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Cabo Verde promove "grande ativo" do arquipélago, uma democracia estável

por Lusa

O Governo de Cabo Verde promove, na segunda e terça-feira, uma conferência internacional sobre o "grande ativo" do arquipélago, uma democracia estável, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares.

"A nossa democracia tem sido, ao longo dos tempos, um fator de grande estabilidade e tem criado as condições" para o desenvolvimento do arquipélago: "não tendo riquezas minerais naturais, uma das principais riquezas é a sua estabilidade, uma zona de paz onde a democracia funciona", referiu.

O líder da política externa cabo-verdiana falava hoje, na Praia, na apresentação da conferência sobre "Liberdade, Democracia e Boa Governança", que decorre segunda e terça-feira, na ilha do Sal.

Os elogios internacionais ao país levaram o Governo a querer promover "esta imagem, lá fora, discutindo, a partir de Cabo Verde, várias questões ligadas à liberdade e à democracia". 

"Temos assistido a muitas mudanças inconstitucionais de Governo", referiu, o que torna ainda mais importante o debate.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) -- de que Cabo Verde faz parte -- tem quatro países sob regimes golpistas.

O programa inclui, no dia de abertura, uma mensagem em vídeo do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, uma intervenção `online` do ex-primeiro-ministro português António Costa e a presença do primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada.

Os três intervêm no primeiro painel sobre o tema "Comunicações: Fazendo a Democracia Funcionar".

A abertura contará com representantes da União Europeia (UE), do secretário-geral das Nações Unidas e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), com discurso de abertura feito pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.

O programa inclui mais de 20 oradores, sendo que "Democracia e Estado de Direito" e "Democracia e Liberdades Religiosa" serão os outros temas do primeiro dia.

O segundo dia será dedicado ao debate sobre promoção da integridade de informação e promoção da boa governança e a transparência na gestão da dívida pública.

No final, será apresentada a Declaração do Sal, "sobre como proteger os direitos humanos, promover as liberdades, fortalecer as democracias e a boa governança em África e no mundo".

O Governo perspetiva receber entre 200 a 250 pessoas para o evento, classificando-o também como uma forma de promover "o turismo de conferências".

Questionado sobre o facto de ser realizado numa tenda, por falta de outras infraestruturas à altura, o ministro referiu que a conferência serve também para promover o desenvolvimento desta área, referindo que está na forja a criação de um Centro Internacional de Conferências.

O Governo prevê um custo máximo de 55 milhões de escudos (cerca de 500 mil euros) com a conferência, contando com o apoio de parceiros, como a União Europeia e Nações Unidas, acrescentou.

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