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Campanha presidencial de Marine Le Pen investigada por suspeitas de financiamento ilegal
A campanha presidencial de 2022 de Marine Le Pen, do partido Rassemblement National, está a ser investigada por suspeitas de vários crimes, anunciou esta terça-feira o Ministério Público de Paris. Em causa estão suspeitas de financiamento ilegal, apropriação ilegítima de bens, fraude e falsificação de documentos.
O Ministério Público de Paris anunciou esta terça-feira que tinha sido aberto um inquérito judicial, a 2 de julho, sobre suspeitas de financiamento ilegal da campanha eleitoral para as presidenciais de 2022 da líder do Rassemblement National (RN), Marine Le Pen, em que foi derrotada pelo atual presidente da República, Emmanuel Macron.
A investigação surge na sequência de um relatório da Comissão Nacional de Contas de Campanha e Financiamento Político (CNCCFP), recebido em 2023 pelo Ministério Público, esclareceu a mesma fonte. A CNCCFP é a entidade responsável pelo controlo da conformidade das despesas dos candidatos, que são limitadas, controladas e em parte reembolsadas pelo Estado. Marine Le Pen investiu quase 11,5 milhões de euros na sua terceira campanha presidencial de 2022, de acordo com o Le Monde.
Após uma investigação preliminar, o Ministério Público de Paris abriu um inquérito judicial para investigar as suspeitas de empréstimo de uma pessoa coletiva a um candidato em campanha eleitoral, a aceitação por um candidato em campanha eleitoral de um empréstimo de uma pessoa coletiva, a apropriação indevida de bens por pessoas que exercem um cargo público, a fraude cometida em detrimento de uma entidade pública, falsificação e utilização de falsificações, explicou esta terça-feira.
As investigações, entregues à brigada financeira da Polícia Judiciária de Paris, decorrem agora "sob a direção de um juiz de instrução", acrescentou o Ministério Público.