Coronavírus. Confirmada a primeira morte fora de Wuhan

por RTP
Reuters

O número de mortes decorrentes da infeção pelo novo tipo de coronavírus detetado na China aumentou para 18. As autoridades da província de Hebei confirmaram esta quinta-feira a primeira morte fora de Wuhan, cidade onde o surto começou.

A Comissão de Saúde da província de Hebei disse, em comunicado, que o paciente de 80 anos morreu na quarta-feira, mas não tinha ainda sido confirmado se estava infectado pelo vírus até esta quinta-feira.

Esta é a primeira morte registada na China fora da província de Hubei.

Segundo a televisão estatal chinesa, o número de mortos pelo surto sobe para 18 e o de pessoas infetadas supera as 630.

As autoridades chinesas receiam que a transmissão do vírus acelere, uma vez que começa este fim-de-semana o Ano Novo Lunar - a principal festa das famílias chinesas e que é também a maior migração interna do planeta.

O Ministério dos Transportes estima que nos próximos 40 dias as rotas chinesas estejam entupidas com cerca de três mil milhões de deslocações internas. Por essa razão, as autoridades estão já a tomar medidas acrescidas em vários aeroportos do país.
Mundo prepara-se para o coronavírus

Fora da China, vários aeroportos internacionais começaram também a tomar precauções para lidar com o fluxo de turistas chineses que tiram férias no Ano Novo Lunar.

Em Portugal, a ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que está a ser feito pelo Governo um acompanhamento atento ao coronavírus, de acordo com todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Comité de Emergência da OMS, reunido esta quinta-feira em Genebra, na Suíça, decidiu ser ainda demasiado prematuro para uma declaração de emergência de saúde pública internacional.

Os regulamentos internacionais estipulam que um surto pode ser designado como emergência internacional num "evento extraordinário", que represente um risco além-fronteiras, exigindo uma resposta coordenada entre vários países.

Há mais de seis centenas de pessoas infetadas só no território continental chinês e foram já detetados casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas - Wuhan e as vizinhas Huanggang e Ezhou.
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