Reportagem

Caça ao homem em Estrasburgo após atentado no Mercado de Natal

por RTP

O Governo francês elevou esta quarta-feira o nível de alerta no país depois do ataque de terça-feira em Estrasburgo. Pelo menos duas pessoas morreram e uma encontra-se em estado de morte cerebral. Mais 12 pessoas ficaram feridas, das quais seis estão em estado grave. O prefeito de Estrasburgo diz que se tratou "indiscutivelmente" de um atentado terrorista. O suspeito do ataque gritou "Allah Akbar" durante os tiroteios, segundo disseram várias testemunhas. Um forte dispositivo policial foi mobilizado para encontrar o autor do ataque, que continua em fuga.

Mais atualizações

18h29 - Polícia lança apelo para apanhar suspeito

A polícia nacional francesa lançou há poucos minutos um apelo nas redes sociais para tentar apanhar o autor do tiroteio no Mercado de Natal em Estrasburgo.

As autoridades querem chamar testemunhas para ter novas informações e apresentam uma descrição de Cherif Chekkat.


18h22 - Primeiro-ministro aumenta militares Sentinela

O primeiro-ministro francês anunciou que nos próximos dias serão mobilizadas mais de 1800 militares Sentinela como medida de segurança, após o tiroteio em Estrasburgo. Édouard Philippe anunciou que se vão juntar mais 500 operacionais aos 1300 que já se encontram mobilizados nas ruas.

"O objetivo é permitir a segurança de lugares públicos, incluindo os mercados de Natal em toda a França".

18h03 - Fronteira da Alsácia reforçada

A prefeitura de Bas Rhin anunciou esta quarta-feira que as fronteiras da região estão a ser reforçadas como medida de segurança do plano Vigipirate.

Com o autor do tiroteio ainda a monte, a prefeitura de Haut-Rhin anunciou também o reforço do controlo do aeroporto de Basel-Mulhouse e nas estações de comboio de Colmar, Mulhouse e Saint-Louis".

Outros recintos, como shoppings, mercados de Natal, locais de culto e prédios também têm vigilância reforçada.


17h53 - Medidas de segurança podem afetar manifestações dos 'Coletes Amarelos'

A ministra da Justiça do governo francês, Nicole Belloubet, descartou colocar o país em estado de emergência mas o plano Vigipirate, o principal sistema de alerta de segurança nacional de França, está no nível máximo.

Os responsáveis políticos da região do Grande Este emitiram um decreto em que ficam proibidas quaisquer manifestações na zona de Estrasburgo, algo que pode afetar as pretensões dos 'Coletes Amarelos'.

17h03 - Mercado de Natal vai estar fechado na quinta-feira

A Prefeitura de Estrasburgo anunciou há poucos minutos que o Mercado de Natal onde ocorreu o tiroteio vai estar fechado esta quinta-feira, já que o suspeito do atentado ainda não foi encontrado.

As escolas na zona vão reabrir e os eventos culturais na cidade também vão ser garantidos.



16h54 - Polícia pede para que não seja difundida informação falsa

A polícia da região de Bas Rhin veio às redes sociais pedir para que não fosse difundida informação falsa, depois de rumores de que teria havido um tiroteio em Haguenau, a norte de Estrasburgo.



16h25 - Ministra da Saúde visita feridos

A ministra da Saúde, Agnès Buzyn, deslocou-se ao hospital CHU de Hautepierre, onde estão internados os feridos do tiroteio de ontem.

Os feridos têm entre 20 e 65 anos, sendo que um deles é estrangeiro (italiano), revelou Pascal Bilbaut, responsável pelo serviço de urgências do Hosptal CHU.

Agnès Buzyn agradeceu o empenho dos serviços de emergência.

15h50 - Primeiro-ministro concorda com debate da moção de censura para breve

Na Assembleia Nacional, o primeiro-ministro Édouard Philippe responde que está de acordo com o deputado Jean-Luc Mélenchon quando defendeu o debate para breve da moção de censura ao Governo.

15h30 - Perfil ligado a atividade criminosa “desde os 10 anos de idade”

Na Assembleia Nacional, o ministro do Interior confirmou que o suspeito tinha um perfil ligado a atividades criminosas “desde os 10 anos de idade”. Christophe Castaner avançou que a polícia se deslocou, ontem de manhã, à casa do suspeito acompanhada de elementos da direção de segurança interna porque a sua radicalização era conhecida.

No entanto, e ainda no período de interpelação dos deputados, o secretário de Estado do Ministro do Interior admitiu que o suspeito "logo que saiu da prisão, foi seguido [pelos serviços secretos]. Infelizmente, nunca foi detetada uma tentativa de passar aos atos [terroristas]”.

Aos 29 anos, Cherif Chekatt registava 27 condenações em tribunal.

15h10 - Presidente da Câmara elogia “sangue frio” dos habitantes

O presidente da Câmara de Estrasburgo prestou homenagem às vítimas do atentado, às forças policiais, às entidades de socorro e aos habitantes.

"Os moradores de Estrasburgo sofreram um choque psicológico com dignidade. Souberam manter o sangue frio e respeitar as regras de confinamento", disse Roland Ries.

Numa publicação no Twitter, Roland Ries deixou uma mensagem de resistência ao terrorismo.


O mercado de Natal de Estrasburgo deve reabrir amanhã.

O ministro do Interior anunciou que a segurança será reforçada em todos os mercados de Natal.

15h00 - Unidade de apoio psicológico recebeu 2.000 pessoas

O grupo de apoio psicológico criado na Câmara de Comércio e Indústria, em Estrasburgo, está a acompanhar comerciantes, habitantes e turistas. Mais de duas mil pessoas foram recebidas por este grupo de crise.

14h20 - Família do suspeito levada para interrogatório

Fontes próximas da investigação, citadas pela Reuters, confirmam que a mãe, o pai e dois irmãos do principal suspeito, Cherif Chekatt, foram levados pela polícia para serem interrogados.

14h07 - Equipa da RTP estava junto ao mercado durante o ataque

Uma equipa da estação pública encontrava-se junto ao local no momento do ataque.


13h30 - Eurodeputados retidos no Parlamento

No momento do ataque, muitos eurodeputados portugueses estavam no interior do Parlamento Europeu. Ficaram retidos por razões de segurança. Acabaram por abandonar o edifício já durante a madrugada.

13h19 - Condenado a 2 anos e 3 meses de prisão na Alemanha

O suspeito do atentado de Estrasburgo foi condenado a dois anos e três meses de prisão na Alemanha em 2016, na sequência de vários assaltos. A informação foi avançada ao início da tarde por um porta-voz do ministério alemão do Interior da região de Baden-Württemberg.

Segundo o mesmo responsável, o suspeito esteve a cumprir pena durante "pouco mais de um ano" na Alemanha, antes de ter sido deportado para França.

13h01 - Socialistas querem adiar moção de censura

A moção de censura das forças de esquerda contra o Governo deveria ser debatida e votada na quinta-feira, na sequência da política do executivo e a resposta aos protestos dos coletes amarelos.

Mas agora, depois deste atentado de Estrasburgo, os seus signatários querem adiar a sessão. "Tendo em conta estes acontecimentos dramáticos, consideramos essencial que o país esteja unido na aplicação da lei (...) e na preservação da unidade nacional, perante estes atos terroristas que a procuram enfraquecer", afirmou Oliver Faure.

Por isso, os grupos socialistas, e ainda o partido comunista e o movimento "França Insubmissa" escreveram ao presidente da Assembleia Nacional, Richard Ferrand, em que exigem "o adiamento da discussão de quinta-feira sobre a moção de censura".

"Devemos mostrar a unidade da nação perante a barbárie", afirmou Oliver Faure, citado pelo jornal francês Le Figaro.

12h49 - Jornalista italiano entre os feridos graves

O Ministro italiano dos Negócios Estrangeiros confirmou à agência France Presse que há um jornalista italiano entre os feridos graves que resultaram deste ataque, sem dar no entanto mais pormenores sobre a sua identidade.

Segundo o diário italiano Corriere della Sera, trata-se de Antonio Megalizzi, um jornalista radiofónico de 28 anos que estava em Estrasburgo para cobrir uma sessão plenária do Parlamento Europeu para a Europhonica, um projeto europeu universitário.

12h43 - Donald Trump reage ao ataque de Estrasburgo

O Presidente norte-americano fez esta manhã um tweet sobre o ataque de terça-feira em Estrasburgo, onde chama a atenção do Partido Democrático para a importância do reforço da segurança nas fronteiras.

"Outro ataque terrorista muito mau em França. Vamos fortalecer ainda mais as nossas fronteiras. Chuck [Schumer] and Nancy [Pelosi] têm de nos dar os votos para conseguirmos segurança adicional nas nossas fronteiras!", escreveu Donald Trump.

O Presidente norte-americano faz referência explícita aos líderes das minorias democráticas no Senado e na Câmara dos Representantes, respetivamente.


12h31 - "Foi indiscutivelmente um atentado terrorista"

O prefeito de Estrasburgo disse estar "chocado" com os acontecimentos da última noite e saudou o comportamento da população na reação ao ataque.

"O que aconteceu ontem à noite em Estrasburgo foi indiscutivelmente um atentado terrorista", disse o responsável.

Roland Ries considera ainda que é indispensável que o dia de hoje seja dedicado ao "luto". "Recuso-me a entrar em qualquer polémica. Esta é uma hora de tristeza e de compaixão", afirmou.

12h28 - Ministério do Interior "indignado"

O secretário de Estado do Interior francês, Laurent Nuñez, declarou-se "indignado" com as sugestões que estão a tornar-se virais sobre a alegada organização do atentado de Estrasburgo pelas autoridades, para prejudicarem as manifestações dos "coletes amarelos".

Em entrevista à France Inter, Nuñez reagiu com veemência às insinuações, que classificou como teorias da conspiração ("complotistas").

"Não consigo compreender como alguém possa imaginar isso ... Temos de classificá-las como aquilo que são - essas ideias vêm obviamente de teóricos da conspiração", afirmou.


12h16 - Duas vítimas mortais, uma pessoa em estado de morte cerebral

Mais um esclarecimento quanto ao número de vítimas mortais no ataque, desta vez por parte do procurador. Há duas mortes confirmadas e uma pessoa em estado de morte cerebral.

Doze pessoas ficaram feridas, das quais seis estão em estado de "absoluta urgência" e encontram-se entre a "vida e a morte".

12h02 - MNE português acompanha desenvolvimentos

Augusto Santos Silva disse esta manhã aos jornalistas que não há, até ao momento, qualquer informação de vítimas portuguesas neste ataque.

"Ainda faltam apurar todas as informações. Até agora, de acordo com a polícia francesa - e a informação foi transmitida ao nosso consulado geral em Estrasburgo - não temos notícia de vítimas portuguesas, mas vamos aguardar até que todas estejam identificadas", refere o representante da diplomacia portuguesa.

11h52 - Quatro familiares do atacante estão sob custódia da polícia

O procurador Rémy Heitz confirma que o principal suspeito do ataque é identificado como "Cherif C". Nasceu em 1989 em Estrasburgo e é conhecido por "crimes de roubo e violência".

O registo criminal do suspeito conta com um total de "27 condenações por crimes de delito comum em França, mas também na Alemanha e na Suíça", tendo sido preso em várias ocasiões. As autoridades acreditam que o suspeito do ataque se radicalizou durante a estadia nas prisões por que passou.

Quatro familiares do suspeito encontram-se neste momento sob custódia da polícia, enquanto as autoridades procuram perceber se a ação foi levada a cabo com a ajuda de cúmplices.

O procurador esclareceu que devido ao passado criminal deste suspeito, foram realizadas buscas na casa deste suspeito durante a manhã no dia do ataque, onde foram encontradas as munições.

11h36 - Suspeito gritou "Allah Akbar" no momento do ataque

O procurador de Paris, Rémy Heitz, cujo departamento antiterrorista está a liderar a investigação sobre o ataque de Estrasburgo, fala neste momento em conferência de imprensa.


"Pouco antes das 20h00, o terrorismo atingiu mais uma vez território francês, lembrando-nos que a ameaça é ainda muito real", disse Rémy Heitz.

Segundo indicou o procurador, vários testemunhos no local disseram que o suspeito gritou "Allah Akbar" no momento do tiroteio. O ataque não foi ainda reivindicado por nenhuma força terrorista.

Segundo explicou o procurador, o atacante transportava uma faca e uma arma de fogo. Junto ao mercado de Natal, tentou atingir diretamente quatro militares. O suspeito fugiu num táxi e foi com base no testemunho do motorista que permitiu identificar o perfil do suspeito.

O atacante pediu para ser levado para Neuhof, em Estrasburgo e justificou os seus ferimentos ao motorista explicando que tinha disparado sobre forças de segurança e que tinha matado 10 pessoas.

Ao sair do táxi, houve uma troca de tiros com polícia que se encontrava no local, mas o suspeito conseguiu escapar.

11h28 - Homenagem na Assembleia Nacional

A Câmara baixa do Parlamento francês homenageia esta tarde as vítimas do ataque de Estrasburgo com um minuto de silêncio antes do início da sessão, marcada para as 15h00.

11h14 - Prefeitura atualiza balanço de vítimas mortais e feridos

Afinal, o ataque de terça-feira fez três mortos e 13 feridos. O novo balanço oficial foi confirmado pela perfeitura do Baixo Reno cerca de uma hora depois de terem sido confirmadas apenas duas vítimas mortais.

10h47 - Suspeito esteve preso na Alemanha em 2016 e 2017

A polícia criminal alemã confirmou esta manhã que o principal suspeito do ataque de terça-feira esteve preso na Alemanha em 2016 e 2017 por roubo. O homem foi deportado para França ainda em 2017.

10h32 - Imagens da RTP após ataque

No momento do ataque, o jornalista repórter da RTP Tiago Passos estava no Parlamento Europeu, que tem sede na cidade de Estrasburgo, e reuniu algumas imagens no local.


10h18 - Ministro do Interior está em Estrasburgo

O ministro francês do Interior já se encontra em Estrasburgo para acompanhar as forças de segurança e de socorro.


10h10 - Nível de "urgência de atentado"

Num tweet, o Governo francês explica que o nível de "urgência de atentado" corresponde ao nível mais elevado do plano Vigipirate, o sistema de alerta de segurança nacional de França.

Este nível "permite uma vigilância e uma proteção máxima em caso de ameaça iminente de um ato terrorista ou como resultado direto de um ataque". 


9h52 - Dois mortos e 14 feridos

A prefeitura do Baixo Reno, em que se inclui a cidade fronteiriça de Estrasburgo, disse esta manhã que o ataque de terça-feira provocou duas vítimas mortais.

Ao final da noite, o prefeito da cidade, Roland Ries, tinha confirmado a morte de quatro pessoas. Na quarta-feira numa conferência de imprensa durante a madrugada, o ministro francês do Interior, Christophe Castaner, reviu o número para três vítimas mortais.

Até ao momento, não existe qualquer explicação por parte das autoridades para justificar a nova revisão no balanço do número de mortos.

Segundo a nova atualização da prefeitura do Baixo Reno, há ainda a registar 14 feridos, sete dos quais em estado grave.

O procurador de Paris, Rémy Heitz, cujo departamento antiterrorista está a liderar a investigação sobre o ataque de Estrasburgo, dará uma conferência de imprensa às 12h00 locais (menos uma hora em Lisboa).

9h32 - Cherif Chekatt é o principal suspeito

A polícia identificou Cherif Chekatt como o suspeito do atentado de terça-feira. O homem tem 29 anos, nasceu em Estrasburgo e já tinha sido identificado pelas autoridades como um potencial risco para a segurança.


Não há novas informações sobre o paradeiro do suspeito, que continua em fuga. Cerca de 600 membros das forças de segurança foram destacadas para esta caça ao homem.

Segundo o responsável do ministério francês do Interior, Laurent Nunez, as autoridades acreditam que o atacante ficou ferido durante a fuga.

O estado de alerta foi elevado para "emergência por atentado", o que implica um reforço excecional da segurança nas fronteiras, uma vez que a cidade de Estrasburgo se encontra entre a França e a Alemanha.

A segurança ao longo do rio Reno foi reforçada também pelas autoridades alemãs.

Entretanto, os mercados de Natal em território francês tiveram também um reforço de segurança, de forma a precaver riscos de mimetismo, como explicou o ministro francês do Interior, Christophe Castaner.


9h20 - Estrasburgo tenta voltar à normalidade

A cidade tenta regressar à normalidade depois do ataque de terça-feira em Estrasburgo, perante a presença de um forte dispositivo policial. O presumível atacante continua em fuga, como conta a correspondente da RTP, Fernanda Gabriel.

Em declarações à televisão francesa BFM, o mayor de Estrasburgo, Roland Ries, aconselhou a população a ficar em casa se possível, mas pediu aos habitantes da cidade que procurem manter a normalidade nas suas vidas.

8h50 - Governo francês admite fuga do atacante para a Alemanha

A secretária de Estrado do Ministério francês do Interior assumiu esta manhã que existe a possibilidade de o atacante ter fugido para a Alemanha.

Em entrevista à rádio France Inter, Laurent Nunez referiu que o suspeito do ataque já tinha sido identificado como um suspeito extremista, depois de ter passado pela prisão.

A responsável sublinha, no entanto, que ainda não se conhecem os motivos do ataque.

8h40 - França eleva nível de alerta para "emergência por atentado".

O ataque de terça-feira levou o executivo francês a elevar o nível de alerta no país e sobretudo em Estrasburgo, cidade francesa junto à fronteira com a Alemanha. Por isso mesmo, as autoridades reforçaram o controlo nas fronteiras.

Na sequência do ataque, foi reforçada a segurança nos mercados de Natal e foram também mobilizados meios do dispositivo de antiterrorismo.

Ao início da manhã de quarta-feira, o autor do atentado continuava em fuga. Segundo a agência France Presse, que cita uma fonte próxima do processo, o suspeito é um homem de 29 anos.

Entretanto, o Ministério Público francês abriu uma investigação por homicídio e tentativa de homicídio relacionada com uma organização terrorista, assim como por associação terrorista", segundo a mesma agência noticiosa.