No seu primeiro dia como governador do Estado da Virgínia, Glenn Youngkin anulou a obrigação de as crianças usarem máscaras nas escolas e a de os funcionários públicos serem vacinados. Youngkin comprometera-se ao longo da campanha eleitoral a eliminar a dupla obrigatoriedade decretada pelo seu antecessor, o democrata Ralph Northam.
Agora, ao tomar posse, Youngkin emitiu imediatamente uma ordem executiva dispensando as crianças de usarem máscaras na escola e explicou-a dizendo que são "os pais e não o governo [quem) tem o direito fundamental de tomar decisões sobre o modo de cuidar das crianças". A partir de agora, o uso de máscaras pelas crianças em recinto escolar ficará ao critério dos pais.
Àquelas considerações, acrescentou ainda Youngkin: "As recentes ordens governamentais obrigando praticamente todas as crianças da Virgínia a usar máscaras durante toda a sua permanência na escola provaram ser ineficazes e pouco práticas".
Segundo Youngkin, a obrigatoriedade vigente até agora infligiu "danos notórios" às crianças, ao inibir "o desenvolvimento das suas aptidões emocionais e sociais". O novo governador teorizou, além disso, que "as máscaras agravaram também os sentimentos de isolamento, exacerbando os problemas de saúde mental, que em muitos casos representam para as crianças um risco de saúde superior ao da covid-19".
Uma outra ordem executiva também assinada neste primeiro dia de mandato considera que tem sido "prejudicial para as liberdades individuais e a privacidade" dos funcionários públicos a obrigação de apresentarem um certificado vacinal para o exercício das suas funções. E conclui: "A minha administração não exigirá que estes interesses [liberdade e privacidade] sejam sacrificados como condição para o emprego no ramo executivo do nosso governo".
Youngkin junta-se assim à lista de governadores estaduais do Partido Republicano que fazem do afrouxamento de precauções contra a pandemia uma das suas imagens de marca, chegando por vezes, como o seu homólogo do Arizona, Doug Ducey, a contrariar disposições federais a esse respeito e a arriscar um braço de ferro com o Departamento do Tesouro podendo envolver uma luta judicial pelo pagamento de milhares de milhões de dólares.
