Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Rafael Marchante - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional. Nas últimas 24 horas foram registados mais 2072 casos e sete vítimas mortais, o número mais alto desde o início da pandemia. O Governo declarou o estado de calamidade em todo o território nacional. A partir das 24h de hoje passa a ser proibido ajuntamentos com mais de cinco pessoas na via pública, casamentos e batizados com um máximo de 50 convidados. Os festejos académicos e todas as atividades não letivas são proibidos. É recomendado o uso de máscara na via pública e a utilização da aplicação StayAwayCovid.

Mais atualizações


00h03 - Brasil regista mais 749 mortes e ultrapassa os 151 mil óbitos

Brasil contabilizou 749 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 151.747 vítimas mortais desde o início da pandemia, informou hoje o Ministério da Saúde do país.

As autoridades de Saúde brasileiras investigam ainda uma eventual relação de 2.388 mortes com a doença causada pelo novo coronavírus.

Em relação às infeções, o Brasil somou 27.235 novos casos nas últimas 24 horas, elevando para 5.140.863 o número total de pessoas diagnosticadas.

No último boletim epidemiológico, a tutela da Saúde informou ainda que 4.568.813 pacientes recuperaram da doença e 420.303 infetados continuam sob acompanhamento médico.

23h52 - Investigadores alertam para perigo de estratégia de imunidade de grupo

Um grupo de 80 investigadores alertou, em carta aberta divulgada pela revista científica The Lancet, que as abordagens de imunidade de grupo para gerir a pandemia de covid-19 são "uma falácia perigosa", sem suporte científico.

Para os cientistas subscritores do documento, a ideia de a imunidade se desenvolver em populações de baixo risco, enquanto se protegem os mais vulneráveis, é "uma falácia perigosa sem suporte de evidências científicas".

"É fundamental agir decisivamente e com urgência. Medidas eficazes para suprimir e controlar a transmissão precisam de ser amplamente adotadas e devem ser apoiadas por programas financeiros e sociais que incentivem respostas da comunidade e abordem as desigualdades que foram ampliadas pela pandemia", defendem os peritos.

A posição dos cientistas surge num momento em que o mundo enfrenta uma segunda vaga de contágios pelo novo coronavírus e em que se registou já mais de um milhão de mortes.

Os autores da carta, investigadores de vários países em várias áreas, apresentam a sua visão e as estratégias que precisam de ser adotadas para proteger as sociedades e a economia.

O documento, em forma de memorando, será também lançado durante o 16.º Congresso Mundial do Programa de Saúde Pública 2020

Até ao momento foi assinado por 80 investigadores com experiência em saúde pública, epidemiologia, medicina, pediatria, sociologia, virologia, doenças infecciosas, sistemas de saúde, psicologia, psiquiatria, política de saúde e modelação matemática.

"Restrições contínuas provavelmente serão necessárias no curto prazo, para reduzir a transmissão e corrigir sistemas ineficazes de resposta à pandemia, a fim de evitar bloqueios futuros", escrevem.

O objetivo das restrições é suprimir efetivamente as infeções por SARS-CoV-2 e colocá-las em níveis baixos que permitem a deteção rápida de surtos localizados e uma resposta rápida através de sistemas eficientes e abrangentes de localização, teste, rastreamento, isolamento e suporte para que "a vida possa regressar ao normal sem a necessidade de restrições generalizadas", preconizam.

"A proteção das nossas economias está intimamente ligada ao controlo da covid-19. Devemos proteger a nossa força de trabalho e evitar incertezas de longo prazo", lê-se no texto divulgado pela Lancet.

Para estes especialistas, qualquer estratégia de gestão da pandemia baseada na imunidade de grupo é falaciosa.

A transmissão descontrolada em pessoas mais jovens apresenta "riscos significativos de problemas de saúde e morte em toda a população", explicam, referindo que há evidências de muitos países a mostrar que não é possível restringir surtos descontrolados a certos setores da sociedade, e é "praticamente impossível e altamente antiético" isolar grandes faixas da população.

Esforços especiais para proteger os mais vulneráveis "são essenciais", mas devem "andar de mãos dadas com estratégias multifacetadas" para conter o vírus na população, uma vez que as estratégias de imunidade de grupo baseadas em infeções naturais resultariam "em epidemias recorrentes".

Defendem também que as citadas estratégias de imunidade de grupo podem sobrecarregar o sistema de saúde e representam um fardo inaceitável para os profissionais de saúde, muitos dos quais morreram de covid-19 ou sofreram um trauma.

23h49 - Pelo menos 97 infetados em lar no concelho de Beja

Pelo menos 97 pessoas de um lar no concelho de Beja, entre utentes e funcionários, estão infetadas com o novo coronavírus, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal, Paulo Arsénio.

De acordo com o autarca, 123 utentes e funcionários do lar Mansão de São José foram testados à presença do SARS-CoV-2 na terça-feira depois de haver a confirmação de "dois positivos", uma utente e uma funcionária.

A despistagem foi feita pelo Algarve Biomedical Center (ABC) e, "sensivelmente às 19:30" de hoje, houve a confirmação de mais "95 casos positivos, entre utentes e funcionários", 13 pessoas com resultados negativos e ainda 15 com resultados inconclusivos.

Paulo Arsénio explicitou que ainda não dispunha de informações para, dos 97 casos confirmados, especificar quantos são relativos a utentes e quantos dizem respeito a funcionários.

22h42 - Brasil registou mais 27.235 novos casos e 749 óbitos em 24 horas

O Brasil registou mais 749 mortes devido à infeção provocada pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas e 27.235 novos casos, informou o Ministério da Saúde do país esta quarta-feira.

O país sul-americano já registou um total de 151.747 óbitos e 5.140.863 casos confirmados.

22h34 - Holanda impõe "confinamento parcial" com aumento de casos

A Holanda voltou a um ter "bloqueio parcial" a partir desta quarta-feira, como anunciou o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, que vai impor o encerramento de bares e restaurantes para controlar a propagação do coronavírus.

"Hoje estamos a anunciar novas e robustas medidas e, na verdade, vamos impor um bloqueio parcial", disse Rutte numa conferência, acrescentando que reuniões públicas com mais de quatro pessoas seriam proibidas e assim como a venda de álcool à noite.

As escolas devem permanecer abertas e os transportes públicos continuarão a funcionar.

Estas novas medidas vão durar pelo menos quatro semanas, com uma revisão de seu impacto depois de duas semanas. Se se mostrarem ineficazes, pode haver restrições mais duras, disse o ministro da Saúde, Hugo de Jonge.

As medidas, divulgadas na terça-feira, também incluem o uso obrigatório de máscaras de tecido para maiores de 13 anos em ambientes fechados. Será permitido um máximo de 30 pessoas em espaços fechados e o horário de funcionamento do comércio será restrito.

22h16 - Nove cidades de França sob recolher obrigatório entre as 21h e as 6h

Nove grandes cidades, incluindo Paris, vão ter recolher obrigatório, ficando os cidadãos a partir do próximo sábado obrigados a ficar em casa entre as 21h e as 6h.

O recolher obrigatório estará em vigor durante, pelo menos, quatro semanas, como explica a correspondente da RTP em Paris.

Rosário Salgueiro, ao analisar as consequências das novas medidas de combate à pandemia de Covid-19 em França, considera que os franceses deverão ter muitas dificuldades em aceitar o recolher obrigatório.

A medida irá abranger 20 milhões de pessoas, como anunciou o Presidente francês Emmanuel Macron esta noite. Não se trata de impedir a circulação mas impedir a ida a restaurantes ou visitar amigos, referiu Macron.

22h12 - Rússia regista segunda vacina e alarga testes a 40 mil voluntários

A Rússia registou a patente da segunda vacina contra a COVID-19.
Vladimir Putin, o Presidente do país, revelou que a vacina EpicVacCorona, produzida por um laboratório siberiano, está a revelar um alto nível de segurança.

A vacina deverá entrar agora numa fase mais alargada de testes em 40 mil voluntários.

Em Agosto, a Rússia já tinha registado a primeira vacina do país contra o novo coronavírus, a Sputnik 5.

Nas últimas 24 horas, as autoridades russas contabilizaram 14.231 novos casos de infecção pelo novo coronavírus. É o maior valor diário de infeções desde o início da pandemia.

22h07 - Bolsonaro diz que pandemia foi "superdimensionada"

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, classificou hoje de "superdimensionada" a pandemia de covid-19, que já matou quase 151 mil pessoas no Brasil e infetou mais de cinco milhões no país sul-americano.

"Entramos em 2020 e tivemos o problema da pandemia que, no meu entendimento, foi superdimensionada. Desde o começo, falei que nós tínhamos dois problemas pela frente: a questão do vírus e o desemprego, e que eles deveriam ser tratados com a mesma responsabilidade simultaneamente", disse Bolsonaro, citado pelo jornal O Globo, durante um evento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

"Se nós, e parte do empresariado, tivéssemos embarcado na onda do 'fique em casa, que a questão da economia vemos depois', com toda a certeza estaríamos numa situação bastante complicada no momento", acrescentou o mandatário, que desde o inicio da pandemia se mostrou um dos chefes de Estado mais céticos em todo o mundo em relação à gravidade da covid-19.

No total, o país sul-americano concentra 150.998 vítimas mortais e 5.113.628 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, que foi registada oficialmente no Brasil em 26 de fevereiro.

22h00 - Filho mais novo de Trump está infetado

O filho mais novo do Presidente dos Estado Unidos da América (EUA), o republicano Donald Trump, está infetado com o novo coronavírus, anunciou hoje a primeira-dama.

O anúncio de que Barron Trump, de 14 anos, está infetado e assintomático foi feito por Melania Trump, dá conta a Associated Press (AP).

A Casa Branca disse inicialmente que o filho mais novo do casal Trump tinha testado negativo à presença do SARS-CoV-2, depois de ter sido testado no início do mês quando os pais anunciaram que estavam contagiados.

Contudo, uma testagem subsequente confirmou que Barron Trump contraiu a covid-19.

No último sábado, o médico do chefe de Estado norte-americano, Sean Conley, disse que o presidente Trump já não corria o risco de contagiar terceiros.

21h58 - Presidente do Vitória de Guimarães e um jogador acusam positivo

O presidente do Vitória de Guimarães, Miguel Pinto Lisboa, está infetado com o novo coronavírus, tal como o futebolista Gideon Mensah, anunciou hoje o emblema da I Liga portuguesa de futebol no sítio oficial.

21h55 - Pelo menos 30 elementos da Marinha infetados

Pelo menos 30 elementos da Marinha Portuguesa estão infetados com novo coronavírus, cinco dos quais nas Instalações Navais de Alcântara, em Lisboa, disse hoje à agência Lusa a porta-voz deste ramo das Forças Armadas.

De acordo com a porta-voz da Marinha, comandante Nádia Rijo, até hoje este organismo das Forças Armadas portuguesas contabilizou 30 elementos “em toda a Marinha” infetados com o SARS-CoV-2.

A porta-voz acrescentou que não dispunha de “informações sobre se os militares estão assintomáticos”, uma vez que estes infetados estão inseridos “num universo ainda com bastantes militares”.

Nádia Rijo disse também que na direção de pessoal, sediada nas Instalações Navais de Alcântara, há “para já cinco pessoas que acusaram positivo” à presença do novo coronavírus.

“Essas cinco pessoas infetadas estão em isolamento”, explicitou a comandante, adicionando que outras dez pessoas consideradas “contactos de risco” foram testados “durante o dia de hoje” e uma outra “será testada” na quinta-feira.

Estes 11 contactos de risco estão “em isolamento profilático em casa”.

21h51 - Angola reportou mais 166 infeções e cinco mortes nas últimas 24 horas

O secretário de Estado angolano para a Saúde Pública, Franco Mufinda, anunciou hoje mais 166 casos de covid-19, doença que provocou mais cinco mortes no país desde terça-feira.

Entre os infetados, 16 são de Benguela, 12 de Cabinda, três da Huíla, um do Namibe, igual número no Uíje e Bié e 132 de Luanda, com idades de um a 86 anos, sendo 97 de sexo masculino e 69 feminino.

A covid-19 causou a morte de mais cinco angolanos, dois homens e três mulheres de Luanda, enquanto as equipas médicas recuperaram 40 pacientes.

21h47 - Surto no Hospital da Prelada com 11 colaboradores e 5 doentes infetados

Hospital da Prelada, no Porto, revelou hoje em comunicado a existência de um surto de covid-19 na instituição, envolvendo 11 colaboradores do Serviço de Medicina Física e Reabilitação e cinco doentes, todos assintomáticos.

A instituição assegura terem sido "ativadas todas as medidas previstas nos planos internos de contingência, em estreita articulação, e sob as orientações, das autoridades de saúde competentes".

"O Hospital da Prelada dispõe de um piso exclusivo para os doentes positivos para a covid-19, assim como uma equipa multidisciplinar própria que assegura, única e exclusivamente, a prestação dos devidos cuidados de saúde a este grupo de doentes", lê-se na nota de imprensa.

Todos os colaboradores que testaram positivo, informa o hospital, estão "em isolamento nos seus domicílios e em acompanhamento pelas autoridades de saúde".

"Os doentes que, entretanto, reúnam condições para receberem alta clínica, são, igualmente, encaminhados para as suas residências, em articulação e sob acompanhamento das autoridades de saúde", acrescenta.

O hospital informou ainda que mantém inalterada a sua atividade diária.

21h40 - Moçambique anuncia 134 novos casos, sem óbitos

O Ministério da Saúde (Misau) moçambicano anunciou hoje mais 134 infeções pelo novo coronavírus, ascendendo a um cumulativo de 10.392 casos, num boletim diário sem registo de mortes, que se mantêm em 73.

"A Cidade de Maputo registou o maior número de casos (107), correspondendo a 79.9 por cento do total dos casos reportados hoje em todo o país", acrescenta o boletim.

Do total acumulado de casos, 2.280 estão ativos, registando-se 8.035 casos recuperados (cerca de 77,3 por cento).

O país tem 30 pessoas internadas em centros de isolamento.

21h33 - Marcelo alerta que todos sofrem se uma parte da sociedade não cumprir as regras

O Presidente da República apelou esta tarde a que todos os cidadãos sejam responsáveis no cumprimento das regras sanitárias e destacou que "se houver uma parte que não queira fazer" será "um todo que sofrerá".

"Por todo o país ao longo das próximas semanas e meses. E vamos fazê-lo. Mas só vamos fazê-lo se todos o fizermos, se houver uma parte que não queira fazer vai ser mais difícil e vai demorar mais tempo a fazer e será um todo que sofrerá", apelou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República falava hoje ao final do dia em Tondela, na inauguração da reconstrução de uma central de triagem que tinha ardido nos incêndios de outubro de 2017 e, fazendo a analogia "da força e da união da região" para a recuperação três anos depois, Marcelo Rebelo de Sousa disse que, na questão da pandemia, "tem de ser todo o país a unir-se".

"Nestes tempos de pandemia, ninguém está desvinculado da tarefa. Eu assumo que quando estamos perante desafios destes há uns mais responsáveis, aqueles que são eleitos são mais responsáveis, como são sempre por aquilo que corre melhor e pior e quando houver o apuramento de responsabilidades e, em democracia há sempre apuramento de responsabilidades, naturalmente que os mais responsáveis são os mais responsabilizados", disse.

E continuou: "Mas isso não exonera que todos nós dos pequenos grandes gestos que são fundamentais para o todo coletivo. É um pequeno sacrifício, é o adiamento de um projeto de uma ideia, é a limitação da atuação mais cautelosa e preventiva quando pode e deve ser adotada. É fazer o que é preciso fazer de uma maneira que não crie riscos desnecessários. É o grande desafio do momento".

Marcelo Rebelo de Sousa falou após o anúncio do primeiro-ministro, António Costa, da entrada em vigor às zero horas desta quinta-feira da situação de calamidade, que se traduz num agravamento da situação de contingência que agora termina e que acarreta novas medidas sociais.

"Visa, obviamente, impedir a necessidade de avançar para graus superiores de intervenção no domínio da vida e da saúde. É fundamental que assim seja. É fundamental para a vida dos portugueses, é fundamental para o emprego dos portugueses. É fundamental para o salário, para a situação das famílias, das empresas e de comunidades", justificou.

21h27 - Médicos das Forças Armadas apoiam hospital de Beja após surto

Quatro médicos militares das Forças Armadas estão a prestar apoio ao hospital de Beja, desde o passado dia 08, na sequência do surto de covid-19 registado na unidade, que infetou 36 profissionais, foi hoje revelado.

Em comunicado divulgado hoje, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) explicou tratar-se de quatro médicos militares do Hospital das Forças Armadas, da Marinha, do Exército e da Força Aérea Portuguesa.

“Estes médicos, cirurgiões gerais militares, integraram a escala do Serviço de Urgência de Cirurgia Geral” do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, integrado na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

Segundo o EMGFA, os militares estiveram de escala, “realizando turnos de 24 horas”, na passada quinta-feira, assim como, já esta semana, na segunda e terça-feira e no dia de hoje.

“Ainda em apoio ao hospital, o Estado-Maior-General das Forças Armadas disponibilizou o Hospital das Forças Armadas para receber doentes que necessitem de intervenção cirúrgica urgente”, pode ler-se no comunicado.



21h22 - Cabo Verde regista mais dois óbitos e 120 novos casos positivos

Cabo Verde registou mais dois óbitos por covid-19, aumentando para 79 o número de mortes associadas à doença no país, que diagnosticou mais 120 novos casos positivos, num total agora de 7.371 infeções, foi hoje anunciado.

Segundo avançou em conferência de imprensa, na cidade da Praia, o diretor do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças Prioritárias, Jorge Noel Barreto, os laboratórios do país analisaram 561 amostras nas últimas 24 horas, dos quais 120 deram resultado positivo para a covid-19.

21h10 - Serviços secretos britânicos procuram proteger os projetos de vacinas

Os serviços secretos britânicos estão atualmente a tentar proteger da interferência estrangeira os projetos de vacinas desenvolvidos no Reino Unido contra a covid-19, admitiu hoje o novo chefe do MI5, Ken McCallum.

“Está claro que o primeiro a desenvolver uma vacina viável contra esse vírus mortal vai ganhar a lotaria. Esperamos que esta investigação origine grande interesse para vários jogadores em todo o mundo”, referiu o chefe dos serviços de informações internos (MI5) britânica numa conferência de imprensa em Londres.

Vários investigadores britânicos da Universidade de Oxford e da gigante farmacêutica AstraZeneca estão na origem de um projeto de vacina considerado como um dos mais avançados do mundo, já testado em dezenas de milhar de voluntários em várias partes do planeta.

Nesse sentido, Ken McCallum alertou para o facto de os espiões estrangeiros pretenderem apoderar-se da propriedade intelectual relacionada com a investigação ou “manipular” os dados para lançar dúvidas sobre a validade dos estudos.

“Para o MI5, como para todo o mundo, 2020 está a ser dominado pela pandemia”, sublinhou o novo diretor dos serviços secretos britânicos, nomeado em maio.

Segundo Ken McCallum, a pandemia de covid-19 alterou o perfil do risco terrorista.

Com as manifestações públicas reduzidas por razões sanitárias, as organizações terroristas estão à procura de novos alvos, sublinhou.

No caso do Reino Unido, e relacionado com a pandemia, o país está a fazer face a ameaças de várias Estados, com a China e a Rússia na linha da frente.

“Se a questão é saber qual o país cujos serviços secretos causam mais problemas ao Reino Unido em 2020, a resposta é a Rússia”, frisou Ken McCallum, que liderou as investigações britânicas ao envenenamento com Novitchok do antigo agente secreto duplo Sergei Skripal, ocorrido em 2018 em Salisbury (sul de Inglaterra).

“Mas se a questão é saber qual o Estado que irá moldar o mundo na próxima década, com grandes oportunidades e grandes desafios para o Reino Unido, a resposta é a China", concluiu.

21h00 - Câmara de Viana do Alentejo cancela todas as atividades até fim do ano

A Câmara de Viana do Alentejo (Évora) anunciou hoje o cancelamento de todas as atividades da sua responsabilidade, que iriam realizar-se até final do ano, devido ao agravamento da pandemia de covid-19 no país.

Em comunicado, o município revelou que “decidiu cancelar todas as atividades que iriam realizar-se até ao final do ano”, como o Mês Sénior, a Mostra de Doçaria de Alcáçovas ou a abertura da Piscina Municipal de Alcáçovas para a época balnear de inverno.

O almoço de Natal dos funcionários e a Festa de Natal das Escolas são os outros eventos cancelados, pode ler-se no comunicado enviado hoje à agência Lusa, no mesmo dia em que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o país vai passar para situação de calamidade, devido a pandemia de covid-19.

A Câmara de Viana do Alentejo justificou a sua decisão com o facto de “o número de casos positivos” de covid-19 “ter vindo a aumentar em todo o país, nos últimos dias”, invocando ainda pretender manter “o sentido de prudência e responsabilidade que tem assumido”.

A câmara disse ainda que “continuará a acompanhar a evolução da situação, sendo certo que a saúde e o respeito pela vida estão em primeiro lugar”.

“O tempo atual continua de incerteza e de imprevisibilidade” em relação à atual pandemia, alertou a autarquia, relembrando à população “a importância do cumprimento das orientações da Direção-Geral da Saúde e de outras entidades”, como prevenção contra o coronavírus SARS-CoV-2.

20h37 - Sete utentes e dois funcionários de lar em Alvaiázere infetados

A Câmara Municipal de Alvaiázere anunciou hoje que existem 11 pessoas infetadas no concelho, resultado de dois focos de infeção por SARS-CoV-2 num lar, onde há nove casos, e num agrupamento de escolas, onde se registaram outros dois.

Em comunicado, o Município de Alvaiázere, no distrito de Leiria, informa que no Lar I da Associação da Casa do Povo de Maçãs de Dona Maria foram detetados, até ao momento, um total de nove casos positivos, sete em utentes e dois em funcionários.

“Está em curso o rastreio de todos os funcionários e utentes da instituição, conforme orientação da delegada de saúde”, refere o comunicado.

A presidente da Câmara de Alvaiázere, Célia Marques (PSD), afirmou à Lusa que a infeção foi conhecida após um utente, “com outros problemas de saúde, ter sido internado”.

Depois ter sido testado na unidade hospitalar foi-lhe detetada a infeção pelo novo coronavírus, levando a que se realizasse o rastreio a todos os utentes e funcionários do lar.

20h30 - Proteção Civil do Porto prepara espaços de retaguarda para negativos e positivos

A Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto, em articulação com a tutela, vai preparar “se possível já no fim de semana” dois espaços no distrito para acolher, separadamente, casos positivos e negativos covid-19, revelou hoje o presidente.

20h24 - Madeira regista cinco novos casos e 18 situações suspeitas

A Madeira registou hoje cinco novos casos de covid-19, todos importados, elevando para 104 o total de infeções ativas no arquipélago, indicou o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE), apontando que há também 18 situações em estudo.

"Hoje há cinco novos casos positivos a reportar, pelo que a Região Autónoma da Madeira passa a contabilizar 295 casos confirmados de covid-19", refere a entidade em comunicado, esclarecendo que se trata de quatro viajantes oriundos do reino Unido e um de Espanha.

Do total de infetados, 191 já recuperaram, sendo o número de ativos atualmente 104, dos quais 97 identificados no contexto das atividades de vigilância implementadas no Aeroporto da Madeira e sete de transmissão local.

20h20 - Países europeus regressam aos confinamentos

Com os números da pandemia em níveis recorde na Europa, vários países decidiram novas restrições.
Confinamentos locais e uso obrigatório de máscara são algumas das medidas adoptadas para travar as cadeias de contágio.

A partir de sexta-feira, a França entra de nova em estado de emergência sanitária.

20h15 - Escola fecha em Castelo Branco depois de decretada quarentena a professores

A Escola Básica da Quinta da Granja, em Castelo Branco, foi hoje encerrada, depois de a Unidade de Saúde Pública ter decretado isolamento profilático a professores e funcionários durante 14 dias.

Em declarações à agência Lusa, o diretor do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano (AEAL), João Belém, explicou que os cerca de 20 professores e funcionários daquele estabelecimento de ensino foram testados à covid-19, "mas deram todos negativo".

Os professores e funcionários “foram todos testados e [o delegado de saúde] declarou o isolamento profilático, o que implica que não há professores nem funcionários e a escola não pode funcionar", sustentou.

João Belém adiantou ainda que a escola fechou hoje e os cerca de 130 alunos que a frequentam vão passar a ter aulas à distância.

"Estamos já a preparar, dentro do possível, a realização de aulas à distância durante este período e até que seja declarada a abertura da escola [pela Unidade de Saúde Pública]", sublinhou.

20h05 - Intoxicação com gel hidroalcoólico em Espanha aumenta em crianças devido à pandemia

O Instituto de Toxicologia e Ciências Forenses espanhol detetou um aumento de 900 por cento em intoxicações acidentais com gel hidroalcoólico em crianças durante a pandemia.

O dado é considerado significativo uma vez que foram detetadas 90 consultas em 2019 relacionadas com este tipo de intoxicações enquanto em 2020 foram registadas 874.

Dos 874 casos, 585 foram envenenamentos de crianças, 368 delas menores de dois anos, segundo nota do Ministério da Justiça espanhol.

Esses dados representam um aumento de mais de 900 por cento nas intoxicações até o momento em 2020, em relação ao total de 2019, pelo que o ministro da Justiça, Juan Carlos Campo, já enviou uma mensagem às famílias alertando para o aumento de casos de envenenamento pedindo o máximo de cuidado no uso de gel quando houver crianças por perto.

A maioria desses envenenamentos ocorreu acidentalmente. Mais de 84 por cento aconteceu por via oral; sete por cento pela mucosa ocular; cerca de três por cento, por inalação e mais de dois por cento por exposição da pele.

19h55 - Mais 23 idosos infetados, 7 dos quais hospitalizados, na Misericórdia de Bragança

O surto nos lares da Santa Casa da Misericórdia de Bragança tem mais 23 idosos infetados e já atingiu 140 dos cerca de 170 utentes, dez dos quais morreram, segundo dados atualizados hoje pela instituição.

A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia informou hoje pelas 17:30, através do Gabinete de Comunicação, que há “vinte e três novos casos de utentes positivos” à infeção pelo novo coronavírus.

A instituição informa que “sete idosos estão a receber cuidados hospitalares”, concretamente cinco homens e duas mulheres com média de idade de 90 anos.

A Misericórdia acrescenta que nas últimas horas registou os primeiros “três casos de recuperação” relativos a colaboradores.

Entre utentes e colaboradores, “o total de casos ativos, neste momento, é de 175”, segundo ainda a informação divulgada.

O surto atingiu os três lares de idosos da Misericórdia de Bragança, localizados no complexo no centro da cidade de Bragança e onde o primeiro caso positivo, relativo a uma funcionária, ocorreu a 23 de setembro.

19h53 - Porto propõe Pousada da Juventude para apoio distrital a casos negativos

A Câmara do Porto propôs hoje à Comissão Distrital de Proteção Civil que a Pousada da Juventude sirva de apoio a pessoas com teste negativo à covid-19 quando for necessário separá-las de casos positivos, disponibilizando-se para a financiar mensalmente.

Em comunicado, a autarquia revela que o presidente da Câmara considera que a Pousada da Juventude do Porto "tem excelentes condições” para criar “uma estrutura de apoio a pessoas com teste negativo", disponibilizando-se a para suportar mensalmente com 50 mil euros, até “30 de março de 2021, devendo proceder-se a uma avaliação da resposta em finais de janeiro de 2021".

O presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, defende também a criação “de uma estrutura distrital de acolhimento de pessoas com teste positivo [à covid-19]” mas “sem critério de internamento e que não possam manter-se em isolamento “em contexto familiar”, devendo para isso ”ser encontrado financiamento e um operador especializado, preferencialmente na área da saúde”.

O município sugeriu ainda “as antigas instalações do Hospital Maria Pia e eventual contacto com a Misericórdia do Porto para identificar disponibilidades face ao tipo de resposta a criar".

“Rui Moreira não descarta ainda a possibilidade de avaliar a disponibilidade manifestada na primeira vaga pela Diocese do Porto no que se refere às instalações do Seminário de Vilar, para acolher pessoas com teste negativo”, refere.

“Para estas respostas, o Governo vai estudar a possibilidade de afetar recursos, quer financeiros quer meios técnicos”, observa.

19h49 - É preciso um plano de gestão, coordenação e liderança, dizem os Administradores Hospitalares

O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, defendeu hoje que na luta contra a covid-19 é urgente um plano operacional de gestão, “coordenação no terreno” e um papel de liderança do Ministério da Saúde.

E é preciso que desta vez não se deixem doentes para trás, porque Portugal “não tem um Ministério Covid-19, tem um Ministério da Saúde”, declarou.

Alexandre Lourenço falava à Lusa a propósito do número recorde de novas infeções de covid-19, 2.072 casos de terça-feira para hoje, o número mais elevado desde o início da pandemia.

O responsável tem vindo a insistir que é preciso criar “uma rede global de resposta à pandemia”, que permita ativações de acordo com as necessidades.

Essa rede permitiria que não fossem deixados por tratar outros casos não covid-19, disse, lembrando que a pandemia impediu, por exemplo, sete milhões de contactos nos cuidados de saúde primários, além de 100 mil cirurgias. E não se sabe que repercussões isso terá, porque essa investigação ainda não foi feita, disse.

O responsável insistiu que é preciso que o Governo se deixe de intenções e que comece a agir desde já e que invista na coordenação entre hospitais, e que estes estejam ligados na gestão de camas.

“Não faz sentido que os hospitais individualmente estejam a sofrer com a pandemia. Faz sentido diluir a resposta à covid-19 por hospitais de cada região, faz sentido diluir esta pressão sobre os hospitais”, disse à Lusa, acrescentando que é preciso “criar estruturas de retaguarda” agora e não anunciar intenções de as criar.

Alexandre Lourenço lembrou que Portugal nem está ainda no período das infeções respiratórias e da gripe e questionou onde se vão tratar esses doentes e como se vai impedir o grande afluxo às urgências.

Portanto, resumiu, “há um conjunto de medidas que é preciso implementar, e não anunciar”, porque sabia-se que este aumento de casos de covi-19 ia acontecer e é preciso criar “mecanismos de antecipação” e de “medidas no terreno”. E a situação, avisou, é “de elevada gravidade”.

19h46 - Cristiano Ronaldo voltou para casa em Itália num avião ambulância

Cristiano Ronaldo já está em Itália. Vai ficar em, isolamento em Turim. Abandonou Lisboa ao princípio da tarde, num avião ambulância.


19h40 - Uso obrigatório de máscaras na via púbica divide opiniões

Das novas medidas propostas pelo Governo para conter a pandemia a do uso de máscaras na via pública é o que mais divide as opiniões.
Cafés e restaurantes afirmam que a redução dos grupos de pessoas na restauração é mais uma medida que volta a penalizar o setor.

19h35 - Marcelo Rebelo de Sousa. Situação de clamadidade é fundamental

O Presidente da República diz que a situação de calamidade é fundamental para evitar "graus superiores" de intervenção.

Marcelo Rebelo de Sousa insiste no apelo à responsabilidade individual e que "não fazem sentido posições egoístas"

19h32 - Presidente da Câmara da Nazaré testa positivo e cumpre confinamento

O presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, testou positivo à covid-19 e vai manter-se em confinamento por indicação das autoridades de saúde, divulgou hoje o autarca.

Walter Chicharro conheceu ao final da tarde de terça-feira o “resultado positivo” do teste efetuado “por iniciativa própria”, após ter manifestado, no dia anterior “alguns sintomas gripais”, explicou o presidente à agência Lusa.

O autarca participou, na passada quinta-feira, numa reunião “em que estiveram várias pessoas, entre as quais se vieram a confirmar dois casos positivos”, disse.

Walter Chicharro é, para já, o único caso de infeção confirmado na Câmara da Nazaré, onde, “em virtude da agenda programada”, terá estado, nos últimos dias, “em contacto direto com poucas pessoas e sempre cumprindo as regras de distanciamento e uso de máscara”.

Na rede social Facebook, Walter Chicharro informou estar “confinado em casa, com os sintomas de uma gripe ligeira” e a “coordenar, à distância, os trabalhos de preparação do Plano e Orçamento do município para 2021”.

A mulher e a filha do autarca efetuaram já testes ao novo coronavírus, ambas com resultado negativo. Já o filho do casal só deverá ser testado na quinta-feira.

De acordo com o boletim de situação epidemiológica na região Oeste, divulgado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), o concelho da Nazaré regista hoje oito casos ativos, de um total de 31 confirmados desde o início da pandemia, dos quais 21 recuperaram e dois morreram.

19h28 - Emmanuel Macron anuncia recolher obrigatório em várias cidades francesas

O recolher obrigatório foi anunciado esta noite pelo Presidente Emmanuel Macron e vai ser aplicado a nove regiões francesas a partir de sábado e pode vir a durar até seis semanas.

Emmanuel Macron considerou esta noite, em entrevista em direto à televisão francesa, que o recolher obrigatório é "pertinente", mas que um novo confinamento seria "desproporcional".

O recolher obrigatório vai ser instaurado das 21h00 às 06h00 a partir de sábado na região de île de France (região parisiense), Lille, Ruão, Saint-Etienne, Toulouse, Lyon, Grenoble, Aix-en-Provence e Montpellier.

19h20 - França restabelece estado de emergência a partir da meia noite de 6.ª feira

O restabelecimento do estado de urgência sanitária foi aprovado hoje pelo conselho de ministros, dando novamente às autoridades locais em França poderes extraordinários para conter a propagação da epidemia de covid-19 em todo o país.

O estado de urgência sanitária esteve em vigor em França a partir de 23 de março até 09 de julho, tendo continuado em vigor nalgumas regiões ultramarinas até setembro.

"Estamos a enfrentar uma segunda vaga forte", avisou o primeiro-ministro francês, Jean Castex, numa entrevista à France Info, na segunda-feira de manhã. "Peço a todos, de forma extremamente clara, que se mobilizem para enfrentar esta segunda vaga [da pandemia de Covid-19]. Não pode haver mais relaxamento [das medidas preventivas]".

Os avisos e apelos chegam depois de uma semana em que França bateu, consecutivamente, os recordes diários de novas infeções: mais de 18 mil na quarta e quinta-feira, 20.339 na sexta e 26.896 no sábado — o valor mais alto desde o início da pandemia —, apesar de no domingo e segunda-feira os números terem baixado consideravelmente.

Este estado permite aos presidentes de câmara, que coordenam as forças de segurança nas diferentes regiões, instituir medidas adicionais face ao que é decidido a nível nacional. Esta nova fase do estado de urgência sanitária vai estar em vigor a partir de sexta-feira à meia-noite.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, fala hoje na televisão francesa para anunciar novas medidas para combater o aumento do número de casos no país.

19h15 - Comissária Elisa Ferreira em quarentena após contacto com caso positivo

A comissária portuguesa, Elisa Ferreira, anunciou hoje, através da rede social Twitter, que entrou em quarentena após um membro da sua equipa ter testado positivo ao covid-19.

“Fui hoje informada que um membro da minha equipa testou positivo ao covid-19. Em sintonia com os protocolos de saúde pública, irei ser testada e entrarei em isolamento. Durante este período, trabalharei de casa”, refere a comissária com a pasta da Coesão e Reformas no ‘tweet’.

“Não tenho sintomas e sinto-me bem. Mantenham-se saudáveis e cuidem de vocês!”, afirmou também Elisa Ferreira através da rede social.

A Comissão Europeia tem atualmente quatro comissários em quarentena.

19h10 - Itália, Bélgica e Holanda com números preocupantes de novas infeções

Vários países europeus registam esta quarta-feira novos máximos diários do número de infeções pelo novo coronavírus, entre eles a Itália.


19h05 - CDS com "reservas de fundo" sobre obrigatoriedade de usar máscara e StayAway Covid

O CDS-PP manifestou esta tarde "reservas de fundo" em relação à proposta do Governo para tornar obrigatório o uso de máscara na via pública e a utilização da aplicação StayAway Covid em contexto escolar e laboral.


18h55 - Ana Gomes cancela campanha nas próximas duas semanas por causa da pandemia

A candidata a Presidente da República Ana Gomes cancelou hoje "todas as ações de campanha programadas para as próximas duas semanas" devido ao agravamento da pandemia de covid-19, anunciou a sua candidatura.

"Devido ao agravamento da situação da pandemia em Portugal e à necessidade de cumprir com o máximo rigor e sentido de responsabilidade cívica as medidas sanitárias hoje determinadas pelo governo, a candidatura de Ana Gomes à Presidência da República decidiu cancelar todas as ações de campanha programadas para as próximas duas semanas em todo o país", refere uma nota da candidatura enviada à agência Lusa.

Numa pequena nota, a candidatura de Ana Gomes "reconhece a pertinência das novas medidas hoje adotadas pelo governo e pelas autoridades de Saúde no sentido do reforço das medidas sanitárias, visando diminuir os riscos de contágio da população e reduzir as consequências sanitárias, económicas e sociais da pandemia".

A ex-eurodeputada socialista decidiu assim cancelar os debates públicos subordinados ao tema "Cuidar de Portugal" já anunciados para a próxima sexta-feira, dia 16, em Braga, e para o próximo sábado, 17, no Porto.

Os debates irão realizar-se nos mesmos locais, "logo que a situação sanitária o permita", esclarece ainda a candidatura de Ana Gomes.

18h50 - Itália atinge recorde com 7.332 novos casos em 24 horas

A Itália contabilizou hoje um novo máximo de novas infeções com 7.332 nas últimas 24 horas, elevando o número total de casos para 372.799 desde que a pandemia começou no país em fevereiro, anunciou o Ministério da Saúde.

O pico anterior de contaminações tinha sido a 21 de março, na altura com 6.557 casos, sendo que naquele dia foram realizados 26.300 exames, embora nesta quarta-feira tenham sido realizados 152.196 testes.

Das 7.332 novas infeções, 1.844 são da Lombardia, a região mais afetada pela pandemia, seguida pela Campânia (818), Veneto (657) e Toscana (575).

Nas últimas 24 horas, morreram 43 pessoas, aumentando o número total de óbitos para 36.289 desde fevereiro.

18h34 - PSD altera modelo de jornadas parlamentares devido ao agravamento da pandemia

O PSD vai alterar o modelo das jornadas parlamentares da próxima semana devido ao agravamento da pandemia de covid-19 e à elevação do nível de alerta do país para situação de calamidade, informou hoje o partido.

O modelo inicial previa jornadas a 20 e 21 de outubro, no primeiro dia descentralizadas pelos círculos eleitorais e no segundo com os deputados concentrados num hotel no Vimeiro, concelho da Lourinhã (Lisboa), para debater o Orçamento do Estado.

Depois de o Governo ter anunciado novas medidas, fonte oficial do PSD informou hoje que o primeiro dia das jornadas foi eliminado e que o segundo dia passou para a Assembleia da República, com os deputados reunidos na Sala do Senado.

18h07 - Doenças do foro mental vão aumentar nos próximos tempos, alerta especialista

O presidente do Lisbon Institute of Global Mental Health, José Miguel Caldas de Almeida, alertou hoje que a prevalência de doenças mentais vai agravar-se face à possibilidade de a pandemia provocar dificuldades financeiras com a perda de empregos.

"O grande aumento de prevalência destes casos que já são doenças vai ser quando a situação económica começar a apertar. Já sabemos isso", disse José Miguel Caldas de Almeida, alertando para a necessidade de os serviços de saúde estarem preparados para este aumento de casos que deverão surgir com a pandemia de covid-19.

O professor catedrático -jubilado de Psiquiatria e Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, falava na conferência virtual "Conversas em Tempo de Pandemia", organizado pela Comissão Nacional para os Direitos Humanos (CNDH), que hoje foi dedicada à saúde mental.

No debate, José Miguel Caldas de Almeida explicou que por causa da covid-19 houve um aumento de vários tipos de problemas de saúde mental de gravidade diferente.

Há um grupo de problemas emocionais que não são doença, mas sim situações em que há sofrimento psíquico porque há ansiedade, depressão moderada ou tristeza, tratando-se de casos normais que acontecem em situações de grande adversidade e que não exigem tratamento médico especializado.

Segundo o especialista, grande parte dos problemas de saúde mental nos últimos seis meses está relacionada com este grupo.

Um segundo grupo tem sintomas parecidos de ansiedade e depressão, mas já se configuram como doença, uma vez que são pessoas com perturbações de pânico, depressão, perturbação de ansiedade generalizada ou problemas de abuso de álcool.

Estes casos também surgem em situações de crise como a que se vive, mas na opinião de José Miguel Caldas de Almeida ainda estão para vir quando a situação económica piorar, necessitando por isso de cuidados médicos que têm de ser garantidos.

José Miguel Caldas de Almeida considera que o sistema tem de se preparar para atender estes casos, que os serviços agora focados na covid-19 devem reorganizarem-se para dar resposta ao aumento previsto destas situações.

18h00 - Rússia regista segunda vacina e bate recorde de novos casos

A Rússia registou uma segunda vacina contra o coronavírus, etapa preliminar na Rússia para a fase final de testes clínicos, indicou hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, numa altura em que o país contabilizou novo recorde infeções diárias.

A vacina tem um nível de segurança "suficientemente alto", declarou na mesma cerimónia a vice-primeira-ministra da Saúde russa, Tatiana Golikova.

A vacina, produzida pelo laboratório Vektor, entrará a partir de agora para a fase final dos ensaios clínicos, que implicará a utilização de 40.000 voluntários, acrescentou.

O Vektor, na região de Novossibirsk, desenvolveu uma investigação secreta sobre as armas biológicas durante o período soviético e tem armazenadas amostras de vírus que vão desde a varíola ao Ébola.

A Rússia registou em agosto passado a sua primeira vacina contra o novo coronavírus, criada no centro de investigação moscovita de Gamalei, em colaboração do Ministério da Defesa russo.

Segundo Putin, o Governo espera desenvolver e distribuir maciçamente a vacina no país antes do final do ano.

O anúncio surgiu no mesmo dia em que a Rússia, que tem conhecido uma segunda vaga do novo coronavírus no país, voltou a bater o recorde de novos casos diários de covid-19, ao registar nas últimas 24 horas 14.231 infeções.

Na terça-feira, a Rússia registou também um recorde de óbitos em 24 horas, ao atingir 244 mortes.

As autoridades russas já assumiram que 90 por cento das camas hospitalares reservadas para as doenças estão ocupadas, mas afirmaram controlar a situação para evitar novas medidas de contenção estrita, com efeitos devastadores para uma economia que já estava em crise antes da pandemia.

17h40 - Quase 11 mil doentes e 1.060 idosos colocados em cuidados continuados e lares desde março

Perto de 11 mil doentes que estavam internados nos hospitais públicos foram colocados em unidades de cuidados continuados e mais de 1.000 idosos em lares, entre março e setembro, para libertar camas nos hospitais.

Os números foram avançados hoje por Cristina Caetano, uma das coordenadoras da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) na Comissão de Saúde, onde foi ouvida juntamente com a outra coordenadora, Purificação Gandra, a pedido do PS para obter esclarecimentos relativamente à rede.

“O tempo covid-19 foi uma questão que veio interferir com várias áreas”, afirmou Cristina Caetano, adiantando que se procurou que fosse priorizada a referenciação para a rede de pessoas internadas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde para libertar camas.

Também no âmbito de Segurança Social foram dadas orientações para serem priorizadas a atribuição de respostas sociais.

Assim, entre março, início da epidemia em Portugal, e setembro foram colocadas em lares de idosos 1.060 pessoas e 10.920 em resposta da rede de cuidados continuados, avançou Cristina Caetano.

Purificação Gandra afirmou, por seu turno, que “perante a gravidade da atual pandemia de covid-19, a rede foi confrontada com um desafio acrescido a que tem dado resposta de uma forma muito positiva”.

“São acompanhadas diariamente 396 unidades de internamento entre rede geral e as respostas de saúde mental que também têm doentes internados, com cerca de 9.500 doentes”, declarou a coordenadora.

Até à data, disse Purificação Gandra, “tem sido possível controlar a disseminação de covid-19 nas unidades com um mínimo de doentes e profissionais infetados”.

A testagem dos profissionais tem sido “uma estratégia constante”, tendo sido realizados já 17.700 testes aos profissionais da rede de cuidados continuados.

17h34 - Espanha regista mais de 11.000 novos casos e ultrapassa os 900.000

Espanha registou hoje 11.970 novos casos de covid-19 elevando para 908.056 o total de infetados no país, dos quais 100.000 nos últimos 10 dias, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.

Por outro lado, as autoridades contabilizaram mais 209 mortes com a doença nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 33.413.

Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.422 pessoas, das quais 308 em Madrid, 217 na Catalunha e 196 na Andaluzia.

Em todo o país há 11.671 pessoas hospitalizadas com a doença, das quais 1.652 pacientes em unidades de cuidados intensivos.

A região da Catalunha, a segunda em Espanha mais atingida pela pandemia a seguir à de Madrid, decidiu hoje fechar todos os cafés, bares e restaurantes e reduzir a lotação dos centros comerciais para 30% e dos ginásios em 50% para tentar conter o avanço da epidemia de covid-19.

As medidas em vigor durante pelo menos um período de 15 dias incluem também a suspensão de aulas presenciais nas universidades e a suspensão por duas semanas de todas as competições desportivas catalãs - federadas, escolares ou privado.

17h27 - Um morto e 14 infetados em lar de idosos do concelho de Pinhel

Um idoso que recebia apoio domiciliário do lar da aldeia de Manigoto, Pinhel, que testou positivo à covid-19, morreu hoje no hospital da Guarda, onde se encontram internados mais dois utentes, de um total de 14 infetados.

O presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Rui Ventura, adiantou hoje à agência Lusa que na Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) do Centro Social do Manigoto estão infetados “14 utentes e quatro funcionárias”.

Segundo o autarca, um utente que beneficiava do apoio domiciliário da instituição, cuja idade não soube precisar, faleceu hoje com covid-19 no Hospital Sousa Martins (HSM) da Guarda, onde estava internado.

Rui Ventura adiantou que dois dos 14 utentes da ERPI que estão infetados permanecem internados no HSM desde segunda-feira e os restantes 12, que estão assintomáticos, encontram-se nas instalações da instituição de apoio à terceira idade.

“É uma situação preocupante porque a média de idades no lar é de 93 anos”, disse o autarca.

Rui Ventura acrescentou que “o problema que agora se coloca” à Câmara Municipal de Pinhel e à Segurança Social é “terem de encontrar uma solução” para conseguirem recursos humanos que assegurem o funcionamento da instituição, devido à infeção de quatro das oito funcionárias.

O Centro Social do Manigoto “tem casas recuperadas para residências, que será para onde irão os utentes à medida que os testes derem negativo”, adiantou.

17h19 - Reino Unido registou quase 20 mil novas infeções

O Reino Unido registou 19.724 novas infeções de covid-19, mais 14 por cento do que na véspera, e 137 mortes nas últimas 24 horas, anunciou o Ministério da Saúde britânico.

Na terça-feira tinham sido registados 143 mortes e 17.234 novos casos.

O total acumulado desde o início da pandemia de covid-19 no Reino Unido é agora de 654.644 casos de infeção confirmados e de 43.155 óbitos registados num período de 28 dias após as vítimas terem recebido um teste positivo.

Hoje entrou em vigor em Inglaterra um novo sistema de três níveis de risco de acordo com o valor de infeções de covid-19, tendo a área de Liverpool, no noroeste, sido a única colocada no grau mais elevado.

A maior parte da Inglaterra encontra-se no nível mais baixo desta escala, o que mesmo assim implica a proibição de ajuntamentos com mais de seis pessoas e o encerramento obrigatório de bares e restaurantes às 22:00, enquanto que o segundo nível impede a socialização entre pessoas que não façam parte do mesmo agregado familiar.

O nível de alerta mais alto também obriga ao encerramento de ‘pubs’ e bares que não sirvam refeições e recomenda às pessoas não entrarem ou saírem dessas áreas com maiores restrições, embora as escolas e universidades continuem abertas.

As autoridades de saúde de Inglaterra devem reunir-se hoje para decidir se outras áreas do norte da Inglaterra, como Manchester ou Lancashire, devem entrar no terceiro nível de restrições.

17h10 - Iraque ultrapassa os 10.000 mortos devido à pandemia

Mais de 10.000 pessoas já morreram devido ao novo coronavírus no Iraque, onde o sistema de saúde luta para fazer face ao afluxo de doentes, anunciou hoje o ministro da Saúde iraquiano, Hassan al-Tamimi.

Desde o início da pandemia em fevereiro o Iraque registou mais de 413.000 casos de covid-19, incluindo 10.021 mortos, disse Tamimi. Cerca de 85 por cento dos doentes foram considerados curados.

17h05 - Infeções podem subir para 3.000 casos diários

Portugal poderá chegar, nos próximos dias, aos três mil novos casos diários de infeção de covid-19, anunciou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido, baseando-se numa estimativa feita pelo Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge.

A tendência de agravamento tem por base cálculos matemáticos feitos pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, que apontam para "perto de três mil casos dentro de alguns dias", afirmou a ministra durante a conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde sobre a evolução epidemiológica da pandemia em Portugal.

16h40 - França em urgência sanitária a partir de sexta-feira

O Governo francês aprovou o decreto que estabelece o estado de urgência sanitária no país. A medida entra amanhã em vigor.

16h30 - Sobe para quatro número de crianças infetadas em creche da Maia

Subiu para quatro o número de crianças de uma creche da Santa Casa da Misericórdia da Maia infetadas com covid-19, depois de na semana passada sete funcionárias terem testado positivo, revelou hoje a provedora da instituição.

Em declarações à agência Lusa, Maria de Lurdes Maia, provedora da Misericórdia da Maia, afirmou hoje que foi detetado mais um caso positivo na sala de um ano da creche Santa Maria Avioso, passando de três para quatro o número de crianças infetadas.

Estes casos pertencem ao grupo de 35 crianças com idades até aos 36 meses que estão em isolamento profilático depois de, a 07 de outubro, sete funcionárias terem testado positivo.

Por indicação das autoridades de saúde, a instituição encerrou três salas da creche, mantendo em funcionamento três salas de pré-escolar, frequentadas por cerca de 65 crianças.

Maria de Lurdes Maia disse ainda que os testes realizados aos restantes funcionários "deram negativo".

16h11 – Fiscalização do cumprimento das regras nos transporte vai ser reforçada

Sobre os transportes, a ministra lembrou que o Conselho de Ministros decidiu reforçar a fiscalização do cumprimento das regras já definidas num conjunto de áreas como nos transportes e na restauração.

“Não basta ter regras. Não basta ter boas regras, é preciso que sejam cumpridas e isso depende também da ação das forças de segurança”, recordou a ministra, pedindo “aos cidadãos que tenham respeito por aquilo que são as regras definidas”.
“Todos temos de ajudar”, lembrou ainda.

16h01 – Região de Lisboa e região norte são as mais pressionadas relativamente a camas hospitalares

Sobre a capacidade de camas hospitalares, a ministra afirmou que a região de Lisboa e Vale do Tejo e a região norte são as mais pressionadas nesta situação.

A região LVT tem 6330 camas que “poderiam ser utilizadas para tratamento de doentes covid”, mas estas não incluem tipologias camas de unidades de outras patologias. Mas neste momento, estão já ocupadas 419 com doentes Covid.

Mas há uma “parte destas camas” que estão já “pré-reservadas” para doentes infetados com coronavírus.

Na região norte há 5489 de enfermaria disponíveis, mas estão ocupadas com doentes covid 294 destas camas e há 357 camas de unidades polivalentes reservadas, estando já 56 ocupadas.

15h58 – Este é o “momento SNS”, diz ministra

Relativamente ao plano de saúde outono/inverno, Marta Temido explicou que a versão já disponível destinava-se a permitir que as organizações de saúde pudessem implementar e preparar medidas adequadas, mas foi divulgado sob consulta do conselho Nacional de Saúde e Conselho Económico-social. Mas a versão definitiva será divulgada na próxima semana, afirmou a ministra.

Lembrando a carta dos Bastonários, a ministra diz concordar que “este é o momento SNS”.

15h55 – Jogadores da seleção ficarão em isolamento caso se concluir que houve contactos de alto risco

Questionada ainda sobre os casos de Covid-19 na seleção nacional e o facto de os restantes jogadores não serem obrigados a ficar em isolamento, Graça Freitas sublinha que as autoridades de saúde fazem sempre um inquérito epidemiológico. “Isso é igual para todos e é feita uma avaliação de risco”, disse a diretora-geral da Saúde, explicando que esta avaliação decorre em dois tempo: uma preliminar e uma minuciosa, onde se vão “descobrindo os contactos de alto e baixo risco”.

Graça Freitas afirma que o inquérito epidemiológico aos jogadores da seleção “ainda não terminou” e, como tal, não houve ainda a necessidade de determinar o isolamento, dado que ainda não é claro se existem, ou não, contactos de alto risco.

Para além disso, a diretora da DGS salienta que “estas pessoas não estão propriamente na comunidade. Este é um grupo que já está isolado por si. Estão numa bolha na cidade do futebol”. Graça Freitas sublinha, no entanto, que “vão ser aplicadas as mesmas regras se as autoridades de saúde chegarem à conclusão de que houve contactos de alto risco” entre os jogadores da seleção.

A diretora-geral de Saúde relembrou que para efeitos de competição desportiva há regras específica: se antes do jogo todos os jogadores estiverem assintomáticos e todos testarem negativo, a probabilidade de que, durante o período em que decorre o jogo, um deles se tornar sintomático e transmissor “é infinitamente pequena” e, portanto, o jogo pode ser permitido, excecionalmente pelas regras do futebol.

Graça Freitas sublinha que os 14 dias seguintes “são diferentes, onde a probabilidade de desenvolverem sintomas e transmitirem o vírus a terceiros é maior”.

15h49 – Ronaldo teve de assinar declaração para poder viajar para Turim infetado

Questionada sobre o facto de Cristiano Ronaldo, infetado com Covid-19, estar neste momento num avião-ambulância a caminho de Turim, a diretora-geral da Saúde esclareceu que aos jogadores da seleção nacional aplica-se “o que se aplica a qualquer cidadão que esteja em Portugal”.

Tal significa que, se esse cidadão tiver o seu domicílio noutro país, poderá ir para o mesmo desde que sejam cumpridas as “condições de segurança”.

“As condições de segurança ficam inteiramente a cargo da pessoa doente, que tem de providenciar o seu transporte, e de resto é tratada como exatamente qualquer outra pessoa”, frisou Graça Freitas.

“Uma vez encontrado o transporte, [o cidadão] tem de ser submetido a uma avaliação pela autoridade de saúde e tem de seguir determinados trâmites”, continuou.

“Uma das coisas que estas pessoas fazem é assinar uma declaração em como têm o compromisso de que vão cumprir o isolamento profilático”.

A DGS comunica sempre ao país de destino, seja em relação a que cidadão for, que o mesmo iniciou um período de confinamento em Portugal e que vai deslocar-se para a sua residência nesse outro país, ficando sob vigilância pelas autoridades de saúde competentes.

15h48 - Alta antecipada “vai a favor da ciência”

Na habitual conferência de imprensa das autoridades de saúde, Graça Freitas frisou que a questão da alta antecipada “vai a favor da ciência” e não coloca ninguém em risco.

“Não tem a ver com a situação epidemiológica, tem a ver com o que os estudos científicos indicam”, nomeadamente que os doentes com Covid-19 têm, ao fim de dez dias, pouca probabilidade de transmitir a doença a outras pessoas.

“À medida que nós aprendemos, vamos adaptando as nossas medidas. Isto não é uma quebra de segurança”, até porque a pessoa não tem alta prematuramente, clarificou a diretora-geral da Saúde.

15h45 – Alta clínica passou a 10 dias, mas não o período de quarentena

Marta Temido explicou a diferença entre alta clínica e a quarentena, esclarecendo que a quarentena “não foi alterada em termos de período de tempo”, embora haja outros países que tenham reduzido o tempo de quarentena.

“O que foi alterado foi o critério da alta clínica”, explicou. “Ou seja, o critério para que um doente com covid possa ter alta clínica”.

Nos casos de doença confirmada, ligeira ou moderada, há alta clínica que é uma decisão médica e passou para os 10 dias, quando há ausência de febre e melhorias visíveis.

15h34 – Situação epidémica pode “agravar-se nos próximos dias”

A ministra da Saúde declarou na conferência de imprensa que, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional Ricardo Jorge, “estamos a enfrentar uma situação crescente que se tenderá a agravar nos próximos dias, de acordo com os modelos matemáticos”.

“Como todos sabem, a inversão daquilo que são os modelos matemáticos depende daquilo que sejam as medidas coletivas que podemos tomar”, esclareceu Marta Temido.

Nesse sentido, a ministra anunciou que o governo está a trabalhar tanto na manutenção preparação da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, no alívio da pressão hospitalar e dos profissionais de saúde, como na revisão das medidas de contenção da propagação do novo coronavírus.

Marta Temido adiantou ainda que esta quarta-feira será publicada uma “nova estratégia de testes com inclusão de testes antigénio” e com medidas de reforço dos rastreios de contactos.

15h32 – Região Norte teve “risco de transmissão mais elevado” do país na semana passada

Marta Temido informou também que o risco efetivo de transmissão segundo o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, entre os dias 5 a 9 de outubro, foi estimado em 1,2 com uma média de 1542 novos casos por dia. Este risco efetivo de transmissão variou entre 1,34 na região no Norte – o risco de transmissão mais elevado, com uma média de 807 novos casos por dia – e a região do Algarve com 0,31 – o risco de transmissão mais baixo.

15h28 – Maioria dos novos casos situa-se “predominantemente no Norte”

Marta Temido começou por fazer a atualização da evolução da pandemia da covid-19 em Portugal, confirmando que há mais 2072 casos de Covid-19, sete óbitos e mais 476 recuperados, nas últimas 24 horas.

A maioria dos novos casos “situam-se predominantemente no norte”, havendo 1001 novos casos a registar, declarou a ministra.

“Face a este total de novos casos constata-se que 48,3 por centos dos casos está na região norte e 38,7 por cento na região de Lisboa e Vale do Tejo”, afirmou.

Todos os óbitos das últimas 24 horas foram de pessoas com mais de 60 anos, tendo estado seis das vítimas mortais em internamento hospitalar. A taxa de letalidade geral atual é de 2,3 por cento.

Há mais 1619 casos ativos esta quarta-feira e destes a maioria está em recuperação no domicílio.

Neste momento, há 396 surtos ativos em todo o país – 136 na região norte, 50 no centro, 178 na região de LVT, 14 na região do Alentejo e 18 no Algarve.

A ministra da Saúde afirmou ainda que a taxa de incidência dos últimos sete dias se situa nos 96,6 de novos casos por 100 mil habitantes e a taxa de incidência por 14 dias nos 152,2 novos casos por 100 mil habitantes.

15h24 - Portugal com mais 2072 casos e sete vítimas mortais, o número mais alto desde o início da pandemia

Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 2072 casos de infeção pelo novo coronavírus – o número mais elevado desde o início da pandemia-, elevando 91.193 o total acumulado desde o início da pandemia no país. Foram ainda contados sete novos óbitos no último dia, para um total de 2117.

Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, dos novos casos detetados, 1001 estão na região Norte, 802 em Lisboa e Vale do Tejo e cinco nos Açores. O Alentejo reportou mais 47 casos, a região Centro mais 172, o Algarve mais 42 e a Madeira mais três.

Há mais 1619 casos ativos, passando o total acumulado para 34.583.

Dos sete óbitos, três foram registados na região Norte e quatro na Região de Lisboa e Vale do Tejo.

Foram dadas como recuperadas da doença mais 446 pessoas no último dia, passando o total acumulado para 54.493.

Há hoje mais 41 pessoas internadas em hospitais do país, num total de 957. Mais três estão em unidades de cuidados intensivos, elevando para 135 o total.

Dos 14 óbitos, oito foram registados na região Norte e seis na Região de Lisboa e Vale do Tejo.


15h15 - UTAD com cinco alunos positivos mantém atividade académica com normalidade

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, disse hoje que cinco estudantes da instituição testaram positivo à covid-19 e assegurou que a atividade académica decorre com normalidade

"Não há evidências de que esse contágio se tenha dado no campus universitário, dado que estão a ser cumpridas todas as medidas do plano de contingência, pelo que a atividade académica decorre dentro da normalidade", esclareceu a academia em comunicado.

A UTAD disse ter sido informada pelas entidades de saúde de que cinco estudantes da instituição testaram positivo à covid-19 e que se encontram já em isolamento.

"Informa-se também que já foram identificados e informados, pelas autoridades competentes, os elementos identificados como contactos de risco, os quais estão também em isolamento profilático e seguirão a sua atividade letiva à distância", acrescentou.

A universidade referiu que "mantém o contacto permanente com a Autoridade de Saúde local, no sentido de acompanhar a evolução dos membros da comunidade que se encontram em isolamento".

O reitor da UTAD, António Fontainhas Fernandes, reforçou o "uso obrigatório de máscara em todo o campus" e fez ainda um apelo "a toda a comunidade para manter uma postura exemplar e serenidade no funcionamento da atividade letiva, seguindo sempre as recomendações da Autoridade de Saúde local sobre as medidas de proteção contra a covid-19.

15h07 - Cristiano Ronaldo deixou Portugal em avião-ambulância privado

O futebolista português Cristiano Ronaldo, que testou positivo à covid-19, deixou hoje Portugal, a bordo de um avião-ambulância privado, que partiu do aeródromo de Tires.

O avançado da Juventus deverá regressar a Itália, onde vai cumprir as regras de isolamento definidas, falhando também os próximos encontros da equipa italiana para o campeonato e Liga dos Campeões.

O avançado partiu do aeródromo de Tires num avião ambulância privado rumo a Turim.

Ronaldo é o terceiro jogador da seleção lusa infetado com o novo coronavírus, depois de José Fonte e Anthony Lopes, que já tinham sido dispensados dos trabalhos da equipa das `quinas`.

15h00 - Açores com quatro novos casos nas últimas 24 horas

As 1.486 análises realizadas nos dois laboratórios de referência nos Açores diagnosticaram, nas últimas 24 horas, quatro casos positivos de covid-19 e três recuperações na ilha de São Miguel, informou hoje a Autoridade de Saúde Regional.

No seu comunicado diário, aquela entidade explica que, dos casos diagnosticados, "três correspondem a indivíduos do sexo feminino, com idades compreendidas entre 21 e 51 anos, residentes na região" e são "contactos próximos de alto risco de um caso identificado anteriormente, que obtiveram resultado positivo nos testes realizados no âmbito da investigação epidemiológica e que permanecem em isolamento profilático desde a sua identificação como contacto próximo".

O outro caso reporta-se a um homem "de 53 anos, residente na região, proveniente de ligação aérea com território continental português, cujo teste de despiste realizado à chegada apresentou resultado negativo e o teste efetuado após o sexto dia produziu resultado positivo", adianta ainda.

14h50 - Ministro da Saúde alemão defende limites temporários às liberdades

O ministro da Saúde alemão defendeu hoje que devem ser colocados limites temporários à liberdade dos cidadãos para possibilitar um combate eficaz à expansão da covid-19, considerando “preocupante” o recente aumento do número de infeções.

“É preciso renunciar a algumas coisas em certas situações”, afirmou o ministro Jens Spahn, admitindo que podem ser pedidas aos alemães mais restrições nos contactos sociais para evitar uma maior disseminação da pandemia.

“Todos podemos ‘estragar a vida’ do vírus”, afirmou Spahn sobre a capacidade da população de parar a propagação da pandemia a tempo, depois de tomar conhecimento que o número de novos casos de infeções ascenderam hoje a 5.132 pessoas, o nível mais alto desde o mês de abril.

14h40 - Há surtos ativos em todo o país, sobretudo em lares e escolas

Em Queluz, o Centro Bem Estar Social volta a registar casos positivos. São seis utentes e três funcionários. Em Castelo Branco, todos os alunos da escola básica da Quinta da Granja estão em isolamento, depois de terem sido detetados oito casos em crianças de uma turma do primeiro ano.


14h30 - Desvio de meios para Covid-19 ameaça combate à tuberculose

A interrupção dos cuidados de saúde para dar prioridade à pandemia está a pôr em risco o combate à tuberculose, que em 2019 matou cerca de 1,4 milhões de pessoas, alertou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).

No seu relatório anual sobre a tuberculose, a OMS salienta que muitos países estavam a conseguir reduzir a incidência daquela doença infecciosa, mas que "recursos humanos e financeiros foram deslocados da tuberculose para a resposta à covid-19".

"O número global de mortes por tuberculose pode aumentar em 200 mil a 400 mil só este ano", alerta a organização, bastando que haja uma queda de 25% a 30% no número de pessoas tratadas e diagnosticadas durante um período de três meses, o que já acontece em alguns dos países mais afetados em todo o mundo.

"Continua a ser um desafio o acesso equitativo a diagnósticos atempados e de qualidade, à prevenção, tratamento e cuidado", afirmou o secretário-geral daquela agência das Nações Unidas, Tedros Ghebreyesus.

"Cerca de 1,4 milhões de pessoas morreram de doença relacionada com a tuberculose em 2019", aponta a OMS, que estima que três milhões dos 10 milhões de novos casos não tenham sido diagnosticados.

Antes da pandemia, havia "progresso sustentado" no combate à tuberculose, indica a organização: entre 2015 e 2019 conseguiu-se reduzir a incidência da doença em 09 por cento e o número de mortes diminuiu 14%.

No entanto, agora verifica-se que "as metas globais de prevenção e tratamento ficarão provavelmente por cumprir se não houver investimentos e ações urgentes".

14h22 - Pandemia já matou 1.087.513 pessoas em todo o mundo

A pandemia de covid-19 matou 1.087.513 pessoas em todo o mundo desde o registo dos primeiros casos na China no final de dezembro, segundo o balanço diário da agência France-Presse.

Mais de 38.221.850 casos de infeções foram oficialmente diagnosticados desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 26.407.800 já são considerados curados.

Esse número de casos diagnosticados, entretanto, reflete apenas uma fração do número real de infeções. Alguns países testam apenas os casos graves, outros priorizam o teste para rastreamento e muitos países pobres têm capacidade limitada de teste.

Na terça-feira, 5.280 novas mortes e 336.591 novos casos foram registados em todo o mundo.

14h14 - Quarentena para doentes assintomáticos passa para dez dias

A Direção-Geral da Saúde emitiu hoje uma nota onde atualiza as regras de levantamento de isolamento profilático de doentes assintomáticos com Covid-19.

As medidas determinam agora que um doente assintomático termine o isolamento ao fim de dez dias, ao contrário dos atuais 14.
A Diretora-geral da Saúde Graça Freitas, já tinha admitido a possibilidade em setembro.

A norma esclarece ainda que, nos doentes assintomáticos, os 10 dias começam a contar desde a data do diagnóstico laboratorial de Covid-19.

A DGS sublinha ainda que no caso de profissionais de saúde ou prestadores de cuidados de elevada proximidade, de doentes que vão ser admitidos em lares ou unidades de cuidados continuados ou paliativos ou doentes que vão ser transferidos nas unidades hospitalares para áreas não dedicadas, será preciso sempre um teste negativo para que o isolamento seja considerado completo.

A norma define ainda que "nos 90 dias após o diagnóstico laboratorial de infeção por SARS-CoV-2 não deve ser realizado novo teste" a menos que a pessoa tenha sintomas da doença, seja "contacto de alto risco de um caso confirmado de covid-19 nos últimos 14 dias" ou não exista diagnóstico alternativo (incluindo outros vírus respiratórios) para o quadro clínico.

Define ainda a organização do internamento hospitalar, que terá uma área para doentes com teste positivo (enfermarias ou unidades de cuidados intensivos dedicadas a covid-19) e outra para doentes com teste negativo, mas com suspeita clínica da doença ou de infeção respiratória grave (áreas intermédias - fisicamente separadas das áreas dedicadas em serviço de urgência - ou enfermarias ou unidades de cuidados intensivos dedicadas a covid-19 onde devem fazer o teste).

Há ainda um terceiro nível na organização do internamento hospitalar para doentes com teste para SARS-CoV-2 negativo e sem suspeita clínica de COVID-19 ou de infeção respiratória aguda (as chamadas enfermarias ou unidades de cuidados intensivos não covid-19).

Sobre a medicação a utilizar, a norma define que a terapêutica com Remdesivir deve ser administrada "o mais precocemente possível" nos doentes internados que tenham teste positivo, pneumonia confirmada em radiograma ou tomografia e necessidade de oxigenoterapia suplementar, idade igual ou superior a 12 anos e peso igual ou superior a 40 quilos.

A nova medida vai ao encontro do que já acontece noutros países, como Espanha, França, ou Alemanha.

14h05 - Principal fonte de contágios é no convívio fora das situações de segurança

"Estamos numa situação mais complexa do que há uma semana", disse Nélson Pereira, coordenador do Serviço de Urgência para Covid-19 no hospital de S.João, no Porto.


O responsével não esconde que a situação é complexa e que as declarações do primeiro-ministro no final do Conselho Ministros mostram isso mesmo, enquanto fornece ainda ferramentas para quem está no terreno poder lidar com a situação.

Foi isso que o hospital fez também ao aumentar o nível de alerta na unidade.

A principal fonte de contágios é no convívio fora das situações de segurança que conhecemos. "Relaxamos com os amigos e com a família", alerta. Nélson Pereira considera acertado o caminho que está a ser seguido pelas autoridades.

No hospital de S. João, o responsável espera o aumento do nível de alerta tenha pouco impacto nas cirurgias e consultas programadas, com base numa avaliação diária das necessidades.

13h48 - "Temos de resistir ao cansaço pela força de determinação de vencer esta pandemia e não podemos desvalorizar o risco porque ninguém ainda conhece verdadeiramente o risco deste vírus", acrescentou.

13h43 - Proposta de lei entregue na AR hoje ou amanhã

Proposta de lei para o uso de máscaras será entregue na Assembleia da República entre esta tarde e amanhã de manhã, garantiu o primeiro-ministro.

13h39 - Avaliação quinzenal para manter

O controlo da pandemia depende exclusivamente de nós individualmente e de todos nós em conjunto". Temos de controlar a expansão porque quando as pessoas chegam ao "SNS já estão contaminados".

O PM anunciou ainda que "vamos manter a avaliação quinzenal da situação"

13h34 - Governo garante que há capacidade de resposta hospitais de todas as regiões

"Ao longos destes meses pudemos robustecer" a capacidade de resposta do SNS, afirmou António Costa.

"Não podemos medir a capacidade do SNS individualmente. Em todas as regiões ainda temos capacidade de resposta e em todos os estabelecimentos há a possibilidade de alargar o número de camas alocadas" a doentes Covid.

13h32 - Eventos familiares

Introdução da nova regra relacionada com eventos familiares justifica-se porque "têm sido locais onde tem havido vários focos de contaminação.

Temos de dar um sinal claro que" estes eventos têm que ser "contidos".

13h28 - Medidas aplicadas após infeção de Cristiano Ronaldo

Sobre as medidas aplicadas após ter sido conhecido o caso positivo de Cristiano Ronaldo na Seleção, o PM frisa que "não está habilitado" para se "substituir aos médicos de saúde pública no julgamento que fazem em cada uma das circunstâncias das medidas que são aplicadas".

13h25 - "Evoluímos agora para o estado de calamidade e teremos que evoluir para outros estados se as cricunstâncias assim o impuserem", afirmou António Costa

13h23 - Dualidade de critérios

Questionado sobre uma possível dualidade de critérios, em particular em relação ao caso de Ronaldo, o PM afirmou que em primeiro lugar deve ser aplicado "o critério do bom senso".


13h22 - "Apelo a todos a que adotemos estes comportamentos e é só para os enquadrar que elevamos o estados de alerta e reforçamos as coimas", disse o PM.

"Mais do que a lei e a fiscalização das autoridades é a fiscalização da nossa própria consciência que se impõe"

13h21 - "Esta maratona é longa e só terminará quando houver um tratamento eficaz", disse o primeiro-ministro

13h20 - PM alerta que a perceção dos jovens de que o risco é menor é errada e que é o dever de cada um proteger-se e proteger os outros

13h15 - Governo declara estado de calamidade em todo o país

No final da reunião do Conselho de Ministros, António Costa revelou que todo o território nacional está em estado de calamidade a partir da meia noite de hoje.
António Costa adiantou que, "já ao abrigo da situação de calamidade, a partir das 24h00 de hoje deixará de poder haver ajuntamentos na via pública de mais de cinco pessoas".

13h14- Conselho de Ministros adotou oito decisões fundamentais

Entre elas, elevar o nível de alerta para o estado de calamidade em todo o território; a partir das 24 h de hoje passa a ser proibido ajuntamentos com mais de cinco pessoas na via pública, em espaços públicos comerciais ou na restauração.

Limitar os eventos de natureza familiar - casamentos, batizados - com um máximo de 50 participantes.

Proibir nos estabelecimentos de ensino, nas universidades e politécnicos, todos os festejos académicos e todas as atividades não letivas.

Determinar às forças de segurança e ASAE um reforço das ações de fiscalização; agravar até 10 mil euros as coimas às pessoas coletivas que não assegurem o escrupuloso cumprimento das regras em vigor.

Recomendar vivamente a todos os cidadãos o uso de máscara na via pública e também a utilização da aplicação StayAwayCovid.

Apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei para que seja imposta a obrigatoriedade do uso de máscara na via pública e também da utilização da aplicação

13h13 - Podemos classificar a pandemia no nosso país como "uma evolução grave", disse o PM

13h12 - Eslovénia duplica casos em 24 horas com recorde de 707 contágios

A Eslovénia registou nas últimas 24 horas um recorde de 707 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, quase o dobro da véspera, segundo dados oficiais divulgados hoje.

Com dois milhões de habitantes, a Eslovénia tem atualmente 210 pessoas hospitalizadas com covid-19, 35 das quais em unidades de cuidados intensivos.

Nas últimas 24 horas registaram-se também duas mortes por covid-19, elevando a 173 o número de mortes no país associadas ao vírus SARS-CoV-2 desde o início da pandemia.

13h07 - Forças Armadas realizaram 114 ações de formação em lares pelo país

As Forças Armadas (FA) realizaram, desde o dia 6 de outubro, 114 ações de formação em lares para auxiliar trabalhadores no combate à pandemia, foi hoje anunciado.

Segundo uma nota do Estado-Maior-General das Forças Armadas, 139 equipas - 130 do Exército, 5 da Marinha e 4 da Força Aérea - realizaram, desde o dia 6 de outubro até ao momento, "114 ações que abrangeram 501 funcionários".

Estas ações de formação destinam-se a sensibilizar os funcionários das instituições para as medidas preventivas da propagação do vírus da Covid-19, nomeadamente "práticas de higienização e limpeza, estabelecimento de circuitos e uso de equipamento de proteção individual, contribuindo para a segurança tanto dos próprios, como de todos os utentes e respetivos familiares".

12h50 - Universidade do Porto forma rede de voluntários para casos de isolamento

A Universidade do Porto anunciou esta quarta-feira a criação de uma rede de voluntários para ajudar os membros da comunidade académica a quem tenha sido imposto isolamento domiciliário e precisem de apoio na entrega de bens de primeira necessidade.

A instituição conta com mais de 100 voluntários integrados no projeto "Apoio Domiciliário - Covid-19".

Qualquer membro da comunidade académica que pretenda integrar o projeto pode ainda fazê-lo, mediante inscrição, indicando a disponibilidade horária durante a semana e o fim de semana.

12h42 - Panenka recebe alta hospitalar

O antigo futebolista internacional checo Antonín Panenka, internado na última semana numa unidade de cuidados intensivos perto de Praga, com diagnóstico de Covid-19, teve alta hospitalar.

"Fui buscar o meu pai ao hospital às 11h00 de hoje e levei-o para casa. Felizmente teve testes negativos à Covid-19, mas ainda tem pneumonia. Os médicos entendem que não precisa de estar no hospital e vai continuar o tratamento em casa", adiantou o filho do antigo jogador.

Panenka, de 71 anos, esteve internado num hospital de Bennes e foi depois transferido para Praga.

O antigo médio chegou a apresentar um quadro grave, com pneumonia bilateral.

12h32 - PCP defende 2 hospitais de retaguarda a Norte e "reabertura" de centros de saúde

O PCP defendeu hoje a "reabertura total dos centros de saúde" e a criação de dois hospitais de retaguarda para covid-19, no Grande Porto e no Vale do Sousa, considerando "urgente" uma intervenção perante a evolução da pandemia.

12h24 - Publicadas regras para desfasamento de horários na função pública

As novas orientações e recomendações relativas à organização do trabalho na Administração Pública, que contempla o desfasamento de horários e que visa reduzir os riscos de transmissão de covid-19, foram hoje publicadas em Diário da República.

12h20 - Covid-19: PSD agenda debate de urgência sobre situação económica e social de Fátima

O PSD agendou para sexta-feira de manhã, no parlamento, um debate de urgência sobre a situação económica e social em Fátima, antecedida por uma visita, na quinta-feira, do líder parlamentar, Adão Silva, e outros deputados, foi hoje anunciado.

12h06 - Miguel Guimarães considera que para tratar de todos os doentes são precisos médicos fora do SNS

11h30 - Lar em Queluz contabiliza três mortos e tem nove pessoas infetadas 

O vereador da Câmara Municipal de Sintra garantiu que ainda durante o dia de hoje serão efetuados mais 95 testes no Centro Social de Queluz, onde foram detetados nove novos casos de infeção por covid-19.

11h12 - Áustria com 1346 novos casos

11h03 - Administradores Hospitalares acusam Ministério da Saúde de falta coordenação

10h37 - Croácia com 748 novos casos em 24 horas, um valor recorde desde o início da pandemia

10h35 - Irlanda do Norte prepara-se para fechar escolas por duas semanas e encerrar restaurantes por quatro, de acordo com um documento a que a Reuters teve acesso

10h04 - África com mais 271 mortes e 8.065 infetados nas últimas 24 horas

09h47 - Lar em Queluz tem nove casos positivos

09h38 - Polónia com valor recorde de novos casos - mais 6526 - e vítimas mortais - mais 116 - em 24 horas

09h32 - Rússia com valor recorde de novos casos desde o início da pandemia

Foram mais 14.231 em 24 horas e 239 vítimas mortais

09h30 - Hospitais perto do limite antes da época da gripe preocupam médicos

08h49 - Bastonários apelam à criação de uma resposta global para resolver a situação que consideram ser de uma "disrupção grave" no funcionamento do SNS

Num carta a aberta a que a RTP teve acesso, o bastonário dos médicos e todos aqueles que já estiveram nessa posição - Miguel Guimarães, José Manuel Silva, Germano de Sousa, Gentil Martins, Carlos Ribeiro, Pedro Nunes - dizem que que é "vital que haja uma mudança imediata de rumo na estratégia do SNS. O SNS está novamente exposto a uma disrupção grave no seu funcionamento, numa altura em que ainda nem sequer foi capaz de começar a recuperar o fortíssimo abalo sofrido ao longo dos últimos meses".

Dirigindo-se à ministra da Saúde, recordam que na primeira fase de resposta à Covid-19 "houve 100 mil cirurgias atrasadas no SNS, a que se junta um milhão de consultas nos hospitais, milhares de rastreios que ficaram por fazer, designadamente em oncologia, 17 milhões de meios e exames de diagnóstico e terapêutica, 5 milhões de consultas presenciais nos cuidados de saúde primários. O número de óbitos não-Covid disparou, com mais 7144 mortes entre março e setembro do que a média dos mesmos meses dos últimos cinco anos. Desde AVC que não foram tratados em tempo útil, passando pelo agravamento de doenças como a diabetes ou situações oncológicas, como é sabido, as consequências vão, infelizmente, tornar-se mais esmagadoras a médio prazo. O não diagnóstico atempado e o não-tratamento prolongado, como está a acontecer, reduzem a esperança e a qualidade de vida dos doentes — doentes que, em muitos casos, desconhecem até que o estão. Os graves problemas do SNS pré-covid já exigiam um plano de ação musculado e continuado, que tardava em chegar; o contexto atual tornou-se ainda mais complexo e exigente, retardando de forma brutal o combate e o tratamento das mais diferentes patologias".

Conscientes de que os próximos tempos vão "exigir uma capacidade de resposta muito superior à que hoje existe no SNS", dizem que é "preciso mudar já. É preciso um investimento de grande envergadura que reforce fortemente o SNS. Mas, no imediato, não basta. Os doentes precisam de uma resposta agora, pelo que não podemos prescindir de uma visão de conjunto. Os sectores de saúde sociais e privados podem ser mais envolvidos no esforço covid e não-covid para que a capacidade instalada seja efetivamente usada em vez de desperdiçada. A situação de médicos de família, desviados há demasiado tempo, por decisão da tutela, das suas funções naturais e fundamentais — prevenção, vigilância e tratamento dos seus utentes —, para o combate à pandemia, simboliza o que se passa hoje no SNS: meios humanos e técnicos insuficientes, falta de estratégia e organização da autoridade nacional e um contexto que ameaça direta e indiretamente a saúde dos portugueses".

Acabam a afirmar que "não há tempo a perder" e que "este é o momento do SNS. É o momento do SNS liderar uma resposta global, envolvendo, de acordo com as necessidades dos doentes, os setores privado e social, que permita aumentar o acesso a todos os cuidados de saúde com uma resposta inequívoca a todos os doentes (covid, não-covid e gripe sazonal) e, através de programa excecional alargado, recuperar as listas de espera e os potenciais doentes “perdidos”. É o momento de recuperar e valorizar objetivamente os profissionais. É o momento de reforçar a capacidade de resposta da saúde pública, dos cuidados de saúde primários, da saúde ocupacional, da medicina hospitalar, e de reforçar o acesso à saúde nas zonas mais carenciadas. É o momento de concretizar a verdadeira transformação digital na medicina à distância com respeito pela sua essência mas valorizando sempre a relação humana médico-doente. É o momento de integrar a saúde e a segurança social nos lares para melhor proteger os nossos idosos. É o momento do SNS unir os portugueses. Não podemos voltar a deixar alguém ficar para trás".

08h30 - Alemanha com mais 5132 casos e mais 40 vítimas mortais

08h20 - Índia com mais 63.509 casos nas últimas 24 horas e mais 730 vítimas mortais

08h18 - República Checa com mais 8325 casos do novo coronavírus, o segundo valor mais alto desde o início da pandemia

08h14 - Estudo da Cisco Systems indica que 9 em cada dez trabalhadores querem poder escolher se ficam a trabalhar em casa ou na empresa depois de as restrições terminarem

08h11- Ministro russo da Saúde afirmou que a situação no país continua complicada e que as pessoas continuam a não seguir todas as regras de segurança

08h05 - Mais 309 mortes e 10.220 infetados em 24 horas no Brasil

08h00 - Infarmed suspende comercialização de máscaras do fabricante LINEFORYOU

O Infarmed suspendeu a comercialização de máscaras cirúrgicas do fabricante LINEFORYOU por usarem de forma indevida a marcação CE, revelou a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Em comunicado, o Infarmed adianta que as máscaras em causa usavam indevidamente a marcação CE pois a documentação técnica está incompleta face ao exigido por lei.

7h50 - Ponto de situação

O Governo deverá prolongar o estado de contingência por mais duas semanas. Foi decretado a 29 de setembro e termina esta quarta-feira ao fim dio dia.

O primeiro-ministro já deu a entender que não estão previstas grandes alterações. A decisão final deve sair nas próximas horas do Conselho de Ministros.

O encontro, que por norma acontece às quintas-feiras, foi antecipado para que António Costa possa entregar já na quinta-feira, em Bruxelas, o Plano de Recuperação e Resiliência.
Nível 3 do plano de contingência no São João
O Hospital de São João, no Porto, prepara-se para ativar o nível 3 do plano de contingência. É o segundo mais grave de quatro níveis.

A decisão é tomada devido ao aumento de doentes internados com Covid-19 e ao elevado fluxo do serviço de urgência. Por isso, o hospital vai adiar cirurgias programadas.
O São João tem 52 doentes com Covid-19 internados dos quais 11 nos cuidados intensivos.
Restrições prorrogadas em Vila Real de Santo António
Vila Real de Santo António vai prolongar até ao final do mês as medidas restritivas de isolamento. A decisão municipal deve-se à evolução da Covid-19 no concelho e pretende minimizar as probabilidades de contágio.

Entre as várias medidas estão a proibição de festas privadas, a suspensão de todos os mercados e feiras, eventos culturais realizados em equipamentos municipais e a recomendação do uso de máscara de proteção individual em todas as situações de contacto com outras pessoas, inclusive na rua.
Três surtos em universidades do Norte
Os três surtos em instituições do Ensino Superior estão relacionados com os estudantes estrangeiros do programa Erasmus.

Na Universidade do Porto há 80 os estudantes infetados. No Politécnico são 24 estudantes. Há assim mais de 100 alunos infetados em ambas as instituições.

Em Aveiro, o número subiu para 72.
O quadro em Portugal
O boletim epidemiológico de terça-feira reportou o maior número diário de mortes causadas pela Covid-19 em Portugal desde o início da pandemia: mais 16.

Houve também registo de mais 1208 infeções.

Há agora 916 pessoas internadas, mais 39 do que na véspera. É preciso recuar mais de cinco meses, até ao dia 30 de abril, para encontrar um número superior: 968.

Há dez dias que os internamentos têm vindo a aumentar, numa média de 25 por dia.
Cristiano Ronaldo infetado
O internacional português testou positivo para o novo coronavírus, mas está assintomático. Ficou em isolamento.
A seleção portuguesa de futebol joga esta quarta-feira, em Alvalade, com a Suécia para a Liga das Nações.

Para esta partida, que tem início às 19h45, a equipa não vai contar com Ronaldo.
O quadro internacional
A pandemia da Covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e um mil mortos e mais de 37,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, de acordo com o balanço em permanente atualização por parte da France Presse.

Nos Estados Unidos, um grupo farmacêutico interrompeu os ensaios clínicos de um tratamento para a doença causada pelo SARS-CoV-2.

A empresa confirma que suspendeu o tratamento experimental com anti-corpos por razões de segurança. Não são adiantados mais detalhes sobre os motivos da suspensão.

Este tratamento é semelhante ao que o Presidente norte-americano, Donald Trump, recebeu depois de ter contraído o novo coronavírus.
Também os ensaios clínicos da vacina da Johnson & Johnson foram interrompidos porque um dos voluntários adoeceu.