Covid-19. OMS está a acompanhar variante do vírus identificada na Colômbia

por Alexandre Brito - RTP
Variante foi detetada pela primeira vez na Colômbia Reuters

A OMS está a monitorizar uma nova variante do coronavírus que foi identificada pela primeira vez na Colômbia, já no mês de janeiro. No boletim epidemiológico semanal sobre a evolução da pandemia, a Organização Mundial da Saúde diz que classificou como "variante a seguir" a "MU". Tem mutações que podem indicar risco de "fuga imunológica", ou seja, resistência às vacinas.

Apesar deste alerta, a OMS diz que são necessários mais estudos para compreender melhor as características da MU.

Todos os vírus, incluindo o SARS-CoV-2 responsável pela Covid-19, sofrem mutações com o tempo. A maioria das mutações tem pouco ou nenhum efeito nas propriedades do vírus.

Há no entanto algumas que podem afetar as propriedades do vírus e influenciar, por exemplo, a facilidade com que se espalha, a gravidade da doença que causa ou contornar a eficácia das vacinas, medicamentos, ou outras medidas sociais e de saúde pública.

A partir do final de 2020 a OMS começou a caracterizar como "variante a seguir" aquelas que representavam maior risco à saúde pública global, para que pudessem ser acompanhadas de forma mais próximas. 

Na mesma altura, a OMS decidiu nomear estas variantes utilizando letras do alfabeto grego, para evitar qualquer estigmatização de um determinado país e tornar mais fácil para o público em geral pronunciar os nomes.

Há nesta altura, de acordo com a OMS, algumas variantes que preocupam: a Alpha - que está em 193 países - a Delta - em 170 países - e outras cinco, incluindo agora a Mu.

Esta última, verificada pela primeira vez na Colômbia, já foi detetada também na Europa e em países da América do Sul.

“Embora a prevalência global da variante Mu entre os casos sequenciados tenha diminuído e atualmente seja inferior a 0,1%, a sua prevalência na Colômbia (39%) e no Equador (13%) aumentou constantemente”, informou a OMS.

C/ agências
Tópicos
pub