“Podem ouvir os aviões aqui.
Estamos a atacar todo o dia, tanto para
preparar a área para
a possibilidade da vossa entrada, mas também para continuar a atacar o Hezbollah”, afirmou o general Herzi Halevi aos soldados de uma unidade blindada envolvida num exercício na fronteira com o Líbano.
Telejornal, 25 de setembro de 2024
Estas declarações, divulgadas pelo Exército israelita, surgem numa altura em que os militares realizam ataques de "grande escala" no sul do Líbano e no Vale do Bekaa, no leste, locais que são bastiões do movimento xiita Hezbollah.
A isto Israel juntou mais duas brigadas de reserva para realizarem ataques na fronteira norte, sendo que atingiu mais de 280 alvos do Hezbollah, incluindo 60 alvos dos serviços de informação.
Para além disto, diz ter intercetado um míssil que o Hezbollah diz ter lançado contra a sede dos serviços secretos israelitas, a Mossad, perto de Tel Aviv.
A intensidade dos ataques no Líbano aumenta os receios de alastramento da guerra, algo que Joe Biden admitiu à televisão ABC.
A porta-voz do Pentágono questionada sobre uma possível incursão terrestre de Israel no Líbano diz que “não
parece que algo esteja iminente”, mas aconselhou os jornalistas a questionarem Israel sobre as operações e planos que tem.
“Certamente não queremos que
sejam tomadas quaisquer medidas que possam levar a uma nova escalada na
região”, disse Sabrina Singh.
Três fontes israelitas, citadas pelas agências de notícias, contam que os Estados Unidos e a França estão a preparar propostas de cessar-fogo, mas até agora não houve progressos significativos.