidades de transmissão das Forças Armadas russas ligaram e reconfiguraram, para transmitir canais russos, o último dos sete transmissores de televisão na região de Kherson", disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.

O comunicado referiu que cerca de um milhão de habitantes da região têm agora acesso "gratuito" aos principais canais russos, em particular os do grupo público VGTRK, cujas notícias refletem de forma fiel a visão do Kremlin. Fazendo fronteira com a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, a região de Kherson foi conquistada pelo exército russo nos primeiros dias da invasão da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro.

(Agência Lusa)

8h13 - Kharkiv está novamente sob ataque das forças russas

A segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, está novamente sob ataque das forças militares russas.
Do fim do dia de ontem, há notícia de que os russos conseguiram destruir, na cidade, armamento entregue pelos aliados do ocidente.

O presidente ucraniano alertou para uma intensificação dos combates em Kharkiv, transformada, disse Zelensky, na nova linha da frente da batalha.

O presidente da Ucrânia falou em "perdas importantes", várias habitações destruídas, mas garantiu que a população está pronta e vai dar resposta.

A jornalista Raquel Morão Lopes conversou, já esta manhã, com um habitante de Kharkiv, que conta que os habitantes da cidade esta a lidar com esta nova vaga de ataques com espírito de resistência e foco na vitória.

7h45 - Zelensky vai falar na próxima cimeira da NATO

O presidente ucraniano vai participar por videoconferência na cimeira da NATO, que vai realizar-se em Madrid a 29 e 30 de junho, confirmou o diretor adjunto do gabinete presidencial em Kiev.

Zelensky "foi convidado a falar na primeira sessão desta cimeira, ou seja, na sessão de abertura, que vai contar com a presença dos 30 líderes, os aliados da NATO", acrescentou Ihor Zhovkva, citado pela agência ucraniana Ukrinform.

7h30 - Ponto de situação


  • Moscovo exige que a Lituânia levante de imediato a proibição da circulação de bens – ao abrigo das sanções da União Europeia – através do seu território para o exclave russo de Kalininegrado. E prepara-se para convocar o embaixador da UE, Markus Ederer. A Rússia descreve estas restrições como “abertamente hostis” e promete uma resposta destinada a proteger os seus interesses.

  • O presidente da Ucrânia sustenta que a proximidade de uma decisão quanto à candidatura do país à União Europeia está a deixar a Rússia “muito nervosa”. “Estamos a avançar para a principal decisão do Conselho Europeu, que será adotada na sexta-feira. Tal como previ, a Rússia está muito nervosa perante a nossa atividade”, disse Volodymyr Zelensky na noite de segunda-feira, durante a habitual mensagem em vídeo.

  • A maior parte das forças russas destacadas para a Ucrânia está concentrada em Severodonetsk e nos arredores desta cidade, segundo a vice-ministra ucraniana da Defesa, Hanna Maliar. É ali que estão a ser travadas batalhas “decisivas”, sublinha a governante.

  • Moscovo acusa as forças de Kiev de terem lançado mísseis contra três plataformas petrolíferas no Mar Negro, a sul de Odessa. O chefe da administração russa da Crimeia, Sergey Aksyonov, adiantou que há pelo menos sete pessoas desaparecidas e outras três feridas.

  • Também em Odessa, cidade portuária do sul da Ucrânia, um ataque com mísseis por parte da Rússia destruiu um armazém de alimentos. As forças russas terão disprado 14 mísseis para aquela região em três horas. Não há notícia de vítimas entre a população civil.

  • O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, descreveu o bloqueio das exportações de cereais da Ucrânia como “um crime de guerra”. “Apelanos à Rússia para que desbloqueie os portos. É inconcebível, não podemos imaginar que milhões de toneladas de trigo continuem bloqueadas na Ucrânia, enquanto o resto das pessoas do mundo sofrem com fome”, frisou.

  • O Governo turco afirma que não vê a próxima cimeira da NATO, agendada para a próxima semana em Madrid, como prazo final para uma decisão sobre as adesões da Finlândia e da Suécia. O porta-voz do presidente Recep Tayyip Erdogan, Ibrahim Kalin, indicam que prosseguem as conversações entre Ancara, Estocolmo e Helsínquia.

  • Estados Unidos, Canadá e outros aliados ocidentais estão em negociações com o intuito de reforçar as medidas restritivas contra os lucros energéticos da Rússia.

  • O general Adrian Bradshaw, antigo chefe das forças especiais britânicas, afirma que o Reino Unido deve ”preparar-se para a guerra”, no que seria uma medida de dissuasão face à Rússia. Isto depois de o chefe do Estado-Maior, o general Patrick Sanders, ter dito que as tropas do seu país devem estar a postos “para combater outra vez na Europa”.

  • O chanceler alemão, Olaf Scholz, sugere que o presidente russo, Vladimir Putin, teme “a faísca da democracia” no seu país. “O presidente russo deve aceitar que há uma comunidade de democracias baseadas na lei, na sua vizinhança, que está a crescer cada vez mais unida”, afirmou Scholz ao jornal Münchner Merkur.