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França atinge duas posições do Estado Islâmico

por Lusa

A França atingiu duas posições do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, no quadro da coligação antijiadista internacional, indicou hoje o ministro francês das Forças Armadas, na primeira operação deste tipo em dois anos.

"No domingo, meios aéreos franceses realizaram ataques aéreos direcionados contra locais do Daesh [EI] em solo sírio", disse o ministro Sébastien Lecornu na rede social X.

O responsável afirmou que as forças armadas francesas "continuam envolvidas na luta contra o terrorismo no Levante", acrescentou, no Líbano, onde se encontra com o chefe da diplomacia francesa Jean-Noël Barrot, para a passagem de ano junto dos soldados franceses da Força das Nações Unidas no Líbano (Finul).

"Os [aviões de caça] Rafale e os [drones] Reaper dirigiram um total de sete bombas em alvos militares do Daesh no centro da Síria", disse à agência France-Presse (AFP) o ministro das Forças Armadas.

A última ação militar francesa deste tipo remonta a setembro de 2022.

A França participa na coligação internacional Inherent Resolve desde 2014 no Iraque e desde 2015 na Síria, através da operação Chammal, em bases na região do Médio Oriente, nomeadamente nos Emirados Árabes Unidos e no Iraque.

A força francesa conta com cerca de 600 pessoas, de acordo com os números do Ministério das Forças Armadas, mas o dispositivo foi reforçado em várias ocasiões desde 2015, pelo agrupamento aeronaval do porta aviões Charles de Gaulle.

A queda do regime de Bashar al-Assad, no início do mês, foi provocada por uma ofensiva-relâmpago de forças rebeldes sírias, lideradas por um grupo sunita radical.

Os eventos conduziram a uma recomposição total da Síria e levantaram receios de um ressurgimento das atividades do EI, que historicamente se tem mantido muito ativo no Iraque e na Síria, mesmo após o fim do seu califado (2014-2019).

A 08 de dezembro, dia em que os rebeldes sírios capturaram a capital Damasco, Washington anunciou ataques a mais de 75 alvos do EI.

Em meados de dezembro, os Estados Unidos afirmaram a duplicação do número do seu pessoal militar na Síria nos últimos meses, como parte da luta anti-jiadista, elevando-o para cerca de 2.000 pessoas.

O Comando Central dos EUA (Centcom) quer garantir que o EI "não procura aproveitar a situação para se reconstituir no centro da Síria".

Os EUA poderão agora intensificar os seus ataques contra o EI em áreas anteriormente protegidas pelas defesas antiaéreas da Síria e da Rússia, mas os jihadistas vão tentar aproveitar o vazio deixado pelas tropas sírias para manobrar com mais liberdade.

Washington afirma ainda ter cerca de 2.500 soldados no Iraque.

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