Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

António Cotrim, Lusa

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

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23h19 - Brasil soma 1.274 mortos em 24 horas e aproxima-se dos 206 mil óbitos

O Brasil contabilizou 1.274 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas e aproxima-se das 206 mil vítimas mortais (205.964) desde o início da pandemia, informou hoje o Ministério da Saúde.

Em relação ao número de infeções em território brasileiro, 60.899 pessoas foram diagnosticadas com o novo coronavírus entre terça-feira e hoje, num total de 8.256.536 casos registados.

De acordo com o último boletim epidemiológico, a taxa de incidência da covid-19 no Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, subiu para 98 mortes e 3.929 casos por cada 100 mil habitantes.

Geograficamente, São Paulo (1.577.119), Minas Gerais (611.152), Santa Catarina (529.389) e Bahia (518.955) são os estados com maior número de casos confirmados.

Já as unidades federativas com mais óbitos são São Paulo (48.985), Rio de Janeiro (27.241), Minas Gerais (12.894) e Ceará (10.189).

Ainda segundo os dados do executivo, presidido por Jair Bolsonaro, 713.752 pacientes infetados encontram-se sob acompanhamento médico, sendo que mais de 7,2 milhões de pessoas já recuperaram da doença causada pelo novo coronavírus.

22h20 - A Madeira registou hoje 106 novos casos positivos de covid-19, passando a contabilizar 2.967 doentes confirmados e mais dois óbitos, de duas nonagenárias, elevando para 22 as mortes associadas à pandemia.

22h18 - Consultórios e dentistas abertos no novo confinamento

Os consultórios médicos e de dentistas vão estar abertos durante o novo confinamento geral anunciado pelo primeiro-ministro, ao contrário do que ocorreu em março e abril de 2020.

Na primeira vaga da pandemia, a atividade dos consultórios e clínicas de medicina dentária foi suspensa - com exceção para situações urgentes - a partir de 15 de março, tendo sido retomada apenas a 4 de maio, no âmbito do plano de desconfinamento, e ainda de forma condicionada, com as consultas a serem marcadas previamente por telefone ou correio eletrónico e os utentes a usarem máscara antes de serem atendidos pelo médico.

Estes espaços juntam-se, assim, às farmácias, que puderam ficar abertas ao público durante o primeiro confinamento e que voltam a estar incluídas entre o lote de estabelecimentos que não são encerrados ao abrigo das medidas de contenção da pandemia hoje decididas em Conselho de Ministros.

21h52 - Supermercados sem restrições de horários

As mercearias, supermercados e hipermercados vão manter-se abertos durante o novo recolhimento obrigatório e não terão restrição de horário, disse o primeiro-ministro, salientando não haver "nenhum motivo" para corridas a estes estabelecimentos.

"Não há nenhum motivo para que as pessoas corram para os supermercados ou hipermercados porque vai tudo manter-se em funcionamento", afirmou António Costa recordando que, tal como em março e abril do ano passado foi possível assegurar "que nada de essencial faltaria nas prateleiras, assim continuará a acontecer", sendo que, desta vez, estes estabelecimentos funcionarão sem restrições de horários.

O funcionamento de mercearias e supermercados terá uma lotação máxima limitada a cinco pessoas por cada 100 metros quadrados em simultâneo.

António Costa falava em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros que aprovou as medidas de confinamento geral ao abrigo do novo estado de emergência.

Também as farmácias, padarias e outras atividades de comércio a retalho ou prestação de serviços de primeira necessidade ou outros considerados essenciais vão manter-se abertos ao público.

Os serviços públicos prestam atendimento presencial por marcação, ao mesmo tempo que será mantida e reforçada a prestação dos serviços através dos meios digitais e dos centros de contacto.

21h51- Fenprof defende diminuição de turmas e testes obrigatórios

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, defendeu a necessidade de reduzir as turmas e de testar "todos os contactos próximos" de casos positivos de covid-19.

"Não há dúvida nenhuma que o ensino presencial é preferível ao ensino à distância", afirmou Mário Nogueira, pedindo que se encontre "forma de criar turmas mais pequenas para garantir o distanciamento" físico.

O dirigente da Fenprof falava em conferência de imprensa virtual após o anúncio das medidas do novo confinamento geral que mantêm em funcionamento todos os estabelecimentos de ensino.

Mário Nogueira considerou a decisão do Governo de manter todos os escalões de ensino ativos em regime presencial acertada desde que tenha em conta a opinião dos especialistas.

O secretário-geral da Fenprof reforçou que não se pode repetir o que aconteceu no primeiro período: "Não basta dizer que as escolas vão estar abertas, é preciso fazer mais do que foi feito", caso contrário, "o Governo pode estar a tomar uma posição verdadeiramente irresponsável".

Para a Fenprof, "os testes têm de ser obrigatórios" em situação de infeções próximas e recusa que as escolas não sejam um fator de contágio, afirmando que nos últimos seis meses houve um aumento da taxa de infeção nos jovens em idade escolar.

21h47 - Livrarias voltam a fechar, mas podem vender ao postigo

As livrarias vão voltar a encerrar, a partir das 00:00 de sexta-feira, em Portugal Continental, mas vão poder vender ao postigo, de acordo com as novas medidas de combate à pandemia de covid-19, hoje anunciadas pelo Governo.

Em conferência de imprensa, realizada em Lisboa, o primeiro-ministro, António Costa, apresentou as regras de um novo período de confinamento, que passam pelo encerramento de todo o comércio, "salvo estabelecimentos autorizados".

"Ficam suspensas as atividades de comércio a retalho e de prestação de serviços em estabelecimentos abertos ao público, com exceção daquelas que disponibilizem bens ou prestem serviços de primeira necessidade ou outros considerados essenciais", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros, que decorreu hoje à tarde.

Em março do ano passado, quando foi decretado o estado de emergência e a obrigatoriedade de as livrarias fecharem portas, foi-lhes permitido estarem abertas se fizessem as vendas através de um postigo, medida que a ministra da Cultura, na altura, justificou, por considerar que os livros são também um bem de primeira necessidade.

Questionado sobre se essa possibilidade estava acautelada neste novo confinamento, o Ministério da Cultura confirmou à agência Lusa que as livrarias vão poder vender ao postigo.

21h43 - Associação de Artistas Visuais defende que espaços culturais "são seguros"

A Associação de Artistas Visuais em Portugal (AAVP) lamentou o encerramento dos espaços culturais decidido pelo Governo, argumentando que são locais "seguros", comparados com outros setores da sociedade, "como os transportes públicos ou os hipermercados".

Os equipamentos culturais terão de encerrar a partir das 00:00 de sexta-feira, em Portugal Continental, no âmbito das medidas anunciadas hoje pelo Governo, para tentar conter a pandemia da covid-19.

Contactada pela agência Lusa, a porta voz da AAVP, a artista e cineasta Salomé Lamas disse não compreender as razões do Governo para tomar uma decisão "que apenas faz uma gestão temporária de uma situação, e não resolve os verdadeiros problemas do sistema".

"Sinto-me muito mais segura num cinema, num museu ou numa galeria de arte do que num hipermercado", comentou.

À semelhança do que aconteceu em março do ano passado, os equipamentos culturais voltam agora a ter de encerrar.

"Os espaços culturais são seguros, só precisam de ser legislados e fiscalizados", defendeu Salomé Lamas, lamentando que "a cultura nunca seja o interesse principal" na agenda política.

Defendeu ainda uma "reflexão mais alargada, e uma verdadeira mudança de paradigma que crie uma sociedade mais ecológica e sustentável a todos os níveis".

Portugal vai "regressar ao dever de recolhimento domiciliário", a partir das 00:00 de sexta-feira, tal como em março e em abril, anunciou hoje o primeiro-ministro, António Costa, em conferência de imprensa no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, alertando para este ser, simultaneamente, o momento "mais perigoso, mas também um momento de maior esperança".

António Costa remeteu para esta quinta-feira o anúncio de "um conjunto de medidas de apoio aos setores que são particularmente atingidos", a serem apresentadas pela ministra da Cultura e pelo ministro da Economia.

20h53 - Garcia de Orta esgota capacidade de camas afetas à covid

O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, tem as 155 camas afetas à covid-19 ocupadas, anunciou hoje a instituição, sublinhando que a sua capacidade "está para além do seu nível máximo" do Plano de Contingência.
Segundo o hospital, o Plano de Contingência previa inicialmente um total de 66 camas em enfermaria e nove de cuidados intensivos, destinadas a doentes covid-19.

"Hoje, o Hospital Garcia de Orta regista um total de 155 doentes positivos por infeção por SARS-COV-2, dos quais 136 estão internados em enfermaria, 18 doentes em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e um doente internado em Unidade de Hospitalização Domiciliária", adianta em comunicado.

O hospital adianta que hoje dispõe de 155 camas afetas à covid-19, que representam perto de 30% do total de camas de agudos, depois de ter convertido na terça-feira mais 16 camas não covid de enfermarias cirúrgicas para o tratamento adicional de doentes infetados com o vírus SARS-CoV-2.

Desde terça-feira, "não tem existido disponibilidade de vagas para transferir doentes do HGO, positivos para a covid-19", salienta o hospital, que dispõe de um total de 520 camas, excluindo berçário e a Unidade de Hospitalização Domiciliária.

Na passada sexta-feira, o HGO aumentou a sua capacidade de resposta em cuidados intensivos para um total de 28 camas, com a disponibilização adicional de quatro camas.

A instituição afirma que continua a adotar medidas adicionais para responder à "pressão assistencial" que se mantém elevada nesta unidade hospitalar, tendo transferido doentes para o Norte do país.

Cinco doentes foram transferidos para a Unidade Local de Saúde de Matosinhos e outros cinco para o Centro Hospitalar Universitário do Porto.

Foram também direcionados doentes para outros hospitais da Região de Lisboa que necessitavam de cuidados intensivos, no âmbito do funcionamento, em rede dos hospitais que tem sido assegurado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

20h51 - Covid-19. Portugal vai reforçar processo de vacinação

20h49 - Hospitais sobrecarregados. Ministra manda adiar cirurgias prioritárias
20h40 - Promotores de Espetáculos: novo confinamento é agravar de tragédia

O encerramento de equipamentos culturais devido ao novo confinamento é o agravar de uma tragédia, disse à Lusa o promotor Álvaro Covões, da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE).

"Trabalhamos num setor que não funciona em `take-away`, teletrabalho ou `delivery`", disse Álvaro Covões, sublinhando que o setor da cultura necessita de "uma bazuca" de apoios.

"Estamos a reunir números, porque as vendas de faturação de dezembro fecharam há dois dias, mas tudo indica que a nossa quebra em 2020 foi de 80%", frisou.

"Apesar de se pensar que o setor cultural podia trabalhar, a verdade é que, desde junho, os equipamentos culturais estão limitados a lotações de 50%", acrescentou.

"Estamos a viver uma coisa sem precedentes no nosso setor", concluiu Álvaro Covões, sublinhando que a direção da APEFE só se irá reunir hoje à noite, para discutir as propostas do Governo.

Os espetáculos começaram a ser adiados ou cancelados em março, ainda antes de decretado o encerramento das salas.

Segundo números da APEFE, só entre meados de março e final de abril, foram cancelados, suspensos ou adiados cerca de 27 mil espetáculos.

20h38 - Açores. Cercas sanitárias em Rabo de Peixe e Ponta da Garça

20h36 - Conselho Nacional de Saúde acredita que confinamento de um mês "permitirá descer francamente o número de casos"

20h34 - Renovação do estado de emergência aprovado no Parlamento

20h28 - Todas as escolas vão manter-se abertas apesar do confinamento

20h26 - As regras do novo confinamento

O novo confinamento que terá a duração de um mês e que começa às 00h00 de sexta-feira vai obrigar a encerrar grande parte dos negócios e comércio.

Mais uma vez, restaurantes, bares e cafés mantêm-se apenas com take away e entregas ao domicílio.

Os estabelecimentos comerciais, tais como cabeleireiros ou barbeiros, voltam a fechar, bem como as salas de espetáculo.

Há excepções para os supermercados e mercearias, que se mantêm abertos com a lotação máxima de cinco pessoas por 100 metros quadrados.

Continuam a funcionar consultórios médicos e farmácias. As cerimónias religiosas são permitidas de acordo com as regras da DGS.

Os tribunais permanecem abertos e, mediante marcação, também os serviços públicos vão continuar a funcionar.

20h21 - Regresso ao confinamento preocupa comerciantes

20h20 - Regresso ao confinamento. "Estamos a viver o momento mais perigoso", alerta Costa

20h07 - Escolas vão ter "campanha permanente de testes antigénio"

As escolas vão ter uma "campanha permanente" de testes antigénio para despistar casos de infeção de covid-19, anunciou hoje o primeiro-ministro.

"Um dos fatores que melhor nos tem permitido controlar a gestão da pandemia é termos adotado uma política de testagem massiva: testagem, testagem, testagem. Relativamente às escolas vamos acompanhar o funcionamento das escolas com uma campanha de testes antigénio de forma a podermos ir detetando casos não detetados de eventuais contaminados", disse António Costa.

O anúncio foi feito no final da reunião de Conselho de Ministros, na qual ficou decidido que as aulas presenciais iriam continuar em todos os níveis de ensino.

O primeiro-ministro prometeu que os estabelecimentos de ensino iriam estar abertos "com as cautelas que tornaram a escola segura".

Segundo o primeiro-ministro, o processo de campanha de testagem está neste momento a ser articulado entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação.

A ideia é ter "uma campanha permanente de testes antigénio no sistema educativo de forma a despistar qualquer cadeia de transmissão que possa existir", explicou.

A realização de testes de despistagem é uma das exigências que tem sido reivindicada por sindicatos de professores e diretores escolares.

Professores e funcionários escolares têm também pedido para fazer parte dos grupos prioritários de vacinação contra a covid-19.

Questionado sobre essa hipótese, o primeiro-ministro remeteu para o grupo técnico que define as prioridades de vacinação contra a covid-19 a hipótese de puderem passar a integrar um dos grupos prioritários.

"O critério de vacinação é definido por um grupo técnico e dirá o que terá a dizer sobre essa matéria", afirmou.

20h03 - A França registou nas últimas 24 horas 232 mortes devido à covid-19, elevando assim o número total de óbitos para 69.031 desde o início da pandemia.

19h55 - Tribunais mantêm-se abertos durante o confinamento

Os tribunais vão manter-se abertos no período de confinamento decretado hoje pelo Governo no âmbito da pandemia de covid-19 e que entra em vigor às 0:00 de sexta-feira, anunciou o primeiro-ministro.

Ao contrário do primeiro recolher domiciliário obrigatório, cumprido em março de 2020, desta vez o Governo decidiu manter abertos os tribunais e os notários, continuando a ser permitida às pessoas a participação em atos processuais junto das entidades judiciárias ou em atos da competência de notários, advogados, solicitadores ou oficiais de registo.

Uma nota do Ministério da Justiça, enviada à agência Lusa, indica que "os tribunais estão preparados para continuar a assegurar a realização de todo o serviço com observância das regras definidas pela DGS" e que os magistrados e funcionários dispõem de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), as salas de audiência asseguram a realização de julgamentos e diligências com observância do distanciamento social, dispondo de acrílicos sempre que não seja possível respeitar a distância de 2 metros.

"Foram analisadas todas as salas de audiência de todos os Tribunais, estando todas elas com informação quanto à respetiva lotação de acordo com as regras definidas pela DGS", refere a nota.

19h48 - Costa espera ter um cenário “francamente melhor” daqui a 15 dias

As medidas decretadas dizem respeito aos próximos 15 dias, mas Costa reitera que seria “iludir os portugueses” não dizer que a perspetiva é que se mantenham durante um mês.

Costa explica que “tem levado duas a três semanas” até que as medidas adotadas tenham efeito no pico da curva dos novos casos. “Só depois começa a decrescer”, explica o primeiro-ministro, “de uma forma mais rápida quando as medidas são mais restritas, como neste caso, e de uma forma mais lenta quando as medidas foram menos restritas, como aconteceu desde outubro”.

António Costa esclarece ainda que entre a diminuição dos novos casos e a diminuição do número de internamentos “costumam ser mais duas semanas”. E, por sua vez, só duas semanas depois se verifica uma diminuição do número de óbitos.

“Portanto, é preciso ter em conta que para estas medidas terem efetivo impacto, temos que as adotar entre duas a três semanas”, diz Costa, sublinhando que tudo depende “da responsabilidade individual e coletiva”.

O primeiro-ministro espera, porém, que “daqui a 15 dias tenhamos um cenário francamente melhor do que aquele que temos este momento”.


19h35 – É essencial que “teletrabalho seja cumprido”

Questionado sobre o incumprimento do teletrabalho em algumas empresas, António Costa começou por afirmar que há uma alteração da lei devido à constatação desse incumprimento.

Neste confinamento, deixa de ser necessário haver acordo entre a entidade empregadora e o empregado, e “nenhum deles se pode opor ao teletrabalho”.

“É imperioso que todos se consciencializem que o teletrabalho é absolutamente essencial que seja cumprido”, declarou Costa, acrescentando que é necessário diminuir o nível de circulação de pessoas.

19h25 – Futebol profissional mantém atividade, mas sem público

Relativamente às atividades desportivas, o primeiro-ministro afirmou que as regras se mantém à semelhança do que aconteceu em março.

Contudo, as seleções nacionais e Primeira Liga mantêm o funcionamento sem público. Ou seja, o futebol profissional vai manter-se em atividade sem assistência.

Quanto aos critérios de vacinação, António Costa esclareceu que os grupos considerados prioritários e essenciais foram previamente definidos.

“Quando se iniciou o processo de vacinação, mesmo que todos os candidatos presidenciais tivessem sido colocados como os primeiros dos primeiros a poderem ser vacinados, o processo final de vacinação não estaria concluído em tempo útil para o decurso da campanha eleitoral”, explicou ainda.

19h18 – “A escola é um local seguro”

O Conselho de Ministros decidiu manter as escolas abertas em todos os seus escalões. Para justificar esta decisão, António Costa explica que se verificou “ao longo de todo o primeiro período que o número de surtos foi diminuto e que o número de casos reportado no universo escolar não teve um peso significativo”.

“A escola é um local seguro”, garante Costa, sublinhando que “o ensino presencial é essencial para a qualidade da aprendizagem”.

“Tendo nós pesado os prós e os contras da decisão, entendemos que neste caso os prós claramente superam os contras. Não podemos sacrificar de novo uma geração e um novo ano letivo”, acrescenta o primeiro-ministro.


19h17 – Governo tem procurado estabelecer “equilíbrio” entre economia e a pandemia

Questionado sobre o balanço da economia neste novo confinamento, António Costa diz que “este é o equilíbrio” que desde o início o Governo tem procurado estabelecer.

“De cada vez que a pandemia nos obriga a limitar as atividades, a economia sofre duramente. De cada vez que a pandemia nos permite aliviar as restrições, a economia naturalmente evolui de uma forma mais positiva”, explicou.

“Ansiamos por não ter de adotar mais medidas”.

Contudo, o primeiro-ministro afirma que não se pode “hesitar quando está em causa um crescimento da pandemia como aquele que estamos a viver”, embora lamente o impacto que este confinamento vai ter na economia.

19h14 - Novas medidas em vigor às 00:00 de sexta-feira

As novas medidas hoje tomadas pelo Conselho de Ministros para controlar a pandemia, entre as quais o dever de recolhimento domiciliário, entram em vigor às 00:00 de sexta-feira.

"A partir das 00:00 de dia 15 de janeiro (sexta-feira) volta a vigorar em Portugal o dever de recolhimento domiciliário", explicou o primeiro-ministro, António Costa.

19h12 – Cabeleireiros e barbearias encerrados

Sobre os estabelecimentos que se vão manter abertos nas próximas semanas, António Costa esclareceu que “são os mesmos que estiveram abertos em abril e março”, adiantando que os cabeleireiros e barbearias estarão encerrados.

19h07 – Medidas terão “um horizonte de um mês”

“Seria iludir os portugueses dizer que tenho a esperança de que em 15 dias possamos estar a aliviar estas medidas”, disse António Costa.

“Acho que as devemos assumir para o próximo mês, sendo que a esperança é a última é a morrer”, acrescentou.

19h03 – “Atingimos um ponto onde não é possível hesitar relativamente ao que há a fazer”

Sobre o facto de o primeiro-ministro anteriormente ter dito que não haveria novo confinamento, António Costa começou por dizer que todos “lutamos coletivamente para ter de evitar o que estamos hoje a decidir”.

“Quando disse no Natal que não hesitaria em puxar o travão de mão se necessário, puxamos o travão de mão logo a seguir na passagem do Ano”, recordou o primeiro-ministro.

“Todos temos bem a consciência que um confinamento geral tem custos económicos enormes”, disse. “Mas há algo que nós também sabemos: o custo da vida humana não tem preço”.

“Atingimos um ponto onde não é possível hesitar relativamente ao que há a fazer e, por isso, temos mesmo de dar um passo atrás e adotar as medidas de confinamento”.

António Costa garantiu, no entanto, que o Orçamento de Estado para 2021 pode ajudar a proteger as famílias e as empresas deste confinamento.

18h56 - “Nunca haverá qualquer restrição” de voos para a Madeira e Açores

Questionado sobre se foram impostas restrições às viagens para as ilhas, o primeiro-ministro respondeu que “nunca haverá qualquer restrição para voos de e para regiões autónomas”.

18h55 - Escolas vão manter-se abertas em "pleno funcionamento"

As escolas vão manter-se abertas "em pleno funcionamento" como aconteceu até agora, anunciou hoje o primeiro-ministro, António Costa.

"Vamos manter a escola em funcionamento e esta é a única, nova e relevante exceção", disse o primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros para decidir as novas medidas de confinamento no âmbito da pandemia de covid-19.

"Iremos manter em pleno funcionamento todos os estabelecimentos educativos como tem estado a funcionar até agora", acrescentou, sublinhando que nesta decisão foram ouvidos os pais, encarregados de educação e diretores escolares.

"Estamos a viver o momento mais perigoso, mas também um momento de mais esperança", afirmou António Costa, pedindo às pessoas que se fixem na regra de "ficar em casa" e não nas exceções.

Na terça-feira, o ministro da Educação defendeu no parlamento a manutenção das aulas presenciais, observando que o ensino à distância prejudica as aprendizagens dos alunos, em especial os mais carenciados.

No mesmo dia, o primeiro-ministro e líderes partidários estiveram reunidos com especialistas para avaliar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, não havendo consenso entre os peritos quanto à melhor solução para as escolas.

18h47 - Confinamento a partir da meia noite de sexta-feira

“O Conselho de Ministros decidiu que a partir das 0h00 do próximo dia 15 volta a vigorar em Portugal, de uma forma generalizada, o dever de recolhimento domiciliário”, anunciou Costa.

“As exceções que já existiram em março e abril manter-se-ão”, sublinhou.

18h43 – Teletrabalho obrigatório

António Costa anunciou que as medidas serão acompanhadas de duas alterações importantes em matéria de teletrabalho. Em primeiro lugar, o teletrabalho passa a ser obrigatório sempre que possível, “sem necessidade de acordo entre entidade patronal ou trabalhador”.

Em segundo lugar, o primeiro-ministro sublinha que será considerada “muito grave a coima decorrente da violação da obrigatoriedade do teletrabalho”.

18h40 – “A regra é simples: cada um deve ficar em casa”. Escolas continuam abertas

Portugal vai “regressar ao dever de recolhimento domiciliário tal como tivemos em março e abril”.

“Não nos preocupemos com as exceções e fixemo-nos na regra. E a regra é simples: cada um de nós deve ficar em casa”, sublinhou António Costa.

O primeiro-ministro anunciou que as medidas que vão vigorar a partir de quinta-feira são essencialmente as mesmas que vigoraram entre março e abril, com uma exceção “que se prende com o calendário democrático das eleições presidenciais e com a necessidade de não voltarmos a sacrificar a atual geração de estudantes”.

Costa esclareceu que se irão manter em pleno funcionamento todos os estabelecimentos educativos.

18h33 - Associações querem comércio aberto durante o estado de emergência

A União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) defende que o comércio e serviços não essenciais devem poder manter-se abertos durante o novo estado de emergência.

Em comunicado, a UACS afirma que "deve ser dada a oportunidade do comércio e serviços não essencial estarem abertos por um período de horário mais reduzido durante o novo estado de emergência, anunciado pelo Governo".

Porém, caso se verifique o encerramento do comércio não essencial devido à evolução da pandemia, a UACS reivindica "medidas adicionais que acautelem a sobrevivência das empresas", salientando que os mecanismos de acesso aos apoios devem ser "agilizados, simplificados e desburocratizados, de modo a permitirem um reforço rápido das tesourarias".

"Caso contrário, o tecido empresarial comercial nunca conseguirá recuperar e acabará por desaparecer, o que resultará na perda de milhares de postos de trabalho com graves consequências para a economia", sublinha a UACS.

18h24 - Teatros europeus querem salas abertas porque "Cultura é segura"

Diretores de teatros de toda a Europa enviaram uma carta ao Parlamento Europeu a pedir que as autoridades permitam a abertura das salas, apesar da pandemia, por poderem "garantir" o cumprimento dos protocolos de segurança.

Tiago Rodrigues e Nuno Cardoso, diretores artísticos dos teatros nacionais D. Maria II, em Lisboa, e S. João, no Porto, contam-se entre as cerca de duas dezenas de subscritores da mensagem, intitulada "A Cultura é segura".

"Por mais difícil que seja a situação, seja de ataque, guerra ou pandemia, estamos prontos para trabalhar, e com segurança. Nunca consideraremos normal os teatros estarem fechados", lê-se na carta em que a primeira subscritora é a diretora do Teatro Nacional da Catalunha (TNC), Carme Portaceli, seguida do diretor do KVS de Bruxelas, Michael de Cock.

"Nestes tempos difíceis em que tanto ansiamos por esperança, coloriremos o mundo com a imaginação de que necessitamos para sobreviver e continuar a ser humaos", lê-se na missiva.

No texto, "os diretores expressam o seu desejo de que as companhias de teatro de toda a Europa possam voltar a trabalhar em breve", e recordam a experiência ganha e que os protocolos de segurança se mantêm ativos.

18h05 - Açores. Freguesias de Rabo de Peixe e Ponta Garça com cerca sanitária

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, anunciou hoje a implementação de duas cercas sanitárias em São Miguel, nas freguesias de Rabo de Peixe e Ponta Garça, na tentativa de conter a pandemia de covid-19.

As cercas nas freguesias de Rabo de Peixe (concelho da Ribeira Grande) e Ponta Garça (concelho de Vila Franca do Campo) entrarão em vigor às 00:00 de sexta-feira, anunciou José Manuel Bolieiro, em conferência de imprensa em Ponta Delgada. Durarão pelo menos até às 23:59 de dia 22 de janeiro.

Os Açores têm atualmente 879 casos ativos de covid-19, sendo 839 em São Miguel, 33 na Terceira, dois no Faial e cinco nas Flores. Foram registados até hoje na região 2.845 casos de infeção, 23 óbitos e 1.846 recuperações.


17h59 - Brasil. Falta de oxigénio na origem do aumento de mortos

No Brasil, o Estado do Amazonas volta a viver momentos de grande angústia devido a um novo descontrolo da pandemia. Agravam-se os números de vítimas mortais e de novos infetados a cada dia. A falta de oxigénio nos hospitais é responsável pelo aumento de mortes.

17h33 - Itália ultrapassou as 80.000 mortes associadas à covid-19 desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020, depois de contabilizar, nas últimas 24 horas, mais 507 óbitos.

17h25 - Região Centro regista 43 surtos ativos em lares de idosos

A região Centro regista 43 surtos ativos de covid-19 em lares e estruturas residenciais para idosos, com 1.649 casos ativos, disse hoje à agência Lusa fonte da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

A ARSC adiantou que o total de casos confirmados naquelas estruturas já atingiu os 3.664, dos quais 2.530 são utentes e 1.134 trabalhadores.

Segundo a mesma fonte, existem, neste momento, 157 escolas da região Centro com surtos da covid-19, com 221 casos ativos e nove turmas encerradas à data de terça-feira.

No total, em escolas, já se registaram 881 casos e 138 turmas encerradas.

Às 00:00 de dia 11, estava 825 pessoas internadas com covid-19 em enfermarias dos hospitais da região e 104 em unidades de cuidados intensivos.

17h12 - Resolvido surto em lar de Vidigueira que provocou dois mortos

O surto de covid-19 que infetou 34 pessoas num lar de idosos da vila alentejana, e que provocou dois mortos, está resolvido, disse hoje à agência Lusa fonte da instituição.

Segundo a fonte da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e Centro de Dia da Fundação Domingos Simão Pulido, situada na vila de Vidigueira, no distrito de Beja, o surto foi considerado resolvido pela autoridade de saúde local, após a maioria dos infetados ter recuperado.

O surto, que tinha sido detetado no passado dia 21 de dezembro, infetou 23 utentes e 11 funcionários, precisou.

Dos 23 utentes infetados, dois morreram, um homem, de 82 anos, e uma mulher, de 93, e os restantes 21 já estão recuperados, indicou.

Entre os 11 funcionários infetados, sete já recuperaram e estão ao serviço e os restantes quatro ainda têm as infeções ativas.

17h05 - Bloco defende escolas abertas, mas com "condições"

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu a manutenção do ensino presencial e das escolas abertas durante o novo confinamento, mas avisou que isso não será possível sem condições.

"Entendemos que, pelo menos nos ciclos mais jovens, é muito importante manter as escolas abertas, mas não se podem manter as escolas abertas sem condições, nem de qualquer forma", disse aos jornalistas no final de uma reunião com a direção de uma escola na Charneca de Caparica, em Almada.

À saída da Escola Básica Carlos Gargaté, Catarina Martins sublinhou que como a maioria das escolas públicas, também esta enfrenta problemas como a falta de professores, de funcionários, e a sobrecarga daqueles que lá trabalham.

"Temos aqui funcionários da escola a trabalharem 12 horas por dia e a ganharem o salário mínimo. Os professores estão ao mesmo tempo a dar aulas presenciais e a acompanhar os alunos que ficam em isolamento. É uma situação de uma carga de trabalhos enorme, e sem gente", relatou a deputada e coordenadora do BE, sublinhando que mesmo assim a Carlos Gargaté tem sido um exemplo pela forma como tem funcionado durante a pandemia.

De acordo com Catarina Martins, estes são problemas antigos, que a pandemia da covid-19 agravou e cuja resposta se tornou mais urgente.

Por outro lado, o contexto pandémico criou outras necessidades, e a deputada sublinhou a realização de testes rápidos para o rastreio da comunidade escolar, uma medida que já foi aprovada pelo parlamento, mas ainda sem tradução.

16h39 - Reino Unido preocupado com estirpe brasileira

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar preocupado com uma nova estirpe originária do Brasil do SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, e admitiu tomar medidas para impedir a sua entrada no Reino Unido.

"Estamos preocupados com a nova estirpe brasileira. (...) Já temos medidas duras para proteger este país de novas infeções vindas do estrangeiro. Estamos a tomar medidas para fazê-lo em relação à estirpe brasileira", afirmou Johnson, durante uma audição com a Comissão de Ligação, composta pelos presidentes das diferentes comissões parlamentares.

O chefe do Governo britânico disse que ainda existem "muitas dúvidas" sobre a estirpe, incluindo se ela é resistente às vacinas, tal como não se sabe em relação à estirpe sul-africana.

Boris Johnson respondia a uma pergunta do antigo ministro da Saúde Jeremy Hunt, que referiu que a nova estirpe terá sido discutida na terça-feira pelo Grupo de Aconselhamento sobre Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (Nervtag), o grupo de cientistas que aconselham o Governo a propósito da pandemia de covid-19.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o maior centro de investigação médica da América Latina, confirmou na terça-feira a identificação e circulação de uma nova estirpe do novo coronavírus originária do estado brasileiro do Amazonas.

16h25 - Secretário de Estado garante capacidade de resposta do Algarve

O secretário de Estado e coordenador do combate à covid-19 no Algarve afirmou que a região está a conseguir dar resposta ao agravamento da situação epidemiológica na região, embora exista "uma grande pressão" sobre os profissionais de saúde.

"Apesar do agravamento dos casos de infeção, com os números a subirem de forma consistente, até ao momento, os serviços têm conseguido dar uma resposta rápida e eficaz aos casos identificados", disse à agência Lusa Jorge Botelho.

De acordo com Jorge Botelho, que além de coordenador do combate à covid-19 no Algarve é também secretário de Estado da Descentralização e Administração Local, apesar da resposta eficaz ao número de infeções verificadas nos últimos dias na região, "existe um esforço acrescido dos profissionais de saúde para lidar com esta situação de verdadeira crise".

"Além da preocupação que mantemos com as residências de idosos, a nossa outra maior preocupação é a resposta hospitalar", destacou o governante.

Jorge Botelho disse esperar que a sobrecarga hospitalar "não atinja o limite do Serviço Nacional de Saúde" (SNS) e não leve a que "a resposta tenha de ser feita por outras opções para o tratamento dos doentes".

16h12 - Teletrabalho. OIT quer melhorar legislação laboral

16h09 - Marcelo regressa ao Palácio de Belém e fica em vigilância passiva durante 14 dias

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, regressou hoje ao Palácio de Belém, onde retomou a atividade, embora esteja em "vigilância passiva durante 14 dias", por indicação das autoridades de saúde.

Segundo uma nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, "o delegado de saúde regional de Lisboa e Vale do Tejo confirmou ontem (terça-feira), perto da meia-noite, que o Presidente da República 'após avaliação de risco, foi considerado como tendo tido exposição de baixo risco', podendo retomar a atividade".

Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa terá de ficar em "vigilância passiva durante 14 dias" o que significa "não frequentar locais com aglomerações de pessoas".

"Esta avaliação refere-se tanto à situação resultante do teste positivo da passada segunda-feira, seguido de dois testes negativos realizados pelo Instituto Ricardo Jorge, que é o laboratório nacional de referência, quer ao contacto com o elemento da sua segurança pessoal cujo resultado positivo do teste foi conhecido ontem (terça-feira) ao fim da tarde", lê-se na mesma nota.

16h07 - Portugal já recebeu as primeiras 8.400 doses de vacinas da Moderna

Portugal recebeu na terça-feira as primeiras 8.400 doses de vacinas contra a covid-19 produzidas pela empresa de biotecnologia norte-americana Moderna, anunciou o Ministério da Saúde (MS).
"Portugal deverá receber 19.400 doses durante o mês de janeiro, que vão permitir inocular 9.700 pessoas, uma vez que se trata de uma vacina multidose", adianta o MS num comunicado publicado no Portal do SNS.

"A tranche de vacinas agora chegada ao nosso país será maioritariamente administrada a profissionais de saúde prioritários de hospitais privados que têm colaboração com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no tratamento e nas respostas a doentes Covid", refere também o comunicado.

Segundo o MS, "o plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal segue conforme o planeado".

15h35 - Diretor de medicina intensiva do S. João pelo encerramento das escolas

O diretor de serviço de medicina intensiva do Hospital de São João, Porto, defendeu o encerramento das escolas, uma medida "contra" a sua "convicção natural", mas "essencial" num momento "horribilis" do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"A situação atual é tão preocupante que, nesta altura, advogo o encerramento das escolas na totalidade. Isto é algo completamente contra o meu coração. Defendo isso porque estamos numa situação hipergrave. É preferível meter as medidas todas ao mesmo tempo, simbolizando à população a gravidade do momento, e depois ir aliviando de forma incremental", disse José Artur Paiva, em entrevista à agência Lusa.

No dia em que Portugal regista novos máximos diários quer de mortalidade, quer de casos, desde o início da pandemia da covid-19, o médico que é também presidente do Colégio de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos, defende um modelo de escolas abertas "apenas" para "resposta aos pais que tenham profissões de elevada necessidade", algo semelhante ao que outros países já implementaram, como a Inglaterra por exemplo.

"Eu tenho uma posição de base que é: escolas de 1.º e 2.º ciclo devem ser mantidas (presencial). Já o contrário, para os 13/14 anos, não vejo essa necessidade imediata, mas o momento é grave (...). E temos agora a nova variante (do vírus) que parece ter maior transmissibilidade entre os mais novos do que a variante mais comum", reforçou José Artur Paiva.

Critico da ideia de que o confinamento destrói a economia por apontar que "é o mau desconfinamento que leva ao 'lockdown'", o diretor de uma unidade de cuidados intensivos que atualmente está com uma taxa de ocupação a rondar os 90%, apontou que "já se perderam alguns dias preciosos", mas sublinhou a necessidade de olhar para o futuro, num momento que antevê "o mês horribilis do SNS".

15h22 - Comissária europeia da Saúde adverte contra compras paralelas

A comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, advertiu que "negociações paralelas" para a compra de vacinas "prejudicam a eficácia" da estratégia da Comissão Europeia, na sequência de notícias de contratos paralelos por alguns Estados-membros.

"Desde o início (da pandemia), sublinhámos que a nossa estratégia de vacinação passa por desenvolver uma carteira diversificada de vacinas", afirmou Stella Kyriakides em conferência de imprensa no final de uma reunião informal de ministros da Saúde dos 27 Estados-membros.

"Um dos princípios norteadores é evitar negociações paralelas, porque prejudicariam a eficácia desta estratégia", acrescentou, frisando estar "muito confiante" na "intenção de todos os Estados-membros de cumprir com este acordo".

15h20 - Ministros da Saúde da UE preocupados com nova variante

Os ministros da Saúde da UE demonstraram hoje uma grande preocupação com a nova variante do SARS-CoV-2, que apresenta "características mais transmissíveis", apelando à "manutenção das medidas sanitárias", afirmou a ministra da Saúde, Marta Temido.

A ministra falava em conferência de imprensa conjunta com a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, que marcou presença à distância, em formato digital, depois de uma reunião informal de ministros da Saúde da União Europeia (UE), que decorreu a partir do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para fazer um ponto de situação do processo de vacinação e do combate à pandemia de covid-19.

A ministra revelou que nesta reunião foi evidente a "preocupação com o aumento da nova variante em todos os Estados-membros" do bloco comunitário, "num contexto epidemiológico que se mantém difícil para todos os países", tendo sido feito um apelo "à manutenção das medidas sanitárias".

"Estamos bem conscientes das características (da nova variante do vírus), que a tornam mais transmissível, e essa maior transmissibilidade tem efeitos sobre a evolução epidemiológica", apontou Marta Temido.

Neste sentido, a ministra garantiu que os Estados-membros partilham da mesma opinião de que "a unidade e a união são a melhor solução" para todos, razão pela qual a União Europeia "tem um verdadeiro testemunho do valor coletivo dos seus Estados-membros".

A comissária europeia da Saúde referiu que "esta nova variante já está a ter um impacto significativo em alguns países europeus", pelo que não se pode 'baixar a guarda'. "Temos de continuar a trabalhar no sentido de descobrir a sequência do genoma desta nova variante. Não há outra forma de solucionar isto", defendeu.

15h10 - EUA compram 1,25 milhões de doses de medicamentos usados por Trump

Os Estados Unidos vão comprar mais 1,25 milhões de doses de medicamentos com anticorpos monoclonais para o tratamento de doentes com covid-19, utilizados pelo Presidente Donald Trump quando esteve infetado, informou a farmacêutica Roche.

A compra é resultado de um acordo entre os departamentos de Saúde e da Defesa dos Estados Unidos, e aumentará para 1,5 milhões o número de doses disponíveis no país, o mais afetado pela pandemia em todo o mundo, segundo um comunicado da Roche.

Os medicamentos deste ‘cocktail’ de anticorpos, chamados Casirivimab e Imdevimab, são distribuídos pela farmacêutica Regeneron, no mercado dos Estados Unidos, e pela Roche, no resto do mundo.

A agência de controlo de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou recentemente o uso de emergência desses medicamentos (depois de Trump os ter utilizado, quando esteve contaminado com o novo coronavírus), que são indicados principalmente para pacientes de alto risco (por exemplo, idosos) que apenas apresentem sintomas moderados de covid-19, não requerendo, portanto, hospitalização.

14h59 - Confirmado que variante do coronavírus identificada no Japão é oriunda da Amazónia

A confirmação foi feita pelos especialistas do maior centro de investigação médica da América Latina. Segundo os responsáveis pela investigação, o vírus apresenta uma série de mutações inéditas.
Adiantam, ainda, que é provável que o fenómeno tenha ocorrido entre dezembro de 2020 e janeiro deste ano e que é expectável um aumento da frequência no Brasil e no mundo, nos próximos meses.

14h43 - Vaticano inicia campanha de vacinação e os dois Papas serão vacinados

O Estado do Vaticano iniciou hoje a sua campanha de vacinação contra a covid-19 entre seus habitantes e funcionários e nestes dias também serão vacinados o Papa Francisco e o emérito Bento XVI.

Segundo o diretor de comunicação do Vaticano foi instalada uma sala para vacinar no átrio do salão Paulo VI, não adiantando contudo quem será a primeira pessoa a ser vacinada.

A Direção de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano já anunciou que cerca de 10.000 vacinas foram reservadas à farmacêutica Pfizer. As primeiras doses chegaram nesta terça-feira, de acordo com o que foi apurado,

A vacinação começou para cerca de 3.000 funcionários e parentes e 800 residentes do Vaticano. Como nos demais países, os primeiros serão os profissionais de saúde e os idosos.

O Vaticano acrescenta que não vai vacinar menores de 18 anos porque "ainda não foram realizados estudos que incluam esta faixa etária", enquanto "para os alérgicos é sempre aconselhável uma avaliação médica antes de fazer a qualquer tipo de vacinação ".

14h30 - Rui Rio com teste negativo

O presidente do PSD anunciou que tinha testado negativo à Covid-19.

“De qualquer forma, as normas de segurança em vigor determinam que devo continuar em quarentena até ao 14º dia após contacto de risco. Como é evidente, cumprirei as regras”, acrescenta.

Rui Rio anunciou no domingo que ia ficar em isolamento profilático durante 14 dias por ter tido um contacto de alto risco com o vice-presidente Salvador Malheiro, infetado com Covid-19.

14h13 - Portugal com mais 10.556 infetados e 156 mortos

Portugal registou nas últimas 24 horas 10.556 novos casos de Covid-19, num total de 507.108 casos desde o início da pandemia. Quanto ao número de óbitos, houve mais 156 mortes, num total de 8326.

Quanto ao número de casos em internamento, há mais 197 pessoas internadas em enfermaria com Covid-19, num total de 4240 doentes, e menos três internados em cuidados intensivos (total de 596 pessoas internadas em cuidados intensivos em todo o país).

Segundo o último boletim epidemiológico da DGS, recuperaram da doença mais 4460 pessoas, o que eleva o total para 382.544.

A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que regista mais casos e óbitos, com 3793 novos casos e 67 óbitos só nas últimas 24 horas. Segue-se a região Norte, com mais 3628 casos e 36 óbitos, e a região Centro, com 2136 novos casos e 36 óbitos. No Alentejo houve mais 475 casos e 11 óbitos e no Algarve mais 99 novos casos e seis óbitos.

Nas ilhas, a região autónoma dos Açores teve mais 69 casos e a Madeira registou 44 novos casos.

As autoridades de saúde mantêm sob vigilância 130.887 pessoas, mais 5591 que na véspera.

Portugal tem nesta altura 116.328 casos ativos, mais 5940 do que na véspera.

14h12 - Tratamento com plasma em doentes graves com "impacto limitado"

A utilização de plasma de doentes recuperados de covid-19 para o tratamento de doentes graves e que estão em unidades de cuidados intensivos apresenta resultados limitados, indicam os resultados preliminares de um estudo internacional.

"O tratamento de pacientes com covid-19 criticamente doentes com plasma de pessoas que lutaram contra a doença tem um impacto limitado nos resultados desses pacientes", adiantou o Imperial College London, que coordena a REMAP-CAP, a plataforma que reúne instituições de investigação de vários países que está a desenvolver o estudo desde março de 2020.

Esta investigação abrangeu perto de 4.100 doentes com covid-19 em quinze países, envolvendo 290 hospitais em todo o mundo, sendo avaliados separadamente os efeitos nos doentes moderados e graves.

A Comissão Europeia anunciou que vai financiar com 36 milhões de euros 24 projetos de 15 países, incluindo Portugal, para recolha de plasma de dadores que recuperaram da covid-19 e que poderá ser usado para tratar pacientes.

"Quando se trata de investigação terapêutica para a covid-19, todas as opções têm de ser exploradas para garantir que tratamentos seguros e eficazes possam ser disponibilizados o mais rapidamente possível", disse, em comunicado, a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides.

14h05 - Ministra da Saúde garantiu reforço do processo de vacinação

A ministra da Saúde diz que ainda não há datas para a chegada a Portugal das doses extra de vacinas contra a Covid-19.
Marta Temido, que presidiu hoje a uma videoconferência informal dos Ministros da Saúde da União Europeia, garantiu o reforço no processo de vacinação.

14h00 - Putin ordena vacinação em massa na Rússia a partir da próxima semana

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje a vacinação em massa da população russa contra o covid-19 a partir da próxima semana sublinhando que o composto desenvolvido no país é o "melhor".

"Eu ordenei o lançamento de uma vacinação em massa de toda a população a partir da próxima semana", disse Putin durante uma reunião do governo russo que decorreu através de vídeo conferência.

"A vacina russa é a melhor do mundo", afirmou Putin na mesma reunião.

13h55 - Pressão sobre cuidados intensivos dos hospitais está "bem para além do aceitável"

Nelson Pereira, coordenador da Urgência e Medicina Intensiva Hospital S. João, considera que a pressão nos hospitais nacionais está "bem para além do aceitável", tendo em conta os recursos disponíveis. O responsável considera que tem de ser pela redução de contactos é que se pode parar o crescimento de casos e fazer sobreviver o SNS.
Só com uma interrupção artificial de convívio social é que se conseguirá impedir que os cuidados de saúde ultrapassem o nível do "intolerável".

13h52 - Prefeito brasileiro de Goiânia morre vítima de Covid-19

O ex-governador do estado brasileiro de Goiás e atual prefeito de Goiânia, Maguito Vilela, faleceu hoje, aos 71 anos, vítima de covid-19, anunciou o secretário de Comunicação local, Bruno Rocha Lima.

Segundo o portal G1, da Globo, o político brasileiro, que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há mais de 80 dias, lutava agora contra uma infeção pulmonar, que surgiu na sequência de ter contraído covid-19.

Na nota divulgada pela Secretaria de Comunicação local, citada pelo G1, refere-se que a família está a tratar da trasladação do corpo de São Paulo para Goiás, onde deverá ser sepultado, mais concretamente "em Jataí, sua terra natal".

13h44 - Está quase operacional o Hospital de campanha no estádio universitário em Lisboa

O espaço nunca chegou a ser utilizado mas pode agora ser ativado para aliviar a pressão crescente nos hospitais da região.


13h36 - Ilha do Príncipe impõe medidas restritivas face a "aumento considerável" de casos

O Governo Regional do Príncipe decidiu suspender as aulas e reduzir os trabalhadores dos serviços públicos até dia 27, entre outras medidas para estancar a propagação do novo coronavírus na ilha, após um "aumento considerável" de casos, anunciou o presidente.

A região autónoma do Príncipe registou, nas últimas 24 horas, uma subida de cinco para 18 casos, impondo medidas para conter a propagação.

"Num primeiro momento, em sete amostras efetuadas, cinco deram positivas e num segundo memento, em 17 outras amostras, 13 acusaram positivos, o que nos leva a considerar que estamos perante uma taxa de incidência de 80%, prevendo-se tratar de uma transmissão comunitária", disse o presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento, numa comunicação à região.

Por causa deste aumento, o executivo regional anunciou hoje um conjunto de medidas, que incluem a suspensão das consultas no único hospital na ilha, Manuel Quaresma Dias da Graça, "exceto os atendimentos de caráter urgente".

A suspensão das consultas prende-se, segundo Filipe Nascimento, com o facto de "algumas pessoas testadas positivas estarem internadas no hospital, que neste momento representa um foco de contaminação".

O governo regional transferiu os cuidados primários não urgentes para alguns postos de saúde da cidade de Santo António.


13h27 - PR moçambicano “chocado” com morte de dois ministros do Maláui

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, manifestou hoje “choque” pela morte de dois ministros do Governo do Maláui, vítimas de covid-19, endereçando condolências ao seu homólogo malauiano, Lazarus Chakwera, e ao povo deste país.

“Foi com um sentimento de profundo choque que tomei conhecimento da partida inesperada de ministros do seu Governo, nomeadamente Sedik Mia, [ministro dos Transportes e Obras Públicas], e Lingson Belekanyama [ministro dos Governos Locais e Desenvolvimento Rural]”, refere a mensagem de Filipe Nyusi, distribuída pela Presidência moçambicana.

O desaparecimento físico dos dois dirigentes representa "uma perda enorme" não só para o povo, o Governo e o Congress Party (partido no poder no Maláui), mas também para toda a África Austral, acrescenta o comunicado.

13h16 - Governo suspende execuções fiscais até 31 de março

Os processos de execução fiscal em curso ou que venham a ser instaurados pela Autoridade Tributária e pela Segurança Social estão suspensos desde o passado dia 01 de janeiro até 31 de março, segundo um despacho do Governo.

No despacho, assinado pelos secretários de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, e da Segurança Social, Gabriel Gameiro Rodrigues Bastos, a suspensão é explicado com a “grave” e “excecional” situação vivida devido à pandemia de covid-19, que “justifica a necessidade de aprovação de novas medidas de apoio também em matéria de cumprimento de obrigações tributárias e contributivas”.

Nos termos do diploma, e à semelhança do que sucedeu entre março e junho de 2020, a Autoridade Tributária e Aduaneira fica também “impedida de constituir garantias, nomeadamente penhores, nos termos do artigo 195.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), bem como de compensar os créditos do executado resultantes de reembolso, revisão oficiosa, reclamação ou impugnação judicial de qualquer ato tributário nas suas dívidas cobradas pela administração tributária, nos termos do artigo 89.º do CPPT”.

Também suspensos, pelo mesmo período, ficam os prazos de prescrição e de caducidade relativos a todos os tipos de processos e procedimentos no âmbito das execuções em curso ou instauradas no período em referência, assim como os planos prestacionais em curso por dívidas à Segurança Social fora do âmbito dos processos executivos, “sem prejuízo de poderem continuar a ser pontualmente cumpridos”.

13h04 - OIT defende mais proteção para quem trabalha em casa

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) defendeu hoje que é necessário melhorar a proteção de quem trabalha em casa, dado que a pandemia da covid-19 fez aumentar substancialmente o número de trabalhadores domiciliários, muitos sem condições laborais.

Segundo um relatório da OIT apresentado em Genebra, antes da crise pandémica existiam cerca de 260 milhões de pessoas a trabalhar em casa, a nível mundial, mas este número "aumentou substancialmente" com o alastramento da covid-19 e tornaram-se visíveis "as deficientes condições" em que os trabalhadores desenvolvem a sua atividade laboral.

Os 260 milhões de pessoas referidos representavam cerca de 7,9% do emprego mundial e 56% desses trabalhadores eram mulheres (146 milhões).

Entre o total dos trabalhadores no domicílio estão pessoas que trabalham à distância sempre e muitas que se dedicam aos bordados, artesanato e eletrónica.

Destacam-se também as pessoas que trabalham através de plataformas digitais no setor da prestação de serviços, nomeadamente reclamações de seguros, edição de textos ou tratamento de dados informáticos.

O relatório da OIT salienta que ao longo dos primeiros meses da pandemia cerca de um em cada cinco trabalhadores realizou o seu trabalho em casa.

12h57 - Nove mortes em Lar da Misericórdia de Miranda do Douro

O número de mortes associadas à covid-19 no Lar da Misericórdia de Miranda do Douro, distrito de Bragança, subiu para nove e todos os 63 utentes estão infetados pelo SARS-CoV-2, disse hoje à Lusa a provedora da instituição.

"Temos a lamentar a morte de mais duas utentes. Trata-se de duas mulheres, uma com 93 e outra com 94 anos, que sofriam múltiplas patologias e estavam muito debilitadas", descreveu Jacinta Fernandes.

De acordo com a provedora, atualmente há quatro utentes internados numa unidade hospitalar de Bragança.

"Para já a situação está estável, não havendo agravamento dos sintomas entre os utentes institucionalizados. Os que estão hospitalizados também estão controlados", referiu.

12h43 - Portugal com pelo menos 72 casos de nova variante detetada no Reino Unido

Portugal registou pelo menos 72 casos de contágio pela nova variante do SARS-CoV-2, segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que os identificou em 28 concelhos.

Na última atualização das análises genéticas ao novo coronavírus, divulgada na terça-feira, o INSA afirma que os dados da nova variante, mais contagiosa, detetada no Reino Unido "apontam para a existência de transmissão comunitária".

O INSA, que já analisou 2.342 sequências do genoma do SARS-CoV-2 a partir de amostras recolhidas em pessoas infetadas, detetou "38 novas sequências da nova variante" em amostras recolhidas nos aeroportos de Lisboa e Porto e junto de todas as regiões de saúde do país, exceto da Madeira.

"Até ao momento, foram detetados em Portugal um total de 72 casos de infeção associados a esta nova variante, distribuídos pelas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e por 10 distritos de Portugal continental, num total de 28 concelhos", refere o Instituto.

Desde que o novo coronavírus foi detetado em Portugal, o INSA já analisou 2.342 sequências do perfil genético do SARS-CoV-2 recolhidas em 69 instituições e representando 199 concelhos.

A Organização Mundial de Saúde já alertou que vão continuar a surgir variantes do novo coronavírus e defendeu que é preciso acelerar o processo de descoberta e sequenciação genética para as acompanhar.

12h30 - Pandemia já matou mais de 1,96 milhões de pessoas no mundo

A covid-19 já matou pelo menos 1.963.557 pessoas no mundo desde o início da pandemia, em dezembro de 2019, segundo o levantamento realizado hoje pela agência de notícias AFP de fontes oficiais.

Pelo menos 91.574.350 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, dos quais pelo menos 56.306.300 pessoas já foram consideradas curadas.

Na terça-feira, 17.623 mortes e 737.900 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de novas mortes em seus levantamentos mais recentes são os Estados Unidos com 4.473 novas mortes, México (1.314) e Reino Unido (1.243).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 380.821 mortes para 22.848.706 casos, segundo o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Brasil com 204.690 mortes e 8.195.637 casos, a Índia com 151.569 óbitos (10.496.367 casos), o México com 135.682 mortes (1.556.028 casos) e o Reino Unido com 83.203 óbitos (3.164.051 casos).

12h20 - Açores com 64 novos casos, a maioria em São Miguel

Os Açores diagnosticaram, nas últimas 24 horas, 64 novos casos de covid-19, sendo 60 em São Miguel, três nas Flores e um na Terceira, e 22 pessoas recuperaram da doença.

A informação consta do boletim diário de hoje da Autoridade de Saúde dos Açores, indicado que os novos casos foram apurados em "1.569 análises realizadas nos laboratórios de referência da região e de um número indeterminado em laboratórios privados".

São Miguel foi a ilha que registou maior número de casos, nas últimas 24 horas, com "60 novos casos positivos em contexto de transmissão comunitária", enquanto na ilha das Flores foram detetados três novos doentes, "viajantes não residentes com análises de rastreio ao sexto dia", e na Terceira deu-se "um novo caso em contexto de transmissão comunitária".

A Autoridade de Saúde Regional informa ainda que ocorreram, nas últimas 24 horas, 22 recuperações, 17 das quais em São Miguel e cinco na Terceira.

12h15 - Autarca de Campo Maior infetado e a cumprir isolamento prófilático

O presidente da Câmara de Campo Maior, no distrito de Portalegre, João Muacho, está infetado pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 e vai cumprir "escrupulosamente" o isolamento profilático, disse hoje o próprio à agência Lusa.

"Ontem (terça-feira) quando fiz o teste fiquei sem 'pinga de sangue', a cabeça rodou, à procura do que poderia ter falhado nestes últimos dias. Foi o destino, é o que se costuma dizer", lamentou.

O autarca, eleito pelo PS, explicou que vai acompanhar nos próximos dias "à distância", por telefone e videoconferências, os trabalhos no município, e frisou depositar total confiança na restante equipa de vereadores.

"Se estiver bem, como estou neste momento", na quarta-feira da próxima semana, "participarei na reunião (de câmara) por videoconferência", indicou.

João Muacho explicou estar "assintomático", porque não tem "nada que diga" que está com covid-19: "Tenho paladar, tenho olfato, não me dói nada, não tenho febre".

Apesar de afiançar que tem "cumprido todas as regras, quer de distanciamento quer de uso de máscara, mesmo nos serviços", acabou por ficar infetado, o que fez com que a sua esposa e a sua mãe também se encontrem em isolamento.


12h06 - Misericórdias de Portalegre com "muitos problemas" financeiros

A presidente do secretariado regional de Portalegre da União das Misericórdias Portuguesas alertou hoje que as instituições da região estão com “muitos problemas” financeiros devido à contratação de funcionários, para fazer face à pandemia da covid-19.

“Estamos neste momento com muitos problemas ao nível dos funcionários. O trabalho ‘em espelho’ é muito complicado, porque exige mais funcionários para podermos dar um serviço de qualidade”, disse à agência Lusa Maria Lisália Madeira.

A responsável, igualmente provedora da Santa Casa da Misericórdia de Avis, acrescentou que as baixas médicas de funcionários são outro dos “problemas” com que se deparam.

“Isso vai sobrecarregar a parte financeira das misericórdias, porque têm mais despesas com funcionários”, disse.

11h59 - SAE instaurou 19 processos e suspendeu atividade em quatro ginásios

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 19 processos de contraordenação em ginásios, alguns por não cumprirem as regras de lotação e distanciamento por causa da covid-19, e mandou suspender atividade em outros quatro espaços.

Em comunicado, a ASAE diz ter realizado nos últimos meses da pandemia diversas ações de fiscalização, de norte a sul do país, para verificar o cumprimento das regras estabelecidas para os ginásios e ‘health clubs’, tanto ao nível das instalações e condições técnicas e de segurança, como no âmbito das normas da Direção-Geral da Saúde relativas à pandemia de covid-19.

No total, a ASAE diz que instaurou 19 processos de contraordenação e que as principais infrações detetadas foram a falta de licenciamento, o incumprimento das regras de ocupação do espaço, lotação, permanência e distanciamento físico determinado no contexto da pandemia e a falta de seguro obrigatório.

Decidiu ainda mandar suspender atividade em quatro estabelecimentos por “falta de seguro obrigatório e exercício da atividade de diretor técnico sem título profissional válido”

11h45 - Surto em lar de Vila Nova de Cerveira infeta 41 utentes e nove funcionários

Quarenta e um dos 70 utentes e nove dos 48 funcionários do Lar Maria Luísa, da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo, estão infetados com o vírus SARS-Cov-2, disse hoje o provedor.

Em declarações à agência Lusa, Rui Cruz explicou que "dos 41 utentes com covid-19, um está hospitalizado e os restantes assintomáticos".

"Os restantes idosos que não estão infetados foram isolados em alas existentes na instituição", revelou o provedor.

Segundo Rui Cruz, "desde o início da pandemia, este é o primeiro surto a afetar a lar Maria Luísa", tendo sido detetado na terça-feira.

"Um utente sofreu uma queda e foi transportado ao hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Foi testado no hospital e confirmou-se a infeção pelo vírus SARS-Cov-2, que provoca a covid-19", especificou.

Na quarta-feira, segundo o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira, "foi iniciado o processo de despiste da doença em todos os utentes e funcionários da instituição".

"Os testes terminaram na madrugada de hoje e confirmaram o surto, nos 41 utentes e nove funcionários".

"Os funcionários estão todos bem e já requeremos a disponibilização de uma Brigada de Intervenção Rápida (BIR)", reforçou.

11h39 - Marcelo assina estado de emergência após aprovação no Parlamento, para “conter e inverter crescimento da pandemia”

Numa nota divulgada na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa frisa que “a renovação do estado de emergência até às 23h59 do dia 30 de Janeiro, que acabo de assinar, depois de viabilizada, face à gravidade da situação, por mais de 90% dos Deputados, tem um fim muito urgente e preciso: tentar conter e inverter o crescimento acelerado da pandemia, visível, nos últimos dias, em casos, internamentos, cuidados intensivos e, ainda mais, em mortos”.

“Essa contensão e inversão impõe-se e é muito urgente”, acrescenta.

Para o Chefe de Estado, “há que tentar obter resultados palpáveis no mais curto espaço de tempo possível, não deixando que a pandemia entre, ao nível do patamar existente, em fevereiro e março”.

“Isso significaria multiplicação do número de mortos, situação mais critica nas estruturas de saúde, maior fragilização do clima de confiança das pessoas e comunidades, agravamento duradouro da crise económica e social”.

“A presente renovação e o confinamento que a acompanha pretendem criar um travão de reforçada emergência, evitando um alastramento, antes de a vacinação poder constituir um dique imunitário minimamente amplo e eficaz”.

"De novo, todos nós teremos de conjugar ânimos, vontades e resistências para alcançarmos o que alcançámos entre março e maio do ano passado – um suplemento de tempo e de alma num desafio de fim mais próximo, mas ainda indeterminado".

“Há quase um ano, vencemos esse desafio. Só há mais razões, hoje, para o vencermos, uma vez mais”, remata.

11h30 - Parlamento da Madeira dá parecer favorável à renovação do estado de emergência

O parlamento da Madeira deu parecer favorável à renovação do estado de emergência, com efeitos de quinta-feira até 30 de janeiro.

"A Comissão Especializada Permanente de Política Geral e Juventude da Assembleia Legislativa da Madeira deu parecer favorável ao decreto do Presidente da República que declara o estado de emergência para todo o território nacional, no âmbito da pandemia de covid-19", refere em comunicado.

O parecer obteve os votos favoráveis do PSD, PS e CDS-PP, e o voto contra do PCP.

11h23 - Japão alarga estado de emergência a mais sete regiões

O governo do Japão declarou hoje o estado de emergência em mais sete regiões, alargando assim a medida extraordinária em vigor na região de Tóquio desde a semana passada, devido ao aumento de casos de covid-19 no país.

O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, anunciou a decisão depois de se reunir com o grupo de trabalho do governo para a pandemia e no mesmo dia em que o número total de infeções no Japão ultrapassou as 300.000. As mortes ligadas ao novo coronavírus praticamente duplicaram no último mês para cerca de 4.100.

A medida, que entra em vigor na quinta-feira e se prolonga até 7 de fevereiro, diz respeito às prefeituras de Osaka, Quioto, Aichi, Hyogo, Fukuoka, Gifu e Tochigi, que se juntam assim a Tóquio e às zonas circundantes de Chiba, Kanagawa e Saitama, onde o estado de emergência está em vigor desde dia 8.

Com o alargamento, 55% da população do Japão e as regiões que reúnem a maior parte da sua atividade económica ficam sob estado de emergência.

11h15 - PR brasileiro boicotou combate à pandemia e enfraqueceu leis ambientais

O Presidente do Brasil boicotou medidas de saúde pública para conter a pandemia de covid-19, enfraqueceu a política ambiental e não conseguiu conter a alta na taxa de assassínios cometidos no país, denunciou hoje a Human Rights Watch (HRW).

No seu relatório mundial anual sobre direitos humanos, a organização indicou que o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, agiu de diversas maneiras para minimizar a pandemia de covid-19.

A ONG lembrou que o chefe de Estado considerou a doença como "uma pequena gripe", recusou-se a tomar medidas para se proteger e às pessoas ao seu redor, disseminou informações enganosas e tentou bloquear regras de distanciamento social impostas por estados e municípios brasileiros.

A HRW também apontou que o país sul-americano falhou ao não atender adequadamente os indígenas na pandemia, embora tenha sido obrigado a fazer planos neste sentido por decisões judiciais e porque uma lei foi aprovada pelo Congresso.

A HRW lembrou que não é a única organização a criticar o Governo brasileiro. "O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos já havia expressado preocupação com os ataques contra defensores dos direitos humanos e a minimização da covid-19 por líderes políticos", concluiu.

11h03 - Surto em lar ilegal de Samora Correia infeta 43 dos 44 idosos

Quarenta e três dos 44 utentes de um lar não legalizado em Samora Correia, no concelho de Benavente (Santarém), e sete dos 10 funcionários estão infetados com o vírus SARS-Cov-2, que provoca a covid-19, disse hoje fonte autárquica.

O presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), referiu à Lusa que, por indicação da Autoridade de Saúde, seis dos utentes foram hospitalizados no Hospital de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, "sem patologias sérias".

A primeira situação no Lar Cantinho do Sénior foi detetada na segunda-feira, tendo sido testados todos os utentes e funcionários, com os resultados a serem conhecidos na terça-feira.

Por determinação da Autoridade de Saúde e da Segurança Social, os idosos vão ser hoje encaminhados para estruturas de retaguarda, dada a inexistência de condições para a sua permanência no lar, afirmou, adiantando que as famílias estão a ser contactadas.

"Este é um problema sério e estão a ser tomadas todas as medidas em função da razão mais importante, que são as pessoas", disse o autarca.

Carlos Coutinho sublinhou que "este é o momento de cuidar" dos idosos que se encontram nas milhares de estruturas residenciais não legalizadas existentes no país, situação que a pandemia tornou evidente e que exigirá no futuro "esforços grandes de aumento da oferta pública para estas pessoas que precisam de acolhimento".

No concelho de Benavente estão identificadas 10 estruturas residenciais não legalizadas, existindo mais "oito ou nove" privadas legais e de instituições particulares de solidariedade social, adiantou.

10h53 - Parlamento aprova renovação do estado de emergência até 30 de janeiro

Votaram a favor o PS, PSD, CDS, PAN e a deputada não inscrita Cristina Rodrigues. O Bloco de Esquerda absteve-se. PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e Joacine Katar Moreira votaram contra.
Face às anteriores votações do estado de emergência, realizadas em novembro, dezembro e no início deste mês, CDS-PP e PAN passaram da abstenção para o voto a favor, ao lado de PS e PSD.

Este é o nono diploma do estado de emergência que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, submete ao parlamento no atual contexto de pandemia de Covid-19.

10h49 - Especialista adverte que este ano estirpes do virus da gripe são mais violentas

O especialista em doenças infecciosas Francisco Antunes advertiu hoje que este ano as estirpes do vírus da gripe sazonal são mais violentas e, por haver "taxas de vacinação inadequadas na população”, poderá existir maior risco para as pessoas mais vulneráveis.

“O mais complexo e pior do ponto de vista da saúde pública é este ano a gripe sazonal ter aspetos de (maior) gravidade. Por as estirpes serem mais violentas, por haver taxas de vacinação inadequadas na população, nos grupos de maior risco, como as crianças, os idosos e as grávidas, (há mais perigo) de adoecerem com gravidade e mesmo de morrerem”, disse Francisco Antunes, que falava à Lusa a propósito do ‘webinar’ “Gripe e COVID-19: A tempestade perfeita?".

Segundo o especialista, o ‘webinar’, promovido pelo Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (ISAMB/FMUL), que decorre hoje à tarde, pretende dar respostas a questões relacionadas com a gripe e com a covid-19, numa altura do ano em que “circulam os vírus da gripe e a pandemia está na fase intensa e disseminada na comunidade”.

“Estamos em plena campanha de vacinação contra a gripe sazonal e teve início aos soluços o plano de vacinação contra a covid-19" disse Francisco Antunes, adiantando que neste contexto surgem questões como saber se a infeção pelo vírus da gripe agrava a evolução da covid-19, saber se a vacinação contra a gripe pode proteger contra a covid-19 e saber se as as medidas de mitigação que estão a ser usadas atualmente e que vão ser reforçadas para a covid-19 podem reduzir o peso da gripe sazonal.

10h40 - “Um esforço muito difícil”

Coube ao ministro da Administração Interna a intervenção em nome do Governo.

“Estamos num passo mais de um esforço muito difícil de mobilização da sociedade portuguesa, que temos acompanhado na Assembleia da República de novas fases de renovação do estado de emergência”, começou por afirmar Eduardo Cabrita.

“Estamos hoje confrontados com a informação que, há uma semana atrás, não existia. Estamos hoje com a visão plena daquela que é uma evolução que acompanha a dimensão europeia da pandemia e por isso o Governo emitiu um parecer favorável à renovação do estado de emergência”, prosseguiu.

As medidas, enumerou, passam pela restrição dos contactos, pela mobilização de mecanismos que permitem apoiar o SNS, pela “salvaguarda do princípio fundamental da democracia, da realização, com plenas condições sanitárias, das eleições presidenciais no próximo dia 24” e pela criação de novos mecanismos de defesa dos mais frágeis, de combate à especulação económica.

“Hoje registamos 92 milhões de casos a nível mundial, perto de dois milhões de óbitos, registamos mais de 26 milhões de casos na UE, registamos na Europa cerca de 600 mil óbitos”, apontou o governante, para quem Portugal demonstrou “uma mobilização adequada, com seis milhões de testes”: “Portugal, ao contrário do que desinformadamente foi dito neste debate, testa por habitante mais do que França, Itália, Alemanha ou Suécia”.

“Não escondemos a gravidade de uma situação à qual é preciso dar a resposta adequada. A resposta é o apoio ao SNS, a duplicação do número de camas, a mobilização de meios por acordo com o sector social ou com o sector privado e a vontade de utilização de todos os mecanismos legalmente previstos”, designadamente a requisição civil, afirmou o ministro da Administração Interna.

Eduardo Cabrita falou depois do ”esforço de vacinação”: “Até ontem ultrapassámos os 82 mil cidadãos vacinados, com prioridades claras, primeiro os profissionais de saúde, depois os utentes e profissionais de lares”.

O ministro apontaria, mais tarde, baterias a André Ventura e ao Chega: “Não posso deixar de o registar, face à verificação do diário da Assembleia da República, que o único grupo parlamentar que disse aqui que foram tomadas atabalhoadamente as medidas necessárias foi o que faltou à sessão de 23 de outubro, onde foram aprovadas as leis orgânicas”.

10h38 - Cristina Rodrigues vota a favor

A deputada não inscrita fala de um SNS em risco de rutura, de um cenário de aumento de casos. “Este cenário justifica o confinamento geral e não votar favoravelmente o estado de emergência é uma irresponsabilidade”, diz Cristina Rodrigues, lembrando que a situação pode piorar, pedindo aos portugueses que mantenham os cuidados.

“Todos estamos cansados das medidas restritivas, mas não temos alternativa”, diz, pedindo uma atenção especial e um investimento forte para a saúde mental dos portugueses.

10h34 - “A pandemia da pobreza agrava a pandemia sanitária”

A deputada não inscrita Joacine Katar Moreira apontou o aumento do salário mínimo nacional para os 900 euros como a “medida mais relevante” no actual contexto, dado que “origina a maior bomba de oxigénio”, em termos de segurança nos rendimentos e na habitação.

“Eu não vou votar favoravelmente”, clarificou a deputada.

Joacine Katar Moreira colocou a tónica na necessidade de reforçar o SNS, atender às necessidades dos lares e demais instituições de apoio aos idosos.

“A pandemia da pobreza agrava a pandemia sanitária”, frisou.

10h31 - “Governo falhou no combate à pandemia”, diz Iniciativa Liberal. Partido vota contra

João Cotrim de Figueiredo comparou Portugal a outros países europeus para dizer que o Governo falhou, falando de falhas, propaganda e erros de casting.

O partido diz que o Governo foi surpreendido pelo crescimento de casos nas últimas duas semanas, sinónimo de desorientação e falta de estratégia de combate à pandemia.

Perante isto, João Cotrim de Figueiredo diz que resta apenas “confinar, confinar, confinar, dar cabo do que resta da economia e da saúde mental dos portugueses”.

Critica o Presidente da República de não acolher críticas do Iniciativa Liberal no decreto presidencial.

Considera que o estado de emergência agora discutido não gera consensos, aumenta clivagens e reintroduz restrições à liberdade sem razão científica.

“Um decreto que mostra que não se aprendeu nada”, uma “fuga para a frente”, que só merece o voto contra do partido.

10h33 - Itália prolonga estado de emergência até 30 de abril

O ministro italiano da Saúde anunciou hoje que o estado de emergência será prorrogado até 30 de abril e a mobilidade entre regiões será proibida também na chamada zona amarela, que até agora tinha limitações menores.

Roberto Speranza esteve no parlamento para anunciar as novas medidas que entrarão em vigor a 16 de janeiro e falou de uma situação grave no país, com uma incidência de infeções superior a 313 casos por cada 100.000 habitantes.

“Estamos no último quilómetro desta batalha, precisamos de uma colaboração leal, de um esforço unido para combater o vírus: os próximos meses serão difíceis”, acrescentou, garantindo que “a união é a única forma de enfrentar a maior emergência sanitária, económica e civil desde a guerra”.

Em relação às novas medidas, além de adiar o final do estado de emergência de 31 de janeiro para 30 de abril, o que permitirá ao Governo aprovar decretos com urgência, Speranza confirmou que o sistema de classificação de restrições continuará a colocar as regiões por áreas amarelas, laranjas e vermelhas.

Na zona amarela, as que tem menos restrições, as viagens entre regiões serão proibidas, os restaurantes e bares serão fechados a partir das 18:00, mas os museus permanecem abertos.

A Itália vai introduzir também a chamada zona branca, com menos limitações, para as regiões onde o índice de contágio é inferior e registam-se apenas 50 casos por cada 100.000 habitantes.

O ministro alertou que “esta semana há um agravamento generalizado da situação epidemiológica na Itália, com aumentos de internamentos em unidades de cuidados intensivos e surtos desconhecidos”.

“Não se enganem: a epidemia voltou à fase de expansão”, afirmou, referindo que 12 regiões estão sob alto risco e “certamente passarão a zona laranja”.

10h27 - O Governo não se soube preparar” e país “está em guerra”

O deputado do Chega, André Ventura, principiou a intervenção no debate sobre a renovação do estado de emergência a acusar o Governo de não ter sabido preparar-se para as segunda e terceira vagas da pandemia da Covid-19.

“Portugal é dos que menos gasta nas ajudas aos portugueses”, apontou André Ventura, para elencar o que disse serem “milhões de consultas” que ficaram por fazer em período pandémico.

“Estamos em guerra e numa guerra não podemos ter medidas erráticas”, vincou o deputado.

“Não podemos dizer num dia que não há confinamento e no outro dia que há confinamento”, continuou, para denunciar que as eleições presidenciais decorrerão de uma forma “desorganizada”.

10h21 - PEV diz que estado de emergência não tem sido necessário

Mariana Silva lembra que o SNS deveria ter sido reforçado nos últimos meses, o que não aconteceu, levando à falta de resposta a utentes.

Os Verdes fala de necessidade de ensino presencial, mas que são necessários mais professores e mais investimento, para os pais se sentirem seguros. O partido defende ainda uma maior testagem.

Considera que não é necessário o estado de emergência para investir nessas áreas, bem como o investimento nos lares, ou um reforço da fiscalização das empresas que não cumprem.

O PEV tem votado sempre contra os vários estados de emergência.

Exige medidas de proteção social e económica, lembrando que há portugueses sem capacidade de se isolarem no interior das casas ou de aquecer a casa. O Partido fez a proposta de haver apoios para consumo energético, esperando que hoje haja novidades nesse sentido por parte do governo. E criticou o silêncio do Presidente da República.

O PEV fala de emergência de saúde, mas também da necessidade de apoio social e económico.

10h16 - Rússia com mais 22.850 infetados e 566 mortos

As autoridades russas reportaram mais 22.850 casos de infeção por SARS-CoV-2 e mais 306 óbitos. Dos novos casos, 4.320 foram registados em Moscovo.

Elevando o total acumulado para 3.471.053 infetados e 63.370 óbitos.

10h14 - PAN vota a favor, alertando contra “tsunami de insolvências”

No início da sua intervenção, a deputada do partido Pessoas-Animais-Natureza Inês de Sousa Real, sublinhou que o estado de emergência não é algo que se possa aplicar “de ânimo leve”. Criticou, em seguida, o Governo pelo que considerou ser a demora na implementação de medidas de reforço do Serviço Nacional de Saúde.

A deputada confirmou depois que o PAN votará a favor do decreto de renovação do estado de emergência, o que “não pode ser um cheque em branco” ao Executivo de António Costa.

“É urgente que o Governo agilize e desburocratize” os apoios ao mercado laboral, quer do ponto de vista dos empresários, quer do ponto de vista dos trabalhadores, advertindo para o risco de “um tsunami de insolvências”.

“É fundamental apoiar as pessoas na gestão psicológica e emocional” do confinamento, ainda segundo o PAN, que manifestou também preocupação com os reflexos desta situação no domínio da cultura.

Inês de Sousa Real criticou, por fim, aquilo que o PAN vê como ausência de planeamento para a realização das eleições presidenciais em contexto pandémico.

10h09 - Indonésia reporta mais 11.278 novos infetados e 306 mortos

Desde o início da pandemia o país regista um total de 858.043 infetados e 24.951 óbitos

10h06 - CDS diz que estamos no momento mais grave da pandemia, fruto de “abordagem errada” do Natal. Vota a favor do estado emergência

O CDS fala de um problema europeu, para depois dizer que foi a “abordagem errada” do Governo no Natal e Passagem de Ano foi determinante no agravamento da situação. Diz mesmo que não é a primeira vez que o Governo comete “erros graves” na gestão da pandemia, como os sinais errados dados no verão e quando menosprezou a gravidade de uma segunda vaga, sem terá acautelado respostas no sistema de saúde.

“Entre proteger e agradar, escolheu a segunda”, referindo-se ao Natal. “As opções foram do Governo”, diz, deixando críticas à falta de balizas de limitação da atuação nessa altura.

O partido critica que, de novo, votem o estado de emergência sem saber as medidas específicas que serão adotadas.
“Hoje é absolutamente evidente que se houve falha foi por defeito e a adoção de medidas era essencial”, disse.

A situação é grave, diz, dizendo que somos o sétimo país do mundo com pior número de mortos por milhão de habitantes.

“Não restam dúvidas que o estado de emergência é indispensável e o confinamento geral é inevitável”, diz Telmo Correia, defendendo encerramento de escolas e pequeno comércio com apoios.

Exige ao governo que mude de atitude, coragem de tomar decisões, firmes. “Mesmo que tarde, ainda vai a tempo de salvar vidas”, disse, revelando que vai votar a favor.

10h00 - África com mais 1.021 mortes e 26.098 casos nas últimas 24 horas

África registou nas últimas 24 horas mais 1.021 mortes por covid-19, para um total de 74.444, e 26.098 novos casos de infeção, segundo os últimos dados oficiais da pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados é de 3.107.979 e o de recuperados nos 55 Estados-membros da organização nas últimas 24 horas foi de 55.855 para um total de 2.538.888 desde o início da pandemia.

9h59 - PCP explica por que razão vota contra: medidas já constam do Orçamento

A intervenção do coube a João Oliveira, líder da bancada parlamentar dos comunistas, que começou por apontar as “consequências dramáticas” do aumento de casos das últimas semanas, desde logo entre a população sob maior risco.

“As medidas de reforço do SNS, de apoio aos idosos, aos doentes crónicos, às pessoas com deficiência, de apoio social, não resultam nem dependem da declaração do estado de emergência”, defendeu.

“Em muitas situações, a resposta passa pela concretização das medidas impostas no Orçamento do Estado para 2021”, prosseguiu o deputado do PCP, para admitir, à frente, que “as dificuldades são hoje inegáveis”.

O reforço de meios do SNS, quer em profissionais, quer em número de camas, foi a ideia que perpassou a intervenção de João Oliveira.

“É absolutamente essencial as medidas urgentes de reforço de profissionais de saúde”, desde logo “a vinculação de todos os profissionais que foram contratados a prazo”.

“O que há a fazer é tomar medidas para aumento do número de vagas” em instituições vocacionadas para idosos”, insistiu também o deputado

9h55 - Bloco de Esquerda considera que Governo “não tem estado à altura”

Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do BE, lembra que está em causa a resposta do SNS perante o aumento de casos. “Hoje é mais visível do que era antes a necessidade de um estado de emergência”, diz, admitindo que são necessários sacrifícios.

No entanto, critica a demora do governo em dar respostas à crise, nas respostas económicas ou na requisição de meios privados. “O Estado tem feito pouco ou chegado tarde”, assegura, acusando o governo de não conseguir antecipar as respostas e ter de correr atrás do prejuízo.

Razão para o partido “voltar a não votar a favor”, diz o BE, dizendo que o Governo “não tem estado à altura”, nem tem apoiado quem necessita.

Sobre as escolas, o BE questiona porque ainda não foram entregues computadores aos alunos e porque não foram contratados funcionários para garantir o funcionamento com segurança.

O BE acusa o Governo de não querer gastar dinheiro e de não ir buscar dinheiro onde ele já está, falando de fundos europeus.

“Que não falhe novamente o Governo”, diz o BE.

9h50 - Mais de 151 mil eleitores pediram voto antecipado em três dias

Mais de 151 mil pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro em três dias, disse hoje à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna.

Se nas primeiras 24 horas do prazo, no domingo, as inscrições para votar uma semana antes atingiram 52.994, esse número quase triplicou até às 23:59 de terça-feira, 151.396.

9h48 –Aprender com os erros” é a receita do PSD

“É reconhecido que estamos a viver o momento mais difícil da resposta à pandemia”, começou por afirmar o deputado do PSD Ricardo Baptista Leite.

O confinamento, referiu, é proposto para evitar que os hospitais tenham de escolher “quem vive e quem morre”, dado o aumento do número de casos. É por esta razão que o PSD vai votar a favor do decreto do Presidente da República.

“É hoje evidente que o PSD tem divergências políticas profundas com este Governo”, continuou o dirigente laranja.

“É fundamental reconhecer que o descontrolo que hoje vivemos era evitável”, defendeu o deputado, que colocou a ênfase na necessidade de “aprender com os erros”.

Baptista Leite sinalizou que, com o confinamento, sofrem os alunos que eventualmente tenham de permanecer em casa, os idosos e os empresários.

“Com recurso à ciência e olhando para os exemplos de países que têm respondido com sucesso à pandemia, fica evidente que é possível fazer melhor”, sustentou, dando como exemplo a Dinamarca, que “testou quatro a cinco vezes mais do que nós”.

9h47 – PS apoia estado de emergência e novas medidas de confinamento

José Luís Carneiro, secretario-geral adjunto do PS, admitiu que temos pela frente “momentos muito difíceis”. “Há que decidir com coragem, bom senso”, criticando ao mesmo tempo o discurso “fácil” e “demagógico” e enaltecendo a rede de solidariedade e coesão que permitirá ultrapassar esta fase.

“Temos a Europa connosco", lembra, falando ainda dos números dos apoios da segurança social que permitem apoiar pessoas e empresas.

9h46 - Debate está em curso

9h36 - Parlamento começa a discutir renovação do estado de emergência


Está prestes a ter início o debate, na Assembleia da República, sobre o decreto presidencial que renova o estado de emergência.

Seguir-se-á a votação. O documento tem aprovação garantida.

8h54 - Alemanha reporta mais 1060 mortes e 19.600 casos

O Instituto Robert Koch para doenças infecciosas registou, nas últimas 24 horas, 1060 mortes associadas à Covid-19 e 19.600 casos.

O número de novas infeções parece estar a regredir face aos máximos de dezembro. Contudo, o número de óbitos continua muito próximo do máximo de 1888 registado na passada sexta-feira.

No total, a Alemanha soma 42.637 óbitos e 1.953.426 contágios desde o início da pandemia. Os recuperados são 1.596.600.

8h32 - Estruturas de Apoio de Retaguarda

Em comunicado, o Ministério da Administração Interna adianta que a rede nacional de Estruturas de Apoio de Retaguarda, desenvolvida no quadro do combate à pandemia da Covid-19, dispõe já de 19 espaços operacionais - com capacidade máxima para 1950 utentes.

"Destas 19 Estruturas operacionais, dez têm atualmente utentes instalados, num total de 79 utentes, o que representa uma taxa de ocupação de quatro por cento.

São estas as estruturas de apoio:

- Vila Maior, Santa Maria da Feira;
- Centro de Acolhimento das FFAA – Base Aérea n.º 11;
- Hotel João Paulo II, distrito de Braga;
- Pousada de Juventude de Bragança;
- Pousada da Juventude de Castelo Branco;
- Residência Universitária de Évora;
- Unidade Hoteleira em Alvor;
- Centro Apostólico da Guarda;
- Seminário Diocesano de Leiria;
- Centro de Negócios Transfronteiriços de Elvas;
- Antigo Hospital de Paços de Ferreira, Mosteiro de Sta. Escolástica, em Santo Tirso, Pousada da Juventude no Porto e Seminário do Bom Pastor, em Valongo;
- Centro Francisco e Jacinta Marto, em Fátima;
- Centro Cultural de Viana do Castelo;
- Pousada da Juventude de Alijó;
- Pavilhão do Fontelo, em Viseu, e Pousada da Juventude de São Pedro do Sul.

"Para além destas 19 estruturas operacionais, existem outras nove struturas em fase de instalação, completando assim a rede nos 18 distritos de Portugal continental", lê-se no mesmo comunicado.

Esta rede "contará com uma capacidade máxima que ultrapassa as 2300 camas".

A criação da rede de EAR "visa garantir o apoio a pessoas infetadas com o novo coronavírus sem necessidade de internamento hospitalar e, também, a utentes de lares para pessoas idosas que careçam de apoio específico fora das respetivas instalações".

8h04 -  Novo caso de Covid-19 em Belém

Há mais um caso positivo de Covid-19 no círculo próximo de Marcelo Rebelo de Sousa. O chefe de segurança do Presidente da República está infetado.

A informação foi adiantada à Antena 1 pelo próprio Chefe de Estado. Marcelo Rebelo de Sousa estabeleceu contactos próximos e em locais fechados com o chefe de segurança.

Uma situação que pode vir a ser classificada pelas autoridades de saúde como um contacto de alto risco, o que levaria ao isolamento preventivo do Presidente durante os próximos 14 dias.

Foi este o motivo a impedir a presença física de Marcelo Rebelo de Sousa no debate eleitoral da noite de terça-feira na RTP.

O candidato à reeleição participou por vídeoconferência, ao contrário dos adversários na corrida a Belém.

7h52 - Brasil confirma circulação de nova estirpe

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o maior centro de investigação médica da América Latina, confirmou a identificação e circulação de uma nova estirpe do novo coronavírus originária do estado brasileiro do Amazonas.

rata-se da mesma variante que chegou ao Japão depois de quatro viajantes japoneses visitarem a Amazónia brasileira, e que, segundo o vice-diretor de investigação da Fiocruz Amazónia, Felipe Naveca, apresenta uma série de mutações inéditas.

7h22 - Ponto de situação

Portugal está a poucas horas de novo confinamento. O Governo decide esta quarta-feira as medidas do novo estado de emergência. A reunião do Conselho de Ministros realiza-se à tarde.

Antes, durante a manhã, os deputados debatem e votam, na Assembleia da República, o decreto presidencial que renova o estado de emergência.

As medidas deverão estar em vigor durante um mês e terão efeitos já a partir de quinta-feira.
O que estipula o decreto
Já são conhecidas agumas medidas do decreto presidencial do estado de emergência.

Está previsto que as restrições de deslocação sejam levantadas nos dias 17 e 24 para que as pessoas possam votar.
Os idosos que estão em lares devem ser considerados em confinamento obrigatório, mas votar no próprio lar.Após a reunião com peritos na sede do Infarmed, ontem, o primeiro-ministro, António Costa, adiantou que o novo confinamento pode durar pelo menos um mês.

Está ainda prevista a limitação de preços de certos produtos e serviços para evitar especulação.

Marcelo Rebelo de Sousa propõe a renovação do estado de emergência até 30 de janeiro.
Fundamentação
O Presidente justifica o novo de estado de emergência com o aumento de casos. Marcelo Rebelo de Sousa destaca a explicação dos especialistas que dizem que o aumento acentuado de casos se deve aos contactos durante o Natal e o ano novo.

O Chefe de Estado explica ainda que, quanto maiores forem as restrições, menor será o número de infetados, de internamentos e de mortos.

Marcelo Rebelo de Sousa diz ainda que o país vive uma situação de agravamento de outras doenças típicas do inverno.
Marcelo irritado
Ao chegar a casa em Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu estar "muito irritado" com as autoridades de saúde por não lhe ser dada uma resposta por escrito à questão de participar presencialmente ou não no debate com os outros candidatos presidenciais.
Perante os resultados contraditórios dos testes feitos ao Presidente da República levantam-se dúvidas sobre eventuais falsos positivos.
Para os cientistas, é ainda cedo para compreender o que levou Marcelo Rebelo de Sousa a testar positivo e depois a ter dois testes negativos.
O quadro em Portugal
Segundo o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, conhecido na tarde de terça-feira, morreram mais 155 pessoas vítimas de Covid-19, um novo máximo diário.

Havia ontem registo de mais 7259 casos confirmados de infeção.

Encontravam-se internadas mais 60 pessoas, para um total de 4043. Nos cuidados intensivos estavam mais 32 doentes, num total de 599.
O quadro internacional
A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 1.945.437 mortos resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção, de acordo com o balanço em permanente atualização por parte da agência France Presse.

A Fundação Oswaldo Cruz, a maior instituição de investigação médica da América Latina, confirmou ontem a identificação e a circulação de uma nova estirpe do SARS-CoV-2 com origem no Estado brasileiro do Amazonas.

É a mesma variante que chegou ao Japão, após quatro viajantes japoneses visitarem a Amazónia brasileira.

O vice-diretor de investigação da Fiocruz Amazónia, Felipe Naveca, refere que esta variante comporta uma série de mutações inéditas.