Tanto podem não falar disso como em contraste apregoá-lo. Dezenas de membros do Congresso possuem armas, não só quando estão em circuito nos seus distritos mas mesmo no Capitólio.
Outro representante do Alabama, Gary Palmer, igualmente republicano, considera que a pergunta se possui armas está errada. “A pergunta devia ser, quantas tem?”
Brooks defende a Segunda Emenda da Constituição norte-americana como o alicerce de todas as outras Emendas.
Rejeita ainda como absurdo o argumento de que a Segunda Emenda só se aplica a milícias armadas, explicação invocada por quem defende o controlo de armas. “O propósito da Segunda Emenda foi garantir que cada cidadão poderia proteger-se de um Governo ditatorial e descontrolado”, afirma.
“Desde sempre foi uma prioridade de reis, ditadores, comunistas, fascistas e outra laia desarmar os cidadãos, de força a existir uma oposição mínima a um governo centralizado, impondo-se aos cidadãos desarmados, indefesos e incapazes de fazer valer os seus direitos”, defende ainda Brooks, à semelhança de milhões de norte-americanos.
A lei prevê contudo atualmente alguns limites além do bom senso para os norte-americanos que possuem e carregam consigo armas de fogo, mesmo sendo membros do Congresso.
Estão por exemplo proibidos de andar com ela carregada nas áreas do Capitólio e respetivos arredores, privilégio reservado às forças de segurança. Os representantes e senadores que possuam armas podem tê-las nos seus gabinetes mas têm de as descarregar se quiserem levá-las consigo através do edifício.
O Caucus da Casa da Liberdade
O chamado Caucus da Casa da Liberdade, provavelmente o grupo mais pro-Segunda Emenda de todo o Congresso, possui 38 membros e a probabilidade de todos possuírem armas de fogo é elevada. Dezassete reconheceram possuir ou já ter tido, armas e nenhum reconheceu alguma vez que não as tem ou teve.
O Daily Caller questionou-os, para saber se sim e se têm licença de transporte de arma escondida. Vinte e três não responderam, sete declinaram, alguns por razões de segurança. Apenas oito, incluindo Brooks e Palmer, admitiram possuir armas de fogo e seis ter a referida licença.
Nas últimas eleições, quase todos os membros do Casa da Liberdade receberam da NRA a letra A, a classificação mais alta dada pela poderosa NRA, a Associação Nacional de Armas, tivessem eles armas ou não. O sistema das letras da NRA vai de A a F e pode ser fundamental para os eleitores perceberem se estão a escolher alguém que vai defender a Segunda Emenda ou pugnar pelo controlo do acesso da população civil a armas.
Justin Amash representante do Michigan foi o membro do grupo com a classificação mais baixa, B. Amash nunca revelou se possui armas ou se anda com uma. Todos os outros membros receberam classificação de A- para cima.
Cinco republicanos do grupo Casa da Liberdade receberam um A+ no ciclo eleitoral mais recente. Foram eles os representantes da Virgínia Alex Mooney e Morgan Griffith, o representante do Texas Ted Poe, o representante da Pensilvânia Scott Perry e o representante do Ohio, Jim Jordan.
Em contraste com os membros do Caucus, 37 democratas que em 2013 admitiram ao USA Today possuir armas de fogo receberam um C da NRA, uma classificação mediana, durante as últimas eleições.
Oito deles retiraram-se da vida política desde então ou perderam as suas campanhas de reeleição, incluindo o antigo senador do Arkansas Mark Pior, o ex-representante da Califórnia George Miller e o antigo senador do Iowa Tom Harkin, entre outros.
Já outros seis democratas que em 2013 admitiram possuir armas de fogo foram classificados como A da NRA no mais recente ciclo eleitoral, a saber o senador da Virgínia Ocidental Joe Manchin, um dos autores de uma proposta de legislação de controlo de armamento derrotada no Senado, o representante do Wisconsin Ron King, o representante do Texas Gene Green, o representante do Ohio Tim Ryan, o representante do Minnesota Ryan Peterson e o da Georgia, Sanford Bishop.