Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

Mais atualizações


23h04 - Mais 514 mortes e 34.130 infeções no Brasil nas últimas 24 horas

O Brasil contabilizou 514 mortes e 34.130 infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde no seu último boletim epidemiológico.

No total, o Brasil, o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, concentra 171.974 óbitos e 6.238.350 casos confirmados de covid-19.

No país, cuja população ronda os 212 milhões de habitantes, a doença causada pelo novo coronavírus está com uma taxa de incidência de 82 mortes e 2.969 casos por cada 100 mil habitantes.

22h19 - Presidente promulga diploma sobre medidas de apoio à retoma económica

O Presidente da República promulgou hoje o diploma que altera o apoio à atividade em empresas em situação de crise e clarifica o regime excecional e temporário de faltas justificadas por assistência à família.

Numa nota divulgada no portal da Presidência da República na internet, lê-se que o chefe de Estado, promulgou o diploma do Governo "apesar da não audição dos parceiros económicos e sociais sobre o regime concreto acolhido, atendendo à extrema urgência na entrada em vigor".

O diploma altera o apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade em empresas em situação de crise empresarial e clarifica o regime excecional e temporário de faltas justificadas motivadas por assistência à família.

As empresas em situação de crise, decorrente da pandemia, vão poder, em dezembro, passar para o escalão de apoio imediatamente seguinte ao de limite de faturação pelo qual seriam abrangidos pelo apoio extraordinário relativo à retoma progressiva de atividade.

"Se são introduzidas novas medidas, o número de horas trabalhadas passa a ser mais baixo. O que aqui se faz é permitir que, em dezembro, se possa passar para um nível superior", precisou hoje a ministra da presidência, Maria Vieira da Silva, após a reunião do Conselho de Ministros.

Conforme exemplificou, "empresa que apresentou quebras de 60%", perante as novas restrições, veja o impacto agravado, passando assim para o "apoio seguinte".

As faltas por assistência "inadiável" aos filhos e dependentes com menos de 12 anos ou com deficiência ou doença crónica passam a ser consideradas justificadas no âmbito do apoio à retoma da atividade, determinou hoje o Governo.

"São consideradas faltas justificadas a assistência inadiável a filho ou outro dependente a cargo menor de 12 anos, ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica, decorrentes de suspensão das atividades letivas e não letivas", segundo o Governo.

Por outro lado, em alternativa, fica prevista a possibilidade de o trabalhador poder "proceder à marcação de férias naqueles dias, sem necessidade de acordo com o empregador, mediante comunicação por escrito".

22h15 - Madeira com mais 26 casos

A Madeira tem mais 26 casos de covid-19, um importado e 25 de transmissão local, elevando para 752 as notificações confirmadas, das quais 189 são casos ativos, revelou hoje a Direção Regional de Saúde.

Até ao dia 27 de novembro, foram contabilizadas na Região Autónoma da Madeira 2.212 notificações de casos suspeitos de covid-19, dos quais 1.460 não se confirmaram.

"Hoje há 26 novos casos positivos a reportar, pelo que a região passa a contabilizar 752 casos confirmados de covid-19 no território regional, tratando-se de um caso importado, proveniente da França, e 25 casos de transmissão local, na sua maioria associados a contactos de casos positivos anteriormente identificados. Os contactos de dois destes casos encontram-se ainda em investigação", refere o boletim epidemiológico sobre a situação da pandemia no arquipélago.

21h38 - Movimento A Pão e Água pede apoio ao PR e inicia greve de fome

O Movimento Sobreviver a Pão e Água, que junta empresários e trabalhadores da restauração e similares, apelou hoje a que o Presidente da República "interceda urgentemente a favor do setor", tendo alguns membros iniciado uma greve de fome.

Este movimento, que junta empresários e trabalhadores da restauração, bares, discotecas, cultura, eventos, alojamento e táxis, foi hoje recebido na Casa Civil da Presidência da República, e revelou que teve a oportunidade de "expor as suas ideias e propostas, solicitando ao Presidente [Marcelo Rebelo de Sousa] que interceda urgentemente a favor do setor".

"Sem respostas concretas e imediatas aos pedidos apresentados, e considerando a urgência de medidas que apoiem um setor que já há nove meses se encontra em agonia, e que, agora, com as novas restrições, entra numa fase ainda mais dramática, o Movimento não tem outra opção senão a de prosseguir esta luta", realça a nota.

Em representação do movimento estiveram Ljubomir Stanisic, José Gouveia e Manuel Salema, e esta reunião "surgiu na sequência de um pedido de audiência" em 16 de novembro, "endereçado ao Sr. Presidente da República, mas também ao primeiro-ministro, Dr. António Costa, e ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Dr. Pedro Siza Vieira".

"Dos três pedidos enviados, apenas o `email` dirigido ao Gabinete da Presidência obteve resposta, concretizando-se hoje a audiência solicitada", destaca ainda o comunicado.

Para o movimento Sobreviver a Pão e Água, apesar de não ser responsabilidade do Presidente da República legislar, é "uma das suas funções chamar a atenção da Assembleia da República para qualquer assunto que, no seu entender, reclame uma intervenção do parlamento".

A partir de hoje, em tendas instaladas em frente à Assembleia da República, alguns membros do movimento estarão em greve de fome, "como forma de protesto e em solidariedade por todos aqueles que, neste momento, não têm já o que comer", pode ler-se.

"Pelos 43% de nós, empresas de restauração e similares, que ponderam avançar para a insolvência. Pelos 19% de nós, empresas de alojamento turístico, que ponderam fechar as portas. Pelos que ficaram pelo caminho. Pelos mais de 49 mil empregos perdidos no setor da restauração e hotelaria durante o terceiro trimestre de 2020. Por todos os que perderão o emprego, o sustento, a comida na mesa se as ajudas não chegarem já", disse ainda.

20h53 - Marcelo admite que medidas para o Natal podem sair na próxima semana


20h45 - Pandemia obrigou a mudanças profundas no Congresso do PCP


20h23 - Câmara de Lisboa aprova 55 milhões em apoios para famílias e atividades mais afetadas

A Câmara de Lisboa aprovou hoje por unanimidade medidas extraordinárias de apoio às famílias e atividades mais afetadas pela pandemia de covid-19, como o comércio, a restauração e o setor da cultura, no valor de 55 milhões de euros.

Ao 'pacote' inicial de medidas que o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), tinha apresentado publicamente há cerca de duas semanas foram, entretanto, acrescentadas outras propostas pelos vereadores da oposição, tendo o documento final sido aprovado hoje em reunião do executivo municipal.

Entre as novas medidas está o programa de apoio para o comércio e restauração da cidade no valor de 22 milhões de euros, com apoios a fundo perdido entre quatro e oito mil euros, que serão pagos já a partir de dezembro em duas tranches.

Este programa, que deverá abranger cerca de oito mil empresas e empresários de Lisboa, que representam 80% do setor em Lisboa e 100 mil empregos, dirige-se aos estabelecimentos que tenham registado uma quebra de faturação superior a 25% entre janeiro e setembro, relativamente ao mesmo período de 2019.

Além disso, o município irá prolongar a isenção das licenças de esplanadas e apoiar a requalificação destas estruturas para o inverno.

No primeiro semestre de 2021 continuará também a vigorar a isenção total do pagamento de rendas a todos os estabelecimentos comerciais instalados em espaços municipais e haverá a prorrogação do prazo de concessões em quiosques e outros equipamentos municipais no setor da restauração.

Será também lançado um concurso destinado a 'startups' para apoiar a construção de "soluções inovadoras", nomeadamente no apoio a soluções de distribuição e entregas ao domicílio, e criado um programa de apoio para adaptação das micro, pequenas e médias empresas à "economia digital".

Relativamente ao Fundo de Emergência Social (FES), a autarquia irá fazer um reforço de 16 milhões de euros, valor que irá ser distribuído por diferentes áreas.

Para a vertente "agregados familiares", haverá um reforço de 5,9 milhões de euros, dos quais 2,3 milhões de euros destinados ao regime extraordinário de apoio aos agregados familiares no âmbito da pandemia de covid-19 e 3,6 milhões de euros para "apoio alimentar com envolvimento dos estabelecimentos de restauração locais".

A vertente de apoio a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras entidades sem fins lucrativos (que inclui o Programa Municipal de Apoio Alimentar, operacionalizado através das instituições do setor social e solidário), bem como do Movimento Associativo Popular, será reforçado com 10,3 milhões de euros.

Para o setor da cultura, a Câmara de Lisboa irá atribuir apoios de cerca de nove milhões de euros, dos quais dois milhões de euros serão a fundo perdido para empresas e empresários em nome individual que tenham tido um volume de negócios até 500 mil euros em 2019.

Além disso, a autarquia prevê um investimento de 5,9 milhões de euros no reforço da programação cultural e reservou um milhão de euros para as salas e clubes de música e para aquisição de livros.

Na proposta hoje aprovada, a autarquia compromete-se ainda a estudar o impacto da pandemia nos mercados e feiras da cidade e avaliar a adequabilidade das medidas extraordinárias, assim como a promover "a título experimental" a gratuitidade da Rede Gira através de passes mensais específicos.

Será ainda implementada uma linha específica de apoio ao financiamento para reparação de bicicletas usadas por particulares, através da criação de uma rede de oficinas de bicicletas na cidade.

Numa nota do gabinete do vice-presidente da Câmara de Lisboa, João Paulo Saraiva, que tem também o pelouro das Finanças, é referido que, além dos 55 milhões de euros destinados ao plano de emergência contra os efeitos da pandemia, no Orçamento da autarquia para 20121 foi criada uma reserva de contingência, com 85 milhões de euros, "para o caso de a situação económica e social, no próximo ano, ser mais grave que o previsto".

20h18 - Vacina contra Covid-19. Especialistas contestam eventual exclusão de idosos


20h15 - O que se lê no documento preliminar sobre a estratégia de vacinação


19h46 - Bélgica reabre comércios não essenciais a partir de 1 de dezembro

A Bélgica vai reabrir comércios não essenciais, museus e piscinas devido à melhoria dos dados da covid-19 nas últimas semanas, anunciou hoje o primeiro-ministro, depois de um mês com estes estabelecimentos encerrados para impedir a propagação do vírus.

"O nosso país está melhor do que há quatro semanas. Isto é graças a um esforço coletivo de todos", afirmou Alexander de Croo, em conferência de imprensa, depois de uma reunião com as autoridades federais e regionais, alertando, no entanto, que a situação continua a ser grave.

A reabertura de lojas não essenciais vai acontecer apenas alguns dias depois da chegada de São Nicolau, que distribui presentes às crianças belgas na madrugada de 5 para 6 de dezembro, e após várias semanas em que países vizinhos da Bélgica, como a França ou Países Baixas, permitem compras nesse tipo de estabelecimentos.

Os museus e as piscinas também vão reabrir, ao contrário dos "comércios de contacto", como cabeleireiros ou centros de estética e tatuadores.

Às portas das festividades, as autoridades vão prolongar o recolher obrigatório até à meia-noite da véspera de Natal, e só vão permitir que as pessoas que moram sozinhas possam receber duas pessoas ao mesmo tempo em sua casa, enquanto para o restante das unidades familiares, o limite permanece de um visitante.

Por outro lado, nenhum detalhe foi dado acerca de uma possível extensão do recolher obrigatório na véspera de Ano Novo, embora os fogos-de-artifício estejam proibidos nessa noite.

19h43 - Cabo Verde com 56 novos casos e mais 132 doentes recuperados

Cabo Verde reportou mais 56 novos casos de covid-19, elevando a 10.626 infeções acumuladas desde 19 de março, e mais 132 novos casos considerados recuperados da doença, informou hoje o Ministério da Saúde.

O ministério cabo-verdiano informou em comunicado que os laboratórios de virologia analisaram 358 amostras nas últimas 24 horas e encontraram 56 novos casos positivos de covid-19.

Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde deram alta a mais 132 pessoas, aumentando para 10.088 casos considerados recuperados da doença.

Com os novos dados, o país aumentou para 10.626 casos positivos acumulados desde 19 de março, mantém 105 óbitos, dois transferidos e reduziu os casos ativos para 430.

19h42 - Vacinas. Governo diz que idade não é limite para vacinação


19h41 - Vacinas. "Cada uma das vacinas definirá se há limites etários à aplicação"


18h57 - Comércio e restauração de Valença com quebras de 99% na faturação

O presidente da Câmara de Valença estimou em 99% a percentagem de redução da faturação do comércio tradicional e da restauração do concelho e defendeu apoios especiais para o setor das zonas transfronteiriças.

"Não estou a pedir só para Valença, mas para toda a zona transfronteiriças, de norte e sul do país. A raia vive das trocas entre Portugal e Espanha e, neste momento, para o comércio tradicional e a restauração o momento que atravessamos tem sido a noite pura", afirmou hoje à agência Lusa Manuel Lopes (PSD).

Para o autarca, na fronteira entre os pois países, o caso de Valença, no distrito de Viana do Castelo de Tui, na Galiza, é "muito especial" pela proximidade entre as duas cidades.

"Nós vivemos a 400 metros uns dos outros. Vivemos o dia-a-dia com os nossos vizinhos espanhóis. Costumamos dizer que almoçamos em Valença e vamos tomar café a Tui, e vice-versa. Isto é tão perto que a ponte sobre o rio Minho é nada mais nada menos que mais uma rua de Valença. Durante o dia cruzamo-nos umas poucas de vezes", reforçou.

Na fortaleza de Valença, que antes da pandemia de covid-19 recebia a visita regular de 12 mil pessoas por dia, a maioria dos cerca 200 estabelecimentos comerciais instalados no interior, "cerca de uma meia dúzia estão a funcionar".

"Em termos de comércio tradicional somos o maior centro comercial a céu aberto da Península Ibérica. As quebras de faturação são enormes, cerca de 99% porque o nosso comércio vive sobretudo dos nossos vizinhos espanhóis e do outro lado da fronteira há confinamento geral", reforçou.

"Só depois de passar esta vaga é que vamos fazer um ponto de situação porque há muitos espaços fechados porque optaram por dar férias aos funcionários. A maior parte dos restaurantes está fechada porque não faz qualquer sentido o encerramento às 13:00. O almoço dos espanhóis começa às 14:00", referiu.

18h55 - Ponto da situação sobre covid-19 nas prisões

Num comunicado enviado às redações, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais indica que “no Estabelecimento Prisional de Lisboa, após realização de testes para critérios de alta aos reclusos positivos, foi concedida alta cínica a 76 destes reclusos por apresentarem resultados negativos”

De acordo com o documento, “no Estabelecimento Prisional de Lisboa restam 24 reclusos ainda com diagnóstico positivo à Covid 19. É expectável o fim próximo do surto (…) prevendo-se para breve o regresso à normalidade neste estabelecimento prisional”.

“No Estabelecimento Prisional de Tires, após ter sido dada alta clínica a 110 das 127 reclusas que haviam acusado positivo à Covid 19, mantêm-se agora 17 reclusas confinadas e a guardar nova avaliação para alta clínica”, acrescenta o organismo.

“No contexto da DGRSP e tendo como referente um universo que abrange cerca de 20.000 pessoas entre trabalhadores, reclusos e jovens internados em Centros Educativos”, regista-se no país entre os reclusos 184 casos ativos (em11226 reclusos).

Nos trabalhadores de empresas externas de serviços à DGRSP, há 10 casos ativos e 160 trabalhadores clinicamente recuperados.

18h35 - OMS diz que trabalhadores da saúde e idosos devem ser prioritários nas vacinas

O secretário-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou hoje que quando começarem a ser distribuídas vacinas contra a covid-19 "os trabalhadores da saúde, os idosos e outros grupos de risco serão considerados prioritários para a vacinação".

Tedros Adhanom Ghebreyesus falava uma conferência de imprensa virtual, a partir de Genebra, sobre a pandemia de covid-19, durante a qual salientou a importância dos testes e disse que estão a ser avaliados mais de 50 diagnósticos, incluindo testes autoadministrados.

"À medida que as vacinas forem sendo lançadas, os testes continuarão a desempenhar um papel vital", disse, acrescentando: "Inicialmente, os trabalhadores da saúde, os idosos e outros grupos de risco serão considerados prioritários para a vacinação".

Segundo o responsável essa situação ainda deixará "muito espaço de manobra" ao vírus, pelo que os testes continuarão a ser "um instrumento vital" para controlar a pandemia.

A questão de quem deve ter prioridade nas vacinas à covid-19 gerou polémica hoje em Portugal, com a possibilidade, noticiada na imprensa, de que maiores de 75 anos sem comorbilidades ficavam de fora do acesso prioritário à vacina.

O Presidente da República considerou-a uma "ideia tonta" e o primeiro-ministro já rejeitou essa possibilidade.

A questão surgiu por haver uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde (DGS) de que pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, funcionários e utentes de lares de idosos e profissionais de saúde devem ser os primeiros a ser vacinados.

18h31 - Município de Leiria disponibiliza testes gratuitos no Natal aos emigrantes do concelho

O Município de Leiria anunciou hoje que vai disponibilizar testes gratuitos ao novo coronavírus a emigrantes do concelho que se desloquem no Natal a Leiria, a partir de 1 de dezembro.

"A chegada dos nossos emigrantes é um momento de celebração. Este ano, queremos que todos vivam o Natal com muita saúde e segurança", afirmou o presidente do Município de Leiria, Gonçalo Lopes, citado numa nota de imprensa.

Segundo o comunicado da autarquia, esta ação é destinada a emigrantes que regressem ao concelho de Leiria entre os dias 1 e 23 de dezembro, tendo como objetivo garantir um "Natal em segurança".

A medida pretende sensibilizar os emigrantes para a "importância de se protegerem a si e aos outros nesta época natalícia, em que muitos regressam a Leiria para passar a quadra festiva junto das suas famílias".

18h05 - Câmara da Guarda distribui 1.500 testes a instituições do concelho

O município da Guarda anunciou que vai distribuir 1.500 testes para diagnóstico do novo coronavírus às instituições sociais do concelho.

"A Câmara Municipal) vai distribuir 1.500 testes a 44 instituições particulares de solidariedade social, centros de dia, lares e organismos do concelho da Guarda que prestem serviços e cuidados individualizados e personalizados a pessoas que, por motivos de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam assegurar, temporaria ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as atividades da vida diária", refere a autarquia em comunicado.

Com a iniciativa, a autarquia da cidade mais alta do país, presidida por Carlos Chaves Monteiro, pretende "potenciar o rastreio das equipas de funcionários(as), nos próximos três meses, procurando, assim, mitigar a propagação do vírus nessas instituições e proteger a comunidade residente".

"Conscientes das dificuldades que este ano particularmente desafiante a nível coletivo nos coloca a todos, no âmbito dos planos de contingência covid-19 adotados, a autarquia da Guarda quer continuar a estar na linha da frente na proteção dos mais vulneráveis, particularmente da população mais idosa", lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.

18h04 - PURP pede esclarecimentos sobre vacinação a idosos

O Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) solicitou hoje ao governo um "cabal" esclarecimento sobre a polémica relativa a uma proposta de plano de vacinação contra a covid-19, segundo a qual os mais idosos não teriam prioridade.

De acordo com um comunicado hoje divulgado, o PURP solicitou ao primeiro-ministro, António Costa, e à ministra da Saúde, Marta Temido, que esclareçam, "cabal e inequivocamente, esta situação, de forma a que todos os idosos tenham acesso à vacinação no mais curto espaço de tempo".

Em causa está a polémica em torno de uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde, noticiada hoje nos jornais, segundo a qual os mais idosos não seriam prioritários na vacinação contra a covid-19, ideia essa que já foi rejeitada pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

18h02 - Programadores pedem que Cultura seja exceção para deslocações entre concelhos

Um manifesto assinado por 20 programadores culturais pede ao Governo que, nos eventuais próximos estados de emergência, seja permitida a realização de espetáculos ao sábado, até às 22h30, e a circulação entre concelhos para assistir a eventos.

"Não se trata de reivindicar irresponsavelmente um privilégio para a cultura, mas de propor que, dentro das exceções possíveis e necessárias nestes tempos difíceis, a cultura seja considerada uma delas", pode ler-se no final do "Manifesto pela 'exceção' da cultura", que tem como primeiro subscritor o encenador João Garcia Miguel, de uma lista que prossegue com, entre outros, o antigo diretor-geral das Artes João Aidos, o diretor do Teatro Municipal de Vila Real, Rui Ângelo Araújo, o programador do Teatro Municipal da Guarda, Victor Afonso, e o diretor artístico do Theatro Circo, em Braga, Paulo Brandão.

O manifesto lamenta que "as sucessivas alterações às regras para apresentação de espetáculos no atual Estado de Emergência não só reduziram em demasia os horários possíveis para a atividade como, ao introduzir um grau permanente de imprevisibilidade, afetaram a comunicação entre equipamentos culturais e espectadores, necessária para assegurar fluxos de público razoáveis".

"Para que este setor possa sobreviver e continuar a desempenhar funções que são socialmente relevantes e estruturais a vários níveis, mesmo em tempo de pandemia, é necessário permitir que os espetáculos se possam continuar a fazer em condições que permitam planeamento, organização logística e comunicação eficazes", acrescentam os signatários, que realçam que o 'slogan' da campanha #ACulturaÉSegura não era uma "ação de marketing espúria", mas sim um "estímulo à participação do público neste processo de apoio às artes".

Os subscritores do manifesto realçam que, "se o uso da máscara e a distância física são as maiores defesas na propagação da covid-19, os equipamentos culturais asseguram que essas defesas são permanentes".

"A probabilidade de contacto físico entre espectadores e de exposição a pessoas sem máscara é praticamente nula, tendo em conta a forma organizada como é feito o acesso, a circulação, a permanência e a saída do público nas salas", indicam.

18h01 - Governo aprova sistema de apoio à conciliação no sobre-endividamento

O Conselho de Ministros aprovou hoje a criação do Sistema Público de Apoio à Conciliação no Sobre-endividamento, que defendeu ser um meio alternativo de resolução dos litígios perante a quebra de rendimentos das famílias devido à pandemia.

"Foi aprovado o decreto-lei que institui o Sistema Público de Apoio à Conciliação no Sobre-endividamento, um meio de resolução alternativa de litígios que assenta na consensualização de soluções que todos os intervenientes construam, sendo para o efeito apoiados por um conciliador", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Para o executivo, tendo em conta a quebra de rendimentos nas famílias devido à pandemia de covid-19, é "crucial que os devedores, que sejam pessoas singulares, e os respetivos credores, disponham de um sistema que estimule, de forma célere, a justa composição dos litígios emergentes da mora ou do incumprimento definitivo das obrigações pecuniárias entre si assumidas".

De acordo com o Governo, este diploma vem ainda materializar o combate ao sobre-endividamento e o "justo incentivo" do processo de recuperação económica.

17h57 - UGT apela aos empregadores para que dispensem trabalhadores a 30 novembro e 7 de desembro

A UGT lançou um apelo aos empregadores privados para que dispensem os trabalhadores nos dias 30 de novembro e 07 de dezembro, tal como fez o Governo, para minimizar os riscos de contágio da pandemia da covid-19.

O apelo foi feito numa resolução aprovada pelo secretariado nacional da UGT "em prol dos trabalhadores, mas, sobretudo, em prol da saúde pública".

"Apelamos ainda que, na ausência de uma proteção adequada assegurada por quem devia - o Estado - os empregadores não deixem de assumir a sua responsabilidade social e paguem o dia de trabalho", refere.

17h55 - Espanha com mais de 10.000 novos casos e quase 300 mortes

A Espanha registou hoje 10.853 novos casos de covid-19, elevando para 1.628.208 o total de infetados no país desde o início da pandemia, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.

As autoridades sanitárias também contabilizaram mais 294 mortes, desde quinta-feira, atribuídas à covid-19, passando o total de óbitos para 44.668.

17h51 - Itália registou 28.352 novos casos e 827 mortes nas últimas 24 horas

A Itália registou mais 28.352 casos e 827 mortes da doença covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde.
O relatório semanal de especialistas italianos indica que a incidência cumulativa continua elevada, apesar da redução da velocidade de transmissão.

Com aqueles números, o total de óbitos no país desde o início da pandemia, em fevereiro, subiu para 53.677 e o total de infeções para 1.538.217.

A melhoria da situação nos hospitais e o achatamento da curva foi também confirmado.

17h48 - Reino Unido regista 521 mortes, mais 123 do que na véspera

O Reino Unido registou 521 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, mais 123 do que na véspera, e 16.022 novos casos de contágio da doença covid-19, segundo o Ministério da Saúde.

Na quinta-feira as autoridades tinham contabilizado 498 mortes, uma descida de 200 relativamente às 696 de quarta-feira.

A média diária dos últimos dias é atualmente de 467 mortes e 16.725 infeções.

Desde o início da pandemia de covid-19, o Reino Unido contabilizou oficialmente 57.551 mortes de covid-19 e 1.589.301 casos positivos.

17h21 - Vacina covid. Marcelo garante que ninguém ficará fora do plano de vacinação

O Presidente da República garante que não há nenhum plano de vacinação para a covid-19 que exclua pessoas com mais de 75 anos.

Marcelo Rebelo de Sousa explicou que há de haver um plano de vacinação que será aprovado, para deixar a garantia de que "não ficará fora do plano ninguém que queira tomar a vacina".

O Presidente diz que essa seria uma "ideia tonta" difícil de explicar e que politicamente não seria possível explicar que certos grupos etários ficassem fora desse plano inicial.


16h57 - Hospital de Santarém com 14 profissionais infetados

O Hospital Distrital de Santarém tem atualmente 14 profissionais infetados, entre os quais três médicos e seis enfermeiros, de acordo com informação divulgada pela unidade de saúde.

"Ao dia de hoje temos 42 doentes internados, dos quais seis em Unidade de Cuidados Intensivos. Relativamente a profissionais, há 14 infetados, dos quais três médicos, seis enfermeiros, três assistentes operacionais e dois outros profissionais, número que tem vindo a baixar progressivamente", revela o hospital.

Em outubro, a unidade chegou a ter mais de 40 profissionais infetados e mais de 60 em isolamento.

No concelho de Santarém, segundo o boletim municipal, em 26 de novembro estavam também confirmados 57 casos no lar da Santa Casa da Misericórdia de Pernes, o principal surto; 13 casos na Casa de Acolhimento Paraíso dos Anjos, na povoação da Romeira, uma instituição não legalizada pela Segurança Social; e 11 no Lar de Raparigas da Fundação Madre Andaluz.

Santarém integra os concelhos de risco elevado, os que têm mais de 240 novos casos de infeção por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, estando em vigor o recolher obrigatório durante a semana das 23h00 às 5h00 e o encerramento dos estabelecimentos comerciais às 22h00 e dos restaurantes e equipamentos culturais às 22h30.

Nestes concelhos, estão ainda previstas ações de fiscalização do cumprimento de teletrabalho obrigatório.

16h53 - Cinco lares do concelho de Chaves com um total de 265 casos

Cinco lares de idosos do concelho de Chaves registam um total de 191 casos de covid-19 em utentes e 74 casos em funcionários, todos "clinicamente estáveis e sem necessidade de internamento", adiantou à Lusa fonte da ARS Norte.

Em resposta por escrito, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte revelou que foram confirmados casos do novo coronavírus em cinco lares do concelho de Chaves, distrito de Vila Real.

No total, existem 191 casos em 242 utentes, e 74 casos em 172 funcionários, pode ler-se.

"Neste momento, todos os casos se encontram clinicamente estáveis, sem necessidade de internamento", acrescenta.

A mesma fonte explicou ainda que apenas num dos lares está a ser "avaliada a necessidade de intervenção da equipa rápida da Cruz Vermelha Portuguesa", e que nos restantes está a ser garantida a gestão da situação.

"A situação está a ser acompanhada pelas autoridades locais de saúde, em articulação com as regionais, e a implementar as medidas necessárias", destaca ainda a ARS Norte.

Três dos cinco lares da Santa Casa da Misericórdia de Chaves registam um total de 157 casos confirmados, 111 utentes e 46 funcionários, tinha adiantado à Lusa o provedor.

Na quinta-feira o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, alertou em conferência de imprensa para a situação "muito preocupante" da pandemia de covid-19 no concelho e exigiu a testagem a todos os lares de idosos.

16h34 - Medidas de apoio às rendas comerciais na próxima semana

O Conselho de Ministros discutiu hoje o diploma dos apoios às rendas comerciais devido à pandemia, mas ainda não o aprovou, remetendo essa decisão para a próxima semana.

No sábado, durante a conferência de imprensa na qual anunciou as novas medidas de combate à pandemia, o primeiro-ministro, António Costa, adiantou que na próxima semana, nas medidas que o ministro da Economia apresentaria, estariam "incluídas medidas de apoio às rendas comerciais, estando previstas medidas de apoio suplementar à restauração e ao retalho".

Hoje, durante o briefing do Conselho de Ministros e sem esse anúncio relativo às rendas comerciais, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva foi questionada sobre para quando estariam previstas estas medidas.

"O tema foi discutido, mas ainda não aprovado e na próxima semana traremos aqui as novidades sobre o diploma em matéria de apoio às rendas comerciais", adiantou.

Na quarta-feira, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, anunciou que o Governo vai enviar ao parlamento uma proposta sobre o arrendamento não habitacional estando disponível para encontrar uma solução que considere uma repartição do esforço entre Estado, arrendatários e proprietários.

"O Governo anunciou que está disponível para apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei sobre o arrendamento não habitacional que encontre uma consideração da repartição do esforço entre Estado, proprietários e arrendatários e que pode ter, da forma que seja mais viável e exequível, relação com a quebra de faturação", referiu o secretário de Estado no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

João Torres manifestou, no entanto, dúvidas sobre uma solução linear para todas as empresas, admitindo que a reposta "poderá eventualmente considerar um ou mais níveis" (em função da quebra de faturação).

16h31 - Açores sem tolerância de ponto nas próximas vésperas de feriado

O Governo dos Açores esclareceu que não existirá tolerância de ponto nas vésperas de feriado de 30 de novembro e 7 de dezembro na região, ao contrário do que foi decretado no continente português devido à pandemia da covid-19.

Em comunicado, o executivo regional, que se reuniu ao final do dia de quinta-feira, refere que decidiu não dar tolerância de ponto à administração pública, já que a limitação de circulação entre concelhos não irá ser aplicada no arquipélago.

"Uma vez que deixou de se aplicar ao território dos Açores as cercas sanitárias, no quadro do estado de emergência, o Conselho de Governo deliberou que não se justifica a aplicação das tolerâncias de ponto na Região Autónoma dos Açores, pelo que não as declara", afirma a nota.

O Governo dos Açores decidiu também nomear o farmacêutico Berto Cabral como novo diretor regional da Saúde, depois de na terça-feira ter rejeitado o pedido de demissão do diretor regional da Saúde e responsável pela Autoridade de Saúde Regional do anterior executivo do PS, Tiago Lopes, por ainda não ter um substituto.

16h27 - Governo admite "estabilização" na situação, mas adverte que não se deve "baixar a guarda"

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu "uma estabilização" da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, "até com alguma tendência decrescente", mas alertou que não se deve "baixar a guarda".

"Parece haver uma estabilização de todo este processo, até com alguma tendência decrescente", mas, "mais importante" é "dizer que não podemos baixar a guarda e, portanto, mantém-se a nossa grande preocupação" quanto à pandemia, considerou.

Numa conferência de imprensa na Base Aérea N.º 11 (BA11), em Beja, onde visitou um centro militar de acolhimento para doentes com covid-19, que está atualmente vazio, Lacerda Sales foi questionado pelos jornalistas sobre se Portugal já teria atingido o pico da pandemia.

"Só saberemos o pico, tecnicamente é assim, quando tivermos passado dois períodos de incubação a descer", esclareceu, rejeitando fazer esse tipo de considerações.

O que importa, de acordo com o secretário de Estado, é manter toda a atenção relativamente às medidas de proteção contra a pandemia e preocupação perante a doença, "até porque os serviços de saúde estão muito pressionados".

"As unidades de cuidados intensivos estão muito pressionadas", insistiu, lembrando que "os serviços de saúde não são solução deste processo", porque "a solução está em cada um de nós, está na consciência social e coletiva de todos".

Os serviços de saúde servem sim "para ganharmos tempo e para salvarmos vidas, que é garantidamente objetivo de todos nós", acrescentou.

16h25 - Beneficiários do apoio à retoma podem subir de escalão em dezembro

As empresas em situação de crise, decorrente da pandemia, vão poder, em dezembro, passar para o escalão de apoio imediatamente seguinte ao de limite de faturação pelo qual seriam abrangidos pelo apoio extraordinário relativo à retoma progressiva de atividade.

"Foi também aprovado decreto que altera o apoio extraordinário para a retoma progressiva das empresas em situação de crise empresarial. Passa a ser permitido, em dezembro, que empresas possam passar para o escalão seguinte do limite de faturação que seriam abrangidos por este regime", anunciou a ministra da presidência, Maria Vieira da Silva, após a reunião do Conselho de Ministros.

Segundo a governante, as empresas que se candidataram a estes apoios viram a sua atividade impactada pelas novas medidas restritivas para travar a possibilidade de contágio por covid-19.

"Se são introduzidas novas medidas, o número de horas trabalhadas passa a ser mais baixo. O que aqui se faz é permitir que, em dezembro, se possa passar para um nível superior", precisou.

Conforme exemplificou Mariana Vieira da Silva, presume-se que uma "empresa que apresentou quebras de 60%", perante as novas restrições, veja o impacto agravado, passando assim para o "apoio seguinte".

O apoio à retoma da atividade entrou em vigor em agosto e veio substituir o 'lay-off' simplificado, e em outubro a medida foi reformulada pelo Governo para abranger um maior número de situações, nomeadamente as empresas com quebras de faturação homólogas entre 25% e 40% e também empresas com quebras de faturação acima de 75%, que passaram a poder reduzir o horário dos trabalhadores a 100%.

16h14 - Açores com 28 novos casos e 29 cadeias ativas

Os Açores registaram nas últimas 24 horas 28 novos casos de covid-19 e a região tem atualmente 29 cadeias de transmissão ativas. Segundo o boletim diário da Autoridade de Saúde Regional, foram realizadas 1.466 análises nos dois laboratórios de referência da região e diagnosticados 14 casos positivos de covid-19 em São Miguel e 14 na Terceira.

Foram ainda registadas 13 recuperações nos Açores - 12 em São Miguel e uma na ilha Terceira, elevando o número total de casos recuperados para 490.

Os Açores contam agora com 29 cadeias de transmissão ativas, sendo 20 na ilha de São Miguel, sete na ilha Terceira, uma partilhada entre a ilha de São Miguel e a ilha de São Jorge e uma na ilha de São Jorge.

Foram detetados até hoje na região 930 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19.

Há atualmente 490 casos recuperados e 344 casos positivos ativos, dos quais um na ilha de Santa Maria, 231 na ilha de São Miguel, 106 na ilha Terceira, um na ilha de São Jorge, um na ilha do Pico, dois na ilha do Faial e dois na ilha das Flores.

Os Açores contabilizam 17 mortes associadas à covid-19, todas registadas em São Miguel.

16h11 - Governo diz que decisão sobre vacinação "continuará nos próximos dias"

O Governo explicou que as notícias de hoje sobre o plano de vacinação contra a covid-19 são baseadas em parcelas de um documento técnico e desatualizado, referindo que o processo de decisão "continuará nos próximos dias", culminando na decisão política.

No 'briefing' do Conselho de Ministros de hoje, a ministra de Estado e da Presidência foi questionada pelos jornalistas sobre a polémica em torno de uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde, reproduzida hoje nos jornais, segundo a qual os mais idosos não são prioritários na vacinação contra a covid-19, ideia essa que já foi rejeitada pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

"O Ministério da Saúde já comunicou que as notícias que hoje vieram a público são notícias baseadas em dimensões parcelares de um documento meramente técnico que está, aliás, já desatualizado porque todos os dias têm chegado novas informações sobre as vacinas", começou por referir.

De acordo com a ministra de Estado e da Presidência, "o processo de decisão do plano de vacinação é um processo que ainda continuará nos próximos dias, com reuniões técnicas, do lado dos critérios de vacinação, com reuniões do lado da organização da logística da distribuição".

"E depois, finalmente, com uma decisão política sobre todo o processo que o Governo português comunicará", referiu.

Em reação às notícias hoje veiculadas, o coordenador da 'task force' criada pelo Governo para definir todo o plano de vacinação contra a covid-19, Francisco Ramos, explicou hoje à Lusa que a proposta apresentada pela DGS "não tem qualquer limite de idade para as pessoas internadas em lares".

O primeiro-ministro já tinha rejeitado hoje a possibilidade de todos os maiores de 75 anos sem doenças graves não terem acesso prioritário às vacinas contra a covid-19, alegando que "há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos".

"Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade", declarou António Costa à agência Lusa, depois de questionado sobre a possibilidade, noticiada hoje por alguns órgãos de comunicação social, de todos os maiores de 75 anos sem comorbilidades ficarem de fora do acesso prioritário à vacina contra o novo coronavírus.

António Costa acrescentou que "há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos".

15h45 - Gondomar acolhe filhos de profissionais da saúde e forças de segurança na tolerância de ponto

A câmara de Gondomar vai disponibilizar duas escolas para acolher filhos de profissionais de serviços essenciais, nomeadamente saúde e forças de segurança, cujos pais tenham de trabalhar nas segundas-feiras de tolerância de ponto.

Fonte da câmara de Gondomar indicou à agência Lusa que a medida está preparada para acolher até 100 crianças e será redesenhada conforme as inscrições que esta autarquia do distrito do Porto venha a receber.

As crianças poderão ser deixadas ao cuidado de funcionários, nomeadamente técnicos ligados às atividades de enriquecimento curricular, nas escolas Básica de Júlio Dinis e Básica de Rio Tinto.

Caberá à autarquia, que não adiantou valores de investimento com esta iniciativa, garantir as refeições.

Em comunicado, a câmara aponta que esta resposta é dirigida aos filhos de profissionais de saúde, de forças de segurança e de outros serviços essenciais, cujos pais se encontrem a trabalhar e não tenham retaguarda familiar a quem possam confiar os seus filhos.

Esta solução e válida para o ensino pré-escolar, 1.°, 2.° e 3.° ciclos do ensino básico.

"O objetivo é dar resposta aos constrangimentos causados às famílias dos profissionais de serviços essenciais que não possuem retaguarda para os seus descendentes, tendo em consideração a situação excecional em que vivemos", refere a câmara em comunicado.

15h38 - Novo máximo de doentes em cuidados intensivos

Portugal tem hoje 526 doentes com covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos (UCI), um novo máximo desde o início da pandemia, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os doentes com covid-19 internados hoje em UCI são mais 10 que os contabilizados na quinta-feira e superam o anterior máximo de 517 doentes, registado na quarta-feira.

Portugal contabiliza pelo menos 4.276 mortos num total de 285.838 casos confirmados de infeção, indica ainda o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

15h16 - Portugal com 5444 novos casos e 67 óbitos nas últimas 24 horas

Foram registados mais 5444 casos de infeção por Covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, elevando o total para 285838. Ocorreram também mais 67 mortes, para um total nacional de 4276.

Do total de casos registados no último dia, 3161 estão a Norte do país, 631 no Centro, 1380 em Lisboa e Vale do Tejo, 136 no Alentejo, 90 no Algarve, 35 nos Açores e 11 na Madeira.

Há ainda mais 5502 pessoas dadas como recuperadas da doença desde ontem, elevando o total para 199446 desde o início da pandemia no país.

Os internamentos hospitalares subiram, havendo hoje mais 16 pessoas nessa situação. Em Unidades de Cuidados Intensivos estão mais dez pacientes, para um total de 526.

15h09 – Surto com 16 infetados no Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse hoje que foi detetado um surto de Covid-19 no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Lisboa, que infetou com 16 profissionais, mas que está "controlado".

"É garantidamente um surto controlado", disse António Lacerda Sales, precisando que, atualmente, há 14 técnicos de emergência pré-hospitalar e dois médicos com infeções pelo vírus que provoca a doença Covid-19 confirmadas.

14h47 – CDS-PP pede respostas claras quanto ao plano de vacinação

O presidente do CDS-PP pediu hoje respostas "claras" por parte do coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 e acusou o Governo de estar a "correr atrás do prejuízo" e a colocar o país "na cauda da Europa".

"É alarmante notar que o Governo, até agora, nada fez e que arrisca-se a colocar Portugal mais uma vez na cauda da Europa na vacinação, tornando o cidadão português inferior ao cidadão alemão, espanhol francês ou holandês que está neste momento com uma segurança e tranquilidade", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.

O CDS-PP requereu hoje uma audição parlamentar urgente do responsável pela task force que vai delinear o plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal.

Segundo Francisco Rodrigues dos Santos, o partido quer "respostas claras" e perceber qual o plano logístico para o armazenamento e a distribuição de vacinas contra a Covid-19, mas também qual a estratégia para a definição dos grupos prioritários por forma a "colocar a salvo aqueles que mais precisam de ficar imunes ao vírus".

14h44 – Marcelo diz que é "uma ideia tonta" que vacinação não priorize os mais idosos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje "uma ideia tonta" a proposta para que os mais idosos não sejam prioritários na vacinação contra a Covid-19, sublinhando que ainda "não há plano nenhum aprovado".

"Não há decisão nenhuma, muito menos há uma decisão que seja uma decisão tonta", afirmou o chefe de Estado, em declarações à agência Lusa, à entrada para um almoço com empresários da restauração, em Évora.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que tem acompanhado com o primeiro-ministro os trabalhos preparatórios do plano de vacinação para a covid-19 e vincou que o documento, "antes de ser aprovado, tem de ser submetido ao Governo" e, depois, "o primeiro-ministro dará conhecimento ao Presidente da República".

"Aquilo que tenho visto especular, nalguns aspetos, é, no fundo, dizer que há fatias do povo português pela sua idade que não têm acesso urgente ou prioritário à vacina, como tenho visto formulado, é uma ideia tonta", referiu.

O chefe de Estado notou que "é de presumir que as pessoas responsáveis não tenham ideias tontas", insistindo que "até agora não há plano aprovado" e que "tudo o que seja dito é pura especulação técnica, científica, social, política".

14h27 – Desemprego bate recorde e atinge 14,6% da população do Brasil

O desemprego subiu e atingiu 14,6% da população do Brasil entre julho e setembro, terceiro recorde trimestral consecutivo no país, onde 14,1 milhões de pessoas procuraram trabalho sem encontrar, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O órgão de estatísticas do Governo brasileiro ressaltou que foi a mais alta taxa de desemprego registada entre julho e setembro na série histórica iniciada em 2012.

14h12 – Moçambique regista mais 39 casos e eleva total para 15.506

14h09 – Espanha vacina em três fases até ao verão começando pelos lares de terceira idade

O Governo espanhol dividiu a população em 15 grupos para ser vacinada contra a Covid-19 em três fases até ao verão de 2021, começando em janeiro com residentes e o pessoal sanitário e auxiliar dos lares para a terceira idade.

O ministro espanhol da Saúde, Salvador Illa, explicou hoje que o primeiro grupo, o único que está definido e abrange cerca de 2,5 milhões de pessoas, inclui os residentes e o pessoal de saúde dos lares e centros com pessoas dependentes, que serão os primeiros a serem vacinados quando chegarem as primeiras doses da vacina, a partir de janeiro de 2021.

O responsável governamental salientou que os 15 grandes grupos definidos por uma equipa técnica inclui, para além dos já mencionados, as pessoas em condições de risco elevado e também de médio ou baixo risco; pessoas que vivem ou trabalham em comunidades ou ambientes fechados; populações vulneráveis devido à sua situação económica; pessoas que trabalham em atividades essenciais; toda a população docente e toda a população infantil; adolescentes e jovens com mais de 16 anos de idade.

Estão incluídos no conjunto de população adulta, a que habita em áreas suscetíveis de a doença reincidir ou de haver possíveis surtos, mulheres grávidas e mães que amamentam, e a população seropositiva à SARS-CoV-2.

Os grupos da primeira fase serão vacinados entre janeiro e princípios de março, os da segunda (que ainda não está totalmente identificado) serão imunizados entre março e princípios de junho, e na terceira fase estão os grupos que serão imunizados durante os meses de verão.

O ministro da Saúde disse que esta classificação "abrange toda a população espanhola" e que será nas fases dois e três, quando os técnicos sanitários já tiverem dados sobre a disponibilidade de vacinas, que será estabelecido quais serão os outros grupos prioritários.

13h47 – Norte de Portugal é a terceira região da Europa mais afetada pela Covid-19

O norte do país é a terceira região da Europa mais afetada pela segunda vaga da pandemia. Os dados foram divulgados hoje pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças. Só duas regiões italianas têm números piores do que o Norte de Portugal, com destaque para o Vale do Ave e para o Tâmega e Sousa.

13h40 – Elisa Ferreira acredita que Portugal vai sair “mais forte” da crise

A comissária europeia portuguesa, Elisa Ferreira, vaticinou hoje que Portugal vai sair “mais forte” da crise pandémica atual e considera o plano de recuperação europeu como uma “oportunidade para pensar o território nacional como um todo”.

“Acredito que Portugal vai sair desta crise mais forte enquanto país e enquanto membro deste projeto comum de paz e prosperidade que é a União Europeia e que o fará, valorizando a integridade do seu território”, afirmou Elisa Ferreira.

13h38 - Cuidados Intensivos no limite

Os Cuidados Intensivos esperam mais doentes Covid graves nas próximas duas semanas. A ministra da Saúde já admitiu que se chegue à ocupação de mil camas mas os intensivistas avisam que não se pode tirar mais vagas aos doentes não Covid. Há apenas 480 destinadas a estes casos, menos do que o total de todo o ano passado.

13h37 - Como estão os planos de vacinação de outros países da Europa?

13h18 – Rio prevê plano de vacinação polémico mas confia que será concluído "a tempo e horas"

O presidente do PSD considerou que o plano de vacinação para a Covid-19 vai ser "polémico", porque não haverá imediatamente vacinas para todos, mas disse acreditar que o Governo vai conseguir concluí-lo "a tempo e horas".

"Eu tenho consciência de que, quando tivermos acesso àquilo que vai ser o plano de vacinação, vai ser necessariamente polémico, porque não havendo [vacinas] para todos, tem de haver uma seleção e, portanto, vai ser necessariamente polémico", afirmou.

13h15 – Mais 125 casos positivos em dois lares da Santa Casa da Misericórdia de Chaves

A Santa Casa da Misericórdia de Chaves regista mais 125 casos de infeção por SARS-CoV-2 entre funcionários e utentes de dois lares, que se somam aos 32 já detetados noutro equipamento da instituição, adiantou hoje à Lusa o provedor.

No equipamento de Vilar de Nantes estão infetados 45 utentes e 17 funcionários, enquanto em Vidago se registam 48 utentes positivos e 15 funcionários.

Ambos os lares têm 65 utentes.

Jorge Pinto de Almeida sublinhou que, naqueles dois equipamentos, os utentes estão assintomáticos e mantêm-se nas instalações.

"Conseguimos, dentro do próprio lar, isolar os negativos e tratar os positivos", apontou.

13h06 – Professores querem ser vacinados a seguir aos profissionais de saúde

Os professores querem fazer parte do grupo prioritário no acesso à vacina contra a Covid-19 e ser vacinados logo após os profissionais de saúde, tendo pedido ao Governo para também serem considerados profissionais de risco.

A decisão foi tomada pela direção da Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) tendo em conta as notícias mais recentes que dão conta do processo de elaboração do plano de vacinação para a Covid-19, que está a definir todos os procedimentos para que um grupo de pessoas possa ser vacinadas assim que a vacina chegue a Portugal.

A ASPL pediu por isso aos ministérios da Educação e da Saúde "que os professores e educadores sejam considerados profissionais de risco e, por isso, prioritários no acesso à vacina para a Covid-19", refere a associação em comunicado.

Para a ASPL, as condições de trabalho dos professores e educadores são preocupantes, em especial por se tratar de um grupo profissional envelhecido que está em contacto direto e diário com muitas crianças e jovens.

12h59 – “Idosos serão prioridade no primeiro período de vacinação”

Em declarações aos jornalistas na Base Aérea de Beja, António Lacerda Sales garantiu que “para este Governo não há nenhuma limitação da idade” em relação à vacina contra a Covid-19.

O secretário de Estado da Saúde assegurou que “os idosos serão uma prioridade neste primeiro período de vacinação”.

“Posso tranquilizar os portugueses que haverá doses para vacinar o objetivo que temos, a maior cobertura possível”, disse ainda o responsável. “Vamos também ter um plano comunicacional importante para sensibilizar as pessoas para essa vacinação”.

12h54 – Base Aérea de Beja “pronta para ser acionada”

Em visita à Base Aérea de Beja, que poderá funcionar como posto de retaguarda para o combate à Covid-19, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde adiantou que esta estrutura já recebeu utentes e “está pronta para ser acionada em caso de necessidade”.

“Tudo isto é o Plano Outono/Inverno a funcionar e é a capacidade de rede do nosso Serviço Nacional de Saúde, onde há parcerias com o setor privado, com a Academia, com as Forças Armadas”, como é o caso da Base Aérea de Beja, avançou António Lacerda Sales.

O responsável disse ainda que “a unidade local de saúde do Baixo Alentejo está neste momento a restruturar e a adequar a sua Unidade de Cuidados Intensivos para uma resposta mais adequada a esta pandemia”.

12h47 - Trinta e seis por cento dos óbitos ocorridos desde março em Portugal foram por Covid-19

Entre 2 de março - data em que foram diagnosticados os primeiros casos da doença em Portugal - e 15 de novembro, registaram-se 82.326 mortes em território nacional, mais 9.640 do que a média, em período homólogo, dos últimos cinco anos.

"Destes, 36,0 por cento (3.472) foram óbitos por Covid-19", escreveu o INE, acrescentando que nas últimas quatro semanas se registaram mais 1.556 óbitos do que a média no mesmo período de 2015-2019.

Quase 82 por cento (1.274) do acréscimo de óbitos em Portugal entre 19 de outubro e 15 de novembro deveu-se à pandemia de Covid-19, revelou ainda o Instituto Nacional de Estatística, tendo por base a média dos últimos cinco anos.

Mais de 70% das mortes neste período foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos. Comparativamente à média de óbitos observada em idêntico período de 2015-2019, morreram mais 8.227 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 6.288 com 85 e mais anos.

Segundo o INE, 63,8 por cento do acréscimo de óbitos ocorreu fora dos hospitais. "Contudo, nas duas últimas semanas (2 a 15 de novembro), o maior acréscimo registou-se nos hospitais", lê-se na informação que acompanha os dados estatísticos.

12h36 - Mais de 1,433 milhões de mortos em todo o mundo

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 1.433.378 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da agência France-Press.

Mais de 60.970.250 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço.

Até hoje, pelo menos 38.833.400 pessoas foram consideradas curadas, acrescenta a agência francesa, sublinhando que os números oficiais refletem apenas parte do número real de contaminações no mundo.

Alguns países só testam os casos graves, outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de capacidades limitadas de testagem.

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 263.798 mortes e 12.885.299 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins, que contabiliza ainda 4.871.203 de casos declarados curados.

12h20 - Eventos de teste para Tóquio2020 recomeçam em março “provavelmente com espetadores”

Os eventos de teste para os Jogos Olímpicos vão recomeçar em março de 2021, “provavelmente, com a presença de espetadores”, anunciaram hoje os organizadores de Tóquio2020, adiado para o próximo ano devido à pandemia de covid-19.

“Para a realização dos grandes eventos de testes, virão para o Japão atletas estrangeiros e [os testes] decorrerão, provavelmente, com a presença de espetadores”, revelou Yasuo Mori, vice-diretor de operações de Tóquio2020.

O público que poderá assistir será exclusivamente proveniente do Japão e ainda não está decidido o número máximo de espetadores autorizado para cada ensaio, mas Mori manifestou a firme vontade da organização nesse sentido, numa altura em que o país está a enfrentar a segunda vaga da pandemia.

12h09 - Alojamento local com quebras de faturação superiores a 75% no 2.º trimestre

Cerca de 80% dos titulares e gestores de alojamento local (AL) registaram uma queda de faturação superior a 75% durante o segundo trimestre de 2020, face ao mesmo período do ano anterior, revelou hoje um estudo do ISCTE.

Esta é uma das conclusões do inquérito realizado a 868 titulares e gestores de AL do país, promovido pelo DINÂMIA’CET - Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território, do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

De acordo com os dados recolhidos, as regiões mais afetadas foram Lisboa e Porto, com quebras de faturação de 93% e 87%, respetivamente, seguindo-se o Algarve, com uma perda de 68%.

Fora dos grandes centros urbanos, 56% dos alojamentos registaram menos 75% de faturação, porém 13% diz ter conseguido manter os números do ano anterior ou até mesmo aumentá-los.

“As regiões fora dos grandes centros, apesar da perda, foram os mais resistentes graças ao crescimento de turismo e à mobilidade interna motivada pelos receios do contágio e pela procura de territórios com uma menor densidade populacional e mais ligados à natureza”, apontou, em comunicado, a coordenadora do estudo e professora do ISCTE, Sandra Pereira.

“Já o Porto e sobretudo Lisboa registaram maiores perdas de faturação na sequência da pandemia e da redução do turismo internacional”, acrescentou.

11h59 - Homem detido pela segunda vez numa semana por violar confinamento em Ovar

A GNR deteve pela segunda vez numa semana um homem de 62 anos, por violação do confinamento obrigatório a que estava sujeito, no âmbito da pandemia de covid-19, em Ovar, no distrito de Aveiro, informou hoje aquela força militar.

Em comunicado, a GNR esclarece que o caso ocorreu na quinta-feira, quando os militares da Guarda se deslocaram à residência do suspeito para a verificação do dever de confinamento obrigatório, tendo verificado que este se tinha ausentado do domicílio.

“Decorrido algum tempo foi possível verificar o suspeito a circular na via pública não usando máscara ou viseira”, refere a mesma nota, adiantando que o homem foi detido e conduzido à sua residência e os factos foram remetidos ao Tribunal de Ovar.

Segundo a GNR, o suspeito já é reincidente neste tipo de crime tendo sido detido pelo mesmo motivo no dia 21 de novembro.

11h42 - Sentimento económico e expectativas de emprego afundam na zona euro em novembro

O indicador de sentimento económico caiu acentuadamente na zona euro e União Europeia (UE) em novembro, após recuperação parcial, enquanto as expectativas de emprego afundaram pelo segundo mês consecutivo, devido à pandemia de covid-19, divulgou hoje Bruxelas.

Segundo as estimativas da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN) da Comissão Europeia, o indicador de sentimento económico "caiu acentuadamente" em 3,5 pontos para 87,6 na zona euro e em 3,6 pontos para 86,6 na UE em novembro.

11h36 - Centro de Saúde de Vila Nova de Poiares reabre hoje

O Centro de Saúde de Vila Nova de Poiares, que estava encerrado desde quinta-feira, na sequência de um teste positivo à Covid-19 a um profissional de saúde, reabre hoje às 13h00.

11h24 - SNS ainda sem contratos com enfermeiros aposentados

Nenhum enfermeiro aposentado foi contratado até agora para reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no combate à Covid-19, após o apelo do primeiro-ministro, segundo a Ordem dos Enfermeiros e do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Há cerca de um mês, a 31 de outubro, o primeiro-ministro, António Costa anunciou que o Governo ia contratar enfermeiros reformados para fazer rastreios de contactos da covid-19, medida incluída no conjunto de resposta à segunda vaga da pandemia.

“Não temos conhecimento de nenhum processo de contratação de enfermeiros aposentados para este contexto. Há bolsas de recrutamento, mas para a contratação em hospitais específicos”, disse Guadalupe Simões, dirigente nacional do SEP, em declarações à Lusa.

O Sindicato só concorda com esta medida “no contexto de pandemia e de uma extrema dificuldade em contratar enfermeiros porque não existem disponíveis”, fatores que revelam “o quão desfalcado estava o SNS em termos de recursos humanos e a necessidade de existência de um plano de contratação”, acrescentou.

A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, revelou que também não tem conhecimento de contratações, com as quais não concorda.

”Não devíamos estar a trazer reformados para aqui ou para ali, aquilo que temos de fazer é reforçar as unidades de saúde públicas e fazer o melhor possível dentro dos recursos que temos e que estão desorganizados dentro do SNS”, disse à Lusa Ana Rita Cavaco.

Relativamente à vontade destes profissionais aposentados de regressar ao SNS, a Bastonária disse que “eles não têm grande interesse em voltar a trabalhar”, com base naquilo que é do conhecimento da Ordem.

“São pessoas que já trabalharam muitos anos numa profissão de desgaste rápido e de risco, e que nunca foi reconhecida como tal. Não sei se eles quererão regressar depois de terem dado tanto ao país”, revelou Ana Rita Cavaco.

11h14 - África com mais 296 mortes e mais 9.856 casos de infeção

África registou 296 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, alcançando um total de 50.924 vítimas mortais causadas pelo novo coronavírus, que já infetou 2.120.967 pessoas, mais 14.036 casos, segundo dados oficiais.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de recuperados no mesmo período foi de 9.856, para um total de 1.791.600, nos 55 membros da organização.

11h02 - "As vidas não têm prazo de validade"

O primeiro-ministro rejeitou hoje a possibilidade de todos os maiores de 75 anos sem doenças graves não terem acesso prioritário às vacinas contra a Covid-19, alegando que "há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos".

"Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade", declarou António Costa  na rede social Twitter.



11h00 - Residentes em lares de todas as idades entre prioritários para vacina

Os residentes em lares, de qualquer idade, os funcionários destas instituições, os profissionais de saúde, das forças de segurança e os idosos com comorbilidades severas são os grupos prioritários propostos pela Direção-Geral da Saúde para a vacina contra a Covid-19.

Segundo explicou à agência Lusa o coordenador da `task force` criada pelo Governo para definir todo o plano de vacinação contra a covid-19, Francisco Ramos, a proposta apresentada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) "não tem qualquer limite de idade para as pessoas internadas em lares".

"A existir, será pelas características das próprias vacinas e não por uma escolha de quem tem responsabilidade de decidir quem deve ser vacinado, nomeadamente quem será vacinado numa primeira fase", que abrangerá cerca de um milhão de pessoas, explicou.

Francisco Ramos disse também que os últimos detalhes ainda estão a ser trabalhados e que, provavelmente, na próxima semana a definição dos grupos prioritários ficará fechada.

"Estamos a últimar detalhes e pormenores no sentido de que tudo esteja pronto ainda este ano e a definição dos grupos prioritários provavelmente já na próxima semana, para quando a vacina chegar poder começar a ser utilizada", acrescentou.

10h55 - Congresso PCP. Presidente da Câmara de Loures afirma que se sente "seguro"

Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures eleito pelas listas da CDU, afirma que o PCP tomou "todas as medidas necessárias para não haver risco de contágio".


10h50 - Faixa etária com mais de 70 anos com taxa de mortalidade mais elevada

Jorge Torgal, porta-voz do Conselho Nacional de Saúde Pública, frisa que é na faixa etária com mais de 80 anos que existe uma maior mortalidade por Covid-19 "135 em cada mil".

"Para prevenirmos um maior número de mortos temos que agir nos grupos com idade mais avançada. E eu presumo que as pessoas acima dos 70 anos sejam vacinadas".

Para João Torgal, "a prioridade é vacinar aqueles que têm mais risco de morrer".

O Conselho Nacional de Saúde Pública afirma que ainda não existem muitos dados sobre a eficácia da vacinação contra a Covid-19 na população mais idosa e recorda que a versão do plano de vacinação ainda é preliminar.

10h43 - Imunologista questiona plano para excluir os mais velhos do grupo prioritário

Na leitura do imunologista Henrique Veiga Fernandes esta decisão de excluir os idosos é incompreensível.


10h38 - Ministério da Saúde diz que informações sobre plano de vacinação são “parcelares e desatualizadas”

Em comunicado enviado às redações, o Ministério da Saúde vem dizer que “a estratégia de vacinação contra a Covid 19, em preparação pela Direção-Geral da Saúde (DGS), ainda não foi discutida com o Ministério da Saúde nem validada politicamente”.

Acrescenta ainda que “as informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”.

10h35 - Proibida a venda de alimentos e refrigerantes nos cinemas

Acabaram-se as pipocas nas salas de cinema. Por indicação da Direção Geral da Saúde, foi proibida a venda de produtos alimentares e refrigerantes nos cinemas portugueses.
Uma nova medida tomada para minimizar o risco de contágio, que vem somar-se à higienização das salas, ao distanciamento físico entre o público e também ao uso obrigatório de máscara para quem vai assistir a filmes.

10h20 - XXI Congresso do PCP arranca hoje com medidas restritivas até domingo

Começa hoje o congresso do PCP e, desta vez, com regras sanitárias apertadas. A passagem tem corredores definidos e os lugares estão contados e separados.
Durante três dias vão estar reunidas 600 pessoas no Pavilhão de Loures.

10h12 - Norte "abranda" mas especialistas estimam 1.400 internamentos na próxima semana

A situação epidemiológica na região Norte está a começar a “abrandar”, embora na próxima semana a região possa continuar a contabilizar 1.400 internamentos, 300 internamentos em unidades de cuidados intensivos e 40 óbitos diários, indicou hoje um especialista.

Em declarações à agência Lusa, Milton Severo, responsável pelas projeções do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) afirmou que, nos “últimos cinco dias, os valores observados [na região Norte] têm sido inferiores aos das previsões”, um “sinal positivo”, demonstrativo de que, “finalmente, a região está a conseguir aplanar” os casos de infeção.

Ainda que a situação epidemiológica aponte para uma “estabilização”, as previsões do ISPUP indicam que na próxima semana a região pode contabilizar 1.400 a 1.500 internamentos nas unidades hospitalares.

“Tivemos uma fase, entre 18 de outubro e 1 de novembro, em que os internamentos duplicavam a cada 11 dias. Nesta fase, estão a duplicar só a cada 60 dias, ou seja, está a diminuir claramente o crescimento”, referiu Milton Severo.

No que aos internamentos em unidades de cuidados intensivos (UCI) concerne, as previsões do instituto do Porto apontam “para 300 a 340” doentes com o novo coronavírus, que provoca a covid-19.

10h00 - Jair Bolsonaro recusa tomar a vacina contra a Covid-19

O Presidente brasileiro, que já tinha desvalorizado os efeitos da doença, e também questionado o uso de máscara, vem agora afirmar que não pretende ser vacinado. Bolsonaro diz também que a vacina não será obrigatória para a população do país.


9h55 - Indonésia com novos recordes de infeção e de óbitos

A Indonésia registou um novo recorde diário de 5828 novas infeções e 169 óbitos nas últimas 24 horas.

Desde o início da pandemia, a Indonésia já registou 522.581 casos de infeção e 16.521 óbitos, os números mais altos no sudeste asiático.

9h40 - Autoeuropa anuncia quebra de produção de 25% em 2020

A Autoeuropa vai encerrar o ano de 2020 com uma quebra de produção de 25% face ao ano passado, devido à pandemia de covid-19, anunciou hoje a fábrica de automóveis do grupo Volkswagen, em Palmela, no distrito de Setúbal.

Segundo um comunicado distribuído hoje à imprensa, a Autoeuropa deverá produzir este ano um total de 192 mil veículos, o que significa uma redução de 58.000 unidades face ao que estava previsto no início de 2020.

A empresa do grupo alemão Volkswagen refere ainda que conta atualmente com um total de 5.400 trabalhadores, incluindo 1.100 novos colaboradores que tinham apenas vínculo temporário, mas que foram integrados nos quadros da empresa nos últimos 12 meses.

9h29 - INEM tem 18 profissionais infetados

É uma situação de emergência, dentro do próprio INEM. Desde o início da pandemia, nunca tinham sido diagnosticados tantos casos de Covid-19. Há nesta altura, 18 profissionais do INEM infetados e 39 de quarentena.
O vice-presidente do sindicato de técnicos de emergência pré-hospitalar acredita que os números ainda vão aumentar. Rui Lázaro diz à Antena 1 que estes casos positivos estão a afetar a resposta do INEM.

9h15 - Nova urgência do hospital de Vila Nova de Gaia e Espinho já abriu

Abriu hoje a nova urgência do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. Tem cinco mil metros quadrados o que permite um aumento de capacidade de atendimento de 50 por cento.

E vai permitir um atendimento mais seguro.

A nova urgência do centro hospitalar Gaia-Espinho é um balão de oxigénio em tempo de pandemia.


A primeira paciente a ser atendida era um caso suspeito de Covid-19, como constatou a reportagem da RTP.

9h10 - AstraZeneca acredita que vai começar a distribui vacina na Europa ainda este ano

A farmacêutica AstraZeneca vai realizar mais estudos sobre a vacina desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford. O objetivo é validar os resultados da eficácia contra o novo coronavírus. Isto depois de terem sido detetadas irregularidades com a dosagem da vacina, durante o primeiro ensaio clínico.
A empresa revela também à Antena 1 que já está em contacto com as autoridades portuguesas.

8h57 - China soma cinco casos oriundos do exterior

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje ter identificado cinco casos de covid-19, nas últimas 24 horas, todos oriundos do exterior.

Os casos importados foram diagnosticados em Xangai (leste) e nas províncias de Fujian (sudeste) e Shaanxi (noroeste).

As autoridades chinesas disseram que, nas últimas 24 horas, oito pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 303, incluindo oitos doentes em estado grave.

A Comissão de Saúde da China não anunciou novas mortes devido à covid-19, pelo que o número permaneceu em 4.634. O país somou, no total, 86.495 infetados desde o início da pandemia.

8h40 - CDS pede audição urgente de Francisco Ramos na Comissão Parlamentar de Saúde

O CDS-PP requereu hoje uma audição parlamentar, com caráter de urgência, do responsável pela task force que vai delinear o plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, o ex-secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos.

“Em Portugal ainda não se conhece qualquer plano de vacinação e só agora foi criada uma task force que deverá estruturar todo este processo”, critica a bancada parlamentar democrata-cristã, através de um requerimento endereçado à presidente da Comissão Parlamentar de Saúde.

O CDS considera que esta 'task force' “tem uma missão crítica e fundamental” e que esta é uma “operação que, para além de extremamente complexa, é uma verdadeira corrida contra o tempo”.

Contudo, as informações são “escassas, avulsas e contraditórias”, advogou o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos.

Por isso, o grupo parlamentar do CDS-PP pede “uma audição, com caráter de urgência, do Dr. Francisco Ramos” naquela comissão parlamentar, “para prestar todos os esclarecimentos sobre o plano de vacinação contra a Covid-19”.

O CDS “está apreensivo relativamente a esta matéria, mais ainda porque existe a possibilidade de que as farmacêuticas que estão a produzir as vacinas contra a Covid-19 tenham reservas quanto ao envio de doses para países que não tenham os sistemas de delivery bem montados”.

Portugal “ainda não tem” ou, “pelo menos, não fez prova disso”, acrescenta o partido.

8h32 - Mais de metade das escolas de dança em risco de fechar

Mais de metade das cerca de quinhentas escolas de dança em Portugal estão em risco de encerrar, por causa das restrições impostas pela pandemia. O alerta é feito pela Plataforma Dança.

De acordo com a Associação Nacional de Dança, 12% destes estabelecimentos de ensino artístico já fecharam portas, sendo que esta percentagem pode ser muito maior.

Um inquérito dirigido ao sector mostra que, pelo menos, 25 os quase cinco mil profissionais do setor já abandonaram a atividade, nos últimos meses.

As quebras de rendimento são significativas, pelo que estes profissionais pedem ao Governo uma atenção redobrada no ano que se aproxima.

8h23 - Alemanha ultrapassa a barreira de um milhão de casos

A Alemanha ultrapassou a barreira de um milhão de casos da covid-19 desde o início da pandemia, anunciou hoje o Instituto Robert Koch (RKI).

Nas últimas 24 horas o gigante europeu contabilizou mais 22.806 casos da doença e 426 mortos.

No total, desde o início da pandemia, a Alemanha registou 1.006.394 casos e 15.586 mortos.

A região do estado da Renânia do Norte-Vestefália, a mais populosa da Alemanha, é que tem mais casos registados: mais de 250.000, à frente da Baviera, com quase 198.000 pessoas infetadas, e Baden-Württemberg (quase 143.000).

Em Berlim, foram diagnosticadas cerca de 62.000 infeções.

A Alemanha prolongará até ao início de janeiro as restrições contra a covid-19, incluindo o encerramento de bares e restaurantes e restrições aos participantes em reuniões privadas, anunciou na quarta-feira à noite a chanceler alemã, Angela Merkel.


8h15 - Rússia com novos máximos de infeções diárias, mas menos mortes

A Rússia registou nas últimas 24 horas recordes de infeções pelo novo coronavírus em várias regiões e em Moscovo, com mais dois mil casos do que no dia anterior, mas também uma ligeira redução no número de mortes.

Segundo o último balanço das autoridades de saúde, o número de casos confirmados no último dia ascendeu a 27.543 e as mortes a 496, quando na véspera tinham sido registadas 524.

Desde o início da pandemia da covid-19 em março, a Rússia conta 2.215.533 infetados, dos quais morreram 38.558.

Nas últimas 24 horas foram consideradas curadas 26.682 pessoas, o que faz subir o total de recuperados no país para 1.712.174.

Em Moscovo, epicentro da pandemia no país, registaram-se nas últimas 24 horas 7.918 casos (no dia anterior foram 6.075) e morreram 77 pessoas devido à doença.


8h00 - Bolsonaro nega ter chamado vírus de "gripezinha" após tê-lo feito em duas ocasiões

O Presidente brasileiro negou na quinta-feira ter-se referido à covid-19 como "gripezinha", afirmando que não há nenhum registo que prove o oposto, apesar de a imprensa ter partilhado pelo menos dois vídeos com esse conteúdo.

"Falei lá atrás que, no meu caso, pelo meu passado de atleta — eu não generalizei — se pegasse a covid-19, não sentiria quase nada. Foi o que eu falei. Então, o pessoal da media falou que eu chamei de 'gripezinha' a questão da covid. Não existe um vídeo ou um áudio meu falando dessa forma. E eu falei pelo meu estado atlético, porque eu sempre cuidei do meu corpo. Sempre gostei de praticar desporto", disse Jair Bolsonaro, na sua transmissão semanal na rede social Facebook.

Contudo, em pelo menos duas ocasiões, o chefe de Estado brasileiro, um dos mais céticos em todo o mundo em relação à gravidade da pandemia, referiu-se publicamente à doença causada pelo novo coronavírus como uma “gripezinha".

7h50 - Índia vai produzir mais de 100 milhões de doses da vacina russa

A Índia vai produzir mais de 100 milhões de doses da vacina russa contra a covid-19, Sputnik V, após um acordo entre o Fundo Russo de Investimento Direto (FIDR) e a empresa farmacêutica indiana Hetero, foi hoje anunciado.

"As partes pretendem iniciar a produção de Sputnik V (em solo indiano) no início de 2021", disse o FIDR.

O presidente do Fundo Russo de Investimento Direto, Kiril Dmitriev, afirmou que graças à cooperação com Hetero, será possível "aumentar significativamente a capacidade de produção e fornecer à população indiana uma solução eficaz neste difícil período de pandemia".

Proposta preliminar da comissão técnica de vacinação define grupos prioritários

No primeiro grupo a ser vacinado estão incluídas as pessoas que têm entre 50 e 75 anos e que têm uma doença grave. Estão também incluídos os utentes e funcionários dos lares de idosos e ainda os profissionais de saúde que trabalham em cuidados intensivos e enfermarias com doentes infetados.

A proposta ainda vai ter que ser aprovada pelas autoridades de saúde. Se tiver luz verde, este será o primeiro grupo que vai tomar a vacina.

Haverá depois um segundo grupo prioritário.

Fontes próximas do processo revelam que neste segundo grupo incluem-se as pessoas entre os 50 e os 75 anos mas com doenças de risco de menor gravidade.
Estão também abrangidos os restantes profissionais de saúde que estiveram em zona covid e ainda pessoas que estão institucionalizadas.

Os grupos prioritários são criados por questões de logística e também porque os países vão receber as vacinas por fases.

No primeiro grupo, vão ser vacinadas cerca de 750 mil pessoas e no segundo grupo 3 milhões. Só depois a vacina será alargada ao resto da população.

Para já, há execeções.

As pessoas com mais de 75 anos não estão incluídas nos grupos prioritários porque as farmacêuticas que estão a testar as vacinas ainda não provaram a eficácia das vacinas nesta faixa etária.

O trabalho da comissão nacional técnica pode ir sendo atualizado à medida que houver mais informação sobre a eficácia e a segurança das vacinas que estão em fase de testes.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, morreram mais 82 pessoas, para um total de 4.209 mortes.

Registaram-se 6.383 novos casos de covid-19.

Estão internadas menos 59 pessoas para um total de 3.192 doente. Nos cuidados intensivos há menos 1 pessoa do que no dia anterior, num total de 516.
AstraZeneca avança com ensaio adicional para validar eficácia da vacina
A farmacêutica AstraZeneca vai realizar um "estudo adicional" para validar os resultados da eficácia da sua vacina contra o novo coronavírus, depois de ter revelado que houve mudanças imprevistas na dosagem no primeiro ensaio. Esta é uma das vacinas que deverá ser adquirida por Portugal.

Porém, segundo o presidente da empresa, Pascal Soriot, em entrevista à Bloomberg, disse não ser de esperar que estes novos testes atrasem a aprovação da vacina por parte das entidades reguladoras da saúde do Reino Unido e da União Europeia.

A AstraZeneca e a Universidade de Oxford publicaram os resultados preliminares da fase três do seu estudo clínico esta semana.

Um grupo de voluntários recebeu a dose completa da vacina, com um resultado de 62% de eficácia, enquanto outro tomou meia dose, seguida de uma completa um mês depois, um método que demonstrou ter 90% de eficácia.

Oxford admitiu que não estava inicialmente previsto inocular meia dosagem da vacina a qualquer voluntário, mas que isso foi fruto de um erro no processo de fabricação do produto.

Assim que foi detetada que a primeira vacina tinha começado a ser inoculada com uma concentração abaixo da planeada foi decidido alterar o protocolo do estudo, de acordo com o "órgão regulador" de saúde, informou a universidade numa nota.

"Agora que descobrimos o que parece ser a fórmula mais eficaz, precisamos de a validar através de um estudo adicional", afirmou Soriot.

O responsável da AstraZeneca explicou também que, provavelmente, será feito um novo "estudo internacional", embora tenha garantido que "pode ser mais rápido" que os anteriores, dado que os investigadores já sabem que a eficácia da vacina é "elevada" e precisam de "um número reduzido de pacientes".

Soriot ressalvou que a autorização para iniciar a vacinação em alguns países continua prevista para antes do final do ano, embora nos Estados Unidos o processo seja mais demorado, já que os testes foram realizados fora daquele país.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.422.951 mortos resultantes de mais de 60,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.